Depressão

 

 

Depressão será a doença mais comum do mundo em 2030, diz OMS

 

Dados divulgados nesta quarta-feira pela Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que, nos próximos 20 anos, a depressão deve se tornar a doença mais comum do mundo, afetando mais pessoas do que qualquer outro problema de saúde, incluindo câncer e doenças cardíacas.  Segundo a OMS, a depressão será também a doença que mais gerará custos econômicos e sociais para os governos, devido aos gastos com tratamento para a população e às perdas de produção.De acordo com o órgão, os países pobres são os que mais devem sofrer com o problema, já que são registrados mais casos de depressão nestes lugares do que em países desenvolvidos.  Atualmente, mais de 450 milhões de pessoas são afetadas diretamente por transtornos mentais, a maioria delas nos países em desenvolvimento, segundo a OMS. As informações foram divulgadas durante a primeira Cúpula Global de Saúde Mental, realizada em Atenas, na Grécia.“Os números da OMS mostram claramente que o peso da depressão (em termos de perdas para as pessoas afetadas) vai provavelmente aumentar, de modo que, em 2030, ela será sozinha a maior causa de perdas (para a população) entre todos os problemas de saúde”, afirmou à BBC o médico Shekhar Saxena, do Departamento de Saúde Mental da OMS.  Ainda segundo Saxena, a depressão é mais comum do que outras doenças que são mais temidas pela população, como a Aids ou o câncer.  “Nós poderíamos chamar isso de uma epidemia silenciosa, porque a depressão está sendo cada vez mais diagnosticada, está em toda parte e deve aumentar em termos de proporção, enquanto a (ocorrência) de outras doenças está diminuindo.”

 

Pobres

 

 

Segundo o médico, os custos da depressão serão sentidos de maneira mais aguda nos países em desenvolvimento, já que eles registram mais casos da doença e têm menos recursos para tratar de transtornos mentais. “Nós temos dados que apontam que os países mais pobres têm (mais casos de) depressão do que os países ricos. Além disso, até mesmo as pessoas pobres que vivem em países ricos têm maior incidência de depressão do que as pessoas ricas destes mesmos países”, afirma Saxena.“A depressão tem diversas causas, algumas delas biológicas, mas parte dessas causas vem de pressões ambientais e, obviamente, as pessoas pobres sofrem mais estresse em seu dia-a-dia do que as pessoas ricas, e não é surpreendente que elas tenham mais depressão.”Segundo o médico, o aumento nos casos de depressão e os custos econômicos e sociais da doença tornam mais urgentes uma mudança de atitude em relação ao problema.“A depressão é uma doença como qualquer outra doença física, e as pessoas têm o direito de ser aconselhadas e receber o mesmo cuidado médico que é dado no caso de qualquer outra doença.”Mas o que isso tem a ver com o meio ambiente?

 

Depressão nervosa

 

 

O transtorno depressivo maior, também chamado de perturbação depressiva major em Portugal, é um transtorno psiquiátrico que afeta pessoas de todas as idades. Caracteriza-se pela perda de prazer nas atividades diárias (anedonia), apatia, alterações cognitivas (diminuição da capacidade de raciocinar adequadamente, de se concentrar ou/e de tomar decisões), psicomotoras (lentidão, fadiga e sensação de fraqueza), alterações do sono (mais frequentemente insônia, podendo ocorrer também hipersonolência), alterações do apetite (mais comumente perda do apetite, podendo ocorrer também aumento do apetite), redução do interesse sexual, retraimento social, ideação suicida e prejuízo funcional significativo (como faltar muito ao trabalho ou piorar o desempenho escolar). O transtorno depressivo maior diferencia-se do humor "triste", que afeta a maioria das pessoas regulamente, por se tratar de uma condição duradoura (a maior parte do dia, quase todos os dias, pelo menos 2 semanas), de maior intensidade ou mesmo por uma tristeza de qualidade diferente da tristeza habitual, acompanhada de vários sintomas específicos e que trazem prejuízo à vida da pessoa. A distimia é um outro tipo de transtorno depressivo caracterizado por sintomas de menor intensidade, mas com caráter bastante crônico (a maior parte do dia, quase todos os dias, pelo menos 2 anos). Ou seja, depressão não é tristeza. É uma doença que precisa de tratamento.

 

 

Prevalência

 

 

Estima-se que cerca de 15 a 20% da população mundial, em algum momento da vida, sofreu de depressão. A depressão é mais comum em pessoas com idade entre 24 e 44 anos. Dependendo do motivo pode ser dada a crianças e adolescentes como separação dos pais, problemas na escola, sexualidade, rejeição e principalmente Bullying. A prevalência-ano para a depressão maior, é de 0,4 a 3,0% em crianças e de 3,3 a 12,4% em adolescentes. Estima-se que o risco de desenvolver depressão, ao longo da vida, seja de 10% para os homens e de 20% para as mulheres.5 6 É mais frequente em países frios.

 

 

Causas

 

 

As causas da depressão são inúmeras e controversas. Acredita-se que a genética, alimentação, stress, estilo de vida, rejeição, problemas na escola e outros fatores estão relacionados com o surgimento ou agravamento da doença. Sabe-se hoje que a depressão é associada a um desequilíbrio em certas substâncias químicas no cérebro e os principais medicamentos antidepressivos têm por função principal agir no restabelecimento dos níveis normais destas substâncias, principalmente a serotonina.

 

 

Fatores psicossociais

 

 

As pessoas que já experimentaram períodos de depressão relatam um acontecimento estressante como o fator precipitante da doença. A perda recente de uma pessoa amada é o fato mais citado, mas todas as grandes perdas (e mesmo as pequenas) causam um certo pesar.  Também a falta de amigos, que pode ocorrer devido a vários factores, desde a rejeição, até à falta de interesses em comum, leva à solidão indesejada e é um factor de risco que frequentemente leva à depressão, principalmente durante a adolescência.  Acontecimentos traumáticos, como a perda súbita de um ente querido, ou mesmo eventuais mudanças de cidade, podem causar uma depressão profunda, sendo necessário um longo período de recuperação.  A maioria das pessoas supera este estado sem se tornar cronicamente deprimida.  Alguns fatores genéticos ou biológicos podem explicar a maior vulnerabilidade de certas pessoas.  A existência ou a ausência de uma forte rede social ou familiar também influenciam – positiva ou negativamente – na recuperação. Algumas pessoas podem sofrer com a doença pelo fato de trocar de uma cidade muito boa, para uma pior e que não oferece nada em troca. É um grande fator de risco, por exemplo, uma pessoa que tem vários amigos ir para outra cidade que não tenha ninguém. As pessoas afetadas criam um bloqueio de aceitação. Desse modo acabam se desanimando das atividades comuns do dia-a-dia e com o passar do tempo o desânimo aumenta, a pessoa perde a motivação da vida, e isso gera uma grande tristeza.  Esse é um fator comum que afeta mais os jovens e os adultos.   Dentre os fatores psico-sociais causadores de depressão, problemas relacionados à convivência e relacionamento no ambiente de trabalho também têm fundamental importância para o desenvolvimento da doença em questão.  Para o behaviorismo um dos fatores correlacionados com a depressão é o desamparo aprendido, que é a diminuição de comportamentos saudáveis resultante de várias punições que aconteciam não importando o que o indivíduo fizesse (punições não-contingentes).

 

Fatores biológicos

 

 

Alterações nos níveis de neurotransmissores (principalmente serotonina, acetilcolina, dopamina, adrenalina e noradrenalina) relacionam-se à susceptibilidade para depressão.Alguns hormônios também podem ter um papel importante – ainda que isto não esteja muito claro. Ainda, atrofias em certas áreas do cérebro (particularmente no lobo pré-frontal) responsáveis pelo controle das emoções e produção de serotonina são responsáveis por distúrbios depressivos importantes. Na Mania por outro lado, quando existe excesso desses neurotransmissores, os sintomas são de euforia, sensação de energia ilimitada, necessidade de poucas horas de sono, pensamentos acelerados, impulsividade, irritabilidade e dificuldade de se controlar. Evidências neurobiológicas mostram uma forte relação entre depressão com transtornos de ansiedade.Aproximadamente 85% dos pacientes com depressão tem sintomas de ansiedade significativos e 90% dos pacientes com transtornos de ansiedade experienciam depressão em algum momento.

 

 

Factores Físicos (Traumatismos)

 

 

Em algumas depressões podem ser encontradas causas físicas para a sua existência. Há muito que se sabe que muitos dos nossos traumatismos e acidentes físicos ficam registados no nosso corpo em conjunto com as emoções que sofremos na altura do acidente traumatismo.  Isto cria situações somato emocionais que muitas das vezes perpetuam as dores ou alteram a pessoa por completo em termos emocionais.São bem conhecidos os resultados de diversas terapias dirigidas ao físico que fazem libertação somato emocional e alteram por completo o estado emocional da pessoa. Em algumas situações problemas físicos podem criar um desgaste e uma tensão demasiado grande sobre o corpo e sobre o sistema nervoso que desencadeiam ou agravam o estado depressivo.Nestas situações devem-se corrigir os diversos problemas físicos.Infelizmente muitas das vezes não existem quaisquer sintomas da sua existência pelo que estes costumam passar completamente despercebidos.

 

 

Outros fatores relacionados ao desenvolvimento de depressão

 

 

Medicamentos como betabloqueadores, benzodiazepínicos, corticosteróides, anti-histamínicos, analgésicos e antiparkinsonianos podem causar depressão, bem como a retirada de qualquer medicação utilizada a longo prazo. Vários estudos científicos têm encontrado correlações estatísticas entre alguns defensivos agrícolas e depressão.

 

Drogas

 

 

Alguns tipos de drogas podem levar a depressão crônica ou a não crônica. A benzoilmetilecgonina (Cocaína) e o Erythroxylon Coca (Extrato de Coca ou Pasta Base de Coca), são as principais que são possíveis a levar a depressão crônica, capazes de alterar completamente o sistema nervoso em menos de 15 segundos após o uso. Já a depressão não crônica, vem geralmente de genética ou causada por distúrbios perante a vida.

 

 

História

 

 

Hipócrates criou a teoria dos 4 humores corporais (sangue, fleugma ou pituíta, bílis amarela e bílis negra) em que o equilíbrio ou desequilíbrio era responsável pela saúde (eucrasia) ou enfermidade e dor (discrasia) de um indivíduo. Hipócrates acreditava que a influência de Saturno levava o baço humano a segregar mais bílis negra, alterando o humor do indivíduo e escurecendo-o, levando ao estado de melancolia. A palavra melancolia vem de melancolis (melanos=negro e colis=bíle).Galeno redescreveu a melancolia. Aureliano falou da agressividade associada à depressão e associou o suicídio à depressão.

 

 

Epidemiologia

 

 

Cerca de 16% da população mundial já teve depressão pelo menos uma vez na vida. Em alguns países como a Austrália, uma em cada quatro mulheres e cerca de um em cada oito homens já sofreu de depressão. O início dos estudos sobre a depressão começou na década de 1920. Foi reportado que as mulheres têm duas vezes mais chances de sofrer de depressão do que os homens, mas em contrapartida essa diferença tem diminuído durante os últimos anos. Esta diferença desaparece completamente entre os 50 e 55 anos. A depressão nervosa é causa comum de aposentadoria por invalidez na América do Norte e em outros países da Europa. Segundo a OMS, em 2020, a depressão nervosa passará a ser a segunda causa de mortes mundiais por doença, após doenças cardíacas.15 Pessoas deprimidas têm frequentemente pensamentos mórbidos e a taxa de suicídio entre depressivos é 30 vezes maior do que a média da população em geral. A depressão é considerada em várias partes do mundo como uma das doenças com mais alta taxa de mortalidade.

 

 

Sintomas

 

 

Os sintomas depressivos podem ser divididos entre: cognitivos, fisiológicos e comportamentais.

 

Depressao em Homens

 

 

Pelo menos seis milhões de homens americanos sofrem de depressão a cada ano.Alguns sintomas incluem fadiga, irritabilidade e sentimentos de inutilidade.Às vezes, a depressão coexiste com outras doenças, como o transtorno de estresse pós-traumático.Entre as coisas que você pode fazer para ajudar um homem que possa estar sofrendo de depressão é ajudá-lo a consultar um médico e oferecer apoio emocional.

 

 

Uma visão da depressão em homens

 


A depressão é uma doença grave que afeta o corpo, humor e pensamentos. Ela afeta a forma como se come e dorme. Ela afeta a forma como se pensa sobre as coisas e a auto-percepção. Depressão não é o mesmo que uma tristeza passageira. Não é um sinal de fraqueza pessoal ou uma condição que pode ou se deseja afastar. Homens (ou mulheres para essa matéria) com depressão não podem simplesmente “se acalmar” e melhorar. Sem tratamento, os sintomas podem durar semanas, meses ou anos.Como a pesquisa continua a revelar a depressão como real e tratável – e não há maior sinal de fraqueza do que o câncer ou qualquer outra doença grave – mais e mais homens com depressão podem sentir-se habilitados a procurar tratamento e encontrar uma melhor qualidade de vida. A depressão pode atingir qualquer pessoa, independentemente da idade, origem étnica, instrução, renda ou sexo. Pesquisadores estimam que nos Estados Unidos pelo menos 6 milhões de homens sofrem de depressão a cada ano. Isso é cerca de 7 por cento da população. Quase duas vezes mais mulheres (mais de 12 milhões) sofrem de depressão a cada ano.Mas há questões importante sobre porque as mulheres têm mais depressão que os homens. Na verdade, nós ainda não sabemos se a depressão é realmente menos comum entre os homens, ou se apenas os homens são menos prováveis do que mulheres a reconhecer e procurar ajuda.

 

Sintomas de depressão em homens

 


Enquanto as mulheres e os homens possam desenvolver os sintomas padrão de depressão, muitas vezes a depressão experiência diferente e que pode ter diferentes maneiras de lidar com ele.

 

Por exemplo, os homens podem estar mais dispostos a ter:

 

 

Fadiga.  Irritabilidade.  Perda de interesse no trabalho ou hobbies.  Distúrbios do sono. Por outro lado, os homens com depressão podem estar menos.

 

Propensos a reconhecer:

 

 

Sentimentos de tristeza.  Sentimentos de inutilidade.  Culpa excessiva.

Muitos homens também não reconhecem alguns sintomas associados a depressão- incluindo dores de cabeça, dor crônica, distúrbios digestivos, como constipação e diarréia. Depressão em homens mais idosos. A depressão não é uma parte normal do envelhecimento. É uma doença que pode ser eficazmente tratada, diminuindo assim o sofrimento desnecessário, melhorando as chances de recuperação de outras doenças, e prolongando a vida produtiva. No entanto, os médicos podem detectar os sintomas de depressão em homens mais velhos. Homens mais velhos podem estar relutantes em discutir sentimentos de tristeza, dor ou perda de interesse em atividades prazerosas. Podem queixar-se principalmente de sintomas físicos. Pode ser difícil discernir a co-ocorrência de depressão em homens que têm também de outras doenças – tais como doenças cardíacas, derrame ou câncer – o que pode causar depressão ou podem ser tratados com medicamentos que têm efeitos secundários que causam depressão.  Se a depressão é diagnosticada, o tratamento com a medicação apropriada e / ou psicoterapia breve pode ajudar os idosos a controlar ambas as doenças – que, por sua vez, irá aumentar a sobrevivência e qualidade de vida.

 

 

Depressão e outros problemas médicos.

 


A depressão pode coexistir com outras doenças. Nesses casos, é importante que a depressão e cada co-ocorrência de doença ser diagnosticada e tratada adequadamente. Uma investigação demonstrou que os transtornos de ansiedade geralmente acompanham essa condição.

 

 

Alguns exemplos de transtornos de ansiedade incluem:

 

 

Pós-traumático (TEPT).  O transtorno obsessivo-compulsivo (TOC).  O transtorno de pânico.
A fobia social. Transtorno de ansiedade generalizada (TAG).
  A depressão é especialmente comum entre as pessoas com PTSD, uma doença debilitante que pode se desenvolver após a exposição a um evento terrível de provação ou em que o dano físico grave ocorreu ou foi ameaçado. Os eventos traumáticos que podem desencadear o TEPT incluem violentas agressões pessoais, como estupro ou assalto, catástrofes naturais, acidentes, terrorismo e combate militar.

 

 

Sintomas de PTSD podem incluir:

 

 

Re-experimentar o evento traumático sob a forma de episódios de flashback, memórias, ou pesadelos. Entorpecimento emocional. Distúrbios do sono. Irritabilidade. Explosões de raiva. Culpa intensa.

 

Evitar as lembranças

 

 

Em um estudo, mais de 40 por cento das pessoas com TEPT também tinham depressão, quando avaliados em um mês e quatro meses após o evento traumático.  Transtornos por uso de substância (incluindo o abuso de substâncias ou dependência) também freqüentemente co-ocorrem com a depressão.  A pesquisa revêlou que as pessoas com alcoolismo são quase duas vezes mais prováveis que aqueles sem o alcoolismo de sofrerem de depressão grave.

 

A depressão também foi encontrada em uma taxa mais elevada entre as pessoas que têm outras doenças graves, tais como:

 

 

 

Doença cardíaca.  Câncer.  O HIV.  Diabetes. A doença de Parkinson.  Os sintomas da depressão são por vezes confundidos com acompanhamentos inevitáveis a essas outras doenças. No entanto, a pesquisa mostrou que a co-ocorrência de depressão pode e deve ser tratada, e que em muitos casos, tratar a depressão também pode melhorar o resultado da outra doença.

 

 

Tipos de depressão em homens.

 

 

Os tipos de depressão em homens são semelhantes aos observados em mulheres.

 

 

Eles podem incluir:

 

 

A depressão Major (também conhecida como depressão clínica, depressão unipolar, ou transtorno depressivo maior).  Depressão bipolar (também conhecido como psicose maníaco-depressiva).

Distimia.

Estes tipos diferem entre si em sua gravidade, número de sintomas presentes, e duração;

Quais são as opções de tratamento?
Opções de tratamento da depressão são semelhantes entre homens e mulheres, mas não variam com base no tipo de depressão que uma pessoa tem.

As opções de tratamento mais comuns para a depressão principal incluem: Medicamentos (antidepressivos).
Psicoterapia
A combinação de ambos.

Embora a depressão nos homens seja tratável, a maioria não procura tratamento. Em vez de reconhecer os seus sentimentos, pedindo ajuda, ou procurar um tratamento adequado para a depressão, os homens podem transformar em álcool ou drogas quando estão deprimidos – ou tornar-se frustrado, desencorajado, irritado, irritável e, às vezes, violentamente abusivo. Alguns homens lidam com a depressão, atirando-se compulsivamente em seu trabalho, tentando esconder sua depressão em si próprio, familiares e amigos. Outros homens podem responder por envolvimento em comportamento imprudente, assumir riscos, e colocando-se na maneira do dano.

 

 

Homens, depressão e suicídio

 


Mais de quatro vezes mais homens do que mulheres morrem por suicídio nos Estados Unidos, embora as mulheres façam mais tentativas de suicídio durante suas vidas. À luz das pesquisas que indicam que o suicídio é muitas vezes associado à depressão, o alarmante índice de suicídio entre os homens pode refletir o fato de que os homens são menos propensos a procurar tratamento. Muitos homens com depressão não conseguem obter o diagnóstico e tratamento adequados que podem salvar vidas. Mais pesquisas são necessárias para compreender todos os aspectos da depressão em homens, incluindo o modo como os homens respondem ao estresse e sentimentos associados com a depressão. Os membros da família, amigos, funcionários e profissionais de assistência no local de trabalho também podem desempenhar papéis importantes em reconhecer os sintomas em homens e ajudá-los a receber tratamento.

Generalidades
Depressão é uma palavra freqüentemente usada para descrever nossos sentimentos. Todos se sentem "para baixo" de vez em quando, ou de alto astral às vezes e tais sentimentos são normais. A depressão, enquanto evento psiquiátrico é algo bastante diferente: é uma doença como outra qualquer que exige tratamento. Muitas pessoas pensam estar ajudando um amigo deprimido ao incentivarem ou mesmo cobrarem tentativas de reagir, distrair-se, de se divertir para superar os sentimentos negativos. Os amigos que agem dessa forma fazem mais mal do que bem, são incompreensivos e talvez até egoístas.  O amigo que realmente quer ajudar procura ouvir quem se sente deprimido e no máximo aconselhar ou procurar um profissional quando percebe que o amigo deprimido não está só triste.  Uma boa comparação que podemos fazer para esclarecer as diferenças conceituais entre a depressão psiquiátrica e a depressão normal seria comparar com a diferença que há entre clima e tempo. O clima de uma região ordena como ela prossegue ao longo do ano por anos a fio. O tempo é a pequena variação que ocorre para o clima da região em questão. O clima tropical exclui incidência de neve. O clima polar exclui dias propícios a banho de sol. Nos climas tropical e polar haverá dias mais quentes, mais frios, mais calmos ou com tempestades, mas tudo dentro de uma determinada faixa de variação. O clima é o estado de humor e o tempo as variações que existem dentro dessa faixa. O paciente deprimido terá dias melhores ou piores assim como o não deprimido. Ambos terão suas tormentas e dias ensolarados, mas as tormentas de um, não se comparam às tormentas do outro, nem os dias de sol de um, se comparam com os dias de sol do outro. Existem semelhanças, mas a manifestação final é muito diferente. Uma pessoa no clima tropical ao ver uma foto de um dia de sol no pólo sul tem a impressão de que estava quente e que até se poderia tirar a roupa para se bronzear. Este tipo de engano é o mesmo que uma pessoa comete ao comparar as suas fases de baixo astral com a depressão psiquiátrica de um amigo. Ninguém sabe o que um deprimido sente, só ele mesmo e talvez quem tenha passado por isso. Nem o psiquiatra sabe: ele reconhece os sintomas e sabe tratar, mas isso não faz com que ele conheça os sentimentos e o sofrimento do seu paciente.

 

Depressao em Mulheres

 

 

Duas vezes mais mulheres do que homens são afetadas pela depressão. As mulheres têm um risco aumentado de depressão, se tiverem uma história familiar da doença, um desequilíbrio químico ou mudanças na química cerebral, ou outra doença médica, como um acidente vascular cerebral, câncer ou doença de Parkinson. Sinais de depressão podem incluir dificuldade em permanecer focado, lembrar, ou tomar decisões.  Felizmente, a maioria mulheres ficam melhores quando começam o tratamento para a depressão.

Uma visão geral da depressão em mulheres.
A depressão é uma doença que afeta o corpo, humor e pensamentos. Cerca de duas vezes mais mulheres sofrem de depressão do que os homens. A depressão pode ser descrita como sensação triste, infeliz.
  A maioria de nós se sente assim uma vez ou outra por curtos períodos. Mas a depressão clínica real (também conhecido como depressão maior) é um transtorno de humor em que sentimentos de tristeza, perda, raiva ou frustração interferem na vida cotidiana de um período prolongado. A condição pode ser leve, moderada ou grave. O grau de depressão influencia a forma como você é tratado.

Estatísticas sobre a Mulher e Depressão.
As seguintes estatísticas sobre a depressão em mulheres vêm do
National Institutes of Mental Health (NIMH). Um em cada quatro mulheres vai sofrer de depressão grave em algum momento da vida.  Depressão afeta duas vezes mais mulheres do que homens, independentemente da origem racial ou étnica ou de renda.

A depressão é a principal causa de incapacidade nas mulheres.

As mulheres que são vítimas de abuso sexual e físico estão em risco muito maior de depressão.  Pelo menos 90 por cento de todos os casos de transtornos alimentares ocorrem em mulheres, e há uma forte relação entre transtornos alimentares e depressão. A depressão pode colocar as mulheres em risco de suicídio. Apenas cerca de um quinto de todas as mulheres que sofrem de depressão procuram tratamento.

