TOC

Transtorno Obsessivo Compulsivo

A dificuldade de viver com TOC

 

Muitas pessoas talvez tenham algumas manias, que às vezes nem sabem que se trata de um transtorno cerebral. Eu preciso confessar que, como muita gente, sofro de Transtorno Obsessivo Compulsivo - TOC, e compreendo que não é apenas uma mera mania, mas sim algo que nos atrapalha bastante nas atividades simples do cotidiano. Para mim, ler sobre isso, e escrever aqui no blog será uma tarefa um tanto angustiante e estressante, mas será bom falar disso com vocês. Pode até parecer engraçado, mas para quem tem a doença, é muito angustiante, é como uma tortura diária, que se não tratada, parece nunca ter fim.

 

Mas o que é o TOC?

 

Como dito acima, trata-se do Transtorno Obsessivo Compulsivo, caracterizado por pensamentos ansiosos de obsessão ou compulsão, que se apresentam em forma de sintomas como repetições e tiques nervosos. Este é um problema raro considerando outros tipos de transtornos, porém cada vez mais frequente, que atinge cerca de 2%, e até os anos 80 era considerado incurável, e traz um grande sofrimento diante de suas características clínicas e sociais. Normalmente desenvolve-se em pessoas com idade abaixo dos 25 anos, sem definição de causas verdadeiras, mas que podem ser de origem biológica ou psicológica.  

Como ainda não é um assunto muito discutido, o paciente que apresenta sintomas deste transtorno se vê reprimido diante à sociedade, principalmente quando falamos de pacientes que estão na infância ou adolescência. Querer ocultar os sintomas com medo de represália, mediante a vergonha de expor suas dificuldade de lutar contra isso pode ocasionar outra doença, a depressão.

 

Mesmo que se desconheça a causa do transtorno, "uma grande incidência do TOC foi observada em grupos familiares, onde várias pessoas dessa mesma família são acometidas.

Em gêmeos idênticos a incidência é de 20 a 40 vezes maior que na população em geral. Daí a hipótese de ser uma doença que apresente um fator genético", diz Marilena Henrique Teixeira Netto, em seu artigo "TOC - Transtorno Obsessivo Compulsivo".

 

 

 

A doença se manifesta de diversas formas, e pode ser controlada por alguns medicamentos ou não.

 Soube de casos em que o paciente, ao atravessar a rua, acreditava que se não voltasse e a atravessasse cinco vezes, seu pai morreria.

Outros casos em que o TOC restringe-se a contar letras das palavras que vê, a não pisar em linhas, a lavar as mãos várias vezes ao dia, a verificar se a porta está fechada, ou mesmo a ter que tocar um objeto com os dois lados do corpo e quanto à exatidão e alinhamento.

Diante dessa diversidade, o TOC é divido em grupos como: início precoce, associado a tiques ou ao transtorno de Tourette (tiques motores e vocais) e relacionado a um tipo de bactéria que produz infecções de garganta e febre reumática.

Mas devemos considerar o fato de que alguns rituais que podem parecer compulsivos são apenas manias ou superstições.

O sinal para que o paciente procure ajuda para avaliar o nível ou o tipo de transtorno, e assim tratá-lo se dá quando essas manias começam a incomodar, a atrapalhar atividades diárias, a ocasionar mudanças repentinas de humor, e se tornam excessivos.

 

Como tratar?

 

O TOC é sim uma doença, que mesmo parecendo branda, é terrivelmente prejudicial à vida do paciente.

Quando diagnosticada, pode ser tratada com Terapia Comportamental, que á um tratamento muito indicado a pacientes que tiveram suas vidas prejudicadas pela doença, podendo haver internações. 

Não obstante, na maioria dos casos o tratamento se dá por medicamentos que bloqueiam o transporte de serotonina que, em indivíduos com índices de depressão, se encontra em níveis elevados. Sendo assim, os medicamentos utilizados no tratamento deste trantorno estão diretamente ligados aos antidepressivos.

