A Bíblia

A Legitimidade da Palavra Biblia ao longo dos anos

 

 

...é o livro vivo que dá testemunho das obras de Deus desde a criação até o fim dos tempos. Nela os servos de Deus podem encontrar as respostas e confirmações que sustentam, não apenas seus atos de fé, mas, a verdade que o homem busca em seu íntimo ainda que não saiba disso.O termo Bíblia vem do grego "Biblos" e, seu uso se dá a partir de 200 dC.  Movidos pelo Espírito de Deus, escribas, sacerdotes, reis, profetas e poetas (2º Tm 3.16; 2º Pe 1.20,21) a escreveram, o período de sua elaboração é de aproximadamente 1.500 anos, mais de 40 pessoas registraram os fatos e mensagens de seus dias, e para dias vindouros, sob a ordem e direção do próprio Deus, e percebe-se facilmente a mão de Deus na sua unidade. Seus ensinamentos são plenos e não necessitam da interferência humana, pois a Bíblia é auto-suficiente, não se contradiz, é com ela o Espírito de Deus caminha junto, pois este confirma, através dos sinais que o testemunho que ela dá de Deus é verdadeiro. 

Mas, segundo a própria Bíblia, deve-se receber esta Palavra misturada com fé, ou será vista apenas como um livro grosso, no qual se achará contradições que nós mesmos buscamos.  Isto se tentarmos encontrar explicações às dúvidas da nossa mente vã, cheia das tradições e ensinamentos mundanos, guiada pelo espírito materialista e egoísta que domina entre os homens perdidos, que apesar de toda a confirmação, clara e evidente, da Palavra, nos nossos dias, preferem permanecer na obscuridade, sem Deus.Por isso a Palavra diz:Porque também a nós foram pregadas as boas novas, assim como a eles; mas a palavra da pregação nada lhes aproveitou, porquanto não chegou a ser unida com a fé, naqueles que a ouviram (Hebreus 4, 2).

 

 

A Legitimidade da Palavra ao longo dos anos

 

Seus textos foram escritos e reescritos, por várias gerações, e em diversos idiomas, como: Hebraico, Aramaico e grego; até nossos dias, e nossas línguas.Está comprovado, por estudiosos que 99% dos textos mantêm-se fiel aos originais, é certamente uma obra divina, levando em consideração os milhares de anos entre a escrita e nossos dias. As partes mais antigas das Escrituras encontradas são um pergaminho de Isaías em hebraico do segundo século aC, descoberto em 1947 nas cavernas do Mar Morto e um pequeno papiro contendo parte do Livro de João 18.31-33,37,38 datados do segundo século dC.A Bíblia em sua forma original é desprovida das divisões de capítulos e versículos. Para facilitar sua leitura e localização de "citações" o Prof. Stephen Langton, no ano de 1227 dC a dividiu em capítulos. Até o ano de 1551 dC não existia a divisão denominada versículo. Neste ano o Sr. Robert Stephanus chegou a conclusão da necessidade de uma subdivisão e agrupou os texto em versículos.Até a invenção da gráfica por Gutenberg, a Bíblia era um livro extremamente raro e caro, pois eram todos feitos artesanalmente (manuscritos) e poucos tinham acesso às Escrituras.O povo de língua portuguesa só começaram a ter acesso à Bíblia de uma forma mais econômica a partir do ano de 1748 dC, quando foi impressa a primeira Bíblia em português, uma tradução feita a partir da "Vulgata Latina".É composta de 66 livros, 1.189 capítulos, 31.173 versículos, mais de 773.000 palavras e aproximadamente 3.600.000 letras. Gasta-se em média 50 horas (38 VT e 12 NT) para lê-la ininterruptamente ou pode-se lê-la em um ano seguindo estas orientações: 3,5 capítulos diariamente ou 23 por semana ou ainda, 100 por mês em média.Encontra-se traduzida em mais de 1000 línguas e dialetos, o equivalente a 50% das línguas faladas no mundo. Há uma estimativa que já foi comercializado no planeta milhões de exemplares entre a versão integral e o NT. Mais de 500 milhões de livros isolados já foram comercializados. Afirmam ainda que a cada minuto 50 Bíblias são vendidas, perfazendo um total diário de aproximadamente 72 mil exemplares!

 

Encontra-se nas livrarias com facilidade as seguintes versões em português:

Revista Corrigida

Revista Atualizada

Contemporânea

Nova Tradução na Linguagem de Hoje

Viva

Jerusalém

NVI - Nova Versão Internacional;

 

 

Nestes séculos a Palavra de Deus foi escrita em diversos materiais, vejamos os   principais:

Pedra

Inscrições encontradas no Egito e Babilônia datados de 850 aC

Argila e Cerâmica

Milhares de tabletes encontrados na Ásia e Babilônia.

Madeira

Usada por muitos séculos pelos gregos.

Couro

O AT possivelmente foi escrito em couro. Os rolos tinham entre 26 a 70 cm de altura.

Papiro

O NT provavelmente foi escrito sobre este material, feito de fibras vegetais prensadas.

Velino ou Pergaminho

Velino era preparado originalmente com a pele de bezerro ou antílope, enquanto o pergaminho era de pele de ovelhas e cabras. Quase todos os manuscritos conhecidos são em velino, largamente usado a centenas de anos antes de Cristo.

Papel

Forma amplamente utilizada hoje.

CD

Áudio

CD – ROM

Para computadores, é a forma mais recente.

On – line

Via Internet

 

Inegavelmente o Senhor Deus queria que sua Palavra se perpetuasse pelos séculos e providenciou meio para isto acontecesse. É um fato que evidencia a sua credibilidade como Livro inspirado pelo Espírito Santo.

Mas conhecer dados históricos não o aproxima do Senhor e tão pouco abre seus ouvidos para a voz do Espírito que revela a Palavra. Isto apenas enriquece-nos intelectualmente e é dispensável. O que realmente precisamos é estarmos aptos para ouvir o Espírito que flui através das páginas do Livro Sagrado e isto só acontece quando nos colocamos em santidade e abertos para o santo mover.