Causas e fatores de risco para depressão.
Não existe uma única causa de depressão em mulheres. Na verdade, cientistas continuam a procurar a causa ou as causas exatas. Eles, no entanto, sabem de um número de fatores de risco que aumentam as chances de uma mulher de desenvolver depressão.

Alguns fatores de risco incluem:

Fatores hormonais, incluindo alterações do ciclo menstrual, gravidez, aborto, puerpério, perimenopausa e menopausa. Doenças médicas, como um acidente vascular cerebral, ataque cardíaco, câncer ou doença de Parkinson. Stress, incluindo o stress no trabalho e em casa, assim como o estresse causado por monoparentalidade ou a cuidar de pais idosos.  A história familiar de depressão, embora possa também ocorrer em pessoas sem histórico familiar.

Sinais de depressão em mulheres
Nem todas as mulheres com depressão têm os mesmos sintomas. Algumas mulheres podem ter apenas alguns sintomas, enquanto outras podem ter vários. Se você tiver um ou mais dos seguintes sintomas de depressão há mais de duas semanas ou meses em um momento, consulte seu médico.

 Alguns sintomas de depressão possíveis incluem:

Sentir-se triste, ansioso ou “vazio”. Sentimento de desespero. Perda de interesse em passatempos e atividades que anteriormente eram apreciadas. Diminuição de energia. Dificuldade de ficar concentrado ou tomar decisões. Insônia ou dormir demais. Falta de vontade de comer e perda de peso, ou comer para “sentir melhor” e ganho de peso. Pensamentos de morte ou suicídio
Ser facilmente irritado, incomodado ou irritado. Constantes sintomas físicos que não melhoram com o tratamento, tais como dores de cabeça, dor de estômago. Tenha em mente que ter alguns sintomas de depressão não significa que a mulher está clinicamente deprimida. Por exemplo, não é incomum para aqueles que perderam um ente querido sentir-se triste, desamparada e desinteressada em atividades regulares. Somente quando esses sintomas persistirem por um tempo anormalmente longo há razão para suspeitar que o sofrimento possa ser depressão. Da mesma forma, conviver com o estresse de demissões potenciais, cargas pesadas, ou financeiras, ou problemas familiares podem causar irritabilidade e tristeza. Até certo ponto, tais sentimentos são simplesmente uma parte da experiência humana. Mas quando estes sentimentos aumentam na duração e intensidade, e um indivíduo é incapaz de funcionar como de costume, o que parecia ser um humor temporário pode ter se tornado uma doença clínica. É por isso que se você estiver enfrentando algum dos sintomas mencionados, você deve conversar com seu médico.

Tratando a Depressão em mulheres
As maiorias das mulheres com depressão melhoram quando começam o tratamento. Os benefícios do tratamento começam por reconhecer os sinais de depressão. O próximo passo é ser avaliado por um profissional de saúde mental qualificado. Embora a depressão possa ser diagnosticada e tratada por médicos de cuidados primários, muitas vezes o médico irá encaminhar o paciente para um psiquiatra, psicólogo, assistente social, clínico, ou outro profissional de saúde mental. Tratar a depressão em mulheres é uma parceria entre a mulher e o profissional de saúde.Uma vez identificados, a depressão em mulheres (e homens) quase sempre pode ser tratada por terapia, antidepressivos, ou ambos.Pode demorar algumas semanas ou meses antes que você comece a sentir uma mudança em seu humor. Se não houver resultados positivos após dois a três meses de tratamento, ou se os sintomas se agravarem, discuta outra abordagem do tratamento com seu médico. Obter uma segunda opinião de outro profissional de saúde ou de saúde mental também pode ajudar.Junto com tratamento profissional, há outras coisas que você pode fazer para ajudar a sentir melhor. Algumas mulheres acham que a participação em grupos de apoio é útil. Ela também pode ajudar a passar algum tempo com outras pessoas e participar de atividades que fazem se sentir melhor, como o exercício leve ou yoga. Só não espere muito de si mesma imediatamente. Sentir-se melhor, leva tempo.

Mulheres, a depressão e Gravidez
Para as mulheres diagnosticadas com depressão, a decisão sobre permanecer em uso de medicações durante a gravidez é uma questão complicada, que deve ser discutida com um profissional de saúde. Medicamentos tomados para a depressão durante a gravidez não alcança o feto.Em casos raros, alguns antidepressivos têm sido associados com problemas respiratórios e cardíacos em recém-nascidos, assim como agitação após o parto. No entanto, as mães que param de usar estes medicamentos podem ter um aumento do risco de uma recaída de sua depressão.Converse com seu médico sobre os riscos e benefícios de tomar antidepressivos durante a gravidez. Seu médico pode ajudá-lo a decidir o que é melhor para você e seu bebê.

 

 

O que é a depressão?

 

 

Depressão é uma doença que se caracteriza por afetar o estado de humor da pessoa, deixando-a com um predomínio anormal de tristeza. Todas as pessoas, homens e mulheres, de qualquer faixa etária, podem ser atingidas, porém mulheres são duas vezes mais afetadas que os homens. Em crianças e idosos a doença tem características particulares, sendo a sua ocorrência em ambos os grupos também freqüente.

Como se desenvolve a depressão?

Na depressão como doença (transtorno depressivo), nem sempre é possível haver clareza sobre quais acontecimentos da vida levaram a pessoa a ficar deprimida, diferentemente das reações depressivas normais e das reações de ajustamento depressivo, nas quais é possível localizar o evento desencadeador. As causas de depressão são múltiplas, de maneira que somadas podem iniciar a doença. Deve-se a questões constitucionais da pessoa, com fatores genéticos e neuroquímicos (neurotransmissores cerebrais) somados a fatores ambientais, sociais e psicológicos, como: Estresse.

Estilo de vida.

 Acontecimentos vitais, tais como crises e separações conjugais, morte na família, climatério, crise da meia-idade, entre outros se diagnostica a depressão?

 
 

Na depressão a intensidade do sofrimento é intensa, durando a maior parte do dia por pelo menos duas semanas, nem sempre sendo possível saber porque a pessoa está assim. O mais importante é saber como a pessoa sente-se, como ela continua organizando a sua vida (trabalho, cuidados domésticos, cuidados pessoais com higiene, alimentação, vestuário) e como ela está se relacionando com outras pessoas, a fim de se diagnosticar a doença e se iniciar um tratamento médico eficaz.

O que sente a pessoa deprimida?

Freqüentemente o indivíduo deprimido sente-se triste e desesperançado, desanimado, abatido ou " na fossa ", com " baixo-astral ". Muitas pessoas com depressão, contudo, negam a existência de tais sentimentos, que podem aparecer de outras maneiras, como por um sentimento de raiva persistente, ataques de ira ou tentativas constantes de culpar os outros, ou mesmo ainda com inúmeras dores pelo corpo, sem outras causas médicas que as justifiquem. Pode ocorrer também uma perda de interesse por atividades que antes eram capazes de dar prazer à pessoa, como atividades recreativas, passatempos, encontros sociais e prática de esportes. Tais eventos deixam de ser agradáveis. Geralmente o sono e a alimentação estão também alterados, podendo haver diminuição do apetite, ou mesmo o oposto, seu aumento, havendo perda ou ganho de peso. Em relação ao sono pode ocorrer insônia, com a pessoa tendo dificuldade para começar a dormir, ou acordando no meio da noite ou mesmo mais cedo que o seu habitual, não conseguindo voltar a dormir. São comuns ainda a sensação de diminuição de energia, cansaço e fadiga, injustificáveis por algum outro problema físico.

Como é o pensamento da pessoa deprimida?

Pensamentos que freqüentemente ocorrem com as pessoas deprimidas são os de se sentirem sem valor, culpando-se em demasia, sentindo-se fracassadas até por acontecimentos do passado. Muitas vezes questões comuns do dia-a-dia deixam os indivíduos com tais pensamentos. Muitas pessoas podem ter ainda dificuldade em pensar, sentindo-se com falhas para concentrar-se ou para tomar decisões antes corriqueiras, sentindo-se incapazes de tomá-las ou exagerando os efeitos "catastróficos" de suas possíveis decisões erradas.

Pensamentos de morte ou tentativas de suicídio

Freqüentemente a pessoa pode pensar muito em morte, em outras pessoas que já morreram, ou na sua própria morte. Muitas vezes há um desejo suicida, às vezes com tentativas de se matar, achando ser esta a " única saída " ou para " se livrar " do sofrimento, sentimentos estes provocados pela própria depressão, que fazem a pessoa culpar-se, sentir-se inútil ou um peso para os outros. Esse aspecto faz com que a depressão seja uma das principais causas de suicídio, principalmente em pessoas deprimidas que vivem solitariamente. É bom lembrar que a própria tendência a isolar-se é uma conseqüência da depressão, a qual gera um ciclo vicioso depressivo que resulta na perda da esperança em melhorar naquelas pessoas que não iniciam um tratamento médico adequado. Sentimentos que afetam a vida diária e os relacionamentos pessoais. Freqüentemente a depressão pode afetar o dia-a-dia da pessoa. Muitas vezes é difícil iniciar o dia, pelo desânimo e pela tristeza ao acordar. Assim, cuidar das tarefas habituais pode tornar-se um peso: trabalhar, dedicar-se a uma outra pessoa, cuidar de filhos, entre outros afazeres podem tornar-se apenas obrigações penosas, ou mesmo impraticáveis, dependendo da gravidade dos sintomas. Dessa forma, o relacionamento com outras pessoas pode tornar-se prejudicado: dificuldades conjugais podem acentuar-se, inclusive com a diminuição do desejo sexual; desinteresse por amizades e por convívio social podem fazer o indivíduo tender a se isolar, até mesmo dificultando a busca de ajuda médica.

Como se trata a depressão?

A depressão é uma doença reversível, ou seja, há cura completa se tratada adequadamente. O tratamento médico sempre se faz necessário, sendo o tipo de tratamento relacionado ao perfil de cada paciente. Pode haver depressões leves, com poucos aspectos dos problemas mostrados anteriormente e com pouco prejuízo sobre as atividades da vida diária. Nesses casos, o acompanhamento médico é fundamental, mas o tratamento pode ser apenas psicoterápico.Pode haver também casos de depressões bem mais graves, com maior prejuízo sobre o dia-a-dia do indivíduo, podendo ocorrer também sintomas psicóticos (como delírios e alucinações) e ideação ou tentativas de suicídio. Nessa situação, o tratamento medicamentoso se faz obrigatório, além do acompanhamento psicoterápico.Os medicamentos utilizados são os antidepressivos, medicações que não causam “dependência”, são bem toleradas e seguras se prescritas e acompanhadas pelo médico. Em alguns casos faz-se necessário associar outras medicações, que podem variar de acordo com os sintomas apresentados (ansiolíticos, antipsicóticos).

 

 

O Que é Depressão?

 


A depressão é uma doença "do organismo como um todo", que compromete o físico, o humor e, em conseqüência, o pensamento.A Depressão altera a maneira como a pessoa vê o mundo e sente a realidade, entende as coisas, manifesta emoções, sente a disposição e o prazer com a vida. Ela afeta a forma como a pessoa se alimenta e dorme, como se sente em relação a si próprio e como pensa sobre as coisas. A Depressão é, portanto, uma doença afetiva ou do humor, não é simplesmente estar na "fossa" ou com "baixo astral" passageiro. Também não é sinal de fraqueza, de falta de pensamentos positivos ou uma condição que possa ser superada apenas pela força de vontade ou com esforço.  As pessoas com doença depressiva (estima-se que 17% das pessoas adultas sofram de uma doença depressiva em algum período da vida) não podem, simplesmente, melhorar por conta própria e através dos pensamentos positivos, conhecendo pessoas novas, viajando, passeando ou tirando férias. Sem tratamento, os sintomas podem durar semanas, meses ou anos. O tratamento adequado, entretanto, pode ajudar a maioria das pessoas que sofrem de depressão. A Depressão, de um modo geral, resulta numa inibição global da pessoa, afeta a parte psíquica, as funções mais nobres da mente humana, como a memória, o raciocínio, a criatividade, a vontade, o amor e o sexo, e também a parte física. Enfim, tudo parece ser difícil, problemático e cansativo para o deprimido. A pessoa deprimida não tem ânimo para os prazeres e para quase nada na vida, de pouco adiantam os conselhos para que passeiem, para que encontrem pessoas diferentes, para que freqüentem grupos religiosos ou pratiquem atividade exóticas.  Os sentimentos depressivos vêm do interior da pessoa e não de fora dela e é por isso que as coisas do mundo, as quais normalmente são agradáveis para quem não está deprimido, parecem aborrecedoras e sem sentido para o deprimido.
A Depressão é medicamente mais entendida como um mal funcionamento cerebral do que uma má vontade psíquica ou uma cegueira mental para as coisas boas que a vida pode oferecer. A pessoa deprimida sabe e tem consciência das coisas boas de sua vida, sabe que tudo poderia ser bem pior, pode até saber que os motivos para seu estado sentimental não são tão importantes assim, entretanto, apesar de saber isso tudo e de não desejar estar dessa forma, continua muito deprimido. Portanto, as doenças depressivas se manifestam de diversas maneiras, da mesma forma que outras doenças, como, por exemplo, as do coração. Respondendo a pergunta inicial sobre o que é a Depressão?, podemos dizer: a Depressão é um Transtorno Afetivo (ou do Humor), caracterizada por uma alteração psíquica e orgânica global, com conseqüentes alterações na maneira de valorizar a realidade e a vida. Depois dessa explicação seria interessante saber o que é o Afeto, já que a Depressão é uma doença afetiva.

O Que é o Afeto
O Afeto é a parte de nosso psiquismo responsável pela maneira de sentir e perceber a realidade. A afetividade é, então, o a parte psíquica responsável pelo significado sentimental de tudo aquilo que vivemos. Se as coisas que vivenciamos estão sendo agradáveis, prazerosas, sofríveis, angustiantes, causam medo ou pânico, dão satisfação, etc., todos esses valores são atribuídos pela nossa afetividade. Será através de nosso Afeto que o mundo, no qual vivemos, chega até nossa consciência com o significado emocional que tem para nós.A afetividade funciona como as lentes dos óculos através das quais enxergamos emocionalmente nossa realidade. Através dessas lentes podemos perceber nossa realidade com mais clareza ou não, com mais colorido ou não, com mais esperança ou não e assim por diante. Há determinados estados onde a pessoa enxerga sua realidade como se estivesse usando óculos escuros, ou seja, tudo é percebido de maneira cinzenta, escura e nublada. Outros percebem a realidade como se estivessem usando óculos cor-de-rosa, onde tudo parece mais exuberante. Alguns vêem o mundo através de uma lupa, onde as questões adquirem dimensões maiores e assim por diante.Tendo em vista o fato da afetividade (lentes do óculos) ser diferente entre as pessoas, alguns sofrerão mais que outros diante de um mesmo problema. Devido a essa sensibilidade pessoal diferente para com a realidade, cada um de nós reagirá à essa realidade também de maneira muito pessoal e diferente. Aqueles que se sentem ameaçados reagem de uma maneira, aqueles que se percebem inseguros de outra, os otimistas de outra ainda, os tímidos, os expansivos, os pensativos, os sentimentais e por aí à fora, cada um reagindo à vida de maneira própria e pessoal.Deve ficar claro que a afetividade não pode ser simplesmente submetida à influência da vontade, portanto, ninguém deseja voluntariamente Ter um afeto depressivo, assim como, também, dificilmente alguém conseguirá melhorar seu estado afetivo simplesmente porque um amigo ou pessoa de sua intimidade lhe dê bons conselhos e palavras de otimismo. A afetividade pode ser melhorada e adequada mediante dois procedimentos: com a utilização de medicamentos que atuam nos neurotransmissores e nos neuroreceptores cerebrais e, através de práticas psicoterápicas e psicopedagógicas de aperfeiçoamento da personalidade. Nesse último caso pleiteai-se que a pessoa passe a conhecer melhor as questões de suas emoções e de sua Depressão. Através desse conhecimento pretende-se que a pessoa passe a melhorar sua relação com a realidade e consigo mesma.Devido ao afeto depressivo e negativo, as sensações físicas corriqueiras e habituais em qualquer pessoa são valorizadas pessimistamente nos deprimidos. Uma simples tontura, por exemplo, apesar de ser um acontecimento perfeitamente trivial na vida de qualquer pessoa, é percebida como algo mais sério pelo deprimido, como uma ameaça de desmaio ou coisa assim.
Por causa do afeto depressivo as pessoas passam a observar exageradamente o funcionamento de seus organismos. Ora verificando o ritmo intestinal, ora prestando muita atenção às sensações vagas, aos formigamentos, às dores aqui e ali, às indisposições, palpitações e assim por diante.
Como é a Depressão
O quadro da Depressão é o mais variável possível, de acordo com a personalidade da pessoa deprimida. Da mesma forma, como cada um de nós reage diferente aos sentimentos, cada um terá uma maneira pessoal de manifestar sua Depressão. Há pessoas que ficam caladas diante das suas preocupações, outras choram, outras contam suas dificuldades para todo mundo, outras sentem dor de estômago, alguns têm aumento da pressão arterial, enfim, cada um reagirá diferentemente diante de suas emoções.Podemos fazer uma comparação didática entre a depressão e a alergia. A alergia é uma tipo de resposta de nosso organismo à alguma coisa capaz de irritá-lo. Embora várias pessoas possam ser alérgicas, cada qual manifestará sua alergia de maneira particular e será alérgica à diferentes elementos; algumas terão rinite, outras asma, outras ainda urticária ou simples coceiras e assim por diante. O fenômeno em pauta é um só: a alergia. Entretanto, cada organismo tem sua própria maneira própria de manifestá-la. Portanto, aquela velha mania das pessoas ficarem comparando entre si o que sentem não é suficiente para que se dê o diagnóstico de Depressão. Para alguns acontece da Depressão se manifestar através da Síndrome do Pânico, por exemplo, sem tristeza, sem desânimo e sem choro, enquanto, para outros ela se apresenta sob a forma Típica, com tristeza, choro e apatia. Outros ainda, podem apresentar sintomas físicos e assim por diante. Crianças deprimidas, em geral, costumam ir mal na escola, ficam rebeldes, irritadas e não se mostram tristes. Embora em todos os casos haja depressão, não se pode comparar sintomas.O popular Esgotamento pode ser também uma outra forma da Depressão. Sentir-se esgotado é sentir-se sem disposição para a vida. Não para a vida em seu sentido biológico de continuar vivendo, mas à vida em seu sentido cotidiano; falta disposição para continuar, dia após dia, a enfrentar os mesmos problemas corriqueiros, falta disposição para enfrentar a monotonia e a constância da vida, para continuar à fazer as mesmas coisas, para suportar as mesmas pessoas, etc. Esgotamos, por assim dizer, nossa energia e nossa capacidade de adaptação ao trivial, ao feijão-com-arroz de nossa vida cheia de problemas.O que se constata na clínica é que não existe um estado de esgotamento sem que haja também um estado afetivo diminuído. Esse estado afetivo pode ser a causa ou a conseqüência do esgotamento, ou seja; ou a pessoa teve um episódio depressivo e acabou por entrar em esgotamento ou, ao contrário, começou por apresentar um esgotamento que acabou resultando num estado depressivo.Na Depressão Típica falta energia para tolerar conviver com nosso próximo, falta tolerância para aceitar o jeito de ser dos outros, falta ânimo para resolver problemas da vida, falta otimismo para acreditar que as coisas estão bem.Hoje, mais do que nunca, há uma tendência (científica) em aceitar o fato da Depressão, seja por esgotamento ou sem motivos aparentes, ser conseqüência não apenas das experiências de vida atuais ou do passado, como se pensava antes mas, principalmente, causada por uma determinada alteração orgânica-cerebral (física).Como dissemos antes, podemos dividir a Depressão em dois tipos básicos: a Depressão Típica, com todos os sintomas emocionais percebidos e sentidos pelas pessoas de maneira franca, ou seja, com um quadro predominantemente emocional de indisposição, insegurança, angústia, tristeza, apatia, desânimo, etc. e a Depressão Atípica, ou seja, com sintomas que não sugerem (à primeira vista) tratar-se de uma Depressão mas que equivalem à ela em sua essência.

Tipos de Depressão
À Depressão pode se manifestar como Depressão Típica ou Depressão Atípica. A Depressão Atípica é uma maneira disfarçada da Depressão se apresentar. Isso acontece, normalmente, naquelas pessoas que não se permitem sentimentos sem motivo e, apesar de já terem ido à muitos consultórios médicos com as mais variadas queixas e de terem feito inúmeros exames, continuam achando que a medicina ainda não conseguiu descobrir a causa de seus problemas.A Depressão Típica, por sua vez, se manifesta com todos os sintomas emocionais típicos, tais como apatia, desinteresse, tristeza, desânimo, etc. A Depressão pode ser entendida como um estado afetivo rebaixado. Portanto, o que mais se constata na Depressão Típica é um cansaço ou inibição das atividades físicas e psíquicas tal como se houvesse uma perda de energia geral. Para as pessoas deprimidas todas as atividades parecem mais cansativas, difíceis e tediosas. Há um comprometimento do ânimo geral para tudo, inclusive para as atividades que deveriam dar prazer.

Depressão Típica
A Depressão Típica se apresenta através de sintomas afetivos diretamente relacionados ao humor. Pode haver angústia, acompanhada ou não de ansiedade, tristeza, desânimo, apatia, desinteresse e irritabilidade. Não é obrigatória a presença de todos esses sintomas ao mesmo tempo.Na esfera intelectual há uma certa preguiça do pensamento, tornando-o lento e trabalhoso. Há diminuição da memória, a qual pode falhar e confundir as coisas, dificuldade para resolver problemas antes considerados fáceis e tendência à pensamentos negativos ou pessimistas. Por causa desses pensamentos negativos surge insegurança e auto-estima diminuída.Fisicamente pode aparecer indisposição geral, apatia, sensação de peso ou pressão na cabeça, e zonzeira . Não é raro uma queixa de "bolo na garganta", como uma coisa que não sobe nem desce. É comum também impotência sexual ou frigidez, devido ao desinteresse ou mesmo a falta de energia para o sexo. Todo o organismo é prejudicado, podendo haver até maior tendência à infecções viróticas ou bacterianas (herpes, gripes, resfriados, etc).Outros problemas físicos que existiam antes podem piorar muito na Depressão, como por exemplo; gastrite, diarréia ou intestino preso, asma brônquica, reumatismos, diabetes, hipertensão arterial, enxaquecas, labirintite e outras. Aparecem também queixas físicas vagas englobando palpitações, falta de ar, dores incaracterísticas, crises de sudorese, tremores, etc. Esses problemas físicos, embora sejam comuns nas Depressões Atípicas, aparecem também nas depressões Típicas.
A Depressão proporciona ao paciente um estado que pode ser chamado de Inibição Psíquica Global, uma espécie de lentificação de todos os processos mentais, como uma preguiça cerebral geral. Isso acomete, por exemplo, o desempenho sexual, o apetite (que pode estar aumentado ou diminuído), a disposição e ânimo gerais, a capacidade de concentração e memória, a qualidade do sono. Essa baixa performance psíquica resulta em dificuldades para resolução dos afazeres do cotidiano e para tomar decisões.Tanto os pensamentos quanto os movimentos parecem estar mais lentos. Para a pessoa deprimida tudo parece mais difícil e problemático. Parece não haver energia suficiente para a vida e até a vontade se compromete.A progressiva perda de interesse do deprimido típico também é um sintoma marcante. No estado normal a pessoa está constantemente ligada aos estímulos e aos acontecimentos da vida em geral, interessando-se por tudo que se passa à sua volta. Normalmente gostamos de saber aquilo que está acontecendo; os noticiários, as novelas da TV, , quais filmes e livros em cartaz, quais os times que disputam o campeonato, como está nosso cão, o que precisamos fazer em nossa casa, preço das coisas, notícias de conhecidos e assim por diante. Há sempre um interesse dirigido ao mundo à nossa volta. Na Depressão é comum que a pessoa tenha desinteresse para tudo isso.A pessoa deprimida não quer mais saber das coisas da vida nem da vida dos outros, não se anima mais com aquilo que antes era interessante. Outro sintoma marcante na Depressão Típica é em relação à Auto-estima, ou seja, em relação ao conceito que a pessoa tem de si mesma. O deprimido sempre se vê pior do que os outros ou bem pior daquilo que gostaria de ser. Na Depressão a pessoa vê-se péssima, chata, incompetente, etc. Também são negativas suas perspectivas de vida, seu futuro, suas doenças que serão descobertas, sua pobreza que sem dúvida virá, sua idade e assim por diante. Além da má idéia que o depressivo faz de si, ele sofre também com a idéia sobre aquilo que os outros estarão certamente pensando dele. Normalmente acha que os outros estão fazendo um mau juízo sobre sua pessoa. Muitas vezes, embora o deprimido não tenha coragem e nem se permite idéias de suicídio, não obstante preferia não estar vivendo. Como cita Sêneca, ao falar da Tranqüilidade da Alma, a pessoa nesse estado se inquieta com perturbações imaginárias e, por fim, acaba preferindo morrer do que continuar vivendo morto.