Ao contrário do que possa parecer, o paciente têm plena consciência de que algo está fora do normal, mas tem medo de que as pessoas achem graça da situação.

 Reconhecer a doença e procurar por ajuda é o primeiro passo para o tratamento.

 

“O TOC não tem graça. Tem tratamento”

 

TOC, Transtorno Obsessivo Compulsivo, Transtorno Obsessivo-Compulsivo

 

A escolha é clara: ou não fazemos nada e permitimos que um futuro miserável e provavelmente catastrófico nos alcance, ou usamos nosso conhecimento sobre o comportamento humano para criar um ambiente social no qual poderemos viver vidas produtivas e criativas, e fazemos isso, sem pôr em risco as chances de que aqueles que se seguirão a nós serão capazes de fazer o mesmo.

 

Breve introdução sobre o TOC

 

Preocupar-se excessivamente com limpeza, lavar as mãos a todo o momento, revisar diversas vezes portas, janelas ou o gás antes de deitar, não usar roupas vermelhas ou pretas, não passar em certos lugares com receio de que algo ruim possa acontecer depois, ficar aflito caso os objetos sobre a mesa não estejam dispostos de uma determinada maneira... Esses são alguns exemplos de ações popularmente consideradas “manias” e que, na verdade, são sintomas de um transtorno: o transtorno obsessivo-compulsivo, ou TOC. Considerado raro até a pouco tempo, o TOC é um transtorno mental bastante comum, acometendo aproximadamente um em cada 40 ou 50 indivíduos. No Brasil, é provável que existam entre 3 e 4 milhões de portadores. Muitas dessas pessoas, embora tenham suas vidas gravemente comprometidas pelos sintomas, nunca foram diagnosticadas e tampouco tratadas. Talvez a maioria desconheça o fato de esses sintomas constituírem uma doença para a qual já existem tratamentos bastante eficazes. O Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC) é atualmente classificado como um transtorno de ansiedade pela quarta edição do DSM-IV, e como um transtorno neurótico pelo CID-10. O DSM-IV pauta assim pelos seus critérios sobre o diagnóstico do TOC: a principal característica do transtorno são obsessões e/ou compulsões suficientemente graves para causar repercussão psiquiátrica marcante, consumo considerável de tempo (mais de uma hora por dia) e/ou interferências significativa na rotina habitual do individuo, em suas atividades sociais e interpessoais. Em algum ponto durante o curso do transtorno, a pessoa reconhece que suas obsessões ou compulsões são excessivas e irracionais.
Para fins diagnósticos, o conteúdo especifico das obsessões não pode estar relacionado a outros transtornos psiquiátricos, como pensamentos relacionados a comida ou ruminações de culpa associadas a quadros de depressão.

 

Há criança tem TOC?

 

Os critérios diagnósticos para o TOC no inicio da infância são os mesmos, com exceção de que o reconhecimento por parte do individuo de que suas obsessões e/ou compulsões sejam excessivas e/ou pouco razoáveis não é necessário para o diagnostico de TOC em crianças.

 

O que são obsessões e compulsões?

 

Podemos definir as obsessões como idéias, pensamentos, imagens ou ações que invadem a mente de forma repetitiva e persistente e aumentam a ansiedade ou o desconforto, e as compulsões como idéias, imagens ou ações que reduzem a ansiedade pela esquiva ou neutralização daqueles eventos.

As obsessões podem ainda ser imagens, palavras, frases, números, músicas, etc. Sentidas como estranhas ou impróprias, as obsessões geralmente são acompanhadas de medo, angústia, culpa ou desprazer. O indivíduo, no caso do TOC, mesmo desejando ou se esforçando, não consegue afastá-las ou suprimi-las de sua mente. Apesar de serem consideradas absurdas ou ilógicas, causam medo, aflição ou desconforto que a pessoa tenta neutralizar realizando rituais ou compulsões, ou através de evitações (não tocar, evitar certos lugares).