 

 

Os Originais

 

Grego, hebraico e aramaico foram os idiomas utilizados para escrever os originais das Escrituras Sagradas. O Antigo Testamento foi escrito em hebraico. Apenas alguns poucos textos foram escritos em aramaico. O Novo Testamento foi escrito originalmente em grego, que era a língua mais utilizada na época.Os originais da Bíblia são a base para a elaboração de uma tradução confiável das Escrituras. Porém, não existe nenhuma versão original de manuscrito da Bíblia, mas sim cópias de cópias de cópias. Todos os autógrafos, isto é, os livros originais, como foram escritos pelos seus autores, se perderam. As edições do Antigo Testamento hebraico e do Novo Testamento grego se baseiam nas melhores e mais antigas cópias que existem e que foram encontradas graças às descobertas arqueológicas.Para a tradução do Antigo Testamento, a Comissão de Tradução da SBB usa a Bíblia Stuttgartensia, publicada pela Sociedade Bíblica Alemã. Já para o Novo Testamento é utilizado TheGreek New Testament, editado pelas Sociedades Bíblicas Unidas. Essas são as melhores edições dos textos hebraicos e gregos que existem hoje, disponíveis para tradutores.

 

 

O antigo testamento em hebraico

 

Muitos séculos antes de Cristo, escribas, sacerdotes, profetas, reis e poetas do povo hebreu mantiveram registros de sua história e de seu relacionamento com Deus. Estes registros tinham grande significado e importância em suas vidas e, por isso, foram copiados muitas e muitas vezes e passados de geração em geração.Com o passar do tempo, esses relatos sagrados foram reunidos em coleções conhecidas por A Lei, Os Profetas e As Escrituras. Esses três grandes conjuntos de livros, em especial o terceiro, não foram finalizados antes do Concílio Judaico de Jamnia, que ocorreu por volta de 95 d.C. A Lei continha os primeiros cinco livros da nossa Bíblia. Já Os Profetas, incluíam Isaías, Jeremias, Ezequiel, os Doze Profetas Menores, Josué, Juízes, 1 e 2 Samuel e 1 e 2 Reis. E As Escrituras reuniam o grande livro de poesia, os Salmos, além de Provérbios, Jó, Ester, Cantares de Salomão,Rute, Lamentações, Eclesiastes, Daniel, Esdras, Neemias e 1 e 2 Crônicas.

Os livros do Antigo Testa-mento foram escritos em longos perga-minhos confeccionados em pele de cabra e copiados cuidadosamente pelos escribas. Geralmente, cada um desses livros era escrito em um pergaminho separado, embora A Lei freqüentemente fosse copiada em dois grandes pergaminhos. O texto era escrito em hebraico - da direita para a esquerda - e, apenas alguns capítulos, em dialeto aramaico.Hoje se tem conhecimento de que o pergaminho de Isaías é o mais remoto trecho do Antigo Testamento em hebraico. Estima-se que foi escrito durante o Século II a.C. e se assemelha muito ao pergaminho utilizado por Jesus na Sinagoga, em Nazaré. Foi descoberto em 1947, juntamente com outros documentos em uma caverna próxima ao Mar Morto.

 

 

O Novo Testamento em Grego

 

Os primeiros manuscritos do Novo Testamento que chegaram até nós são algumas das cartas do Apóstolo Paulo destinadas a pequenos grupos de pessoas de diversos povoados que acreditavam no Evangelho por ele pregado.A formação desses grupos marca o início da igreja cristã. As cartas de Paulo eram recebidas e preservadas com todo o cuidado. Não tardou para que esses manuscritos fossem solicitados por outras pessoas. Dessa forma, começaram a ser largamente copiados e as cartas de Paulo passaram a ter grande circulação.A necessidade de ensinar novos convertidos e o desejo de relatar o testemunho dos primeiros discípulos em relação à vida e aos ensinamentos de Cristo resultaram na escrita dos Evangelhos que, na medida em que as igrejas cresciam e se espalhavam, passaram a ser muito solicitados. Outras cartas, exortações, sermões e manuscritos cristãos similares também começaram a circular.O mais antigo fragmento do Novo Testamento hoje conhecido é um pequeno pedaço de papiro escrito no início do Século II d.C. Nele estão contidas algumas palavras de João 18.31-33, além de outras referentes aos versículos 37 e 38. Nos últimos cem anos descobriu-se uma quantidade considerável de papiros contendo o Novo Testamento e o texto em grego do Antigo Testamento.

 

 

Outros Manuscritos

 

Além dos livros que compõem o nosso atual Novo Testamento, havia outros que circularam nos primeiros séculos da era cristã, como as Cartas de Clemente, o Evangelho de Pedro, o Pastor de Hermas, e o Didache (ou Ensinamento dos Doze Apóstolos). Durante muitos anos, embora os evangelhos e as cartas de Paulo fossem aceitos de forma geral, não foi feita nenhuma tentativa de determinar quais dos muitos manuscritos eram realmente autorizados. Entretanto, gradualmente, o julgamento das igrejas, orientado pelo Espírito de Deus, reuniu a coleção das Escrituras que constituíam um relato mais fiel sobre a vida e ensinamentos de Jesus. No Século IV d.C. foi estabelecido entre os concílios das igrejas um acordo comum e o Novo Testamento foi constituído.Os dois manuscritos mais antigos da Bíblia em grego podem ter sido escritos naquela ocasião - o grande Codex Sinaiticus e o Codex Vaticanus. Estes dois inestimáveis manuscritos contêm quase a totalidade da Bíblia em grego. Ao todo temos aproximadamente vinte manuscritos do Novo Testamento escritos nos primeiros cinco séculos.Quando Teodósio proclamou e impôs o cristianismo como única religião oficial no Império Romano no final do Século IV, surgiu uma demanda nova e mais ampla por boas cópias de livros do Novo Testamento. É possível que o grande historiador Eusébio de Cesaréia (263 - 340) tenha conse-guido demonstrar ao imperador o quanto os livros dos cristãos já estavam danificados e usados, porque o imperador encomendou 50 cópias para as igrejas de Constantinopla. Provavelmente, esta tenha sido a primeira vez que o Antigo e o Novo Testamentos foram apresentados em um único volume, agora denominado Bíblia.