Depressão Atípica
Como já dissemos, um grande número de casos de Depressão se apresenta de forma atípica, ou seja, sem que a pessoa se perceba deprimida e sem a grande maioria das queixas contidas na Depressão Típica.Algumas pessoas acreditam ser obrigatório um motivo de vida (existencial) para aparecer a Depressão. Quando não detectam um motivo justo para sua Depressão, acabam achando impossível manifestar um sentimento depressivo. Pensam que se estivessem deprimidos sem motivos e apesar das coisas estarem bem, seriam considerados emocionalmente descontrolados. Nesse tipo de pacientes aparece a Depressão Atípica.Por uma questão biológica e natural, normalmente as emoções não obedecem cegamente a razão e, apesar de sabermos racionalmente não haver motivos suficientes para nossa Depressão, esta alteração afetiva acaba aparecendo mascaradamente e com sintomas diferentes da Depressão Típica. Tais sintomas não deixam de representar um sinal de alerta sobre uma eminente falência psíquica (ou esgotamento, como gostam de dizer).Vejamos um exemplo da autonomia de nossas emoções sobre nossa razão. Há pessoas que não toleram presenciar cenas de sangue sob o risco de passarem mal. Presenciando um médico de Pronto Socorro limpar os ferimentos de uma criança com extensas queimaduras, podem vir a desmaiar. Pois bem. O desmaio é uma defesa psíquica do organismo que não deseja presenciar a cena, portanto, uma atitude francamente psicológica. Essa fuga de uma realidade que não se quer presenciar é uma atitude planejada pelo nosso psiquismo sem que tenhamos participado dela conscientemente. Ora, ninguém acredita que esse desmaio seja uma doença física que aparece sempre que o paciente estiver diante de uma criança com queimaduras. Portanto, trata-se de um desmaio eminentemente psíquico. Nem podemos pensar, também, que a pessoa desmaiou porque assim desejou nem que está fingindo um desmaio. Trata-se de uma atitude psíquica de adaptação à uma situação que não se quer presenciar. É a emoção subjugando a razão.Como vimos neste exemplo, as emoções aparecem independente de nossa vontade, portanto, as alterações do humor aparecem mesmo diante de nosso eventual e pretenso controle.Estima-se que até 40% dos portadores de Depressão tem, como manifestação principal, a ansiedade. Como a ansiedade apresenta um quadro muito mais exuberante e conveniente que o sintoma depressivo, os deprimidos atípicos acabam se achando apenas ansiosos e não depressivos. Essa situação de ansiedade é reconhecida por muitos como sendo também um caso de Esgotamento.


Podemos dividir essas Depressões Atípicas em dois grupos:
1- com sintomas predominantemente Físicos e;
2- com sintomas predominantemente Psíquicos.

Quando os sintomas são de natureza física aparecem em qualquer órgão ou sistema, quando são psíquicos se manifestam através de determinadas emoções que equivalem aos sentimentos depressivos, embora tenham outro colorido.Dissemos predominantemente, porque haverá predomínio de sintomas físicos ou psíquicos em cada caso, mas a mesma pessoa pode apresentar tanto sintomas físicos quanto psíquicos ao mesmo tempo. É isso que acontece com mais freqüência, ou seja, a pessoa além da ansiedade, da fobia ou do pânico (sintomas psíquicos) apresenta ainda palpitação, sudorese, formigamentos, tontura, hipertensão, taquicardia (sintomas físicos) e assim por diante.

 

O Pensamento Depressivo

 


A Depressão se caracteriza também por tipos próprios de esquema de pensamento. As idéias e crenças da pessoa deprimida são, freqüentemente, negativas. Apesar dessas idéias parecerem artificiais e completamente sem fundamento para as pessoas não-deprimidas, ou mesmo para o próprio deprimido quando não está em Depressão, durante o momento em que o afeto está deprimido esses pensamentos parecem bastante verdadeiros. Depois de passada a crise de Depressão o próprio depressivo entende o absurdo de tais pensamentos.Não há, evidentemente, apenas um esquema de pensamento característico para todos pacientes deprimidos mas, de um modo geral, podemos reconhecer certos esquemas de pensamento comuns à esses pacientes.Conhecendo os esquemas de pensamento possíveis na Depressão, podemos entender claramente porque algumas palavras ditas sem nenhuma pretensão ofensiva e atitudes muitas vezes inocentes podem ser interpretadas negativamente pelos deprimidos. Uma simples brincadeira ao dizer que uma pessoa é feia, chata ou que está incomodando poderá ser interpretada ao pé da letra e não como uma simples brincadeira. Para o paciente depressivo essas brincadeiras podem representar verdadeiras. Podem também interpretar negativamente uma simples reportagem na televisão sobre determinado vírus ou doença.


A - Pessimismo
Devido ao fato da afetividade depressiva não permitir uma visão mais positiva da realidade, os deprimidos insistem sempre em considerar que a maneira negativa e sombria de perceber as coisas do mundo é uma maneira realista de viver.
Na realidade, se olharmos a vida com muita emoção vamos encontrar motivos que nos entristecem em qualquer lugar e em qualquer situação; crianças carentes, fome universal, guerras, violência urbana, seqüestros, carestia, insegurança social, corrupção, acidentes catastróficos e por aí à fora. Entretanto, é um dever para com nosso bem-estar estarmos adaptados à vida, com tudo que ela tem de bom e de ruim, sem necessariamente nos conformar com tudo.
Estar inconformado significa estarmos sempre procurando melhorar as condições atuais, fazer alguma coisa para mudar a situação para melhor. Esse inconformismo é uma atitude sadia e desejável. A adaptação, entretanto, nos obriga a continuar vivendo apesar de tudo. Reclamando, contestando, protestando ou agindo, porém, vivendo com saúde e determinação. Quando adoecemos por causa das coisas à nossa volta, do destino, da sorte, dos acontecimentos é sinal que estamos, além de inconformados (o que é natural) também desadaptados (o que não é normal).Nos casos mais graves a pessoa deprimida passa a projetar nos outros as idéias pessimistas que têm à seu próprio respeito. O empresário começa a suspeitar que os outros comentam sua bancarrota, a mulher pudica suspeita que comentam à respeito de sua moral, a adolescente acha que estão comentando ser ela muito feia e chata, o sócio se acha enganado, o marido pensa que sua esposa já não o suporta mais e assim por diante. Na realidade são idéias pessimistas que nascem na própria pessoa e são projetadas nos demais.


B - Generalizações
No depressivo há uma tendência em generalizar pensamentos, porém, só os pensamentos negativos. Devido à um afeto que valoriza o lado ruim das coisas o deprimido tende a generalizar seu pensamento; nada em minha vida tem sido bom, tudo que eu faço está errado, para mim tudo é mais difícil, isso só poderia ter acontecido comigo, ninguém gosta de mim e coisas assim.As generalizações pessimistas não levam em consideração o lado bom da vida. Não leva em conta também a saúde e bem estar daqueles que lhe são queridos, a consideração dos amigos, o fato de, bem ou mal, terem sido superados obstáculos para chegar até aqui, enfim, o deprimido excluí de suas generalizações qualquer elemento positivo de sua vida. E não faz isso propositadamente mas sim, infelizmente, conduzido por um afeto rebaixado. As lentes dos óculos da Depressão não mostram as coisas boas.


C - Pensamento Inseguro
Trata-se da sensação de insegurança muito comum aos deprimidos. Esse pensamento é responsável pela pessoa deixar de fazer certas coisas e de freqüentar certos lugares ou que evitem determinadas decisões.Esse tipo de pensamento se reforça na tendência às generalizações. Há um constante questionamento; se não der certo, se ficar pior, se eu não tiver condições, se eu ficar mal comentado, se eu passar mal. Nos casos de Depressão Atípica a insegurança faz com que se evitem de situações onde certamente passarão mal.

 

A Química da Depressão
Não são conhecidas ainda todas as causas da Depressão e talvez ainda demore muito tempo para essa tarefa ser concluída. Entretanto, pesquisas nessa área sugerem fortemente influências bioquímicas importantes para a regulação de nosso estado afetivo. Pesquisas recentes sugerem também a importância de fatores genéticos na Depressão. Vem daí a incidência aumentada do transtorno depressivo em membros de certas famílias ou a concordância entre irmãos deprimidos.Desde a milenar invenção do vinho temos noção dos efeitos de produtos químicos sobre a atuação da personalidade humana. Ao longo dos anos tem sido muito grande nossa inclinação para substâncias que aliviem nossos males, amenizem nossas angústias e proporcionem momentos de bem estar. Conhecendo a história do ópio, das bebidas alcoólicas e dos tóxicos passamos a aceitar melhor a idéia de algumas substâncias poderem alterar a percepção que se tem da realidade.Os tratamentos medicamentosos para a Depressão procuram realizar uma correção bioquímica de tal forma que haveria um aumento no nível desses neurotransmissores , juntamente com um reequilíbrio dos neuroreceptores. Podemos, com esses conhecimentos, entender melhor a atuação de determinados medicamentos psicotrópicos, bem como a ação cerebral de outras substâncias entorpecentes e euforizantes, como é o caso da cocaína.
Medicamentos antidepressivos, muito em moda ultimamente e um dos mais expressivos avanços da ciência na área cerebral nesse século, promovem uma expressiva correção no nível dos neurotransmissores e, concomitantemente, também um ajuste na quantidade e qualidade dos neuroreceptores. Dessa feita procuramos através de medicamentos, promover uma normalidade na bioquímica cerebral compatível com uma tonalidade afetiva mais harmônica. Que quadros podemos ter na DepressãoEm algumas pessoas a Depressão se apresenta de forma Típica em outros de forma Atípica.

Nas formas Atípicas de Depressão podemos Ter, concomitantemente, variados quadros psicoemocionais:

A - QUADROS ANSIOSOS
A.1 – SÍNDROME DO PÂNICO
A.2 – FOBIAS
A.3 – ANSIEDADE GENERALIZADA


B – QUADROS SOMÁTICOS (com queixas
físicas)
B.1 – QUADROS SOMATOMORFOS
B.2 – DOENÇAS PSICOSSOMÁTICAS
B.3 – HIPOCONDRIA


C – QUADROS NA INFÂNCIA
D.1 – HIPERATIVIDADE
D.2 – MEDO PATOLÓGICO
D.3 – DIFICULDADES ESCOLARES


D – QUADROS IMPULSIVOS
C.1 – BULIMIA NERVOSA
C.2 – ANOREXIA NERVOSA
C.3 – QUADROS OBSESSIVO-COMPULSIVOS

 

 

A depressão e o Tabagismo

 

 

A depressão está associada com um aumento da freqüência de fumar. Os fumantes compulsivos são caracterizados pela preocupação com o tabagismo, o apego anormal de cigarros e antecipação de recompensa do cérebro das drogas na fumaça do cigarro.As tentativas de parar de fumar muitas vezes levam a uma diminuição do nível de prazer e de humor indesejáveis. Assim, uma vez que o cérebro se adaptou a dose diária da droga, parece anormal ao cérebro se o usuário tenta se abster.Indivíduos com sintomas depressivos subjacentes ou atuais são mais propensos a experimentar distúrbios de humor quando tentam parar de fumar. Além disso, parece que o tabagismo pode mascarar uma depressão subjacente em alguns fumantes.Novas pesquisas sugerem que pode haver algo na fumaça do cigarro que tem propriedades antidepressivas, o que explica que o cigarro é muito mais comum entre pacientes deprimidos. Um exame de 3.000 indivíduos americanos confirmou que a freqüência da vida de depressão maior foi mais comum entre os fumantes do que não fumantes (6,6 por cento x 2,9) Este estudo também demonstrou que os fumantes que relataram pelo menos um episódio de depressão maior eram menos prováveis para ter sucesso em programas de cessação do tabagismo que os fumantes sem depressão (14 por cento vs 28). Estas conclusões foram confirmadas várias vezes.Há milhares de outros produtos químicos constituintes de nicotina na fumaça do cigarro, dos quais um, ou vários, podem afetar o humor da mesma maneira como um grupo de medicamentos antidepressivos chamados inibidores da monoaminaoxidase ou IMAO. Estes IMAOs efetivamente aumentam os níveis de neurotransmissores específicos envolvidos na regulação do humor. Fumar, portanto, pode ser uma maneira para as pessoas deprimidas automedicarem os sintomas depressivos. Conseqüentemente, os profissionais de saúde que oferecem programas de cessação do tabagismo devem oferecer tratamentos para depressão e estarem preparados para tratar transtornos de humor subjacente, como parte de um amplo programa de suspensão do tabagismo.

 

Depressao e disfunção sexual, impotência e frigidez.

 

 

Disfunção Sexual é a incapacidade de participar do ato sexual, com satisfação devido à dor relacionada ao intercurso ou impedimento em uma ou mais fases do ciclo de resposta sexual (desejo-excitação-orgasmo-resolução).Ela pode se manifestar como uma alteração da excitação ou como uma diminuição da libido.Um estudo realizado pelo projeto Prosex em parceria com algumas instituições revelou que 54% dos brasileiros, pelo menos 25 milhões de homens, sofrem com algum problema de ereção.

 

Porque ocorre a Disfunção Sexual (fisiologia)

 


A disfunção sexual pode ter várias origens, como problemas psíquicos como a depressão ou doenças como a diabetes.Tendo em vista a complexidade da fisiologia sexual, podemos dizer que a função sexual recebe influências de natureza central (Sistema Nervoso Central) e periférica (tudo o que não vem do cérebro). No Sistema Nervoso Central (SNC) sabemos que existem alguns neurotransmissores relacionados à função sexual, como por exemplo, a Dopamina, relacionada ao desejo e à excitação. Também participam da excitação a Serotonina e a Noradrenalina. Em termos de hormônios elaborados também no SNC, temos a prolactina, relacionada à excitação subjetiva e a ocitocina, diretamente relacionada ao orgasmo.Influindo na sexualidade e fora do SNC, ressaltam-se alguns hormônios, notadamente a progesterona, o estrogênio e a testosterona, todos envolvidos na deflagração do desejo sexual. Portanto, inúmeros elementos, especialmente hormônios e neurotransmissores, acham-se diretamente ou indiretamente envolvidos com a função, desempenho e satisfação sexual de homens e mulheres.No Brasil, a disfunção sexual atinge 51% das mulheres e 48% dos homens. A depressão é um dos fatores mais responsáveis por esses índices. Com ela, a libido é diminuída, impedindo o ciclo do desempenho sexual, fantasias e estímulos. Não havendo desejo, a atividade sexual é pouca ou ausente, comprometendo o relacionamento como um todo e repercutindo em outras áreas da vida do casal.No homem deprimido, a falta de excitação se traduz na Disfunção Erétil, chamada antes de Impotência Sexual. Trata-se da incapacidade de manter a ereção para se completar o ato sexual, fato que também irá gerar frustrações e, nesse nosso tema, resultará em agravamento do estado depressivo. Já na mulher, a alteração sexual é denominada de frigidez, que se traduz em falta de prazer ou dor durante as relações sexuais. Nessas circunstâncias elas evitam o ato sexual e/ou desenvolvem um sentimento de culpa, agravando ainda mais seu estado depressivo. A disfunção sexual freqüente na depressão pode ainda piorar quando, o próprio tratamento para a depressão acaba induzindo essas disfunções, pois muitos antidepressivos diminuem o desejo sexual. Nem todos os antidepressivos são bem tolerados por todas pessoas e quanto mais seletivo for o antidepressivo, sobre o número de produtos e locais do cérebro sobre os quais atua, menos são os efeitos colaterais.

 

 

Efeitos de alguns antidepressivos sobre a sexualidade

 

TRICÍCLICOS

 

Desipramina

Nortriptilina

Amitriptilina

Imipramina

 

Diminuição do desejo, disfunção orgástica, atraso ou ausência de orgasmo, disfunção de ejaculação e disfunção erétil.

 

ISRS

Citalopram

Escitalopram

Fluoxetina

Fluvoxamina

Paroxetina

Sertralina

 

Diminuição do desejo, disfunção orgástica, disfunção de ejaculação e diminuição da lubrificação.

 

OUTROS

 

Bupropiona

Aumento do desejo e diminuição de excitação (raro).

Nefazodone

Sem efeito no desejo e mínima disfunção orgástica.

Mirtazapina

Sem efeito no desejo e mínima disfunção de excitação.

Trazodone

Aumento do desejo, disfunção erétil e orgástica, priapismo (raro).

Venlafaxina

Diminuição do desejo, disfunção orgástica, disfunção erétil.

 

 

Depressão e Ansiedade


Depressão Infantil

 

A – Os Quadros Ansiosos
Em resumo podemos dizer que os estados depressivos proporcionam grande sensação de insegurança e está aí a origem da ansiedade na Depressão. Muitas situações, fatos e circunstâncias podem significar ameaça ao deprimido, como por exemplo, viajar sozinho, sentir-se preso num elevador, esperar numa fila do banco, estar em locais muito cheios de gente, cismar com alguma doença, sentir-se avaliado pelos outros, enfim, uma série de circunstâncias passam a nos representar ameaças devido à nossa insegurança.Diante de situações de ameaça, mesmo que represente ameaça apenas para o paciente deprimido, a reação será de ansiedade. Essa ansiedade será patológica, tanto devido à sua intensidade quanto à sua freqüência.

 

B – Os Quadros Somáticos
São aqueles que se manifestam predominantemente com queixas físicas. A Depressão, ao invés de se manifestar tipicamente com quadro clássico de tristeza, choro, indisposição, apatia, etc., manifesta-se com queixas físicas.
Quando essas queixas, apesar de incômodas ao paciente, não são constatadas por exames médicos, por exemplo, pelo eletrocardiograma, pelo raio x, pelos exames de sangue, etc., falamos em Transtornos Somatomorfos.Incluem-se aqui as queixas dolorosas, as palpitações, falta de ar, tonturas, formigamentos, etc.Quando a Depressão determina ou mesmo agrava certas doenças as quais podem ser confirmadas por alterações em exames médicos, como por exemplo, a diabetes, a hipertensão arterial, asma, alergias variadas, labirintite, etc., falamos em Doenças Psicossomáticas.

 

C – Os Quadros na Infância
A Depressão na infância é quase sempre Atípica. Um dos quadros mais freqüentemente associados à Depressão Infantil é o Transtorno Hiperativo, normalmente acompanhado de dificuldade de atenção. As crianças em idade pré-escolar com este quadro são muito hiperativas, sem noção de perigo, estabanadas ao extremo e, em idade escolar, além disso tudo também com severo prejuízo no rendimento didático.

 

D – Os Quadros Impulsivos
São pouco conhecidas as implicações da depressão com os principais quadros impulsivos, notadamente em relação à Bulimia Nervosa, caracterizada por impulsos incontroláveis de comer, seguidos de profunda sensação de arrependimento e atitudes aliviatórias, tais como provocar o próprio vômito, abusar de laxantes e diuréticos. Também em relação à Anorexia Nervosa, caracterizada pela recusa sistemática em alimentar-se acompanhada da distorção patológica quanto ao esquema corporal (acham-se sempre com peso acima do ideal).O quadro Obsessivo-Compulsivo se caracteriza por pensamentos absurdos que invadem a consciência mesmo sem o consentimento do paciente, fazendo com que este adote atitudes compensatórias para alívio da ansiedade.Nestas 3 circunstâncias o tratamento faz-se, preferentemente com antidepressivos.

 

O Tratamento da Depressão

 


Se a Depressão pode ser considerada, hoje em dia, realmente uma doença que acomete o ser humano então, como qualquer outra doença, deve ser tratada pela medicina. E a medicina dispõe, felizmente, de recursos muitíssimo satisfatórios para este tratamento.Desde o descobrimento dos primeiros antidepressivos, na década de 50, até hoje, muito se progrediu nessa área. Atualmente os medicamentos para depressão são muito eficientes, específicos e cada vez com menos efeitos colaterais. Os antidepressivos NÃO são calmantes. São substâncias específicas para a correção do humor ou do afeto.Se o tratamento deve ser mais prolongado ou mais breve é uma importante questão que deverá ser avaliada pelo médico e discutido com o paciente. O paciente deve saber sobre a natureza dos medicamentos, suas ações e efeitos adversos, sobre o tempo previsto para sua ação terapêutica (normalmente em torno de 2-3 semanas), bem como a previsão de tempo de uso. É sempre importante termos em mente que os sintomas ansiosos e físicos desaparecerão com o tratamento da Depressão na expressiva maioria dos casos, sem necessidade de ansiolíticos (calmantes) e/ou medicamentos sintomáticos. Havendo necessidade desses medicamentos para alívio mais rápido de sintomas físicos e ansiosos aborrecedores e que normalmente são a principal queixa que motiva a consulta, devemos considerar o curto espaço de tempo em que serão usados. O principal medicamento será sempre o antidepressivo.Se o paciente é deprimido, o tempo de tratamento pode ser mais longo e, inversamente, se o paciente está deprimido, passa apenas por uma fase de Depressão, podemos pensar num tratamento mais breve.

 

Os remédios para depressão

 

 

Os remédios para depressão podem fazer grande efeito a partir do momento em que a pessoa deprimida começar a se ajudar, e para isso ela precisa se conscientizar disso. A depressão  muitos cientistas já comprovam é o grande mal que vamos enfrentar nesse século, e infelizmente, quase todos os dias temos noticias de pessoas que tiram a própria vida motivados pela depressão. Mas falando de remédio, um dos principais é manter a pessoa com depressão ocupada, com trabalho conversando enfim com alguma coisa para se distrair. Assim ela pode se cansar mais facilmente e na hora de dormir o sono ficara mais tranqüilo. Outro item importante, a inatividade faz muito mal, então é bom tirar tempo para caminhar, praticar algum esporte, quem sabe visitar um amigo, mudar a rotina da vida. Remédio químico, cuidado, mas se precisar procure um bom psiquiatra para orientar na medicação, mas se esforce para que este não seja preciso, pois em alguns casos, especialmente quando não se segue a risca o tratamento, o remédio poderá atrapalhar.

 

Depressão pode referir-se a:

Melancolia — depressão e tristeza

Melancolia (do grego μελαγχολία - melagcholía; de μέλας - mélas, "negro" e χολή - cholé, "bílis") é um estado psíquico de depressão sem causa específica. Se caracteriza pela falta de entusiasmo e predisposição para atividades em geral.Melancolia é uma das "características" da Depressão Maior. A duração do estado depressivo deve ser superior a dois anos, afetando as funções básicas do dia-a-dia de uma forma considerável.A melancolia pode ou não estar presente na pessoa que sofre de depressão maior.