Quais são as obsessões mais comuns?

 

As obsessões mais comuns envolvem:
• Preocupação excessiva com sujeira, contaminação.
• Dúvidas.
• Preocupação com simetria, exatidão, ordem ou alinhamento.
• Pensamentos, imagens ou impulsos de ferir, insultar ou agredir outras pessoas.
•Pensamentos, cenas ou impulsos indesejáveis e impróprios, relacionados a sexo (comportamento sexual violento, abusar sexualmente de crianças, homossexualidade, falar obscenidades).
• Armazenar, poupar, guardar coisas inúteis ou economizar.
• Preocupações com doenças ou com o corpo.
• Religião (pecado, culpa, escrúpulos, sacrilégios ou blasfêmias).
• Conteúdo mágico: preocupação com números especiais, cores de roupa, datas e horários (podem provocar desgraças).
• Palavras, nomes, cenas ou músicas intrusivas e indesejáveis.

 

As Compulsões...

 

......ou rituais são comportamentos ou atos mentais voluntários e repetitivos, executados em resposta a obsessões, ou em virtude de regras que devem ser seguidas rigidamente.

Os exemplos mais comuns são lavar as mãos, fazer verificações, contar, repetir frases ou números, alinhar, guardar ou armazenar objetos sem utilidade, repetir perguntas, etc. As compulsões aliviam momentaneamente a ansiedade a ansiedade associada às obsessões, levando o indivíduo a executá-las toda vez que sua mente é invadida por um pensamento obsessivo. Por esse motivo se diz que as compulsões têm uma relação funcional (de aliviar a aflição) com as obsessões. E, como são bem sucedidas, o indivíduo é tentado a repeti-las, em vez de enfrentar seus medos, o que acaba por perpetuá-los, tornando-se ao mesmo tempo prisioneiro dos seus rituais.Nem sempre as compulsões têm uma conexão realística com o que desejam prevenir (p ex., alinhar os chinelos ao lado da cama antes de deitar para que não aconteça algo de ruim no dia seguinte; dar três batidas em uma pedra da calçada ao sair de casa, para que a mãe não adoeça). Nesse caso, os rituais são chamados de mágicos.Os dois termos (compulsões e rituais) são utilizados praticamente como sinônimos, embora o termo “ritual” possa gerar alguma confusão, na medida em que praticamente todas as religiões adotam comportamentos repetitivos (rituais) e contagens nas suas práticas: ajoelhar-se três vezes, rezar seis ave-marias, ladainhas, rezar 3 ou 5 vezes ao dia. Existem rituais para batizados, casamentos, funerais, etc. Além disso, certos costumes culturais, como a cerimônia do chá entre os japoneses, o cachimbo da paz entre os índios, ou um funeral com honras militares, envolvem ritos que lembram as compulsões do TOC. Por esse motivo, há certa preferência para o termo “compulsão” quando se fala em TOC.


Quais são as compulsões mais comuns?

 

As compulsões mais comuns são:
• De lavagem ou limpeza.
• Rerificações ou controle.
• Repetições ou confirmações.
• Contagens.
• Ordem, simetria, seqüência ou alinhamento• Acumular, guardar ou colecionar coisas inúteis.
• Compulsões mentais: rezar, repetir palavras, frases, números.
• Diversas: tocar, olhar, bater de leve, confessarCompulsões MentaisAlgumas compulsões não são percebidas pelas demais pessoas, pois são realizadas mentalmente e não mediante comportamentos motores, observáveis. Elas têm a mesma finalidade: reduzir a aflição associada a um pensamento. Alguns exemplos:
• Repetir palavras especiais ou frases
• Rezar
• Relembrar cenas ou imagens.
• Contar ou repetir números.
• Fazer listas.
• Marcar datas.
• Tentar afastar pensamentos indesejáveis, substituindo-os por pensamentos contrários.