 

 

 

História das Traduções

 

A Bíblia - o livro mais lido, traduzido e distribuído do mundo -, desde as suas origens, foi considerada sagrada e de grande importância. E, como tal, deveria ser conhecida e compreendida por toda a humanidade. A necessidade de difundir seus ensinamentos através dos tempos e entre os mais variados povos, resultou em inúmeras traduções para os mais variados idiomas e dialetos. Hoje é possível encontrar a Bíblia, completa ou em porções, em mais de 2.000 línguas diferentes.

 

 

A Primeira Tradução

 

Estima-se que a primeira tradução foi elaborada entre 200 a 300 anos antes de Cristo. Como os judeus que viviam no Egito não compreendiam a língua hebraica, o Antigo Testamento foi traduzido para o grego. Porém, não eram apenas os judeus que viviam no estrangeiro que tinham dificuldade de ler o original em hebraico: com o cativeiro da Babilônia, os judeus da Palestina também já não falavam mais o hebraico.Denominada Septuaginta (ou Tradução dos Setenta), esta primeira tradução foi realizada por 70 sábios e contém sete livros que não fazem parte da coleção hebraica; pois não estavam incluídos quando o cânon (ou lista oficial) do Antigo Testamento foi estabelecido por exegetas israelitas no final do Século I d.C. A igreja primitiva geralmente incluía tais livros em sua Bíblia. Eles são chamados apócrifos ou deuterocanônicos e encontram-se presentes nas Bíblias de algumas igrejas.Esta tradução do Antigo Testamento foi utilizada em sinagogas de todas as regiões do Mediterrâneo e representou um instrumento fundamental nos esforços empreendidos pelos primeiros discípulos de Jesus na propagação dos ensinamentos de Deus.

 

 

Outras Traduções

 

Outras traduções começaram a ser realizadas por cristãos novos nas línguas copta (Egito), etíope (Etiópia), siríaca (norte da Palestina) e em latim - a mais importante de todas as línguas pela sua ampla utilização no Ocidente.

Por haver tantas versões parciais e insatisfatórias em latim, no ano 382 d.C, o bispo de Roma nomeou o grande exegeta Jerônimo para fazer uma tradução oficial das Escrituras.Com o objetivo de realizar uma tradução de qualidade e fiel aos originais, Jerônimo foi à Palestina, onde viveu durante 20 anos. Estudou hebraico com rabinos famosos e examinou todos os manuscritos que conseguiu localizar. Sua tradução tornou-se conhecida como "Vulgata", ou seja, escrita na língua de pessoas comuns ("vulgus"). Embora não tenha sido imediatamente aceita, tornou-se o texto oficial do cristianismo ocidental. Neste formato, a Bíblia difundiu-se por todas as regiões do Mediterrâneo, alcançando até o Norte da Europa.Na Europa, os cristãos entraram em conflito com os invasores godos e hunos, que destruíram uma grande parte da civilização romana. Em mosteiros, nos quais alguns homens se refugiaram da turbulência causada por guerras constantes, o texto bíblico foi preservado por muitos séculos, especialmente a Bíblia em latim na versão de Jerônimo.Não se sabe quando e como a Bíblia chegou até as Ilhas Britânicas. Missionários levaram o evangelho para Irlanda, Escócia e Inglaterra, e não há dúvida de que havia cristãos nos exércitos romanos que lá estiveram no segundo e terceiro séculos. Provavelmente a tradução mais antiga na língua do povo desta região é a do Venerável Bede. Relata-se que, no momento de sua morte, em 735, ele estava ditando uma tradução do Evangelho de João; entretanto, nenhuma de suas traduções chegou até nós. Aos poucos as traduções de passagens e de livros inteiros foram surgindo.

 

 

As Primeiras Escrituras Impressas

 

Na Alemanha, em meados do Século 15, um ourives chamado Johannes Gutemberg desenvolveu a arte de fundir tipos metálicos móveis. O primeiro livro de grande porte produzido por sua prensa foi a Bíblia em latim. Cópias impressas decoradas a mão passaram a competir com os mais belos manuscritos. Esta nova arte foi utilizada para imprimir Bíblias em seis línguas antes de 1500 - alemão, italiano, francês, tcheco, holandês e catalão; e em outras seis línguas até meados do século 16 - espanhol, dinamarquês, inglês, sueco, húngaro, islandês, polonês e finlandês.Finalmente as Escrituras realmen-te podiam ser lidas na língua destes povos. Mas essas traduções ainda estavam vinculadas ao texto em latim. No início do século 16, manuscritos de textosem grego e hebraico, preservados nas igrejas orientais, começaram a chegar à Europa ocidental. Havia pessoas eruditas que podiam auxiliar os sacerdotes ocidentais a ler e apreciar tais manuscritos.Uma pessoa de grande destaque durante este novo período de estudo e aprendizado foi Erasmo de Roterdã. Ele passou alguns anos atuando como professor na Universidade de Cambridge, Inglaterra. Em 1516, sua edição do Novo Testamento em grego foi publicada com seu próprio paralelo da tradução em latim. Assim, pela primeira vez estudiosos da Europa ocidental puderam ter acesso ao Novo Testamento na língua original, embora, infelizmente, os manuscritos fornecidos a Erasmo fossem de origem relativamente recente e, portanto, não eram completamente confiáveis.

 

 

Descobertas Arqueológicas

 

Várias foram as descobertas arqueológicas que proporcionaram o melhor entendimento das Escrituras Sagradas. Os manuscritos mais antigos que existem de trechos do Antigo Testamento datam de 850 d.C. Existem, porém, partes menores bem mais antigas como o Papiro Nash do segundo século da era cristã. Mas sem dúvida a maior descoberta ocorreu em 1947, quando um pastor beduíno, que buscava uma cabra perdida de seu rebanho, encontrou por acaso os Manuscritos do Mar Morto, na região de Jericó.Durante nove anos vários documentos foram encontrados nas cavernas de Qumrân, no Mar Morto, constituindo-se nos mais antigos fragmentos da Bíblia hebraica que se têm notícias. Escondidos ali pela tribo judaica dos essênios no Século I, nos 800 pergaminhos, escritos entre 250 a.C. a 100 d.C., aparecem comentários teológicos e descrições da vida religiosa deste povo, revelando aspectos até então considerados exclusivos do cristianismo.