 

 

Historia

 

 

Já no Século V a.C. Hipócrates classificou melancolia como doença. Hipócrates criou a teoria dos 4 humores corporais (sangue, fleugma ou pituíta, bílis amarela e bílis negra) sendo o equilíbrio ou o desequilíbrio responsável pela saúde (eucrasia) ou enfermidade e dor (discrasia) de um indivíduo e que influência de Saturno levava o baço a secretar mais bílis negra, alterando o humor do indivíduo escurecendo seu humor, levando ao estado de melancolia.No período da Renascença e do Romantismo melancolia era considerada como uma doença bem-vinda, uma experiência que enriquecia a alma. Mas hoje o efeito dela é totalmente ao contrário.Sigmund Freud, em seus estudos sobre o superego, se deparou com algo conhecido na época como melancolia. Segundo Freud, a melancolia se assemelhava ao processo do luto, mas sem haver necessariamente uma perda (senão uma perda narcisista). Pessoas com sintomas de melancolia falam de si próprias como "inúteis", "incapazes de amar", "incapazes de fazer algo bem, ou de bom para os outros", como "irritantes", com "hábitos chatos", e outras características onde o eu interior é desvalorizado por afirmações muitas vezes falsas.

 

Nos dias atuais

Na pratica médica a conceituação exata da melancolia é de extremo valor no diagnóstico dos distúrbios mentais.Apesar disto o DSM III e DSM III-R que precederam o - DSM IV ainda não incluíram parâmetros neuroanatomicos, hereditários e reação ao tratamento.

 Diagnostico

Segundo a classificação do DSM IV para o diagnóstico melancolia são necessarios:

A. Pelo menos um dos dois

1. Falta de prazer nas atividades diárias. 2. Desânimo como reação a um estimulo agradável que em geral causaria prazer.

B. Pelo menos três dos seguintes

1. a falta de prazer e o desanimo não estão relacionadas a um fato real que causaria tristeza natural (como no caso da morte de um próximo). 2. a depressão é agravada na parte da manhã. 3. o despertar é adiantado pelo menos em duas horas em comparação ao usual. 4. profunda agitação psicomotora ou languidez intensa. 5. perda de peso significante ou anorexia. 6. sentimento de culpa constante e inapropriado.

 

Tratamento

 

 

O tratamento é baseado principalmente em medicamentos antidepressivos da família dos triciclicos, SSRIs (inibidores do transportador da serotonina), inibidores da enzima MAO ou aterapia convulsiva (ECT) em casos extremos. Em trabalhos recentes um determinado número de pacientes com sintomas depressivos que tinham recebido tratamento com medicamentos SSRIs, apresentaram sinais de melancolia. Neste caso, os pacientes foram tratados com triciclicos ou ECT, o que trouxe a melhora do quadro clinico, demonstrando assim a necessidade de evitar o uso de medicamentos SSRIs nos casos de depressão melancólica.

 

Depressão nervosa

Depressão nervosa — do ponto de vista da medicina, um estado mórbido, em que a mente ou o humor se encontra abaixo do nível óptimo do indivíduo .

 

O que é Depressão nervosa?

 


A depressão (também chamada de transtorno depressivo maior) é um problema médico caracterizado por diversos sinais e sintomas, dentre os quais dois são essenciais.Humor persistentemente rebaixado, apresentando-se como tristeza, angústia ou sensação de vazio; ou
Redução na capacidade de sentir satisfação ou vivenciar prazer.O estado depressivo diferencia-se do comportamento "triste" ou melancólico que afeta a maioria das pessoas por se tratar de uma condição duradoura de origem neurológica acompanhada de vários sintomas específicos. Ou seja, depressão não é tristeza. É uma doença que tem tratamento.Estima-se que cerca de 15 a 20% da população mundial, em algum momento da vida, sofreu de depressão. A depressão é mais comum em pessoas com idade entre 24 e 44 anos. Dependendo do motivo pode ser dada a crianças e adolescentes como separação dos pais, problemas na escola, rejeição e principalmente Bullying. A ocorrência em mulheres é o dobro da ocorrência em homens.As causas da depressão são inúmeras e controversas. Acredita-se que a genética, alimentação, stress, estilo de vida, seperação dos pais, rejeição, drogas, problemas na escola e outros fatores estão relacionados com o surgimento ou agravamento da doença.



Sinais e Sintomas de Depressão nervosa

 


Cerca de 16% da população mundial já teve depressão nervosa pelo menos uma vez na vida. Em alguns países como a Austrália, uma em cada quatro mulheres já sofreram de depressão e cerca de um em cada oito homens já sofreram do mal. O início dos estudos sobre a depressão começou na década de 20. Foi reportado que as mulheres têm duas vezes mais chances de sofrer de depressão do que os homens, mas em contrapartida essa diferença tem diminuído durante os últimos anos. Esta diferença desaparece completamente entre os 50 e 55 anos. A depressão nervosa é causa comum de aposentadoria por invalidez na América do Norte e em outros países da Europa.
Segundo a OMS, em 2020, a depressão nervosa passará a ser a segunda causa de mortes mundiais por doença, após doenças coronárias.

Os sintomas, geralmente associados ao quadro depressivo:
Essenciais para o diagnóstico:
Humor persistentemente rebaixado, apresentando-se como tristeza, angústia ou sensação de vazio; ou... Diminuição do interesse e prazer em atividades que antes eram prazerosas.  Outros sintomas de depressão incluem:  Ansiedade.
  Afastamento de amigos ou pessoas.  Cansaço e perda de energia. Falta de vontade de realizar uma determinada tarefa que progressivamente se alastra ou pode alastrar a muitas outras actividades. Vontade de chorar ou chora às escondidas. Tem maus resultados escolares, devido á incapacidade em se concentrar. Vontade de ficar só. Afasta-se de tudo e todos.  Não querer ouvir barulhos ou querer música ou barulhos em altos berros (pois é uma forma de se alhear e afastar do que se passa à sua volta).  Sentimento de tristeza persistente. Problemas de auto-confiança e auto-estima. Sente-se triste e abatida sem conseguir encontrar algo que a anime ou que lhe consiga despertar interesse. Dificuldade de concentração e de tomar decisões. Sentimentos de culpa, desesperança, desamparo, solidão, ansiedade ou inutilidade. Alterações no sono; Dificuldades em adormecer, acordar muito mais cedo do que o habitual, dormir em excesso ou pesadelos. Medo de executar determinada tarefa; ou medo do que possa acontecer se falhar. Vive obcecada com a sua incapacidade ou com o que possa acontecer a outrem se ela falhar.
Isolamento: evitar outras pessoas. Perda de apetite com diminuição do peso ou compulsão alimentar. Perda do desejo sexual. Pensamentos de suicídio e morte. Inquietação e irritabilidade.
Auto-agressão. Mudanças na percepção do tempo. Acessos de choro. Desatenção à própria higiene.
Possíveis mudanças comportamentais como agressão ou irritabilidade.

Medo ou sensação de ser ou estar sendo abandonado.
Desleixa-se com o vestir ou com a sua apresentação. Isso deixou de lhe interessar. Algumas pessoas apresentam apenas alguns dos sintomas, outros apresentam inúmeros sintomas, com intensidade variada. Pessoas deprimidas têm frequentemente pensamentos mórbidos e a taxa de suicídio entre depressivos é 30 vezes maior do que a média da população em geral. A depressão é considerada em várias partes do mundo como uma das doenças com mais alta taxa de mortalidade.

 

 

Tratamento

 


A maioria das pessoas que possuem um quadro clínico depressivo não conhece ou não procura ajuda médica especializada apesar da grande possibilidade de tratamento efetivo. O tratamento geralmente envolve uma medicação antidepressiva receitada por pelo menos 12 meses para evitar recaídas [1]) e algumas vezes acompanhada de psicoterapia.A eletroconvulsoterapia (ECT) é utilizada para indivíduos que não tiveram resposta satisfatória ao tratamento medicamentosos.A Estimulação Magnética Transcraniana repetitiva (EMTr) ou em inglês Repetitive transcranial magnetic stimulation (rTMS) pode ser uma alternativa para os pacientes resistentes aos medicamentos.  Sabe-se também que praticar exercícios regularmente e participar de atividades desportivas e sociais pode ajudar o paciente a superar os sintomas da depressão.

 


São exemplos de tratamentos comuns para a depressão:

Medicação. Psicoterapia comportamental. Eletroconvulsoterapia. Estimulacao Magnetica Transcraniana. Suplementos alimentares. Atividades físicas. Actividade Física a longo-prazo controlada por profissionais da Educação Física está associada a redução do nível de depressão ligeira ou moderada.  A depressão é caracterizada por falta de vontade de viver ou por medo de enfrentar algo que a pessoa acha que nao consegue enfrentar, ou medo de algo com o qual ela se sente incapaz de lidar. igualmente pode resultar de uma desorientação da pessoa ou seja ela sente que lhe falta algo que lhe de um motivo para viver. É uma situação para a qual todos deviamos estar prevenidos pois pode acontecer com qualquer pessoa, acontecendo mesmo com alguém da nossa familia sem que tenhamos consciencia desse facto. Aliás, os sintomas da pessoa podem passar completamente despercebidos e so tomamos consciência da situação quando a pessoa comete alguma asneira. Depois é demasiado tarde para evitar asneiras demasiado graves, devemos agir quanto antes melhor e para isso temos de estar precavidos acerca dos sintomas que sao um sinal de Depressão para que saibamos se nós ou alguám à nossa volta sofre de Depressão.


Alguns dos sintomas sao:
Afastamento de amigos ou pessoas. Falta de vontade de realizar uma determinada tarefa que progressivamente se alastra ou pode alastrar a muitas outras actividades. Perda de vontade de fazer seja o que for. Desiste da vida e de lutar por ela e pelas coisas. Cansaço ou falta de energia.
Vontade de ficar so. afasta-se de tudo e todos. Nao querer ouvir barulhos ou querer musica ou barulhos em altos berros (pois e uma forma de se alhear e afastar do que se passa a sua volta).
Medo de executar determinada tarefa; ou medo do que possa acontecer se falhar. vive obsecrada com a sua incapacidade ou com o que possa acontecer a outrem se ela falhar. Vontade de chorar ou chora as escondidas.
Dores de cabeça, uma grande tensao ou desconforto a nivel das costas, ombros ou cabeça ou pode mesmo ter dores ou desconfortos a nivel lombar ou cintura. Nao se sente bem em lado nenhum. Sente-se triste e abatida sem conseguir encontrar algo que a anime ou que lhe consiga despertar interesse. Tem maus resultados escolares, incapacidade de se concentrar ou irrita-se facilmente.  Desleixa-se com o vestir ou com a sua apresentacao. isso deixou de lhe interessar.
Estes sao alguns dos sintomas com que nos podemos deparar e para os quais devemos estar precavidos.

 

O que é depressão?

Existe cura?
É impressionante a quantidade de erros do tipo toda linha, toda loja, todo estoque, querendo dizer outra coisa. Também Todo Brasil (do Governo) e todo DF (do outro Governo).


Agora, na resposta de Wellingthon, lemos:
A influência genética como em toda medicina é muito estudada.
O que isso quer dizer? Não seria ... em toda A medicina...?

Eu e tu Nós

A depressão (também chamada de transtorno depressivo maior) é um problema médico caracterizado por continuada alteração no humor e falta de interesse em atividades prazerosas. O estado depressivo se diferencia do comportamento "triste" ou melancólico que afeta a maioria das pessoas por se tratar de uma condição duradoura de origem neurológica acompanhada de vários sintomas específicos. Ou seja, depressão não é tristeza. É uma doença que tem tratamento.
Estima-se que cerca de 15 a 20% da população mundial, em algum momento da vida, sofreu de depressão. A depressão é mais comum em pessoas com idade entre 24 e 44 anos. A ocorrência em mulheres é o dobro da ocorrência em homens. As causas da depressão são inúmeras e controversas. Acredita-se que a genética, alimentação, stress, estilo de vida, drogas, e outros fatores estão relacionados com o surgimento da doença. Hipócrates criou a teoria dos 4 humores corporais (sangue, fleugma ou pituíta, bílis amarela e bílis negra) em que a equilíbrio ou desequilíbrio era responsável pela saúde (eucrasia) ou enfermidade e dor (discrasia) de um indivíduo. Hipócrates acreditava que influência de Saturno levava o baço a secretar mais bílis negra, alterando o humor do indivíduo escurecendo seu humor, levando ao estado de melancolia. A palavra melancolia vem de melancolis (melanos=negro e colis=bíle). Galeno redescreveu a melancolia. Aureliano falou da agressividade associada à depressão e associou o suicídio à depressão.  Cerca de 16% da população mundial já teve depressão nervosa pelo menos uma vez na vida. Em alguns países como a Austrália, uma em cada quatro mulheres já sofreram de depressão e cerca de um em cada oito homens já sofreram do mal. O início dos estudos sobre a depressão começou na década de 20. Foi reportado que as mulheres têm duas vezes mais chances de sofrer de depressão do que os homens, mas em contrapartida essa diferença tem diminuído durante os últimos anos. Esta diferença desaparece completamente entre os 50 e 55 anos. A depressão nervosa é causa comum de aposentadoria por invalidez na América do Norte e em outros países da Europa. Segundo a OMS, em 2020, a depressão nervosa passará a ser a segunda causa de mortes mundiais por doença, após doenças coronárias.  Os sintomas, geralmente associados ao quadro depressivo, incluem fadiga ou dores no corpo, insônia, mudanças no apetite, dificuldade de concentração, irritabilidade, medos irracionais e sentimentos de baixa auto-estima, culpa ou fracasso. Alguns sintomas de depressão:

 


Ansiedade

 

 


Cansaço e perda de energia. Sentimento de tristeza persistente .  Diminuição do interesse e prazer em atividades que antes eram prazerosas. Problemas de auto-confiança e auto-estima. Dificuldade de concentração e de tomar decisões. Sentimentos de culpa, desesperança, desamparo, solidão, ansiedade ou inutilidade.  Alterações no sono; Dificuldades em adormecer, acordar muito mais cedo do que o habitual, dormir em excesso ou pesadelos. Isolamento: evitar outras pessoas. até mesmo amigos íntimos ou familiares. Perda de apetite com diminuição do peso ou compulsão alimentar.
Perda do desejo sexual. Pensamentos de suicídio e morte. Inquietação e irritabilidade.

 


Auto-agressão

 


Mudanças na percepção do tempo. Acessos de choro. Desatenção à própria higiene. Possíveis mudanças comportamentais como agressão ou irritabilidade. Medo ou sensação de ser ou estar sendo abandonado. Algumas pessoas apresentam apenas alguns dos sintomas, outros apresentam inúmeros sintomas, com intensidade variada. Pessoas deprimidas têm frequentemente pensamentos mórbidos e a taxa de suicídio entre depressivos é 30 vezes maior do que a média da população em geral. A depressão é considerada em várias partes do mundo como uma das doenças com mais alta taxa de mortalidade. A maioria das pessoas que possuem um quadro clínico depressivo não conhece ou não procura ajuda médica especializada apesar da grande possibilidade de tratamento efetivo. O tratamento geralmente envolve uma medicação antidepressiva receitada por pelo menos alguns meses e algumas vezes acompanhada de psicoterapia. A Estimulação Magnética Transcraniana repetitiva (EMTr) ou em inglês Repetitive transcranial magnetic stimulation (rTMS) pode ser uma alternativa para os pacientes resistentes aos medicamentos. Sabe-se também que praticar exercícios regularmente e participar de atividades desportivas e sociais pode ajudar o paciente a superar os sintomas da depressão.

São exemplos de tratamentos comuns para a depressão:
Medicação. Estimulacao Magnetica Transcraniana. Terapia. Suplementos alimentares. Atividade Física a longo-prazo controlada por profissionais da Educação Física está associada a redução do nível de depressão ligeira ou moderada.

 

Quais os sintomas de depressão?

A Depressão é uma alteração do humor caracterizada por uma sensação de tristeza continua; por uma falta de confiança no futuro e nas próprias possibilidades. A maior parte dos casos de depressão surge em conseqüência de um acontecimento negativo: a perda de uma pessoa querida; uma demissão sem aviso prévio; um abandono traumático, entre outros. Nestes casos chamamos de depressão reativa. Quando não é possível identificar facilmente a origem do problema, chamamos de depressão endógena: a forma mais grave; a única para a qual o uso de medicamentos é necessário.
Uma outra diferenciação da depressão é entre a depressão monopolar e a depressão bipolar, conhecidas antigamente como maníaco-depressiva. Na depressão monopolar, o humor se mantém negativo e é presente uma diminuição psicomotora com alterações do ciclo sono-vigilia. Já os que são atingidos pela depressão bipolar alternam longos períodos de desespero com momentos de euforia incontrolável, nos quais a iperatividade é muito intensa, junto com uma exagerada consideração de sí mesmo. Muitas vezes o início da depressão é mascarado pelo cansaço ou pela iperatividade. Se apresenta de várias formas e geralmente como um mecanismo de defesa desencadeando a vontade de renascimento. Encará-la de frente e aceitá-la é um caminho para superá-la.


As principais características da depressão:
Qualquer esforço é muito desgastante. O cansaço se torna crônico e qualquer atividade é “pesada”, mesmo as mais simples como ler jornal, tomar banho ou levantar da cama. Qualquer decisão, até a mais singela, se torna difícil ou insuperável; a falta de interesse pelas coisas e de iniciativa são constantes. Falta de apetite. A emotividade aparece por nada: chora-se por banalidades, especialmente em situações que passariam despercebidas em situações normais. Difícil prestar atenção nas coisas; o pensamento “viaja” sozinho sem metas.Há cerca de 2 anos tive uma grande depressão tentei suicídio e tudo,hoje encontro me novamente com uma depressão nervosa estou a tomar calmantes Zoloft e Sedoxil, a principio parecia estar a dar certo agora só tenho pensamento negativos só choro e estou descontrolada tenho medo do que me possa acontecer o q faço? Estou desesperada! TENHO APENAS 18 anos pode me dar a sua opinião?
  Depressão é uma doença que pode voltar mais de uma vez na vida de uma pessoa. Sugestão: recomece o tratamento e mesmo depois que ficar completamente boa continue com a medicação que teu médico der por muitos meses. Ocorre que desde o início do problema (2 anos) não sinto minhas emoções, parece que não possuo mais adrenalina no corpo, não sinto susto diante de situações de perigo, alegria ao receber boas notícias, enfim sinto-me apático, sem nenhuma sensibilidade.

Porque esses sintomas ocorrem?? Há cura pa esse problema ?

Um dos sintomas da depressão é a sensação da falta de sensações, quem que passar sim com, os demais sintomas depressivos.Tudo bem? Meu nome é Juliana e tenho TOC. Preciso tirar uma dúvida e de um favor. A pergunta, eu já fiz no site mas não achei a resposta.Li em alguns artigos que as vitaminas B, principalmente a niacina contribuem para a produção de Serotonina. Se o adulto e o adolescente incluíssem esta vitamina na sua alimentação, reduziriam o risco de ter depressão?  Não, infelizmente.Minha mãe, 74 anos, está apresentando falha na memória recente causada por uma depressão (quadro leve).

Ou é um início de Alzheimer que a está deprimindo ?

Não trate com florais senão vc ainda acaba provocando uma cronificação dessa provável Depressão. Procure um psiquiatra." Vi esse texto na parte de perguntas e respostas e fiquei curiosa, pois fui a um terapeuta de Florais e ele detectou q eu estava com depressão passou Florais e dois meses eu estava com Sintomas de Síndrome do Pânico e Depressão. Por que Florais podem provocar uma cronificação da depressão? Não são eles que cronificam a depressão, é a falta de tratamento que a cronifica. Tratar com floral é não tratar.

O que significa "a paciente encontra-se eutímica"

Eutímica, significa com o humor bom e estável.Gostaria de saber se a depressão está mesmo associada ao mal de Parkinson. Na revista SAÚDE deste mês saiu que a depressão seria o primeiro sintoma da doença. É verdade? Sim.É possível que alguém com depressão profunda sinta-se anestesiado de sentimentos? Pergunto isso pois meu marido esta assim há cinco meses e não demonstra nem amor nem sentimento algum, diz: "não me sinto" isso realmente acontece?  Sim, isso se chama "sensação de falta de sensações".

Gostaria de Saber o que Depressão Psicótica?

É uma depressão onde os pensamentos de culpa, ruína, pecado e incurabilidade estão em grau extremo. É grave, mais difícil de tratar que a não psicótica e com alto risco de suicídio. Após a retirada total da tireóide, pode haver um quadro de depressão ? Se sim, isso passa, como deve ser tratado? Numa eventualidade de ter que passar por um outro tipo de dificuldade, esta depressão pode voltar?  Sim, pode. Se a reposição hormonal tireoideana não melhorar a depressão, procure um Psiquiatra para receber um antidepressivo.Poderia me informar se conhece algum caso de melhora de depressão que fora auxiliado com terapia de regressão à vidas passadas?  Não ...

Minha mãe tem 77 anos e ficou viúva há quase 1 ano, depois de 52 anos de casamento. Teve sintomas de depressão depois da morte do meu pai e esporadicamente tem crises de choro. Há 2 meses começou a ter dificuldades para se vestir (coloca às vezes uma roupa sobre a outra), tomar banho, escovar os dentes, etc... Foi feita uma tomografia que resultou nas conclusões: Arteriosclerose; Doença vascular da substância branca; Dilatação ventricular; Alargamento de cisternas e sulcos.

Vcs estão vendo ? Depressão tardia pode ser prenúncio de distúrbio de memória.... 59 anos, está fazendo tratamento com INTERFERON em função de um vírus que a está atacando. Este tratamento, além de vários efeitos colaterais, tb está causando DEPRESSÃO, debilitando-a muito no dia-a-dia. Choro, tristeza, insônia intensa - já sofria disso antes -, prostração, enfim, sintomas típicos de depressão. Ela está usando OLCADIL por conta própria para dormir e para aliviar a tensão. O seu médico diz que esta depressão é um efeito comum quando se faz uso de tal medicamento.

Porém, vendo-a neste estado, minhas pergunta são senhor, são:

SERIA BOM QUE ELA TOMASSE UM MEDICAMENTO ANTI-DEPRESSIVO PARA ALIVIAR ESTA DEPRESSÃO OU NÃO HÁ NECESSIDADE? O médico dela decide, mas provavelmente sim.

UM ANTI-DEPRESSIVO ATRAPALHARIA O TRATAMENTO? Não !

MESMO QUE ESTA DEPRESSÃO SEJA UM EFEITO COLATERAL, MINHA MÃE CORRE ALGUM RISCO DE DESENVOLVER DEPRESSÃO CRÔNICA, SE NÃO TRATAR? Sim.

 

 

 

TRANSTORNO BIPOLAR DO HUMOR
(PSICOSE MANÍACO-DEPRESSIVA)

Sinônimos e nomes relacionados:

 

 

Psicose maníaco-depressiva, transtorno ou doença afetivo bipolar, incluindo tipos específicos de doenças ou transtornos do humor, como ciclotimia, hipomania e transtorno misto do humor.

O que é a doença bipolar do humor:

O Transtorno Bipolar do Humor, antigamente denominado de psicose maníaco-depressiva, é caracterizado por oscilações ou mudanças cíclicas de humor. Estas mudanças vão desde oscilações normais, como nos estados de alegria e tristeza, até mudanças patológicas acentuadas e diferentes do normal, como episódios de MANIA, HIPOMANIA, DEPRESSÃO e MISTOS. É uma doença de grande impacto na vida do paciente, de sua família e sociedade, causando prejuízos freqüentemente irreparáveis em vários setores da vida do indivíduo, como nas finanças, saúde, reputação, além do sofrimento psicológico. É relativamente comum, acometendo aproximadamente 8 a cada 100 indivíduos, manifestando-se igualmente em mulheres e homens.