 

 

Então o que é o TOC?


O TOC é um transtorno mental incluído pela classificação da Associação Psiquiátrica Americana entre os chamados transtornos de ansiedade. Está classificado ao lado das fobias (medo de lugares fechados, elevadores, pequenos animais – como ratos ou insetos, de alturas), da fobia social (medo de expor-se em público ou diante de outras pessoas), do transtorno de pânico (ataques súbitos de ansiedade e medo de freqüentar os lugares onde ocorreram os ataques, como lugares fechados, aglomerações de pessoas), etc. Os sintomas do TOC envolvem alterações do comportamento (rituais ou compulsões, repetições, evitações), dos pensamentos (dúvidas, preocupações excessivas, pensamentos de conteúdo impróprio ou “ruim”, obsessões) e das emoções (medo, desconforto, aflição, culpa, depressão). Sua característica principal, como já comentamos, é a presença de obsessões e/ ou compulsões ou rituais. Além disso, os portadores do TOC sofrem de muitos medos (de contrair doenças, cometer falhas, ser responsáveis por acidentes). Em razão desses medos, evitam as situações que possam provocá-los. As evitações, embora não específicas do TOC, são, em grande parte, as responsáveis pelas limitações que o transtorno acarreta. Esses são os sintomas-chave do TOC. É importante que você aprenda a identificá-los (objetivo principal desse capítulo), pois, para vencer o transtorno, o primeiro passo é ser capaz de reconhecer todas as suas manifestações.
Vejamos, então, o que são obsessões, compulsões ou rituais, que são os sintomas que caracterizam o TOC.

 

Avalie a possibilidade de você ser ou não um portador do TOC

 

Preocupo-me demais com sujeira, germes, contaminação, pó ou doenças.
• Lavo as mãos a todo o momento ou de forma exagerada.
• Limpo ou lavo demasiadamente o piso, móveis, roupas ou objetos.
• Tomo vários banhos por dia ou demoro demasiadamente no banho.
• Não toco em certos objetos (corrimãos, trincos de portas, dinheiro, etc.) sem lavar as mãos depois.
• Evito certos lugares (banheiros públicos, hospitais, cemitérios) por considerá-los pouco limpos ou achar
que posso contrair doenças.
• Verifico portas e janelas mais do que o necessário;
• Verifico repetidamente o gás, o fogão, as torneiras e os interruptores de luz após desligá-los
• Minha mente é invadida por pensamentos desagradáveis e impróprios, que me causam aflição e que nem sempre consigo afastá-los.
• Tenho sempre muitas dúvidas, repetindo várias vezes a mesma tarefa ou pergunta para ter certeza de que não vou errar
• Preocupo-me demais com a ordem, o alinhamento ou simetria das coisas, e fico aflito(a) quando estão fora do lugar.
• Necessito fazer coisas de forma repetida e sem sentido (tocar, repetir certos números, palavras ou frases).
• Sou muito supersticioso com números, cores, datas ou lugares.
• Necessito contar enquanto estou fazendo coisas.
• Guardo coisas inúteis (jornais velhos, caixas vazias, sapatos ou roupas velhas) e tenho muita dificuldade em desfazer-me delas.
Caso tenha respondido positivamente a uma ou mais dessas afirmativas, é provável que você seja portador do TOC. Para o diagnóstico definitivo, os sintomas devem causar desconforto ou interferir de forma significativa nas suas rotinas, no seu desempenho profissional, ou nas suas relações sociais e ocupar pelo menos uma hora por dia do seu tempo. Em caso positivo ou se tiver dúvidas, discuta com seu médico.

 

Por que o TOC é problemático?