Estes documentos tiveram grande impacto na visão da Bíblia, pois fornecem espantosa confirmação da fidelidade dos textos massoréticos aos originais. O estudo da cerâmica dos jarros e a datação por carbono 14 estabelecem que os documentos foram produzidos entre 168 a.C. e 233 d.C. Destaca-se, entre estes documentos, uma cópia quase completa do livro de Isaías, feita cerca de cem anos antes do nascimento de Cristo. Especialistas compararam o texto dessa cópia com o texto-padrão do Antigo Testamento hebraico (o manuscrito chamado Codex Leningradense, de 1008 d.C.) e descobriram que as diferenças entre ambos eram mínimas.Outros manuscritos também foram encontrados neste mesmo local, como o do profeta Isaías, fragmentos de um texto do profeta Samuel, textos de profetas menores, parte do livro de Levítico e um targum (paráfrase) de Jó.As descobertas arqueológicas, como a dos manuscritos do Mar Morto e outras mais recentes, continuam a fornecer novos dados aos tradutores da Bíblia. Elas têm ajudado a resolver várias questões a respeito de palavras e termos hebraicos e gregos, cujo sentido não era absolutamente claro. Antes disso, os tradutores se baseavam em manuscritos mais "novos", ou seja, em cópias produzidas em datas mais distantes da origem dos textos bíblicos.

 

 

O Dia da Bíblia

 

Há mais de 150 anos, o Dia da Bíblia, é celebrado com o objetivo de difundir e estimular a leitura da Palavra de Deus. O Dia da Bíblia surgiu em 1549, na Grã-Bretanha, quando o BispoCranmer, incluiu no livro de orações do Rei Eduardo VI um dia especial para que a população intercedesse em favor da leitura do Livro Sagrado. A data escolhida foi o segundo domingo do Advento - celebrado nos quatro domingos que antecedem o Natal. Foi assim que o segundo domingo de dezembro tornou-se o Dia da Bíblia. No Brasil, o Dia da Bíblia passou a ser celebrado em 1850, com a chegada, da Europa e dos Estados Unidos, dos primeiros missionários evangélicos que aqui vieram semear a Palavra de Deus.  Durante o período do Império, a liberdade religiosa aos cultos protestantes era muito restrita, o que impedia que se manifestassem publicamente. Por volta de 1880, esta situação foi se modificando e o movimento evangélico, juntamente com o Dia da Bíblia, se popularizando.  Pouco a pouco, as diversas denominações evangélicas institucionalizaram a tradição do Dia da Bíblia, que ganhou ainda mais força com a fundação da Sociedade Bíblica do Brasil, em junho de 1948. Em dezembro deste mesmo ano, houve uma das primeiras manifestações públicas do Dia da Bíblia, em São Paulo, no Monumento do Ipiranga.  Hoje, o dia dedicado às Escrituras Sagradas é comemorado em cerca de 60 países, sendo que em alguns, a data é celebrada no segundo Domingo de setembro, numa referência ao trabalho do tradutor Jerônimo, na Vulgata, conhecida tradução da Bíblia para o latim. As comemorações do segundo domingo de dezembro mobilizam, todos os anos, milhões de cristãos em todo o País.

 

 

A BÍBLIA E SEUS ESCRITORES

 

A palavra Bíblia é derivada da palavra grega Biblos, que significa: Livro ou rolo.A Bíblia foi escrita durante um período de mais de 1500 anos, foram aproximadamente 40 os seus autores, servos inspirados pelo Espírito Santo. Apesar dos seus diversos autores é um só livro, com uma única mensagem, isenta de contradições em seu conteúdo.É um livro espiritual, aceita-se pela fé, direcionada a um povo especifico, o Povo de Deus. São estes, todos os que forma lavados e restaurados no sangue de Jesus e o tem como Mestre.  Devemos lê-la em espírito, meditando em seus ensinamentos e ouvindo a voz do Santo Espírito, que nos dá a compreensão. É um livro especial que traz os princípios da fé do Povo de Deus.

 

 

ARQUEOLOGIA BÍBLICA

 

A Natureza e o Propósito da Arqueologia Bíblica.

 

A palavra arqueologia vem de duas palavras gregas, archaios e logos, que significam literalmente “um estudo das coisas antigas”. No entanto, o termo se aplica, hoje, ao estudo de materiais escavados pertencentes a eras anteriores. A arqueologia bíblica pode ser definida como um exame de artefatos antigos outrora perdidos e hoje recuperados e que se relacionam ao estudo das Escrituras e à caracterização da vida nos tempos bíblicos. A arqueologia é basicamente uma ciência. O conhecimento neste campo se obtém pela observação e estudo sistemáticos, e os fatos descobertos são avaliados e classificados num conjunto organizado de informações. A arqueologia é também uma ciência composta, pois busca auxílio em muitas outras ciências, tais como a química, a antropologia e a zoologia.  Naturalmente, alguns objetos de investigação arqueológica (tais como obeliscos, tempos egípcios e o Partenon em Atenas) jamais foram “perdidos”, mas talvez algum conhecimento de sua forma e/ou propósito originais, bem como o significado de inscrições neles encontradas, tenha se perdido.

 

Funções da Arqueologia Bíblica

 

A arqueologia auxilia-nos a compreender a Bíblia. Ela revela como era a vida nos tempos bíblicos, o que passagens obscuras da Bíblia realmente significam, e como as narrativas históricas e os contextos bíblicos devem ser entendidos.