O que causa a doença bipolar do humor:

A base da causa para a doença bipolar do humor não é inteiramente conhecida, assim como não o é para os demais distúrbios do humor. Sabe-se que os fatores biológicos (relativos a neurotransmissores cerebrais), genéticos, sociais e psicológicos somam-se no desencadeamento da doença. Em geral, os fatores genéticos e biológicos podem determinar como o indivíduo reage aos estressores psicológicos e sociais, mantendo a normalidade ou desencadeando doença. O transtorno bipolar do humor tem uma importante característica genética, de modo que a tendência familiar à doença pode ser observada.

Como se manifesta a doença bipolar do humor:

Pode iniciar na infância, geralmente com sintomas como irritabilidade intensa, impulsividade e aparentes “tempestades afetivas”. Um terço dos indivíduos manifestará a doença na adolescência e quase dois terços, até os 19 anos de idade, com muitos casos de mulheres podendo ter início entre os 45 e 50 anos. Raramente começa acima dos 50 anos, e quando isso acontece, é importante investigar outras causas.

 

Características
O início desse transtorno geralmente se dá em torno dos 20 a 30 anos de idade, mas pode começar mesmo após os 70 anos. O início pode ser tanto pela fase depressiva como pela fase maníaca, iniciando gradualmente ao longo de semanas, meses ou abruptamente em poucos dias, já com sintomas psicóticos o que muitas vezes confunde com síndromes psicóticas. Além dos quadros depressivos e maníacos, há também os quadros mistos (sintomas depressivos simultâneos aos maníacos) o que muitas vezes confunde os médicos retardando o diagnóstico da fase em atividade.

 

Tipos
Aceita-se a divisão do transtorno afetivo bipolar em dois tipos: o tipo I e o tipo II. O tipo I é a forma clássica em que o paciente apresenta os episódios de mania alternados com os depressivos. As fases maníacas não precisam necessariamente ser seguidas por fases depressivas, nem as depressivas por maníacas. Na prática observa-se muito mais uma tendência dos pacientes a fazerem várias crises de um tipo e poucas do outro, há pacientes bipolares que nunca fizeram fases depressivas e há deprimidos que só tiveram uma fase maníaca enquanto as depressivas foram numerosas. O tipo II caracteriza-se por não apresentar episódios de mania, mas de hipomania com depressão.
Outros tipos foram propostos por Akiskal, mas não ganharam ampla aceitação pela comunidade psiquiátrica. Akiskal enumerou seis tipos de distúrbios bipolares.

 

 

Fase maníaca

 


Tipicamente leva uma a duas semanas para começar e quando não tratado pode durar meses. O estado de humor está elevado podendo isso significar uma alegria contagiante ou uma irritação agressiva. Junto a essa elevação encontram-se alguns outros sintomas como elevação da auto-estima, sentimentos de grandiosidade podendo chegar a manifestação delirante de grandeza considerando-se uma pessoa especial, dotada de poderes e capacidades únicas como telepáticas por exemplo. Aumento da atividade motora apresentando grande vigor físico e apesar disso com uma diminuição da necessidade de sono. O paciente apresenta uma forte pressão para falar ininterruptamente, as idéias correm rapidamente a ponto de não concluir o que começou e ficar sempre emendando uma idéia não concluída em outra sucessivamente: a isto denominamos fuga-de-idéias.. O paciente apresenta uma elevação da percepção de estímulos externos levando-o a distrair-se constantemente com pequenos ou insignificantes acontecimentos alheios à conversa em andamento. Aumento do interesse e da atividade sexual. Perda da consciência a respeito de sua própria condição patológica, tornando-se uma pessoa socialmente inconveniente ou insuportável. Envolvimento em atividades potencialmente perigosas sem manifestar preocupação com isso. Podem surgir sintomas psicóticos típicos da esquizofrenia o que não significa uma mudança de diagnóstico, mas mostra um quadro mais grave quando isso acontece.

 

 

Fase depressiva

 


É de certa forma o oposto da fase maníaca, o humor está depressivo, a auto-estima em baixa com sentimentos de inferioridade, a capacidade física esta comprometida, pois a sensação de cansaço é constante. As idéias fluem com lentidão e dificuldade, a atenção é difícil de ser mantida e o interesse pelas coisas em geral é perdido bem como o prazer na realização daquilo que antes era agradável. Nessa fase o sono também está diminuído, mas ao contrário da fase maníaca, não é um sono que satisfaça ou descanse, uma vez que o paciente acorda indisposto. Quando não tratada a fase maníaca pode durar meses também.

Exemplo de como um paciente se sente
...Ele se sente bem, realmente bem..., na verdade quase invencível. Ele se sente como não tendo limites para suas capacidades e energia. Poderia até passar dias sem dormir. Ele está cheio de idéias, planos, conquistas e se sentiria muito frustrado se a incapacidade dos outros não o deixasse ir além. Ele mal consegue acabar de expressar uma idéia e já está falando de outra numa lista interminável de novos assuntos. Em alguns momentos ele se aborrece para valer, não se intimida com qualquer forma de cerceamento ou ameaça, não reconhece qualquer forma de autoridade ou posição superior a sua. Com a mesma rapidez com que se zanga, esquece o ocorrido negativo como se nunca tivesse acontecido nada. As coisas que antes não o interessava mais lhe causam agora prazer; mesmo as pessoas com quem não tinha bom relacionamento são para ele amistosas e bondosas.

 

Sintomas (maníacos):
Sentimento de estar no topo do mundo com um alegria e bem estar inabaláveis, nem mesmo más notícias, tragédias ou acontecimentos horríveis diretamente ligados ao paciente podem abalar o estado de humor. Nessa fase o paciente literalmente ri da própria desgraça.
Sentimento de grandeza, o indivíduo imagina que é especial ou possui habilidades especiais, é capaz de considerar-se um escolhido por Deus, uma celebridade, um líder político. Inicialmente quando os sintomas ainda não se aprofundaram o paciente sente-se como se fosse ou pudesse ser uma grande personalidade; com o aprofundamento do quadro esta idéia torna-se uma convicção
delirante.
Sente-se invencível, acham que nada poderá detê-las.
Hiperatividade, os pacientes nessa fase não conseguem ficar parados, sentados por mais do que alguns minutos ou relaxar.
O senso de perigo fica comprometido, e envolve-se em atividade que apresentam tanto risco para integridade física como patrimonial.
O comportamento sexual fica excessivamente desinibido e mesmo promíscuo tendo numerosos parceiros num curto espaço de tempo.
Os pensamentos correm de forma incontrolável para o próprio paciente, para quem olha de fora a grande confusão de idéias na verdade constitui-se na interrupção de temas antes de terem sido completados para iniciar outro que por sua vez também não é terminado e assim sucessivamente numa fuga de idéias.
A maneira de falar geralmente se dá em tom de voz elevado, cantar é um gesto freqüente nesses pacientes.A necessidade de sono nessa fase é menor, com poucas horas o paciente se restabelece e fica durante todo o dia e quase toda a noite em hiperatividade. Mesmo estando alegre, explosões de raiva podem acontecer, geralmente provocadas por algum motivo externo, mas da mesma forma como aparece se desfaz.


A fase depressiva
Na fase depressiva ocorre o posto da fase maníaca, o paciente fica com sentimentos irrealistas de tristeza, desespero e auto-estima baixa. Não se interessa pelo que costumava gostar ou ter prazer, cansa-se à-toa, tem pouca energia para suas atividades habituais, também tem dificuldade para dormir, sente falta do sono e tende a permanecer na cama por várias horas. O começo do dia (a manhã) costuma ser a pior parte do dia para os deprimidos porque eles sabem que terão um longo dia pela frente. Apresenta dificuldade em concentra-se no que faz e os pensamentos ficam inibidos, lentificados, faltam idéias ou demoram a ser compreendidas e assimiladas. Da mesma forma a memória também fica prejudicada. Os pensamentos costumam ser negativos, sempre em torno de morte ou doença. O apetite fica inibido e pode ter perda significativa de peso.

 

Generalidades
Entre uma fase e outra a pessoa pode ser normal, tendo uma vida como outra pessoa qualquer; outras pessoas podem apresentar leves sintomas entre as fases, não alcançando uma recuperação plena. Há também os pacientes, uma minoria, que não se recuperam, tornando-se incapazes de levar uma vida normal e independente.
A denominação Transtorno Afetivo Bipolar é adequada? Até certo ponto sim, mas o nome supõe que os pacientes tenham duas fases, mas nem sempre isso é observado. Há pacientes que só apresentam fases de mania, de exaltação do humor, e mesmo assim são diagnosticados como bipolares. O termo mania popularmente falando não se aplica a esse transtorno. Mania tecnicamente falando em psiquiatria significa apenas exaltação do humor, estado patológico de alegria e exaltação injustificada. O transtorno de personalidade, especialmente o borderline pode em alguns momentos se
confundir com o transtorno afetivo bipolar. Essa diferenciação é essencial porque a conduta com esses transtornos é bastante diferente.

 

Qual a causa da doença?
A causa propriamente dita é desconhecida, mas há fatores que influenciam ou que precipitem seu surgimento como parentes que apresentem esse problema, traumas, incidentes ou acontecimentos fortes como mudanças, troca de emprego, fim de casamento, morte de pessoa querida.Em aproximadamente 80 a 90% dos casos os pacientes apresentam algum parente na família com transtorno bipolar.

 

Como se trata?
O lítio é a medicação de primeira escolha, mas não é necessariamente a melhor para todos os casos. Freqüentemente é necessário acrescentar os anticonvulsivantes como o tegretol, o trileptal, o depakene, o depakote, o topamax.
Nas fases mais intensas de mania pode se usar de forma temporária os antipsicóticos. Quando há sintomas psicóticos é quase obrigatório o uso de antipsicóticos. Nas depressões resistentes pode-se usar com muita cautela antidepressivos. Há pesquisadores que condenam o uso de antidepressivo para qualquer circunstância nos pacientes bipolares em fase depressiva, por causa do risco da chamada "virada maníaca", que consiste na passagem da depressão diretamente para a exaltação num curto espaço de tempo.O tratamento com lítio ou algum anticonvulsivante deve ser definitivo, ou seja, está recomendado o uso permanente dessas medicações mesmo quando o paciente está completamente saudável, mesmo depois de anos sem ter problemas. Esta indicação se baseia no fato de que tanto o lítio como os anticonvulsivantes podem prevenir uma fase maníaca poupando assim o paciente de maiores problemas. Infelizmente o uso contínuo não garante ao paciente que ele não terá recaídas, apenas diminui as chances disso acontecer. Pacientes hipertensos sem boa resposta ao tratamento de primeira linha podem ainda contar com o
verapamil, uma medicação muito usada na cardiologia para controle da hipertensão arterial que apresenta efeito anti-maníaco. A grande desvantagem do verapamil é ser incompatível com o uso simultâneo do lítio, além da hipotensão que induz nos pacientes normotensos.

Transtorno bipolar, também conhecido como psicose maníaco depressiva, é uma desordem cerebral que causa alterações incomuns no humor, energia e capacidade de desempenhar funções. Diferente das variações normais de humor que todas as pessoas têm, os sintomas do transtorno bipolar são severos e podem resultar em danos aos relacionamentos, performance ruim no trabalho e estudo, e até suicídio. Porém há boas notícias, porque pessoas passando por psicose maníaco depressiva podem ser tratadas e levar uma vida produtiva.  A psicose maníaco depressiva causa mudanças dramáticas no humor - de super exultante até triste e sem esperança - e essas variações se repetem geralmente com períodos de humor normal entre elas. Mudanças dramáticas na energia e comportamento acompanham essas alterações de humor. Os períodos de "alto" e "baixo" humor são chamados de mania e depressão. Indivíduo com transtorno bipolar costuma ser chamado de "maníaco-depressivo" por leigos.Sinais e sintomas do transtorno bipolar ou psicose maníaco depressiva.

 

Os sinais e sintomas da fase de mania incluem:
Aumento de energia, atividade e agitação.
Euforia excessiva.
Irritabilidade extrema.
Pensamentos voando e fala muito rápida, pulando de uma idéia para outra.
Falta de concentração.
Pouca necessidade de sono.
Crença irrealista em suas habilidades.

Julgamentos pobres.
Período duradouro de comportamento diferente do usual.
Desejo sexual aumentado.
Abuso de drogas, particularmente álcool, cocaína e remédios para dormir.
Comportamento provocativo, intrusivo ou agressivo.
Negação de que alguma coisa está errada.
Um episódio de mania é diagnosticado se o humor elevado ocorre com 3 ou mais outros sintomas pela maior parte do dia, quase todos os dias, por uma semana ou mais. Se o humor está irritável, quatro sintomas adicionais devem estar presentes.
Os sinais e sintomas dos episódios de depressão incluem:
Humor ruim, tristeza e ansiedade.
Sentimento de desesperança e pessimismo.
Sentimento de culpa, inutilidade e desamparo.
Perda de interesse ou prazer em atividades que costumava gostar, incluindo sexo.
Queda de energia e sensação de fadiga.
Dificuldade de concentração, de lembrar e tomar decisões.
Irritabilidade e agitação.
Dormir demais ou falta de sono.
Alterações no apetite e ganho ou perda de peso não intencional.
Dor crônica ou outros sintomas corporais que não são causados por doença ou lesão.
Pensamentos suicidas e de morte, ou tentativa de suicídio.
Um episódio de depressão é diagnosticado quando 5 ou mais desses sintomas duram a maior parte do dia, quase todos os dias por um período de 2 semanas ou mais.

Um episódio moderado de mania é chamado de hipomania, na qual a pessoa sente-se bem, e pode estar associada à produtividade aumentada. Embora até quando os familiares e amigos aprendem a reconhecer as alterações de humor como uma possível precoce maníaco-depressiva, a pessoa pode negar que algo esteja errado. Porém, sem o tratamento apropriado, hipomania pode se transformar em mania severa em algumas pessoas, ou mudar para depressão.

Algumas vezes episódios graves de mania ou depressão podem incluir sintomas psicóticos. Os sintomas psicóticos mais comuns são alucinações (escutar, ver ou sentir presença de coisas que não estão ali), delusões (crença forte e falsa que não é explicada influenciada pela lógica nem explicada pelos conceitos culturais usuais da pessoa). Os sintomas psicóticos na psicose maníaco depressiva tendem a refletir o estado extremo de humor do momento. Por exemplo, delusões de grandiosidade podem ocorrer durante a mania, enquanto que delusões de culpa podem aparecer durante a depressão. Pessoas com transtorno bipolar que têm esses sintomas algumas vezes são incorretamente diagnosticados como tendo esquizofrenia.

Em algumas pessoas os sintomas da mania e depressão podem ocorrer em conjunto, o que é chamado de estado bipolar misto. Os sintomas do estado misto podem incluir agitação, problema para dormir, alteração significativa de apetite, psicose e pensamentos suicidas. A pessoa pode ter um estado de humor muito triste e sem esperança ao mesmo tem que sente-se extremamente energizada.

Causas do transtorno bipolar ou psicose maníaco depressiva
Cientistas estão aprendendo sobre as possíveis causas do transtorno bipolar através de vários tipos de estudos. A maioria dos cientistas concorda que não há somente uma causa para a desordem bipolar, mas muitos fatores que agem em conjunto para produzir a doença.

Uma vez que a desordem bipolar tende a ocorrer em famílias, pesquisadores estão procurando por um gene específico que poderia aumentar a probabilidade de desenvolver a doença. Porém, o transtorno bipolar não é exclusivamente genético. Estudos de gêmeos idênticos, que dividem os mesmos genes, indicam que outros fatores desempenham papel no transtorno bipolar. Adicionalmente, descobertas de pesquisas genéticas sugerem que o transtorno bipolar não ocorre devido a uma único gene. Parece que muitos genes agem em conjunto e em combinação com outros fatores do ambiente da pessoa para causar o transtorno bipolar.

Tratamento do transtorno bipolar ou psicose maníaco depressiva
A maioria das pessoas com transtorno bipolar, até em suas formas mais graves, pode conseguir estabilização substancial das variações de humor, e sintomas relacionados, com o tratamento apropriado. Uma vez que o transtorno bipolar é uma doença recorrente, o tratamento preventivo de longo prazo é fortemente recomendado e quase sempre indicado. A estratégia de tratamento que combina medicação e tratamento psicosocial é a de melhor indicação para controlar a doença.Na maioria dos casos o transtorno bipolar é bem melhor controlado se o tratamento for contínuo. Porém, até quando não há paradas no tratamento, alterações de humor podem acontecer e devem ser reportadas imediatamente ao médico. O acompanhamento médico de perto, e comunicação aberta sobre as preocupações sobre o tratamento, podem fazer diferença na sua eficiência.
Adicionalmente, registrar os tratamentos, sintomas diários, padrões de sono e até eventos na vida pode ajudar pessoas com transtorno bipolar e seus familiares a entenderem melhor a doença. Esse registro também pode ajudar ao médico acompanhar e tratar o transtorno bipolar com mais eficiência.Embora os episódios de mania e depressão naturalmente venham e vão, é importante entender que o transtorno bipolar é uma doença que atualmente não tem cura. Seguir o tratamento, até nos momentos em que a pessoa está bem, pode ajudar a manter a doença sobre controle e reduzir as chances de ter episódios recorrentes mais graves.

 

 

Síndrome do Pânico ou Transtorno do Pânico.

 

 

Perguntas e Respostas Depoimentos em Pânico Depressão e Pânico na gravidez Stress Pós Traumático Stress A importância da Psicoterapia

Texto que responde a milhares de perguntas iguais: Síndrome do Pânico não é uma doença do cérebro causada por algum "defeito da Serotonina". Quase ninguém precisa medicação "para o resto da vida".

Transtorno do Pânico cura sim, porque ele quase sempre é uma reação do seu organismo uma situação estressante cuja saída envolve decisões importantes, perdas afetivas, financeiras, mudanças de estilo de vida, etc. Por isso recomendamos algumas medidas além da medicação. Entre elas uma forma de psicoterapia, ou Yoga ou Meditação, dependendo do caso. As pessoas tratam com Frontal, Rivotril, Lexotan, Anafranil, Prozac, Aropax, etc., são dezenas de remédios diferentes. Se um remédio é melhor que o outro, depende de cada paciente. Existem muitos ótimos remédios, mas isso não quer dizer que são ótimos para todas as pessoas que tomam.

Conhece o chavão "cada caso é um caso"? Não é um chavão, é uma realidade diária na arte de exercer a medicina.

P: Olá Doutor, parabéns pelo site tão explicativo. Doutor me trato há 1 ano com psicoterapia e minha psicóloga é contra eu tomar remédio, mas a coisa chegou a tal ponto que já não suporto mais essas crises, então resolvi procurar um psiquiatra, e já fazem dois dias que estou tomando remédios, um deles é o Paroxetina e estou me sentindo melhor. O que a minha psicóloga alega é que minha Síndrome do Pânico é emocional e não um problema nos neurotransmissores. gostaria de saber e existe essa diferença e se existir quer dizer que enquanto não me curar emocionalmente não vou sarar? mesmo tomando remédios?

R: O fato de ter origem psicológica ou emocional ou em fatores externos não quer dizer que você não deva tomar remédios. Se fosse assim ninguém tratava infarto, gastrite, úlcera, pressão alta e muitas outras doenças na mesma situação. É triste ver que ainda existem psicólogas com essas idéias atrasadas. Ainda mais porque quando você não tiver mais os sintomas do Pânico aí sim é que vai ter cabeça fria para analisar o que pode e deve ser mudado na sua vida para que o Pânico não volte mais.

 

Sintomas da Síndrome do Pânico ou Transtorno do Pânico:

Os sintomas físicos mais comuns são taquicardia, sudorese, sensação de falta de ar (não se preocupe porque ninguém jamais morreu sufocado por causa de Pânico), tremor, fraqueza nas pernas, ondas de frio ou de calor, tontura, sensação de que o ambiente está estranho, que a pessoa "não está lá" (isso se chama desrealização e não tem nada a ver com loucura, não se preocupe), de que vai desmaiar, de que vai ter um infarto, de uma pressão na cabeça, de que vai "ficar louco", de que vai engasgar com alimentos, assim como crises noturnas de acordar sobressaltado com o coração disparando e com sudorese intensa.Alguns pacientes referem diarréias intensas em determinadas situações. Outros tem todos os sintomas de uma Labirintite. Outros passam a ter pensamentos que não saem da cabeça de que poderiam ter doenças graves mesmo que todos os exames sejam normais, ou de que poderiam fazer mal a si mesmo ou a outras pessoas.

Podem ocorrer pensamentos que a pessoa sabe que não fazem sentido, mas não consegue tirar da cabeça, por exemplo se atirar de uma janela, machucar alguém ou ela mesma com uma faca. Tecnicamente falando, pensamentos obsessivos, fazem do quadro clínico e desaparecem com o tratamento do pânico.

Um medo muito comum é o de "voltar a sentir medo". Muitas vezes o simples pensamento de entrar num avião ou passar ao lado de um abismo já desencadeiam a crise. Algumas pessoas vão a um cinema, teatro ou restaurante e procuram sentar-se perto da saída, outras não trancam a porta quando vão ao banheiro, sempre para sair facilmente caso venham a passar mal.É comum a pessoa ter passado por cardiologistas, clínicos, hospitais, laboratórios, etc., com todos os exames normais, a não ser, com certa freqüência, um Prolapso de Válvula Mitral, que os cardiologistas não consideram patológico.

Muitas vezes as primeiras crises aparecem subitamente em situações normais e habituais.É claro que a maioria das pessoas não tem todos os sintomas acima.Uma forma mais específica da Síndrome do Pânico ou Transtorno do Pânico se chama Fobia Social e se caracteriza por crises de ansiedade em situações como por exemplo reuniões, apresentações, discussões com superiores, assinar algum documento, cheques ou mesmo levantar uma xícara de café em público.

Algumas vezes os sintomas aparecem após uma experiência traumática na qual a pessoa se sentiu indefesa ou humilhada ou sem possibilidade de reação, por exemplo assalto, seqüestro, acidentes. Essa forma mais específica de distúrbio de ansiedade se chama Distúrbio de Stress Pós Traumático.

 

 

Desenvolvimento de fobias:

 

 

Após ter tido muitas crises, a pessoa pode não sentir mais os sintomas físicos mas continua com medos que ela mesmo percebe que não são lógicos, como por exemplo de dirigir (principalmente em congestionamentos, túneis ou estradas), de pegar ônibus, metrô, avião, de participar de reuniões, de viajar, de ficar sozinha ou de sair sozinha de casa, ou de escuridão, de ficar em lugares com muita gente como Shopping, cinema, restaurantes, filas, elevadores, ou então de lugares muito abertos e vazios. Às vezes aparece até mesmo medo de dormir, quando a pessoa teve crises noturnas, ou de se alimentar, quando teve sensações de engasgar.

 

Causas:

Psicológicas (são as mais comuns): reação a um Stress ou a uma situação difícil cuja solução é igualmente difícil. Essa situação difícil pode ser profissional, afetiva, financeira, de saúde, etc.

Físicas: alterações no organismo provocadas, por medicamentos, doenças físicas, por abuso de álcool em drogas.

Genética familiar de Pânico, Depressão, DOC, TAG, PTSD, DDA, etc. Atenção: predisposição genética não quer dizer hereditariedade. Ou seja, Síndrome do Pânico ou Transtorno do Pânico não passa de pai para filho, não se preocupe.

O mais comum é uma combinação de várias causas.

Sofrer de Pânico não tem nada a ver com personalidade forte ou fraca, com a pessoa ser ou não corajosa.