O TOC é considerado uma doença mental grave por vários motivos: está entre as dez maiores causas de incapacitação, de acordo com a Organização Mundial de Saúde; acomete preferentemente indivíduos jovens ao final da adolescência – e muitas vezes começa ainda na infância, sendo raro seu início depois dos 40 anos; seu curso geralmente é crônico, e se não tratado, se mantém por toda a vida O mais comum é que ocorram flutuações na intensidade dos sintomas ao longo da vida, raramente desaparecendo por completo. Em aproximadamente 10% dos casos, tendem a um agravamento progressivo, podendo incapacitar os portadores para o trabalho e acarretar sérias limitações à convivência com as outras pessoas, além de submetê-los a um grande e permanente sofrimento.
É muito comum que, na mesma família, várias pessoas sejam acometidas. Sabe-se que, por exemplo, diante de algum caso de TOC na família, a chance de existir outro aumenta em quatro a cinco vezes. Essa incidência aponta para um componente familiar e possivelmente genético dentre as suas diversas causas.
Os sintomas do TOC interferem de forma acentuada na vida da família. A doença altera rotinas, exige que a família se acomode aos sintomas. É comum a restrição ao uso de sofás, camas, roupas, toalhas, louças e talheres, bem como ao acesso a determinados locais da casa. Outros problemas típicos são a demora no banheiro e as lavagens excessivas das mãos, das roupas e do piso da casa. Os portadores do TOC normalmente obrigam os demais membros da família a fazerem o mesmo, mas os medos exagerados, os cuidados excessivos e as exigências nem sempre são compreendidos ou tolerados pelos demais. De modo geral, essa diferença provoca discussões, atritos, exigências irritadas no sentido de não interromper os rituais ou de participar deles, dificuldades para sair de casa e atrasos que comprometem o lazer e as rotinas. Não raramente, as atitudes e dificuldades de relacionamento provocam a separação de casais ou a demissão de empregos.

 

Quais as causas do TOC?