A Arqueologia também ajuda a confirmar a exatidão de textos bíblicos e o conteúdo das Escrituras. Ela tem mostrado a falsidade de algumas teorias de interpretação da Bíblia. Tem auxiliado a estabelecer a exatidão dos originais gregos e hebraicos e a demonstrar que o texto bíblico foi transmitido com um alto grau de exatidão. Tem confirmado também a exatidão de muitas passagens das Escrituras, como, por exemplo, afirmações sobre numerosos reis e toda a narrativa dos patriarcas.Não se deve ser dogmático, todavia, em declarações sobre as confirmações da arqueologia, pois ela também cria vários problemas para o estudante da Bíblia. Por exemplo: relatos recuperados na Babilônia e na Suméria descrevendo a criação e o dilúvio de modo notavelmente semelhante ao relato bíblico deixaram perplexos os eruditos bíblicos. Há ainda o problema de interpretar o relacionamento entre os textos recuperados em Ras Shamra (uma localidade na Síria) e o Código Mosaico. Pode-se, todavia, confiantemente crer que respostas a tais problemas virão com o tempo. Até o presente não houve um caso sequer em que a arqueologia tenha demonstrado definitiva e conclusivamente que a Bíblia estivesse errada!

 

Por Que Antigas Cidades e Civilizações Desapareceram

 

Sabemos que muitas civilizações e cidades antigas desapareceram como resultado do julgamento de Deus. A Bíblia está repleta de tais indicações. Algumas explicações naturais, todavia, também devem ser brevemente observadas.

As cidades eram geralmente construídas em lugares de fácil defesa, onde houvesse boa quantidade de água e próximo a rotas comerciais importantes. Tais lugares eram extremamente raros no Oriente Médio antigo. Assim, se alguma catástrofe produzisse a destruição de uma cidade, a tendência era reconstruir na mesma localidade. Uma cidade podia ser amplamente destruída por um terremoto ou por uma invasão. Fome ou pestes podiam despovoar completamente uma cidade ou território. Nesta última circunstância, os habitantes poderiam concluir que os deuses haviam lançado sobre o local uma maldição, ficando assim temerosos de voltar. Os locais de cidades abandonadas reduziam-se rapidamente a ruínas. E quando os antigos habitantes voltavam, ou novos moradores chegavam à região, o hábito normal era simplesmente aplainar as ruínas e construir uma nova cidade. Formava-se, assim, pequenos morros ou taludes, chamados de tell, com muitas camadas superpostas de habitação. Às vezes, o suprimento de água se esgotava, rios mudavam de curso, vias comerciais eram redirecionadas ou os ventos da política sopravam noutra direção - o que resultava no permanente abandono de um local.

 

A Escavação de um Sítio Arqueológico

 

O arqueólogo bíblico pode ser dedicar à escavação de um sítio arqueológico por várias razões. Se o talude que ele for estudar reconhecidamente cobrir uma localidade bíblica, ele provavelmente procurará descobrir as camadas de ocupações relevantes à narrativa bíblica. Ele pode estar procurando uma cidade que se sabe ter existido mas ainda não foi positivamente identificada. Talvez procure resolver dúvidas relacionadas à proposta identificação de um sítio arqueológico. Possivelmente estará procurando informações concernentes a personagens ou fatos da história bíblica que ajudarão a esclarecer a narrativa bíblica.Uma vez que o escavador tenha escolhido o local de sua busca, e tenha feito os acordos necessários (incluindo permissões governamentais, financiamento, equipamento e pessoal), ele estará pronto para começar a operação.Uma exploração cuidadosa da superfície é normalmente realizada em primeiro lugar, visando saber o que for possível através de pedaços de cerâmica ou outros artefatos nela encontrados, verificar se certa configuração de solo denota a presença dos resto de alguma edificação, ou descobrir algo da história daquele local.Faz-se, sem seguida, uma mapa do contorno do talude e escolhe-se o setor (ou setores) a ser (em) escavado (s) durante uma sessão de escavações. Esses setores são geralmente divididos em subsetores de um metro quadrado para facilitar a rotulação das descobertas.

 

A Arqueologia e o Texto da Bíblia

 

Embora a maioria das pessoas pense em grandes monumentos e peças de museu e em grandes feitos de reis antigos quando se faz menção da arqueologia bíblica, cresce o conhecimento de que inscrições e manuscritos também têm uma importante contribuição ao estudo da Bíblia. Embora no passado a maior parte do trabalho arqueológico estivesse voltada para a história bíblica, hoje ela se volta crescentemente para o texto da Bíblia. O estudo intensivo de mais de 3.000 manuscritos do N.T. grego, datados do segundo século da era cristão em diante, tem demonstrado que o N.T. foi notavelmente bem preservado em sua transmissão desde o terceiro século até agora. Nem uma doutrina foi pervertida. Westcott e Hort concluíram que apenas uma palavra em cada mil do N.T. em grego possui uma dúvida quanto à sua genuinidade. Uma coisa é provar que o texto do N.T. foi notavelmente preservado a partir do segundo e terceiro séculos; coisa bem diferente é demonstrar que os evangelhos, por exemplo, não evoluíram até sua forma presente ao longo dos primeiros séculos da era cristã, ou que Cristo não foi gradativamente divinizado pela lenda cristã. Na virada do século XX uma nova ciência surgiu e ajudou a provar que nem os Evangelhos e nem a visão cristã de Cristo sofreram evoluções até chegarem à sua forma atual. B. P. Grenfell e A. S. Hunt realizaram escavações no distrito de Fayun, no Egito (1896-1906), e descobriram grandes quantidades de papiros, dando início à ciência da papirologia.  Os papiros, escritos numa espécie de papel grosseiro feito com as fibras de juncos do Egito, incluíam uma grande variedade de tópicos apresentados em várias línguas. O número de fragmentos de manuscritos que contêm porções do N.T. chega hoje a 77 papiros. Esses fragmentos ajudam a confirmar o texto feral encontrado nos manuscritos maiores, feitos de pergaminho, datados do quarto século em diante, ajudando assim a forma uma ponte mais confiável entre os manuscritos mais recentes e os originais.  O impacto da papirologia sobre os estudos bíblicos foi fenomenal. Muitos desses papiros datam dos primeiros três séculos da era cristã. Assim, é possível estabelecer o desenvolvimento da gramática nesse período, e, com base no argumento da gramática histórica, datar a composição dos livros do N.T. no primeiro século da era cristã. Na verdade, um fragmento do Evangelho de João encontrado no Egito pode ser paleograficamente datado de aproximadamente 125 AD! Descontado um certo tempo para o livro entrar em circulação, deve-se atribuir ao quarto Evangelho uma data próxima do fim do primeiro século - é exatamente isso que a tradição cristã conservadora tem atribuído a ele. Ninguém duvida que os outros três Evangelhos são um pouco anteriores ao de João. Se os livros do N.T. foram produzidos durante o primeiro século, foram escrito bem próximo dos eventos que registram e não houve tempo de ocorrer qualquer desenvolvimento evolutivo.