 

O tratamento da Síndrome do Pânico ou Transtorno do Pânico envolve:

Acabar com os sintomas físicos, que costumam passar rapidamente com medicamentos. Tratar a Ansiedade Antecipatória, as Fobiase o comportamento de evitação. Nesta fase o tratamento mais eficaz é a combinação de medicação com Psicoterapia, principalmente a Cognitivo Comportamental.

 

 

Para a família:

 

 

Geralmente a família sofre porque não consegue ajudar e sobrecarrega o paciente porque vê a pessoa passar por cardiologistas, clínicos, neurologistas, gastroenterologistas, otorrinolaringologistas, etc., fazer exames, tomar calmantes, estimulantes e vitaminas sem melhora. Então começa a dizer que é fita, "frescura", falta de força de vontade, de coragem, e começa a dar palpites para você "se ajudar" "se animar" "reagir" e etc., como se você não soubesse de tudo isso.

Observações

Existem alguns casos em que o primeiro remédio não produz resultado. Isso não quer dizer caso grave e nem incurável. Na maioria das vezes basta trocar a medicação. Mesmo que você já esteja se sentindo bem, não interrompa a medicação. Interromper a medicação antes da hora significa quase sempre uma recaída. A Síndrome do Pânico ou Transtorno do Pânico é benigna e curável, quase todos os sintomas desaparecem nas primeira horas de tratamento, porem ela é muito "teimosa" e o tratamento de manutenção é longo. Evidentemente que sem sintomas, mas com a manutenção da medicação. A Síndrome do Pânico ou Transtorno do Pânico pode reaparecer sim, mesmo que os problemas tenham acabado.

Durante o Transtorno do Pânico ou Síndrome do Pânico a pessoa pode passar por fases de depressão. Isso não quer dizer que você sofra de duas doenças. Algumas pessoas com Síndrome do Pânico ou Transtorno do Pânico tem receio de fazer ginástica. Pelo contrário, um bom condicionamento físico é sempre importante, ainda mais para quem está sujeito a ter crises de taquicardia. Além disso, ginástica libera Endorfinas, que são nossos Antidepressivos naturais e aumentam nosso bem estar. Yoga, meditação, massagem de relaxamento: sempre ajudam e muito, principalmente as duas primeiras. Diminuir álcool e cafeína (café, chá preto, chá mate, refrigerantes) sempre ajuda.

 

" Isso é algo que não desejo nem para meu pior inimigo ".

Expressão muito usada por quem passou pelas crises.

Existem pessoas, não importa de que classe social, vagam pelos consultórios e clínicas do mundo inteiro sem que ninguém seja capaz de lhes dizer qual a verdadeira origem de seus males. A pessoa passa por uma série interminável de consultas e exames, em boa parte pagos com dinheiro público, acaba entrando nas estatísticas de certas doenças, mas não tem seu problema resolvido. Três quartos das pessoas com distúrbio mental não estão onde deveriam estar: no psiquiatra ou no psicólogo. Estão nas mãos do cardiologista, do neurologista ou de outro especialista qualquer. É uma multidão que não trata a sua doença de forma adequada, pois um mau diagnóstico pode levar essas pessoas a conviver com enormes desconfortos, que acabam se estendendo à toda a sua família. " Tenho tanto medo. Toda vez que. " De repente, eu senti uma terrível  me preparo para sair, tenho aquela onda de medo, sem nenhum motivo. Desagradável sensação no estômago              Meu coração disparou, tive dor e me aterrorizo pensando que vou ter no peito e dificuldade para respirar.outra crise de pânico. " Pensei que fosse morrer. "

 

Quais os sintomas físicos de uma crise de pânico?

Como se descreve acima, os sintomas físicos de uma crise de pânico aparecem subitamente, sem nenhuma causa aparente (apesar de existir, mas fica difícil de se perceber). Os sintomas são como uma preparação do corpo para alguma "coisa terrível". A reação natural é acionar os mecanismos de fuga. Diante do perigo, o organismo trata de aumentar a irrigação de sangue no cérebro e nos membros usados para fugir - em detrimento de outras partes do corpo, incluindo os orgãos sexuais. Eles podem incluir :

Contração / tensão muscular, rijeza .

Palpitações (o coração dispara)

Tontura, atordoamento, náusea.

Dificuldade de respirar (boca seca).

Calafrios ou ondas de calor, sudorese.

Sensação de "estar sonhando" ou distorções de percepção da realidade.

Terror - sensação de que algo inimaginavelmente horrível está prestes a acontecer e de que se está impotente para evitar tal acontecimento.

Confusão, pensamento rápido.

Medo de perder o controle, fazer algo embaraçoso.

Medo de morrer.

Vertigens ou sensação de debilidade.

Uma crise de pânico dura caracteristicamente vários minutos e é uma das situações mais angustiantes que podem ocorrer a alguém. A maioria das pessoas que tem uma crise terá outras (se não tratar). Quando alguém tem crises repetidas ou sente muito ansioso, com medo de ter outra crise, diz-se que tem transtorno do pânico.

 

O que é o transtorno do pânico?

Transtorno do pânico é um problema sério de saúde. Este distúrbio é nitidamente diferente de outros tipos de ansiedade, caracterizando-se por crises súbitas, sem fatores desencadeantes aparentes e, frequentemente, incapacitantes. Depois de ter uma crise de pânico - por exemplo, enquanto dirige, fazendo compras em uma loja lotada ou dentro de um elevador - a pessoa pode desenvolver medos irracionais (chamados fobias) destas situações e começar a evitá-las. Gradativamente o nível de ansiedade e o medo de uma nova crise podem atingir proporções tais, que a pessoa com o transtorno do pânico pode se tornar incapaz de dirigir ou mesmo pôr o pé fora de casa. Neste estágio, diz-se que a pessoa tem transtorno do pânico com agorafobia. Desta forma, o distúrbio do pânico pode ter um impacto tão grande na vida cotidiana de uma pessoa como outras doenças mais graves - a menos que ela receba tratamento eficaz e seja compreendida pelos demais.

 

O que causa o transtorno do pânico? Por que ele ocorre?

De acordo com uma das teorias, o sistema de "alerta" normal do organismo - o conjunto de mecanismos físicos e mentais que permite que uma pessoa reaja a uma ameaça - tende a ser desencadeado desnecessariamente na crise de pânico, sem haver perigo iminente. Algumas pessoas são mais suscetíveis ao problema do que outras. Constatou-se que o T.P. ocorre com maior frequência em algumas famílias, e isto pode significar que há uma participação importante de um fator hereditário (genético) na determinação de quem desenvolverá o transtorno. Entretanto, muitas pessoas que desenvolvem este transtorno não tem nenhum antecedente familiar. O cérebro produz substâncias chamadas neurotransmissores que são responsáveis pela comunicação que ocorre entre os neurônios (células do sistema nervoso). Estas comunicações formam mensagens que irão determinar a execução de todas as atividades físicas e mentais de nosso organismo (ex: andar, pensar, memorizar, etc). Um desequilíbrio na produção destes neurotransmissores pode levar algumas partes do cérebro a transmitir informações e comandos incorretos. Isto é exatamente o que ocorre em uma crise de pânico: existe uma informação incorreta alertando e preparando o organismo para uma ameaça ou perigo que na realidade não existe. É como se tivéssemos um despertador que passa a tocar o alarme em horas totalmente inapropriadas. No caso do Transtorno do Pânico os neurotransmissores que encontram-se em desequilíbrio são: a serotonina e a noradrenalina.

 

O transtorno do pânico é um problema sério?

O T.P. já é considerado um problema sério de saúde. Atualmente 2 a 4% da população mundial sofre deste mal, que acomete mais mulheres do que homens em uma proporção de 3 para 1. Há muito que o T.P. deixou de ser um diagnóstico de exclusão. Hoje, mais do que nunca, há necessidade de um diagnóstico de certeza para tal entidade clínica. As pessoas que sofrem deste mal costumam fazer uma verdadeira "via-crucis" a diversos especialistas médicos ("doctor shopping") e após uma quantidade exagerada de exames complementares recebem, muitas vezes, o patético diagnóstico do "nada", o que aumenta sua insegurança e seu desespero. Por vezes esta situação dramática é reduzida a termos evasivos como: estafa, nervosismo, stress, fraqueza emocional ou problema de cabeça. Isto pode criar uma incorreta impressão de que não há um problema de fato e de que não existe tratamento para tal patologia.

O T.P. é real e potencialmente incapacitante, mas pode ser controlado com tratamentos específicos. Por causa dos seus sintomas desagradáveis, ele pode ser confundido com uma doença cardíaca ou outra doença grave. Frequentemente as pessoas procuram um pronto-socorro quando têm a crise de pânico e podem passar desnecessariamente por extensos exames médicos para excluir outras doenças. Os médicos em geral tentam confortar o paciente em crise de pânico, fazendo-o entender que não está em perigo. Mas estas tentativas podem às vezes piorar as dificuldades do paciente: se o médico usar expressões como "não é nada grave", "é um problema de cabeça" ou "não há nada para se preocupar", isto pode produzir uma impressão incorreta de que não há problema real e de que não existe tratamento ou de que este não é necessário, conforme já comentado.

 

Qual é a população atingida?

As pessoas que tem o T.P., em sua maioria, são pessoas jovens (faixa etária de 21 a 40 anos), que encontram-se na plenitude de suas vidas profissionais. O perfil da personalidade das pessoas que sofrem do T.P., costuma apresentar aspectos em comum: geralmente são pessoas extremamente produtivas à nível profissional, costumam assumir uma carga excessiva de responsabilidades e afazeres, são bastantes exigentes consigo mesmos, não convivem bem com erros ou imprevistos, têm tendência a se preocuparem excessivamente com problemas cotidianos, alto nível de criatividade, perfecionismo, excessiva necessidade de estar no controle e de aprovação, auto-expectativas extremamente altas, pensamento rígido, competente e confiável, repressão de alguns ou todos os sentimentos negativos (os mais comuns são, o orgulho e a irritação), tendência a ignorar as necessidades físicas do corpo, entre outras. Essa forma de ser acaba por predispor estas pessoas a situações de stress acentuado, fato este que pode levar ao aumento intenso da atividade de determinadas regiões do cérebro desencadeando assim um desequilíbrio bioquímico e consequentemente o aparecimento do T.P.. Vale ressaltar ainda que alguns medicamentos como anfetaminas (usados em dietas de emagrecimento) ou drogas (cocaína, maconha, crack, ecstasy, etc), podem aumentar a atividade e o medo promovendo alterações químicas que podem levar ao T.P..

 

Existe tratamento para este problema?

Existe uma variedade de tratamentos para o T.P.. O mais importante neste aspecto é que se introduza um tratamento que vise restabelecer o equilíbrio bioquímico cerebral numa primeira etapa. Isto pode ser feito através de medicamentos seguros e que não produzam risco de dependência física dos pacientes. Numa segunda etapa prepara-se o paciente para que ele possa enfrentar seus limites e as adversidades vitais de uma maneira menos estressante. Em última análise, trata-se de estabelecer junto com o paciente uma nova forma de viver onde se priorize a busca de uma harmonia e equilíbrio pessoal. Uma abordagem psicoterápica específica deverá ser realizada com esse objetivo. O sucesso do tratamento está diretamente ligado ao engajamento do paciente com o mesmo. É importante que a pessoa que sofre de T.P. entenda todas as peculiaridades que envolvem este mal e que queira fazer uma boa "aliança terapêutica" com seu médico no sentido de juntos superarem todas as adversidades que poderão surgir na busca do seu equilíbrio pessoal.

 

Para as pessoas que não tem, e para as que possam vir a conviver com o problema:

O T.P. não é loucura, nem "frescura". Infelizmente é comum que os distúrbios psíquicos sejam interpretados como simples fraqueza de caráter. O melhor jeito para conviver com uma pessoa que passou pelo T.P., É compreender pelo que a pessoa passa; fazendo com que essa pessoa saiba que você entende o que se passa com ela, isso irá tranquilizá-la, trazendo bem-estar, pois é bem difícil se ter um "ataque", perante uma pessoa ou ambiente que conheça o problema, junto com um "tratamento", preferencialmente, tratado por um psiquiatra. Pois os que sofrem com o transtorno do pânico são ótimas companhias, devido a sua sensibilidade apurada, pois uma experiência ruim algumas vezes frutifica em crescimento interior. E sempre mantenha essa pessoa normalmente convivendo com suas atividades, percebendo as suas limitações e não "forçando nenhuma barra". Aos poucos a vida volta a normalidade.

O Transtorno do Pânico é comum, pode ser claramente definido, diagnosticado e tratado; O conhecimento obtido através da pesquisa está resultando num aperfeiçoamento da diagnose, tratamento e qualidade de vida das pessoas que sofrem do distúrbio do pânico;

Preparação profissional: Com o aumento da informação, tornando as pessoas cientes do distúrbio, assim médicos e profissionais de saúde mental, devem se preparar para o diagnósticar e/ou tratar do distúrbio do pânico.

 

Depressão, Ansiedade e Síndrome do Pânico

Depressão, ansiedade e pânico. Pensamentos e frases soltas, só para guardar e organizar:

 (a) a febre está para a infecção, assim como a ansiedade está para a depressão;

 (b) louco é quem não reconhece que a loucura faz parte da natureza do ser-humano;

 (c) tamanha é a dor de uma depressão que, ao acordar, você faz de tudo para continuar dormindo, na esperança de que a angústia passe; (d) a atenção desinteressada é a satisfação do desejo;

 (e) quando um povo burro elege um presidente burro, demonstra inteligência; quando um povo burro elege um presidente inteligente, demonstra burrice; o burro desconhece a inteligência;

 (f) quem é mais louco, um criminoso que vai ao tribunal e confessa um crime ou um criminoso que comete um crime e não o confessa?

(g) por vezes, a loucura é sublime, pois tira da pessoa a capacidade de fingir, filtrar ou mentir, assim como uma criança;

(h) gênio é aquele que expõe sua personalidade sem preconceitos; genial é tudo o que alguém traz à tona após uma imersão em seu "ser", que de tão profunda e honesta cria nos outros uma sensação de identidade;

(i) talento é quando um atirador atinge um alvo que os outros não conseguem atingir; gênio é quando um atirador atinge um alvo que os outros não vêem;

(j) toda escolha implica numa renúncia;

 (k) o pesar é a depressão proposcional à circunstância; a depressão é um pesar desproporcional à circunstância;

(l) espera que amanhã passa;

(m) sou para não ser o que seria;

(n) a depressão e o pânico tornam a pessoa mais humana; quem sente dor valoriza o bem-estar, ou melhor, é capaz de admirar a simples sanidade;

(o) para tudo tem um jeito, menos para a morte.
 

 

Síndrome do Pânico
Por Tereza Aquino

Nos últimos tempos, um grande número de pessoas vêm sendo afetadas por esse terrível mal. Trata-se de uma situação limite, sempre relatada de forma extremamente dramática pelas pessoas que vivenciaram ou que ainda vivenciam tal situação.

Essas pessoas se percebem inteiramente tomadas por sensações assustadoras descritas de maneira muito semelhante: aflição no peito, taquicardia, sudorese, contrações musculares, medo de perder o controle, sensação de morte iminente. São manifestações físicas e psíquicas que reunidas formam o quadro sintomatológico da Síndrome do Pânico conforme reconhecido pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Tal instituição, ao se encarregar da publicação dos diferentes manuais de psiquiatria, especifica os critérios de diagnóstico e, por conseguinte, circunscreve os diversos distúrbios, formalizando assim as doenças. A partir desse referencial a Síndrome do Pânico se distingue dos demais tipos de ansiedade pelo que é considerado a sua principal característica: crises de pânico súbitas sem fatores desencadeantes aparentes. Em geral, segundo relato das pessoas acometidas pela Síndrome do Pânico, instala-se o que vem sendo chamado de "medo do medo", isto é, o medo de que a crise retorne. Devido a um processo de associação, a partir da primeira crise, qualquer estímulo interno (uma dor, tonteira, alterações nos batimentos cardíacos, etc) ou externo (um lugar, um cheiro, túnel, ônibus, metrô, etc) pode remeter à situação das crises anteriores e funcionarem como o elemento-índice, desencadeador de uma nova crise. Nesse sentido, fazendo parte de um procedimento defensivo para evitar que novas crises ocorram, vão se produzindo diferentes tipos de fobia. E assim vai se circunscrevendo um quadro cuja principal característica é um medo revestido de irracionalidade já que o medo é impalpável, invisível, ilógico. Consequentemente, de uma maneira gradativa, a vida cotidiana das pessoas acometidas dessa síndrome, vai se tornando restrita. De tal forma as limitações vão se impondo que o resultado é uma dramática incapacidade de dirigir a própria vida. As mais simples tarefas, já tão familiares, tornam-se barreiras intransponíveis. As dificuldades vão surgindo de forma interrelacionada e aumentando progressivamente. Muitas pessoas perdem o emprego enquanto lutam contra esse mal. Subitamente se percebem inundadas por um sentimento de total impotência e incompetência, cujos motivos, até então invisíveis, começam a ser percebidos no meio social a partir dos gradativos fracassos que se infiltram, pouco a pouco, perpassando todos os setores da vida. As restrições vão se impondo sucessivamente a tal ponto que o indivíduo pode mesmo vir a se encontrar enclausurado em sua própria casa (agorafobia), inteiramente dependente de terceiros. Infelizmente um grande número de pessoas com a Síndrome do Pânico, devido à falta de informação e de acesso a tratamento adequado, buscam alívio no álcool e nas drogas. A cura não se dá de forma espontânea, o que significa que a sintomatologia não desaparece a menos que a pessoa receba tratamento específico, especializado, para que seja eficaz.

Atualmente, o tipo de tratamento para a Síndrome do Pânico que vem obtendo bons resultados tem se baseado nas recentes contribuições de estudos e pesquisas inspiradas numa visão integrada do ser humano ¾ psico-soma. Isso significa, em termos de tratamento, associar psicoterapia e medicamentos. Enquanto a psicoterapia auxilia a compreensão dos motivos do pânico e estimula as mudanças de atitudes necessárias para eliminá-lo, os medicamentos, em casos onde o quadro sintomatológico é mais intenso, garantem à pessoa o equilíbrio necessário para poder se beneficiar da psicoterapia.

O processo psicoterapêutico, em geral, leva alguns meses. Quando bem conduzido, num primeiro momento, evita as crises ou pelo menos reduz substancialmente a intensidade e a frequência delas, trazendo alívio significativo. Na medida em que vão ocorrendo as sessões psicoterapêuticas o paciente vai aprendendo mais sobre os seus sintomas, sobre si mesmo, e, sobretudo, aprendendo a agir em conformidade com essas descobertas ou novas percepções. Por conseguinte, ao familiarizar-se com suas potencialidades o paciente se tornará o próprio agente da mudança de seu estado ao invés de envergonhar-se dele. Com efeito, esse é o passo mais difícil porém decisivo na medida em que funcionará como o elemento detonador do processo de cura. Tal atitude, que será obtida no próprio processo psicoterapêutico, fornecerá os meios necessários para que a pessoa acometida da Síndrome do Pânico se perceba capacitada para alcançar com sucesso a eliminação de tal mal. Trata-se de uma atitude imprescindível para a conquista da cura, e que pode ser traduzida por: reapropriação do respeito por si próprio.

 

 

Síndrome do Pânico em Adolescentes

 

 

Síndrome do Pânico é um distúrbio ou transtorno de ansiedade com características bem definidas. O ataque de quem tem Síndrome do Pânico acontece de forma inesperada, além de ter como sintomas reações do tipo palpitações, sudorese, tremores, falta de ar, dor no peito, náusea, tontura, medo de perder o controle, medo de morrer e até mesmo calafrios, formigamentos pelo corpo ou ondas de calor. Esses são os sintomas típicos de quem tem Síndrome do Pânico.

Ultimamente o que tinha sido observado ocorrer somente com adultos, parece que agora se observa estar a acontecer também com alguns adolescentes. As explicações para isso podem surgir como uma reacção oriunda de uma educação extremista, ou uma reacção que o adolescente apresenta por sentir-se pressionado a ‘mostrar’ resultados; para os quais nem sempre se sente apto. Mudanças físicas, orgânicas, comportamentais, e psicológicas também podem ser responsáveis pelo aparecimento da síndrome do pânico.

Alguns factores como o divórcio dos pais, a perda de um ente querido, morte de um amigo, mudança de escola, falta de diálogo entre os pais e o adolescente, também podem influenciar o surgimento da síndrome do pânico no adolescente.Geralmente a síndrome do pânico surge por volta dos 14 anos de idade. Os sintomas de quem tem Síndrome do Pânico começam do nada e tem o seu pico mais alto num período de 10 minutos do aparecimento do seu primeiro sintoma, ou seja, é tudo muito rápido e abrupto. Mas é importante deixar claro que não é porque você tem um desses sintomas que você tem a Síndrome do Pânico; só um médico pode diagnosticar corretamente o distúrbio.

O que se sabe, por estudos médicos é que a Síndrome do Pânico é mais comum entre as mulheres do que nos homens e mais comum ainda em adolescentes, já que a idade para o surgimento dos sintomas da Síndrome do Pânico gira em torno dos 14 anos de idade.

Os jovens que sofrem com a Síndrome do Pânico têm a possibilidade maior de serem diagnosticados com a depressão. Por isso mesmo, quanto mais cedo os jovens forem diagnosticados corretamente, mais cedo o tratamento começará e assim os sintomas serão controlados.

Os adolescentes que tem a Síndrome do Pânico também podem ser acometidos de mais de um ataque por mês e começar assim ter uma preocupação maior com outros ataques agravando a Síndrome do Pânico; isso pode fazer com que ele não queira mais reviver os locais ou situações onde ele teve o ataque e isso faz com que ele se isole e entre em depressão.Outra preocupação dos adolescentes com Síndrome do Pânico são os resultados dos sintomas e do ataque em si, já que eles temem perder o controle ou passar mal a ponto de não ter ninguém ali para ajudá-los da maneira correta. Tudo isso faz com que o adolescente se isole ainda mais e que sinta com medo de ir a locais ou participar de actividades; pois ele sempre terá medo de ter um ataque ou de os sintomas começarem a aparecer. A Síndrome do Pânico pode ser controlada com tratamento psicológico, fazendo com que o adolescente tenha uma vida absolutamente normal.

Mas o importante é sempre procurar um aconselhamento profissional, para que tanto o adolescente quanto você se sintam confiantes e saibam que há solução para isso e que acima de tudo o problema da síndrome do pânico irá se resolver da melhor maneira possível.

 

 

Depressão e Ansiedade no Idoso

 


A conhecida relação entre sintomas depressivos e idade avançada sempre tem gerado numerosos estudos. A maioria desses estudos aborda a polêmica sobre o fato da depressão no idoso ser considerada, ou não, um tipo diferente das demais depressões. Esse debate inicialmente se concentrou sobre a idade do paciente idoso que sofria de depressão, interessava saber se a depressão era senil, involutiva, pré-senil, etc.Posteriormente, enfocou-se as comparações da idade dos pacientes quando se iniciou a depressão. Nesse caso enfatizava-se antecedentes depressivos, episódios depressivos ou distimia na história pregressa do paciente. Neste caso pretendia-se saber se a depressão era, de fato, senil ou era uma depressão antiga apresentando mais um episódio agudo no idoso.Os argumentos que sustentam ser a depressão no idoso um tipo diferente da depressão de outras faixas etárias se apóiam nas diferenças de sintomatologia. Nos idosos, por exemplo, a depressão se apresentaria com sintomas somáticos ou hipocondríacos mais freqüentes, haveria menos antecedentes familiares de depressão e pior resposta ao tratamento. Apesar disso, a tendência atual é não estabelecer diferenças marcantes entre a depressão da idade tardia e a depressão dos adultos mais jovens. De fato, o que teria de diferente nos idosos seria, não a depressão em si, mas as circunstâncias existenciais específicas da idade.Do ponto de vista vivencial, o idoso está numa situação de perdas continuadas; a diminuição do suporte sócio-familiar, a perda do estatus ocupacional e econômico, o declínio físico continuado, a maior freqüência de doenças físicas e a incapacidade pragmática crescente compõem o elenco de perdas suficientes para um expressivo rebaixamento do humor. Também do ponto de vista biológico, na idade avançada é mais freqüente o aparecimento de fenômenos degenerativos ou doenças físicas capazes de produzir sintomatologia depressiva.
Assim sendo, embora os fatores bio-psico-sociais agravantes possam estar associados ao rebaixamento do humor na idade avançada, eles podem gerar confusão a respeito das características clínicas da depressão nessa idade. Os clássicos conceitos de depressão reativa, depressão secundária e depressão endógena se confundem na depressão senil.