A ciência tem conseguido esclarecer vários fatos em relação ao TOC embora não consiga ainda esclarecer suas verdadeiras causas. Provavelmente concorrem vários fatores para o seu aparecimento: de natureza biológica envolvendo aspectos genéticos, neuroquímica cerebral, lesões ou infecções cerebrais; fatores psicológicos como a aprendizagem; certas formas errôneas de ver e interpretar a realidade próprias dos portadores do TOC, e até culturais.
Na medida em que as pesquisas avançam tem ficado mais evidente a importância dos fatores de natureza biológica. As evidências neste sentido são o fato de o TOC ocorrer após traumatismos, lesões ou infecções cerebrais; ser muito comum que numa mesma família existam vários indivíduos acometidos sugerindo uma predisposição genética. Além destes fatos foi sobretudo importante a descoberta de que determinados medicamentos que estimulam de alguma forma a assim chamada função serotonérgica cerebral reduzem os sintomas de TOC. Este último fato nos faz pensar que possa existir um distúrbio neuroquímico do cérebro envolvendo o funcionamento das vias nervosas que utilizam a serotonina (substância que existe naturalmente no cérebro) para transmitir seus impulsos.
Observou-se ainda que certas zonas cerebrais são hiperativas em portadores de TOC, isto é, funcionam mais do que em indivíduos normais (na parte frontal - região periorbital, em regiões mais profundas do cérebro - gânglios ou núcleos da base). Esta hiperatividade tende a se normalizar tanto com o tratamento farmacológico bem como com a terapia cognitivo-comportamental. Como se vê, são evidências, embora muito genéricas, para a hipótese de que existe algum tipo de disfunção neuroquímica no funcionamento cerebral.
Existem, entretanto, fatos que a pesquisa não conseguiu esclarecer: a resposta de muitos pacientes aos medicamentos inibidores da recaptação da serotonina é parcial ou muitas vezes nula, e se desconhece o motivo. Além disso ocorrem obsessões e compulsões em doenças neurológicas como encefalites, associadas a tiques - no assim chamado Transtorno de Gilles de la Tourette, à febre reumática ou mesmo a outras doenças nervosas ou psiquiátricas. São fatos cujo esclarecimento continua desafiando os cientistas do mundo inteiro.
Sabe-se ainda que fatores de natureza psicológica influem no surgimento, na manutenção e no agravamento dos sintomas de TOC. É bastante comum que os sintomas surjam depois de algum estresse psicológico; conflitos psíquicos agravam os sintomas, e tem cada vez ficado mais claras certas alterações no modo de pensar, de perceber e avaliar a realidade por parte destes pacientes. Eles tendem a supervalorizar a importância dos pensamentos como se pensar fosse o mesmo que agir; tendem a supervalorizar o risco e as possibilidades de ocorrerem eventos desastrosos (contrair doenças, perder familiares, contaminar-se); tendem a superestimar a própria responsabilidade quanto a provocar ou prevenir eventos futuros; são perfeccionistas, perdendo muito tempo com a preocupação de fazer as coisas bem feitas e evitar possíveis falhas ou imperfeições e imaginam modificar o curso futuro dos acontecimentos com a execução dos rituais (pensamento mágico). Cada paciente pode apresentar uma ou mais destas distorções, que são mantidas mesmo as evidências sendo contrárias a elas, ou apesar de não terem comprovação na realidade.
Estes pacientes aprendem a usar rituais ou outras manobras psicológicas como atos mentais e a evitação como forma de aliviar a aflição que normalmente acompanha as obsessões, e por este motivo passam a repetí-los, mesmo que isto significa estar mantendo a doença.Evitam também de enfrentar seus temores até mesmo para confirmar que são infundados, o que permitiria livrar-se deles.
Supõe-se ainda que fatores ligados ao tipo de educação (mais ou menos severa ou exigente, incutindo culpa ou não), ao tipo de cultura social e familiar, possam também influir sob a forma de crenças e regras que regem a vida da pessoa criando uma espécie de terreno propício para o surgimento do transtorno. Por estes motivos usualmente se associam aos medicamentos, terapias psicológicas - a terapia cognitivo-comportamental no seu tratamento.

 

 

Há alguma psicoterapia eficaz para o TOC?

 

Um aspecto importante do tratamento do TOC é a chamada terapia comportamental considerada um dos tratamentos de primeira linha, juntamente com os medicamentos. A Terapia Comportamental baseia-se na constatação de que, se o paciente desafia seus medos, por exemplo, expondo-se às situações que evita ou tocando nos objetos que considera contaminados (exposição) e, ao mesmo tempo, deixa de realizar os rituais de descontaminação ou verificações (prevenção da resposta), embora num primeiro momento a aflição aumente, em pouco tempo ela tende a diminuir até desaparecer por completo espontaneamente (habituação). Repetindo tais exercícios os medos de tocar em coisas sujas ou contaminadas, de fazer verificações ou a necessidade de realizar rituais acabam desaparecendo por completo. Eu suma:Exposição + Prevenção da Resposta => Habituação => Desaparecimento dos sintomas.


O que é uma exposição?

 

Exposição é o ato de tocar em objetos, móveis, roupas, partes do corpo, freqüentar locais evitados, ou de evocar frases, palavras, números, imagens ou cenas normalmente mantidas afastadas da mente, em razão do desconforto que provocam.


O que é prevenção de respostas?

 

Prevenção de respostas é o ato de abster-se de realizar rituais ou compulsões, rituais mentais ou quaisquer manobras destinadas a neutralizar a ansiedade associada a obsessões ou à não realização das referidas compulsões.

 

O que mais a Terapia Comportamental utiliza?