Todavia, a contribuição dessa massa de papiros de todo tipo não pára aí. Eles demonstram que o grego do N.T. não era um tipo de linguagem inventada pelos seus autores, como se pensava antes. Ao contrário, era, de modo geral, a língua do povo dos primeiros séculos da era cristã. Menos de 50 palavras em todo o N.T. foram cunhadas pelo apóstolos. Além disso, os papiros demonstraram que a gramática do N.T. grego era de boa qualidade, se julgada pelos padrões gramaticais do primeiro século, não pelos do período clássico da língua grega. Além do mais, os papiros gregos não-bíblicos ajudaram a esclarecer o significado de palavras bíblicas cuja compreensão ainda era duvidosa, e lançaram nova luz sobre outras que já eram bem entendidas. Até recentemente, o manuscrito hebraico do A.T. de tamanho considerável mais antigo era datado aproximadamente do ano 900 da era cristã, e o A.T. completo era cerca de um século mais recente. Então, no outono de 1948, os mundos religioso e acadêmico foram sacudidos com o anúncio de que um antigo manuscrito de Isaías fora encontrado numa caverna próxima à extremidade noroeste do mar Morto. Desde então um total de 11 cavernas da região têm cedido ao mundo os seus tesouros de rolos e fragmentos. Dezenas de milhares de fragmentos de couro e alguns de papiro forma ali recuperado. Embora a maior parte do material seja extrabíblico, cerva de cem manuscritos (em sua maioria parciais) contêm porções das Escrituras. Até aqui, todos os livros do A.T., exceto Éster, estão representados nas descobertas. Como se poderia esperar, fragmentos dos livros mais freqüentemente citados no N.T. também são mais comuns em Qumran (o local das descobertas). Esses livros são Deuteronômio, Isaías e Salmos. Os rolos de livros bíblicos que ficaram melhor preservados e têm maior extensão são dois de Isaías, um de Salmos e um de Levítico.  O significado dos Manuscritos do Mar Morto é tremendo. Eles fizeram recuar em mais de mil anos a história do texto do A.T. (depois de muito debate, a data dos manuscritos de Qumranfoi estabelecida como os primeiros séculos AC e AD). Eles oferecem abundante material crítico para pesquisa no A.T., comparável ao de que já dispunham há muito tempo os estudiosos do N.T. Além disso, os Manuscritos do Mar Morto oferecem um referencial mais adequado para o N.T., demonstrando, por exemplo, que o Evangelho de João foi escrito dentro de um contexto essencialmente judaico, e não grego, como era freqüentemente postulado pelos estudiosos. E ainda, ajudaram a confirma a exatidão do texto do A.T. A Septuaginta, comprovaram os Manuscritos do Mar Morto, é bem mais exata do que comumente se pensa. Por fim, os rolos de Qumran nos ofereceram novo material para auxiliar na determinação do sentido de certas palavras hebraicas.

 

 

Livros Apócrifos ou Não Canônicos

 

1. A palavra Apócrifo significa oculto, e com toda probabilidade foi o termo primitivamente empregado por certas seitas a respeito de livros seus, que eram guardados para seu próprio uso. O termo apócrifo é, agora, restritivo aos livros não canônicos. Posteriormente, a palavra apócrifo era aplicada aos livros espúrios.

2. Os livros apócrifos do A.T. Estes não faziam parte do Cânon hebraico, mas todos eram mais ou menos aceitos pelos judeus de Alexandria que liam o grego, e pelos de outros lugares; e alguns são citados no Talmude. Esses livros, a exceção de 2 Esdras, Eclesiástico, Judite, Tobias, e 1 dos Macabeus, foram primeiramente escritos em grego, mas o seu conteúdo varia em diferentes coleções.

 

Eis os livros apócrifos pela sua ordem usual:

 

I (ou III) de Esdras: Trata dos fatos históricos desde o tempo de Josias até Esdras. Sendo a maior parte da matéria tirada dos livros das Crônicas, de Esdras, e de Neemias. Foi escrito talvez no 1º século a.C.

II (ou IV) de Esdras: Uma série de visões e profecias, especialmente apocalípticas, que Esdras anunciou. É dos fins do 1º século d.C.

Tobias: Uma narrativa lendária, interessante elo conhecimento dos costumes dos antigos tempos de Aicar. Cerca do principio do  2º século a.C.

Judite: Uma história a respeito de serem libertados os judeus do poder de Holofernes, general persa, pela coragem da heroína Judite. Foi escrito cerca de meados do segundo século a.C.

Ester: Capítulos adicionados à obra canônica. É, talvez, do segundo século a.C.

Sabedoria de Salomão: Livro escrito um pouco no estilo do livro dos Provérbios, sendo precioso por estabelecer o contraste entre a verdadeira sabedoria e o paganismo. A data do seu aparecimento deve ser entre o ano 50 a.C. e 10 d.C.

Eclesiástico, ou Sabedoria de Jesus, filho de Siraque: É uma coleção de ditos prudentes e judiciosos em forma muito semelhante ao livro dos Provérbios. Foi escrito primitivamente em hebraico, cerca do ano 180 a 175 a.C., e traduzido em grego depois de 132 a.C. A maior parte do original hebraico foi descoberta nos anos 1896 a 1900.

Baruque: Uma pretensa profecia feita por Baruque na Babilônia, com uma epístola ao mesmo Baruque por Jeremias. Provavelmente é um escrito do segundo século a.C.

Adição à História de Daniel, isto é: a) o Cântico dos três jovens (Benedicite, com uma introdução); b) a História de Susana, representando Daniel como justo juiz; c) Bel e o Dragão, em que Daniel mostra a loucura do paganismo. Há pouca base para determinar a data destas adições.

Oração de Manassés, rei de Judá, no seu cativeiro da Babilônia. A data é desconhecida.