 

 

CAUSALIDADE DA DEPRESSÃO

 

DEPRESSÃO REATIVA - Reativa a alguma situação vivencial traumática - De fato o idoso passa por uma condição existencial problemática e, muitas vezes, sofrível.

 

 

DEPRESSÃO SECUNDÁRIA - Secundária à alguma condição orgânica - De fato o idoso costuma desenvolver estados patológicos e degenerativos que facilitam o desenvolvimento da depressão.

 

DEPRESSÃO ENDÓGENA  - Endógena é constitucional, atrelada à personalidade - Ora, de fato as pessoas com depressão endógena ou constitucional envelhecem e continuam depressivas.

 

 

 

 

 
   
   

 

 

   

 

DEPREASSÃO REATIVA (Reativa a alguma situação vivencial traumática)
De fato o idoso passa por uma condição existencial problemática e, muitas vezes, sofrível.


 

DEPRESSÃO SECUNDÁRIA (Secundária à alguma condição orgânica)
De fato o idoso costuma desenvolver estados patológicos e degenerativos que facilitam o desenvolvimento da depressão.


 

DEPRESSÃO ENDÓGENA (Endógena é constitucional, atrelada à personalidade).
Ora, de fato as pessoas com depressão endógena ou constitucional envelhecem e continuam depressivas

Como vemos no quadro acima, pelas condições existenciais a depressão do idoso bem que poderia ser, de fato, reativa. Poderia igualmente ser secundária às condições físicas do idoso e, finalmente, pelos eventuais antecedentes, poderia ser endógena. Nos adultos jovens esta confusão causal é menor, pois os aspectos do entorno existencial estão mais claramente definidos.

A depressão nos idosos depende da interação entre fatores ambientais, constitucionais, biológicos e suporte social. Os eventos ambientais são representados pelas questões vitais negativas, como por exemplo perdas e limitações, podem funcionar como desencadeadores da depressão. Os elementos constitucionais são as propensões genéticas ao desenvolvimento da depressão, bem como os traços de personalidade de marcante ansiedade. A biologia do envelhecimento contribui para a eclosão da depressão através das doenças físicas e a conseqüente incapacitação, inclui-se aqui a chamada Depressão Vascular de início tardio, conseqüência das alterações da circulação cerebral. A ruptura de vínculos sociais, perda do espaço ocupacional, a diminuição do rendimento econômico, o isolamento são elementos do suporte social que favorecem a depressão. A incapacidade decorrente da senilidade, por exemplo, é um fator de risco importante a curto e longo prazo para o desenvolvimento da depressão nos idosos. O início da incapacidade gera considerável estresse e alterações negativas do estilo de vida.

A imobilidade, a dor, ansiedade, necessidade de hospitalização demorada e reabilitação intensiva, aumento de eventos vitais negativos (perdas de pessoas, materiais, sociais, ocupacionais), sensação de perda do controle sobre a própria vida, baixa autoestima, desmoralização, restrições das atividades sociais e relações interpessoais dificultadas são algumas dessas alterações, que podem precipitar o início da depressão.

 

A Situação Existencial do Idoso
O estudo da psicopatologia da velhice a partir de três aspectos concretos: saúde mental, percepção do envelhecimento e autonomia funcional. Segundo César Vásquez Olcese (2001), parece haver diferenças significativas entre saúde mental e percepção do envelhecimento.Em países como o nosso, cheios dos problemas derivados do subdesenvolvimento e de necessidades cada vez maiores, normalmente o Estado tende a fixar sua atenção e esforço na solução de problemas conjunturais, problemas que afligem à generalidade dos habitantes. O estado empobrecido não prestigia determinados setores da população, como exigiria a terceira idade.
Por isso, é quase certo dizer que os idosos de nossa sociedade estão marginados. Eles estão excluídos da produção contra sua vontade, tornam-se pouco consumidores, tendem a consumir maiores recursos da saúde, e acabam sobrevivendo a expensas de uma sociedade quase sempre hostil, recebendo as ajudas caridosas que esta se digna oferecer-lhes. Estão excluídos da produção porque ninguém lhes dá emprego, tornam-se pouco consumidores porque não têm dinheiro, não têm dinheiro porque ninguém lhes dá emprego, e consomem recursos da saúde porque adoecem, e adoecem mais porque não têm recursos para a saúde. Forma-se assim um deplorável círculo vicioso.
A mídia foi a primeira a detectar essa situação deplorável dos idosos. Os idosos só aparecem em propaganda de planos de saúde, no marketing de supermercados estão as pessoas de meia idade e todos os demais prazeres da vida são monopolizados pelos jovens, irrequietos, barulhentos e coloridos. Mas quem para a conta dos prazeres são as pessoas de meia idade e quem ajudou a erigir a estrutura social, essa mesma estrutura social dos prazeres, forma os idosos.Infelizmente, um dos sintomas deste descuido social geral para com o idoso é o escasso conhecimento que se tem de sua realidade psicológica, de sua subjetividade e da percepção que ele tem de si mesmo e do mundo em que vive. Os estudos referidos à velhice se concentram, em geral, nos aspectos demográficos, socioeconômicos, de seguridade social e de saúde física, deixando de lado a saúde emocional e o colorido dos sentimentos da pessoa que envelhece.
É pois, imperioso que a sociedade de um modo geral, e a medicina psiquiátrica em particular, se aproximem e conheçam a dimensão subjetiva, a problemática da saúde emocional e as potencialidades subjacentes do idoso. Muito pouco se sabe sobre como o idoso percebe a si mesmo e a seu envelhecimento, e isso será apenas o primeiro passo para estabelecer uma atenção psicológica e rastrear os fatores materiais e sociais que a determinam a angustia e a depressão que rodeiam o envelhecimento.

 

A Saúde Mental do Idoso

Saúde Mental poderia ser entendida como o equilíbrio psíquico que resulta da interação da pessoa com a realidade. Essa realidade é o meio circundante que permite à pessoa desenvolver suas potencialidades humanas e, normalmente, essas potencialidades estão estreitamente associadas à satisfação das necessidades humanas.
Uma das principais necessidades humanas básicas, para o idoso ou qualquer um outro, é a chamada Autonomia Funcional. Esta, diz respeito à capacidade que tem a pessoa para valer-se de si mesmo, interatuar com o ambiente e satisfazer suas necessidades.
Percepção do envelhecimento é a manifestação subjetiva das alterações sofridas a nível somático e funcional, atribuibuídas ao envelhecimento. Isto se expressa numa troca da identidade pessoal, a imagem corporal, a autovalorização, etc. Operacionalmente pode definir-se como a auto-atribuição de traços de velhice. Assim sendo, a percepção do envelhecimento se dá, mais destacadamente, nas seguintes observações:

 

Alterações na aparência física

A grande maioria dos idosos se percebe com menos cabelo, cabelos brancos (91.2%); manchas e rugas na pele (81.1%); problemas de visão e de audição (74.9%); déficit na força muscular (59.7%), etc. A isso se associa uma característica psicológica, que é um forte apego ao passado (57.2%).Os fatores sociais e os elementos gerais parecem exercer uma forte influencia. As mulheres levam mais em conta as mudanças em sua aparência externa, os homens, por sua vez, ressentem mais a debilidade física.Dentro da percepção do envelhecimento, cabe chamar a atenção sobre a explicação que os idosos realizam de sua velhice, e sobre a rapidez com que esta se instaura para eles. O ritmo do envelhecimento é percebido de forma diferente por homens e mulheres. A maioria dos homens (59.1%) pensa envelhecer de forma lenta ou pouco a pouco. As mulheres (52.7%), em troca, vêem este processo como algo normal, nem lento nem rápido.A correlação entre Saúde Mental e Percepção do Envelhecimento faz supor uma influência negativa dos problemas psicológicos sobre a autopercepção dos idosos. A presença de ansiedade, irritabilidade, sensação de insuficiência, de inutilidade, entre outras, pode levar aos idosos a supervalorizar (e em alguns casos extremos, a acelerar) alguns traços próprios da velhice.Da mesma forma, é lícito supor que a presença de certos traços do envelhecimento e seus efeitos nas vidas das pessoas possam gerar problemas psicológicos, já que, ao que parece, as limitações do envelhecimento e a marginalização social concomitante, terminam por afetar o equilíbrio interno dos indivíduos. O mais provável é que exista uma influencia recíproca entre ambos fatores, os mesmos que à maneira de um círculo vicioso se retro-alimentam mutuamente.
 

Autonomia Funcional

Entre as principais características da perda progressiva da Autonomia Funcional estão os problemas de mobilidade, de mover-se de um lugar a outro, principalmente entre lugares distantes (40.9%). Outra limitação importante está no ato de preparar seus alimentos (32.7%) e, finalmente, em conseguir as coisas que necessitam (29.6%).
A discriminação que sofrem as mulheres no campo ocupacional, econômico, familiar e outros, notadamente a descriminação maior da qual foi vítima a mulher hoje senil, produz um efeito acumulativo que acaba resultando numa velhice mais problemática.Tendo uma vida marginalizada e deficitária produz-se, quase sempre, uma velhice com problemas. Neste sentido, está certo o ditado que diz: “envelhece-se como se viveu”. Isso significa que o envelhecimento pode ser problemático na medida em que a vida tenha sido complicada ou, mais comumente, na medida em que a pessoa teve dificuldade em adaptar-se à vida.As condições materiais de existência e o suporte familiar são fatores decisivos na sensação de Autonomia Funcional dos idosos. Estando suas necessidades melhores satisfeitas, haverá maior independência e liberdade de ação.Em síntese, muitos problemas da Autonomia Funcional podem ser explicados a partir de fatores individuais, familiares e sociais. Entre os fatores individuais, em primeiro lugar se encontra o perfil psicológico e mental prévio da pessoa que envelhece, em seguida vem o nível educacional, as experiências vitais críticas, os acidentes, as doenças pregressas e atuais, a ocupação pregressa e atual, etc.Socialmente, está em primeiro lugar, sem dúvida, a contundente influência restritiva que a sociedade exerce sobre os idosos, limitando suas possibilidades de atuação, oprimindo-os sob os modelos e padrões do "velho", e restringindo suas possibilidades de participação. De modo geral, não existe uma velhice típica, padrão, característica e igual. Existem múltiplas velhices; tantas como sociedades, culturas e classes sociais.

A Depressão e outros transtornos do humor, incluindo também as alterações ansiosas, são problemas psicológicos que, em muitíssimos casos, se expressam através de uma ampla variedade de transtornos físicos e funcionais na senilidade. Os próprios sintomas emocionais depressivos e típicos se constituem numa das principais queixas dos idosos.Um dos mais adequados modelos de abordagem da depressão na terceira idade é o modelo bio-psico-social, o qual, como diz o nome, congrega os aspectos sociais, psicológicos e orgânicos como ingredientes necessários para produzir e manter o quadro depressivo. Sobre esse modelo bio-psicosocial, atualmente muito aceito, a medicina poderia atuar com eficácia num ou dois, ficando o aspecto social submetido à atuação política, notadamente nessa questão da terceira idade.

 

 

Depressão Relacionada ao Luto

 

 

Segundo dados recentes do censo norte-americano, 78% das pessoas viúvas têm 65 anos ou mais. O luto da viuvez tem sido descrito como o evento mais estressante da vida cotidiana. Na idade de 65 anos, mais de 50% das mulheres e 14% dos homens enviuvaram ao menos uma vez (Katherine Shear, American Psychiatric Association – 158o. Annual Meeting – May 2005 - Atlanta – Geórgia – USA). Comparados aos indivíduos casados, há um aumento nas consultas médicas gerais pelos viúvos no primeiro ano após a perda. O luto é associado a um aumento da mortalidade dos enlutados e as causas de morte são variadas nos diferentes estudos, geralmente incluem suicídios e acidentes. É provável que a depressão não reconhecida e não tratada contribua de maneira substancial para essa mortalidade aumentada. Viúvos com episódios depressivos maiores, comparados aos que não têm depressão, têm uma percepção negativa da própria saúde, são mais propensos a engajar-se em atividades pouco saudáveis, como fumo ou uso de drogas, e tendem a apresentar comprometimento do sistema imune. Além disso, estudos têm documentado que o luto é um fator de risco para o desencadeamento de transtornos de ansiedade.

Embora a morte súbita de um ente querido possa desencadear a depressão, isso também pode resultar em um Transtorno de Estresse Pós-Traumático, Transtorno de Pânico, Transtorno de Ansiedade Generalizada e Transtorno Obsessivo-Compulsivo, todos eles observados no período de elaboração das perdas.

O luto traumático, uma condição recentemente reconhecida, é uma condição especialmente debilitadora. O foco é a revisão da apresentação clínica, fatores de risco e o tratamento dos transtornos de ansiedade e do humor relacionados ao luto, inclusive o luto traumático.A ocorrência de Transtorno Depressivo Maior em esposas enlutadas geralmente é percebida em um intervalo de tempo decorrido desde a morte de 2 a 6 meses, em 24 a 30% das pessoas. Ao longo de 1 ano esta prevalência se reduz para 16% e permanece mais ou menos estável até 2 anos, em 15%. Provavelmente este fato se deve à existência de dificuldades de elaboração das perdas nessa parcela da população. O luto complicado geralmente está associado à história pessoal anterior de Transtorno Depressivo (24% com história anterior contra 8% sem antecedentes depressivos) e história familiar de Transtorno Depressivo (37% contra 24%).

 

Depressão e Demência

A demência implica sempre num comprometimento importante e irreversível na qualidade de vida da pessoa, portanto, se a demência foi diagnosticada, o prognóstico é sempre reservado. Não é raro encontrarmos quadros similares à demência em idosos hospitalizados, os quais, se apropriadamente tratados, restabelecem a saúde cognitiva. Entretanto, embora alguns autores mencionem esses quadros sob a denominação de demências reversíveis, na realidade trata-se de Delirium, um quadro diferente de Demência.
As demências verdadeiras, sejam elas resultado de um quadro progressivo como a Doença de Alzheimer ou de Demência Vascular, ou de natureza estável, como as seqüelas de AVC, serão sempre irreversíveis. Embora as atuais tendências para o tratamento da demência, como por exemplo o uso de inibidores da acetil-colinesterase ou programas de reabilitação cognitiva, tragam inegáveis benefícios para os pacientes, não é possível ainda, restituir o nível de cognição anterior.O Brasil já pode ser considerado um país envelhecido, apresentando mais de 7% de idosos na sua população. Portanto, a medicina deve aparelhar-se para distinguir o envelhecimento normal do patológico, bem como a demência da depressão senil (pseudodemência depressiva).Nesta última questão, tem sido às vezes bastante difícil diferenciar o envelhecimento normal dos eventuais pródromos de uma demência incipiente. As alterações neurofisiológicas associadas ao envelhecimento começam a aparecer cedo na vida das pessoas, geralmente em torno dos 40-50 anos e, dependendo de fatores genéticos, ambientais e antecedentes médicos pessoais, evoluem de forma muito variável entre as pessoas.
Anteriormente acreditava-se que os neurônios jamais se multiplicavam na vida adulta, entretanto, hoje já se demonstrou eles podem replicar-se a partir das chamadas células-fonte, porém, essa multiplicação não costuma ser suficiente para neutralizar totalmente a perda progressiva da população neuronal do cérebro. Mesmo ocorrendo alguma reorganização benéfica de sinapses e dendrítos ao longo dos anos, bem como modificações no número e sensibilidade dos neuroreceptores, alguma alteração na performance cognitiva é observada e constatada em testes neuropsicológicos com o envelhecimento.As habilidades mais preservadas no idoso são aquelas resultantes da substancial aprendizagem, isto é, habilidades bem consolidadas e, portanto, mais resistentes à deterioração mnêmica. Avaliar essas habilidades sólidas é um dos primeiros passos para o diagnóstico de demência.A avaliação do nível de consciência global deve levar em conta também o nível de conhecimentos gerais do paciente. E este último, será sempre conseqüente a educação formal do paciente. O exame da leitura costuma ser conjunto à avaliação da compreensibilidade, ou seja, não se avalia apenas a leitura em voz alta, mas também a interpretação do que foi lido. Existem diferentes comprometimentos nas habilidades verbais que aparecem no exame da comunicação. Em geral, as alterações de linguagem ocorrem a nível léxico-semântico. Neste caso investiga-se a lembrança de palavras, a nomeação de objetos, a fluência verbal e o nível discursivopragmático. Porém, o vocabulário deve ser avaliado com algum cuidado, relevando-se os discretos déficits de nomeação freqüentes em qualquer pessoa. Excluída essa possibilidade fisiológica, a dificuldade de dar nomes às coisas (disnomia) será considerado um dado valioso na avaliação cognitiva. Quando a dificuldade para nomear é gráfica, chamar-se-á disgrafia.Ainda na avaliação da comunicação, os pródromos demenciais costumam mostrar alguma dificuldade de narração de histórias, interpretação da eventual mensagem da história ou do ditado e dificuldades de informar adequadamente sobre a situação global a que se refere à história.O declínio de memória do idoso normal ocorre de modo discreto e se dá, predominantemente, na memória operacional ou de trabalho. Será sempre bom lembrar que a aquisição de conhecimentos e de aprendizado também declinam com a idade, juntamente com a capacidade de retenção mnêmica mas, mesmo assim, será possível ao idoso normal, apreender e manter na memória a maior parte das solicitações do cotidiano. Um exame neuropsicológico minucioso da memória é indicado sempre que existir queixas significativas, embora a presença de queixas de memória em idosos normais seja bastante comum. Há alguns medicamentos que interferem na cognição e são largamente consumidos pela população de idosos.

 

Pseudodemência Depressiva

Cabe ressaltar também a presença de depressão emocional, a qual pode chegar a 20% dos idosos, afetando a cognição e a motivação para a memória. A depressão comumente produz um déficit mnêmico, especialmente após os 40 anos, e esse prejuízo de memória do depressivo pode ser confundido com um quadro inicial de demência. Essa confusão depressão-demência pode ser maior ainda, levando-se em conta o fato da depressão freqüentemente ter características atípicas nos idosos.O termo pseudodemência depressiva pode sugerir, erroneamente, que os déficits observados serão reversíveis com o tratamento adequado da depressão. Embora isso ocorra em alguns casos, não pode ser considerado como regra geral. Boa parte dos pacientes inicialmente diagnosticados como deprimidos (pseudodementes) apresentaram, depois de algum tempo, verdadeiros sinais de demência, apesar da melhora inicial com o uso de antidepressores. Os próprios estudos de imagem cerebral podem revelar sinais mais compatíveis com demência do que da depressão nos pacientes diagnosticados com pseudodemência depressiva.
Assim sendo alguém poderia pensar: "de que adianta conhecer a pseudodemência depressiva, se esta corre paralelamente à demenciação verdadeira?" De fato, embora, possa haver no idoso um déficit cognitivo compatível com a idade e de pequena monta, a presença concomitante de depressão aumenta essa deficiência ao ponto de, aos menos avisados, parecer um verdadeiro quadro de demenciação pura.
O benefício de se saber da existência da Pseudodemência Depressiva e de questionar esse diagnóstico está, primeiramente, no fato de minimizar o prejuízo cognitivo com o tratamento da depressão. Em segundo, diante da possibilidade de melhora, estimular familiares e médicos para o tratamento daquele que se tinha por exclusivamente demenciado. Mas, é bom que se tenha em mente, que embora o tratamento com antidepressivos traga melhora aos sintomas cognitivos, esses pacientes normalmente estão mais comprometidos que seus pares não-deprimidos. Embora possa haver comprometimento da disfunção cognitiva pela depressão, isso não exclui a presença de demência subjacente. No caso de idosos deprimidos, uma das principais características do exame neuropsicológico é a discrepância entre os resultados e as queixas apresentadas.O exame neuropsicológico pode também ser normal em alguns casos de demência incipiente, principalmente em indivíduos com elevada escolaridade. Isso ocorre porque, embora tenha ocorrido declínio de funções cognitivas, o desempenho ainda permanece dentro da faixa de normalidade.

 

Depressão versus Demência
Embora haja diferenças diagnósticas entre a cognição prejudicada pela depressão e a demência, é bom lembrar, como já foi dito, que as duas situações não devem ser encaradas como distintas, tendo em vista que, mais provavelmente, elas possam coexistir (prof. Paulo Mattos da UFRJ).

 

CARACTERÍSTICAS

DEPRESSÃO

DEMÊNCIA

Início

Preciso

Indeterminado

Progressão

Rápida

Lenta

Atendimento Médico

Mais precoce

Mais tarde

Valor da queixa

Detalhada

Ausente

O que é valorizado pelo paciente

Os fracassos

Os sucessos

Esforço e disposição

Pouco

Mantido

Sociabilidade

Perdida

Mantida

Piora

Pela manhã

Pela tarde

 


Geralmente, no exame neuropsicológico do deprimido se observa uma grande discrepância entre as queixas apresentadas e os resultados do exame. Embora as queixas sejam contundentes e freqüentes, os déficits realmente constatados pelos exames são quase sempre pequenos ou inexistentes. Esta discrepância é importante para consolidar o diagnóstico de déficit secundário à depressão.
O paciente com déficits cognitivos secundários à depressão tem um comprometimento maior da recuperação da memória imediata, logo após a apresentação pelo examinador, como se houvesse uma "preguiça" para lembrar as coisas que acaba de apreender. A recuperação tardia, depois de alguns minutos ou horas é basicamente normal. No caso de demências, a recuperação imediata está igualmente comprometida, mas a recuperação tardia tende a ser bem pior que a imediata, evidenciando perda de material ao longo do tempo.Os déficits cognitivos relacionados à depressão também têm como característica seu curso flutuante ao longo do dia ou dos dias, podendo estar hora normal e hora muito prejudicado.Naquelas pessoas deprimidas que apresentam déficits cognitivos variados, estes últimos melhorariam com o uso de antidepressivos que levariam à remissão da depressão.Quando a melhora cognitiva não parece ser completa, apesar de ter ocorrido remissão completa ou quase completa do quadro depressivo, deve-se ponderar duas hipóteses:

existe déficit cognitivo real subjacente ao quadro, isto é, demência incipiente com déficit apenas exacerbado pela depressão (excess disability) ou;os antidepressivos estão, de algum modo, interferindo na cognição. Embora existam relatos sobre o comprometimento de memória com o uso de Inibidores Seletivos da Recaptação da Serotonina (ISRSs), em especial a fluoxetina, classicamente aquele déficit ocorre com o uso de antidepressivos tricíclicos. Sabe-se que quanto maior a atividade anti-colinérgica, maior a possibilidade de indução da dismnésia. Na verdade, qualquer fármaco com propriedade anti-colinérgica pode induzir o mesmo efeito.É interessante observar que os déficits causados por antidepressivos tricíclicos poderem ser indistinguíveis daqueles causados pela depressão. Essa perda cognitiva determinada pelo próprio antidepressivo será classificada como Delirium. Neste caso, deve-se trocar o antidepressivo tricíclico para um Inibidor Seletivo da Recaptação da Serotonina (ISRS), tais como venlafaxina, bupropiona ou a mirtazapina. Deve ser evitado o uso concomitante de benzodiazepínicos, que podem causar déficit mnêmico por vezes muito significativo,. A mirtazapina, pelos seus efeitos ansiolíticos, em geral permite ao médico não usar benzodiazepínicos.