Primeiro Livro dos Macabeus, narrando os fatos da revolta macabeana que se deu do ano 167 em diante (a.C.) foi escrito cerca do ano 80 a.C.

Segundo Livro dos Macabeus, assunto semelhante, porém mais legendário, e homilético. Foi escrito um pouco depois do primeiro.

Terceiro Livro dos Macabeus, é, segundo parece, uma história fictícia do ano 217 a.C., tratando das relações do rei egípcio, Ptolomeu IV, com os judeus da Palestina e Alexandria. Data incerta, mas antes de 70 d.C.

Quarto Livro dos Macabeus, que é um ensaio homilético, feito por um judeu de Alexandria, conhecedor da escola estóica, sobre a matéria contida no 2º  livro dos Macabeus. É, talvez, do 1º século d.C. Ainda que os livros apócrifos estejam compreendidos na versão dos Setenta, nenhuma citação certa se faz deles no Novo Testamento. É verdade que os Pais muitas vezes os citaram isoladamente, como se fossem Escritura Sagrada, mas, na argumentação, eles distinguiam os apócrifos dos livros canônicos. S. Jerônimo, em particular, no fim do 4º século, fez entre estes livros uma claríssima distinção. Para defender-se de ter limitado a sua tradução latina aos livros do Cânon hebraico, ele disse: “Qualquer livro além destes deve ser contado entre os apócrifos. Sto. Agostinho, porém (354-430 à.C.), que não sabia hebraico, juntava os apócrifos com os canônicos como para os diferençar dos livros heréticos. Infelizmente, prevaleceram as idéias deste escritor, e ficaram os livros apócrifos na edição oficial (a Vulgata) da Igreja de Roma. O Concilio de Trento, 1546, aceitou “todos os livros... com igual sentimento e reverência”, e anatematizou os que não os consideravam de igual modo. A Igreja Anglicana, pelo tempo da Reforma, nos seus trinta e nove artigos (1563 e 1571), seguiu precisamente a maneira de ver de S. Jerônimo, não julgando os apócrifos como livros das Santas Escrituras, mas aconselhando a sua leitura “para exemplo de vida e instrução de costumes”.

Livros Pseudo-epígrafos.

Nenhum artigo sobre os livros apócrifos pode omitir estes inteiramente, porque de ano para ano está sendo mais compreendida a sua importância. Chamam-se Pseudo-epígrafos, porque se apresentam como escritos pelos santos do Antigo Testamento. Eles são amplamente apocalípticos; e representam esperanças e expectativas que não produziram boa influência no primitivo Cristianismo. Entre eles podem mencionar-se:

Livro de Enoque (etiópico), que é citado em Judas 14. Atribuem-se várias datas, pelos últi­mos dois séculos antes da era cristã.

Os Segredos de Enoque (eslavo), livro escrito por um judeu helenista, ortodoxo, na primeira metade do primeiro século d.C.

O Livro dos Jubileus (dos israelitas), ou o Pequeno Gênesis, tratando de particularidades do Gênesis duma forma imaginária e legendária, escrito por um fariseu entre os anos de 135 e 105 a.C.

Os Testamentos dos Doze Patriarcas: é este livro um alto modelo de ensino moral. Pensa-se que o original hebraico foi composto nos anos 109 a 107 a.C., e a tradução grega, em que a obra chegou até nós, foi feita antes de 50 d.C.

Os Oráculos Sibilinos, Livros III-V, descrições poéticas das condições passadas e futuras dos judeus; a parte mais antiga é colocada cerca do ano 140 a.C., sendo a porção mais moderna do ano 80 da nossa era, pouco mais ou menos.

Os Salmos de Salomão, entre 70 e 40 a.C.

As Odes de Salomão, cerca do ano 100 da nossa era, são, provavelmente, escritos cristãos.

O Apocalipse Siríaco de Baruque (2º Baruque), 60 a 100 a.C.

O Apocalipse grego de Baruque (3º Baruque), do 2º século, a.C.

A Assunção de Moisés, 7 a 30 d.C.

A Ascensão de Isaias, do primeiro ou do segundo século d.C.

 

 Os Livros Apócrifos do N.T.

 Sob este nome são algumas vezes reunidos vários escritos cristãos de primitiva data, que pretendem dar novas informações acerca de Jesus Cristo e Seus Apóstolos, ou novas instruções sobre a natureza do Cristianismo em nome dos primeiros cristãos. Entre os Evangelhos Apócrifos podem mencionar-se:

O Evangelho segundo os Hebreus  (há fragmentos do segundo século);

O Evangelho segundo S. Tiaqo, tratando do nascimento de Maria e de Jesus (segundo século);

Os Atos de Pilatos.(Segundo século).

Os Atos de Paulo e Tecla (segundo século).

Os Atos de Pedro (terceiro século).

Epístola de Barnabé (fim do primeiro século).

Apocalipseso de Pedro (segundo século).

Ainda que casualmente algum livro não canônico se ache apenso a manuscritos do N.T., esse fato é, contudo, tão raro que podemos dizer que, na realidade, nunca se tratou seriamente de incluir qualquer deles no Cânon.

 

 

ESCRITURAS  SAGRADAS

 

A Bíblia foi escrita num período muito longo, aproximadamente 1500 anos. São diversos autores, são mais de 40 homens ungidos pelo Espírito Santo, eram pessoas de todas as classes sociais, do humilde ao nobre. Desde a sua finalização, Já são quase 2 mil anos. Apesar dos milênios, continua na sua forma original. Com certeza, é a mão do Senhor na sua preservação.

É um livro especifico para o povo de Deus. O ímpio a encara como mais uma literatura e não dá a devida credibilidade às suas informações. Ela foi escrita para os eleitos! E para aceitá-la é necessário crer integralmente em suas informações. É um Livro de Fé, para um povo de Fé.Explicá-la e praticamente desnecessário. Entendê-la, não depende de uma boa formação cultural, de sabedoria, ou mesmo dominar sua língua original. Na verdade apenas aceita-se seus princípios, sem questioná-los!É a única fonte reveladora de Deus, Sua vontade e propósitos para Seus filhos. Aos que querem viver em comunhão com o Eterno, precisam conhecê-la e meditar em suas verdades.A seguir forneço diversos textos, nos quais podemos ver, o que a Bíblia diz a seu próprio respeito. Medite.A Bíblia tem sua origem no coração do Senhor e segundo o Espírito Santo foi revelada a homens puros:É inspirada por Deus (2Tm 3.16) e pelo Espírito Santo (At 1.16; Hb 3.7; 2Pe 1.21), o Senhor Jesus mostrou sua eficácia ao citá-la diversas vezes (Mt 4.4; Mc 12.10; Jo 7.42) além de usá-la para ensinar seus seguidores (Lc 24.27). Isto é o suficiente para jamais a colocarmos em dúvida. Na sua leitura constatamos que é chamada inúmeras vezes de Palavra de Deus e de Cristo (Tg 1.21; 1Pe 2.2; Lc 11.28; Hb 4.12; Cl 3.16).

 

São muitos os termos usados pelo Senhor para denominá-la, veja alguns:

Palavra da Verdade (Tg 1.18);

Escrituras (Dn 10.21; Rm 1.2; 2Tm 3.15);

Livro do Senhor e da Lei (Sl 40.7; Ap 22.19; Is 34.16; Ne 8.3; Gl 3.10);

Lei do Senhor (Sl 1.2; Is 30.9);

Espada (Ef 6.17);

Oráculos do Senhor (Rm 3.2; 1Pe 4.11).

 

Em seu conteúdo encontramos informações diversas, entre elas:

As promessas do evangelho (Rm 1.2);

Leis, Estatutos e Juízo (Dt 4.5,14; Ex 24.3,4);

Profecias (2Pe 1.19-21);

Testemunho a respeito de Cristo (Jo 5.39; At 10.43; 18.28;1Co 15.3).

A Bíblia é auto-suficiente, ela se explica em suas próprias paginas, sendo desnecessária qualquer outra literatura para fazer-se entender. Ela é completa (Lc 16.29,31) e o suficiente para nos guiar sem erros (Pv 6.23; 2Pe 1.19) em direção à salvação pela fé (2Tm 3.15).

 

Os seus ensinamentos são descritos como:

Puros (Sl 12.6; 119.140; Pv 30.5);

Eternos (Sl 119.160; Jo 17.17);

Perfeitos (Sl 19.7);

Preciosos (Sl 19.10; Hb 4.12).

Nossa Instrução e Conhecimento (Rm 15.4)

São direcionados a todos os homens (Rm 16.26),

Não se deve subtrair ou adicionar nada ao seu conteúdo (Dt 4.2; 12.32).

 

A finalidade principal dos seus ensinamentos é:

Regenerar (Tg 1.18; 1Pe 1.28; Sl 19.7);

Vivificar (Sl 119.50,93);

Iluminar (Sl 119.130);

Santificar (Jo 17.17; Ef 5.26);

Produzir Fé (Jo 20.31);

Conceder Esperança (Sl 119.49; Rm 15.4);

Levar à obediência (Dt 17.19,20);

Purificar (Jo 15.3; Ef 5.26; Sl 119.9);

Dá crescimento (1Pe 2.2);

Edificar (At 20.32; 1Ts 2.13);

Aconselhar (Sl 19.11; 1Co 10.11);

Consolar (Sl 119.82; Rm 15.4);

Alegrar  (Sl 19.8; 119.111).

 

No entanto, estes ensinamentos serão verdadeiramente entendidos apenas por aqueles que se deixam envolver pelo Espírito do Senhor; os demais, que não possuem o Espírito não conseguem entendê-la ou aceitá-la (Jo 6.63; 2Co 3.6) e a sua ignorância os leva ao erro (Mt 22.29; At 13.27). O Senhor Jesus e o Espírito Santo, nos capacitam a entendê-la e a aceitá-la sem questionamentos (Lc 24.45; Jo 16.13; 1Co 2.10,14). Os homens que foram transformados em novas criaturas devem observar seus ensinamentos e aceitá-los. É fonte de vida e crescimento na comunhão com o Eterno.

 

Ela é:

Padrão de Vida (1Pe 4.11);

Dignas de aceitação (Jo 2.22);

Lida   (Dt 17.19; 31.11-13; Ne 8.3; Is 34.16; Jr 36.6; At 13.15);

Conhecida (2Tm 3.15);

Palavra de Deus (1Ts 2.13);

Digna de Meditação diariamente (At 17.11);

Guardada no coração (Dt 6.6; 11.18);

Ensinada às crianças (Dt 6.7; 11.19; 2Tm 3.15);

Ensinada a todos (2Cr 17.7-9; Ne 8.7,8);

Sempre nos lábios (Dt 6.7);

Digna de obediência (Mt 7.24; Lc 11.28; Tg 1.22);

Usada contra os inimigos (Mt 4.4,7,10; Ef 6.11,17).

Vivendo assim, as vitórias são certas.

 

É um dever do servo:

Amar (Sl 119.97,113,159,167);

Sentir prazer em sua leitura (Sl 1.2);

Desejá-la    (Sl 119.82);

Admira-la (Sl 119.161; Is 66.2);

Guarda-la na mente (Sl 119.16);

Guardá-la no coração (Sl 119.11);

Esperar nela (Sl 119.74,81,147);

Meditar (Sl 1.2; 119.99,148);

Confiar (Sl 119.42);

Obedece-la (Sl 119.67; Lc 8.21; Jo 17.6);

Clamar pelas suas promessas (Sl 119.25,28,41,76,169);

Os que a observam são abençoados (Lc 11.28; Tg 1.25).

Os homens que continuam a viver segundo a carne, impulsionados pelo maligno são inimigos da palavra e para estes os seus ensinamentos são nulos (Mc 7.9-13), rejeitados (Jr 8.9) e não obedecidos (Sl 119.158).

Amados irmãos, sem equívocos a Bíblia deve ser observada e seus ensinamentos praticados no dia-a-dia. A meditação em suas verdades nos aproxima e nos faz semelhantes ao Criador.

 

 

Estudo realizado por Pastor Rogério Costa

Caxias do Sul – 11/05/15

 

 

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