 

 

 

 

Depressão por Razões Circulatórias

 


Existem múltiplas barreiras ao diagnóstico da Depressão de Início Tardio, tais como, por exemplo, as próprias circunstâncias existenciais do envelhecimento e o estresse relacionado ao panorama social do idoso, a falta de exames de laboratório em larga escala, as dificuldades de atendimento médico especializado dos idosos, etc. Estudos recentes apontam a possibilidade dos quadros depressivos de início tardio serem pródromos ou uma manifestação inicial da demência que viria mais adiante.Um dos interesses em conceituar esse tipo, digamos, mais orgânico de depressão no idoso, que é a Depressão de Início Tardio de outras formas de depressão, é a atitude preventiva contra doenças circulatórias cerebrais e um tratamento mais adequado.

As pesquisas neurofuncionais apontam também para a chamada leucoencefalopatia, que se caracteriza por lesões de origem vascular observadas na substância branca à ressonância magnética, está diretamente relacionada à Depressão de Início Tardio. Essas lesões na substância branca, juntamente com uma redução do volume dos núcleos da base, estão presentes em aproximadamente 60% dos pacientes com Depressão de Início Tardio, contra apenas 10% dos pacientes com depressão de início precoce. Os estudos sobre a depressão vascular também incluem a ocorrência concomitante de hipertensão arterial e doença das coronárias, ambas como fatores de risco para lesões frontais e dos núcleos cinzentos da base.

Estes fatores orgânicos, vasculares, interagem com os fatores psicológicos, com os eventos vitais negativos do envelhecimento, com fatores genéticos e com fatores sociais aumentando muito a vulnerabilidade à depressão.Essa teoria da depressão de origem vascular como um outro tipo de depressão tem gerado diversas propostas e reflexões. Um dos critérios para o diagnóstico inclui a presença de alteração vascular cerebral, mais os fatores de risco cardiovasculares (hipertensão arterial e/ou doença coronariana) junto com a existência de lesões à ressonância magnética.

Dentro desse panorama, uma das conseqüências da depressão em pacientes com lesões vasculares seria a resistência ao tratamento com um determinado antidepressivo (monoterapia), sendo necessário, muitas vezes, a associação de dois ou mais medicamentos desse tipo. Além disso, há a necessidade de mais tempo para a recuperação, bem como maior declínio cognitivo e risco aumentado para demência e de Acidente Vascular Cerebral (AVC).

 

Existem algumas diretrizes para a avaliação de pacientes possivelmente portadores de Depressão de Início Tardio (Vascular):

Estabelecer a idade de início do primeiro episódio depressivo maior (faça o melhor que puder).É claro que, se houveram episódios depressivos anteriores o episódio atual pode ser mais um deles e não uma depressão de origem vascular. Para esse diagnóstico é importante que a pessoa não tenha antecedentes depressivos em idades anteriores, embora existam exceções a essa regra.
 

Avaliar os fatores de risco cardiovasculares:
a. Fumo
b. Pressão arterial
c. História familiar
d. Perfil lipídico
e. Exercício
3. Avaliação cognitiva:
a. O paciente tem queixas de memória subjetivas?
b. MMSE (Mini Exame do Estado Mental
c. outros testes
4. Medicação atual:
a. Avaliar a carga anticolinérgica
b. Avaliar possíveis interações medicamentosas
5. Possibilidade de solicitar RM.

 

 

Depressão e Síndrome do Pânico em Adolescentes.

 

 

No período da adolescência ocorrem importantes mudanças: o corpo se transforma, a personalidade é formada, e é nesse momento que transtornos de humor e ansiedade podem aparecer.Segundo a OMS ocorrerá “no futuro um aumento espetacular das enfermidades mentais”.

Um estudo publicado no último boletim da OMS afirma que as enfermidades mentais são cada vez mais freqüentes e que aproximadamente a metade das pessoas afetadas pelas mesmas não recebe tratamento.
Depressão e ansiedade são responsáveis pela metade (740 milhões de pessoas) das doenças mentais existentes no mundo

Em 2020 será a segunda maior causa de incapacitação do mundo.

A síndrome do pânico atinge de 2% a 4% da população mundial.
A depressão tem aumentado sua freqüência em populações mais jovens e é a segunda causa de morte (por suicídio), superada apenas por acidentes entre os jovens americanos.

Diante estes dados assustadores, devemos discutir e refletir sobre o que está acontecendo: mudança na alimentação, carência de nutrientes necessários aos neurotransmissores, ausência dos pais, uso indiscriminado da tecnologia.

Na depressão, os sintomas tendem a persistir durante certo tempo e podem incluir sintomas como: sentimento de tristeza, vazio e aborrecimento; sensações de irritabilidade, tensão ou agitação; sensações de aflição, preocupação com tudo, insegurança e medos; diminuição da energia, fadiga e lentidão; perda de interesse e prazer nas atividades diárias; perturbação do apetite, sono, do desejo sexual e variações significativas do peso; pessimismo e perda de esperança; sentimentos de culpa, de auto-desvalorização e ruína, que podem atingir uma dimensão delirante; alterações da concentração, memória e raciocínio; sintomas físicos não devidos a outra doença

É importante recorrer ao médico que tenha condições de diagnosticar e tratar sintomas psíquicos.

 

Como a Família e os Amigos Podem Ajudar

A coisa mais importante que qualquer um pode fazer para uma pessoa que pode ter depressão é ajudá-lo a ir a um médico para uma avaliação diagnóstica e tratamento.Primeiro, tente conversar com ele para entender que a depressão é uma doença comum e não é nada para se envergonhar.Em seguida, incentive-o a consultar um médico para determinar a causa de seus sintomas e obter tratamento adequado.Ocasionalmente, você pode precisar fazer uma nomeação para a pessoa deprimida e acompanhá-lo ao médico. Uma vez que ele está em tratamento, você pode continuar a ajudar, incentivando-o a continuar com o tratamento até que os sintomas comecem a desaparecer (várias semanas), ou a procurar tratamento diferente, se não ocorrer melhoria.Isso pode significar também monitorar se ele está tomando a medicação prescrita e / ou a participar de sessões de terapia.Encorajá-lo a ser honesto com o médico sobre o uso de álcool e de prescrição ou drogas, e para seguir as ordens do médico sobre o uso destas substâncias quando em uso de medicação antidepressiva.

A segunda coisa mais importante é oferecer apoio emocional para a pessoa deprimida. Isto envolve compreensão, paciência, carinho e incentivo.Engajá-lo na conversa e ouvir atentamente. Não menosprezar os sentimentos que podem expressar. Não ignore os comentários sobre o suicídio. Relate-os ao médico da pessoa deprimida.Convide-o para caminhadas, passeios ao cinema, e outras atividades. Insista delicadamente se seu convite for recusado. Incentive-o a participação em algumas atividades que outrora dava prazer, como passatempos, esportes, atividades religiosas ou culturais.

A pessoa deprimida precisa de distração e companhia, mas exigências demais podem aumentar os sentimentos de fracasso.

Não acuse a pessoa deprimida de preguiça ou de fingir uma doença. Eventualmente, com o tratamento, a maioria das pessoas ficam melhores.Tenha isso em mente, e mantenha-o tranqüilizado que, com o tempo e ajuda, ele vai se sentir melhor.

 

Pensamentos suicidas

De todos os pensamentos ruins, negativos que uma pessoa pode ter, este é o mais significativo. O pensamento suicida aparece com uma freqüência muito maior do que imaginamos .Pensar em suicídio não se refire apenas aos planos de morte, pensar em como seria bom se não estivesse sobre a face desta terra já é um pensamento suicida, pensar em como seria se tivesse um botão de desligar a vida também.

Quando chega-se a este ponto  fica claro que esta pessoa deve procurar uma terapia, pois mesmo que a pessoa se considere “medrosa demais” – como muitos declaram - para concretizar o suicídio, apenas o fato de pensar em não estar mais vivo já é muito forte, esta pessoa precisa de ajuda, e ajuda urgente pois esta pessoa está chegando ao limite.O pensamento é sempre carregado de força

Um pequeno pensamento pode encher a nossa vida de valor e significado, quando lembramos de bons momentos sentimos uma leveza gratificante,da mesma forma, até mesmo um pequeno pensamento de morte pode significar muito sofrimento.

O pensamento em sua própria destruição surge quando a pessoa acredita que não há solução para seus problemas. Esse tipo de pensamento vem à mente em momentos de crise. A crise é identificada em meio a desorganização mental, estresse e sensação de incapacidade de solucionar os problemas da vida.

O que provoca o desejo de morte. O que provoca o sentimento depressivo não são apenas as coisas ruins que acontece na vida da pessoa, que em psicologia chamamos de agentes estressores, que  pode ser a morte de alguém, a perda do emprego, a discussão com a vizinha. O que realmente provoca a depressão é a avaliação que a pessoa faz do quanto ela pode enfrentar isso tudo. É o limite da capacidade de enfrentamento que causa a depressão. Cada um tem seu limite, pra uns o limite é mais elástico do que para outro, por isso não adianta dizer: “Imagine ficar deprimido só porque aconteceu isso com ele, eu já passei por isso e não fiquei deprimido”. Cada um tem o seu limite, e quando passa esse ponto a pessoa entra em crise psicológica.

Se há pensamento de suicídio mais cedo ou mais tarde esta pessoa se suicidará?

Na grande maioria das pessoas que se suicidaram houve um aviso, algo foi dito que demosntrasse  pensamento suicida. `

O impulso para agir tem um tempo limitado, as idéias de morte persistem por algum tempo, mas ainda assim normalmente a pessoa consegue resistir ao impulso de concretizar essa idéia, mas só o fato de ter o pensamento já demonstra a importância dessa depressão.

Vale salientar que nem sempre há o desejo de morte, o desejo real é a eliminação do sofrimento e não da vida em si.O que fazer quando percebemos este pensamento no amigo ou familiar?Não entre em pânico, fale com esta pessoa de forma tranqüila, mas firme.  Faça-o saber que ele é importante e que há pessoas que se preocupam com ele. Leve-o para psicoterapia imediatamente. Mesmo que você seja uma pessoa cuidadosa e saiba se relacionar muito bem, ainda assim devemos contar com atendimento psicológico profissional.

Muitas vezes o desejo declaro de suicídio se refere muito mais à necessidade de saber o quanto se é amado pelas pessoas próximas. Muitas vezes o que impera é a necessidade em se perceber querido:”Será que sentirão minha falta?” Mas, você não conseguirá determinar isto sozinho, portanto não arrisque- ofereça tratamento.

De todos os pensamentos negativos que uma pessoa pode ter, este é o mais significativo. O pensamento suicida aparece com uma freqüência muito maior do que imaginamos .Pensar em suicídio não se refere apenas aos planos de morte, pensar em como seria bom se não estivesse sobre a face desta terra já é um pensamento suicida, pensar em como seria se tivesse um botão de desligar a vida também é um pensamento suicida.Quando chega-se a este ponto  fica claro que esta pessoa deve procurar uma psicoterapia, pois mesmo que a pessoa se considere “medrosa demais” – como muitos declaram - para concretizar o suicídio, apenas o fato de pensar em não estar mais vivo já é algo muito significativo, esta pessoa precisa, e merece, ajuda.

 

O pensamento suicida é sempre carregado de força

Um pequeno pensamento pode encher a nossa vida de valor e significado, quando lembramos de bons momentos sentimos uma leveza gratificante,da mesma forma, até mesmo um pequeno pensamento de morte pode significar muito sofrimento.O pensamento em sua própria destruição surge quando a pessoa acredita que não há solução para seus problemas. Esse tipo de pensamento vem à mente em momentos de crise. A crise é identificada em meio a desorganização mental, estresse e sensação de incapacidade de solucionar os problemas da vida.

 

O que provoca o desejo de morte

O que provoca o sentimento depressivo não são apenas as coisas ruins que acontece na vida da pessoa, que em psicologia chamamos de agentes estressores, que  pode ser a morte de alguém, a perda do emprego, a discussão com a vizinha. O que realmente provoca a depressão é a avaliação que a pessoa faz do quanto ela pode enfrentar isso tudo. É o limite da capacidade de enfrentamento que causa a depressão. Cada um tem seu limite, pra uns o limite é mais elástico do que para outro, por isso não adianta dizer: “Imagine ficar deprimido só porque aconteceu isso com ele, eu já passei por isso e não fiquei deprimido”. Cada um tem o seu limite, e quando passa esse ponto a pessoa entra em crise psicológica.

 

Se há pensamento de suicídio mais cedo ou mais tarde esta pessoa se suicidará?

Na grande maioria das pessoas que se suicidaram houve um aviso, algo foi dito que demosntrasse  pensamento suicida. `O impulso para agir tem um tempo limitado, as idéias de morte persistem por algum tempo, mas ainda assim normalmente a pessoa consegue resistir ao impulso de concretizar essa idéia, mas só o fato de ter o pensamento já demonstra a importância dessa depressão.Vale salientar que nem sempre há o desejo de morte, o desejo real é a eliminação do sofrimento e não da vida em si.

 

O que fazer quando percebemos este pensamento em um amigo ou familiar?

Não entre em pânico, fale com esta pessoa de forma tranqüila, mas firme.  Faça-o saber que ele é importante e que há pessoas que se preocupam com ele. Leve-o para psicoterapia imediatamente. Mesmo que você seja uma pessoa cuidadosa e saiba se relacionar muito bem, ainda assim devemos contar com atendimento psicológico profissional.Muitas vezes o desejo declaro de suicídio se refere muito mais à necessidade de saber o quanto se é amado pelas pessoas próximas. Muitas vezes o que impera é a necessidade em se perceber querido:”Será que sentirão minha falta?” Mas, você não conseguirá determinar isto sozinho, portanto não arrisque- ofereça tratamento.

 

Depressão e Suicídio
Nos últimos anos a palavra Depressão tornou-se comum na linguagem do dia-a-dia. Ouvimos falar frequentemente de pessoas que têm ou tiveram "uma Depressão". Sabemos que se relaciona com tristeza. É, no entanto, menos comum encararmos a Depressão como uma doença que mata. E a verdade é que, em determinados casos, mata mesmo.

Os principais sinais e sintomas da Depressão são o humor triste e a perda acentuada de interesse e prazer pelas actividades do dia-a-dia. A estes se juntam as alterações do sono e apetite, a fadiga, os problemas de concentração, de memória, dificuldade em tomar decisões e a agitação ou lentificação psicomotora. Para além disso, podem suceder sentimentos de desesperança, de desvalorização pessoal e de culpa excessiva. Em casos mais graves surgem pensamentos sobre morte, ideias suicidas e plano suicida ou mesmo tentativa de suicídio.Existe portanto uma associação forte entre Depressão e Suicídio. Estima-se que 70 a 80% dos suicídios estão relacionados com a presença da Depressão. A partir destes dados, emerge um raciocínio elementar: se queremos prevenir o suicídio, é indispensável tratar eficazmente a Depressão.Haver, como houve, vários suicídios no mesmo ano na Graciosa é muito anormal.

A presença de um transtorno mental revela-se, de facto, como o mais importante factor de risco no suicídio. Mas não é o único. As causas que explicam o fenómeno são complexas e há um relativo consenso na sociedade científica de que o fenómeno resulta da interacção entre condições biológicas, psicológicas e sociais.O perfil típico do suicida é o de um homem, com mais de 45 anos, divorciado ou viúvo, desempregado, com relacionamentos interpessoais conflituosos, com doença física e/ou com doença mental (ex: depressão, abuso de álcool), que seja essencialmente uma pessoa isolada e que a família não se preocupe com ele. No entanto, nos últimos anos, os suicídios têm aumentado de forma preocupante entre os adolescentes.

Centrando agora o problema na nossa região, os Açores têm, parece-me, um assinalável historial de melancolia, talvez provocado pelo isolamento das ilhas e pela sensação de esmagamento que esse isolamento sempre provocou. O que sucedeu a Antero de Quental em 1891 é revelador dessa disposição típica do povo açoriano.

No caso da Graciosa, como sabem, ocorreram na ilha ao longo dos últimos anos, até ao presente, um número francamente alarmante de suicídios para a dimensão da nossa população. Tendo em conta a taxa de suicídio em Portugal, que é de cerca de 10 casos por cada 100mil habitantes, haver, como houve, vários suicídios no mesmo ano na Graciosa é muito anormal.Para combater este problema de saúde pública torna-se indispensável acabar com o estigma que recai sobre aqueles que sofrem de perturbações mentais. No dia em que as mentalidades mudarem e as doenças mentais forem encaradas e respeitadas tal como o são as doenças físicas, acredito que muita coisa vai mudar e que a recuperação dos doentes será facilitada. Por outro lado, as pessoas que estão em dificuldades devem saber que não estão sozinhas e que existe ajuda especializada para o seu sofrimento.

O desafio central será aumentar o conhecimento do fenómeno por parte de profissionais de saúde, da comunidade escolar, dos serviços sociais e dos cidadãos em geral, para que todos em conjunto possam ter um papel na prevenção do suicídio. Só assim será possível identificar quem está em risco e encaminhar as pessoas para os serviços de saúde de modo a receberem tratamento eficaz.

 

Depressão e sinais de suicídio

Muitos de nós estamos preocupados com o fato de não poder reconhecer alguém com tendências suicidas. De acordo com a severidade da Depressão e/ou Ansiedade, os seguintes pontos são sinais de evolução ao suicídio:

Tentativas anteriores de suicídio:

Entre 20 e 50 por cento das pessoas que se suicidam tinham tentado suicídio anteriormente. Aqueles que já tentaram suicídio estão em um grupo de risco muito maior de fato.

Falar sobre morte ou suicídio:

Pessoas que cometem suicídio muitas vezes falam sobre ele, direta [morte] ou indiretamente [focando apenas fatos]. Esteja atento a declarações como: “... A minha família seria melhor sem mim..." "Só dou problemas mesmo..." Às vezes eles falam conosco como se estivessem dizendo que está "indo embora" ou "planejando uma viagem".    

Planejamento de suicídio:

A tentativa de suicídio é um processo, raramente acontece sem planejamento. Indivíduos suicidas tendem a "organizar as coisas" colocando os negócios em dia.  Eles podem doar artigos de valor, quitar dívidas ou o financiamento de bens, ou podem mudar um testamento.    

Depressão:

Embora a maioria das pessoas deprimidas não seja suicida, a maioria dos suicidas são pessoas deprimidas.Grave depressão pode se manifestar, acompanhada de um sentimento de tristeza freqüentemente expresso pela perda de prazer ou abandono de atividades que antes tinham sido agradáveis.    Pessoas deprimidas merecem maior atenção se pelo menos cinco dos sintomas seguintes estiveram quase diariamente presentes durante pelo menos duas semanas:

Humor deprimido,

Alteração de instintos básicos como fome/apetite/sono/sexo,

Perda ou ganho de peso,

Falar/Raciocinar com lentidão,

Perda de interesse ou prazer em atividades habituais,

Diminuição do impulso/desejo sexual,

Fadiga ou perda de energia,

Sentimentos de inutilidade, remorso, ou culpa (principalmente por "coisas" que deveria ter feito, como se o tempo estivesse acabando),

Diminuição/Prejuízo da habilidade de pensar ou concentrar-se,

Pensamentos e planos futuros reduzidos,

Indecisão (até mesmo sobre o que vestir/comer/),

Pensamentos de morte, suicídio, ou desejo de estar morto

Isolamento.

  Fatores adicionais que apontam um aumento do risco de suicídio em indivíduos deprimidos são os seguintes:

Extrema ansiedade, agitação, ou comportamento rebelde,Uso/Abuso excessivo de medicamentos (mesmo sob prescrição médica),Uso/Abuso de álcool e outras drogas,História de doença física ou emocional,Sentimentos de desesperança ou desespero

 

CONCEITOS

Já existem vários autores recomendando uma certa independência dos rígidos critérios da CID.10 E do DSM.IV para o diagnóstico da depressão no idoso. Isso porque, para essas classificações formais, as diferenças de diagnóstico entre os vários transtornos depressivos se dão de acordo com o número de episódios, duração dos mesmos, gravidade dos sintomas e evolução. Entretanto, no ancião é difícil estabelecer limites entre o estado normal e depressivo. Para ele o diagnóstico da depressão deveria se basear mais em critérios quantitativos que qualitativos.Partindo-se de um estado de ânimo retraído, de determinadas condutas e de pensamentos depreciativos (culpa, inutilidade, abandono...), juntamente com determinadas manifestações fisiológicas, tais como a perda de peso, insônia, dores incaracterísticas, somatizações,...

 

Vários autores propõem quatro critérios para consolidar o diagnóstico da depressão no idoso (Spiltzer):

1-Vários sintomas de depressão pelo menos por 2 ou mais semanas.
2-Sentimento de estado de ânimo diminuído durante este tempo.
3-Presença de pelo menos quatro dos sintomas seguintes:
aumento ou diminuição do apetite,
aumento ou diminuição do sono,
diminuição da energia,
sensação contínua de fatiga ou cansaço,
perda de interesse,
perda de prazer nas relações sociais,
perda de prazer nas atividades cotidianas,
sentimentos de reprovação ou culpa de si mesmo,
lentificação ou agitação psicomotora,
queixas ou evidência de diminuição na capacidade de concentração.
4-Alterações no funcionamento cotidiano da pessoa (interação social, nível de atividade e busca de ajuda profissional), como causa ou conseqüência da depressão.

 

PREVALÊNCIA

A prevalência de depressão e transtornos depressivos nos idosos, de um modo geral, oscila desde 10 até 20-27% (Blazer, Hughes, George - 1987). Já em idosos institucionalizados a taxa de prevalência de depressão vai de 25 a 80% (Hyer y Blazer -1982). É bom saber também que a depressão é 3 vezes mais prevalente em idosos com alguma deterioração funcional que naqueles sem essa condição.

 

SINTOMATOLOGIA

 

 

De um modo geral, a clínica da depressão nos idosos é mais variada e atípica que no adulto jovem. Os idosos apresentam freqüentemente sintomas depressivos que nem sempre se ajustam aos requisitos necessários para categorias diagnósticas das classificações tradicionais (CID.10 e DSM.IV). Normalmente esses quadros são repletos de sintomatologia somática. Os sintomas mais freqüentes costumam ser inquietação psicomotora (depressão ansiosa), sintomas depressivos (insuficientes para categorias de diagnóstico formal), somatizações variadas, sinais de alterações vegetativas, perda da autoestima, sentimentos de abandono e dependência, eventuais sintomas psicóticos, déficit cognitivo variável, idéias de ou suicídio.
Em menor escala pode surgir alterações do sono, alterações do apetite, reconhecimento dos sintomas psiquiátricos, perda de energia, sensação de culpa, tristeza subjetiva, diminuição da concentração e pensamentos sobre a morte.Não se deve esquecer que a depressão é a patologia mais freqüente no idoso e, normalmente, é apresentada de maneira atípica ou indireta, ou seja, encoberta por múltiplas e variadas queixas somáticas e associada a quadros de franca ansiedade.
O diagnóstico da depressão no idoso se baseia na história clínica, nos antecedentes afetivos pessoais e familiares bem como no julgamento de elementos sócio-psicológicos associados e possivelmente facilitadores. Para o clínico, nunca é demais enfatizar que as diferenças entre os distintos tipos de depressão apontados pelo DSM-IV ou CID.10 não têm tanta relevância prática para a população de idosos.

 

 

 

Estudo realizado por Pastor Rogério Costa

Caxias do Sul – 12/04/13

 

 

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