 

Além da exposição e da prevenção da resposta, a Terapia Comportamental utiliza uma série de outras técnicas para correção das crenças e pensamentos distorcidos existentes no TOC com o objetivo de realizar a assim chamada reestruturação cognitiva: treino na identificação de pensamentos e crenças distorcidas; correção através do questionamento e busca de evidências quanto à sua sua validade, experimentos comportamentais para testá-las, exposição aos pensamentos ouvindo fitas gravadas ou escrevendo, etc.

Os objetivos do tratamento são a redução dos sintomas-alvo e o aprendizado de estratégias para lidar com as obsessões e premência compulsiva no faturo. O cerne do tratamento comportamental é:
-A exposição prolongada e a prevenção de respostas.
-Teste de realidade. A avaliação negativa do pensamento intrusivo que causa desconforto eleva a comportamentos compulsivos que visam neutralizar o pensamento. A correção da avaliação negativa das obsessões é o que reduz a ansiedade no TOC- é preciso confrontar as crenças.
No tratamento infantil, é importante estar sempre atento a idade e nível de desenvolvimento; educar pais; cuidadores, professores e todos que convivem com a criança.



Teorias Sobre o TOC:

 

a) Hipótese serotonérgica do TOC- respondem melhor : clomipramina, fluvoxamina, a fluoxetina, osertralina e a paroxetina (receptadores de serotonina).


b) Condicionamento pavloviano pela associação entre um estimulo aversivo e um estimulo novo. Resposta de fuga se transformam em respostas de esquiva por meio de reforço negativo.


c) O individuo com TOC, faz uma fusão regra-ação: idéia de que pensamentos indesejáveis sobre ações disruptivas equivale as suas próprias ações- moral, mas se pensar em um evento negativo, aumente a probabilidade que ele aconteça- probabilística consigo ou com o outro.
As pessoas com TOC acreditam que seus pensamentos inaceitáveis sobre a moral equivale a ação, elas se sentiriam desconfortáveis com tais pensamentos. E acreditar que pensar em eventos desagradáveis aumenta a sua probabilidade, os faz engajar em comportamentos para neutralizar o pensamento ou prevenir que ocorram conseqüências desastrosas.
o afeto negativo (ansiedade e depressão) perece ter o papel de variável mediacional entre o TOC e a TAF, mostrando que escores altos no BDI relaciona-se com TAF moral e escores elevados na escala de ansiedade, relaciona-se com a TAF probabilística pessoal e com os outros.

 

 TOC e Mania de Limpesa

 

Quem aqui se lembra da mania de limpeza de Monica Geller, de Friends? E daquele filme "Melhor impossível" com Jack Nicholson, onde ele interpreta um personagem que come todos os dias na mesma mesa do mesmo restaurante, usando talheres de plástico que ele mesmo levava? Então, aquilo é TOC. 

 

TOC ou melhor Transtorno Obsessivo Compulsivo, é um transtorno de ansiedade e manifesta-se sob a forma de alterações do comportamento, dos pensamentos e das emoções.

A característica principal é a presença de obsessões e de compulsões ou rituais. 

 

Obsessões são pensamentos ou impulsos que invadem a mente de forma repetitiva e persistente.

Causam ansiedade, medo, aflição ou desconforto, e a pessoa tenta neutralizar realizando rituais ou compulsões. 

As compulsões mais comuns são:

  • Preocupação excessiva com sujeira, germes ou contaminação;
  • Preocupação com simetria, exatidão, ordem, sequência ou alinhamento;
  • Preocupação em armazenar, poupar, guardar coisas inúteis;
  • Preocupação com doença ou com o corpo.

Compulsões ou rituais são comportamentos ou atos mentais voluntários e repetitivos, executados em resposta a obsessões, ou em virtude de regras que devem ser seguidas rigidamente.

As compulsões aliviam momentaneamente a ansiedade associada às obsessões.

As compulsões mais comuns são:

  • De lavagem ou limpeza;
  • Verificação ou controle;
  • Repetições, dúvidas ou confirmações;
  • Ordem, simetria, sequência ou alinhamento;
  • Tocar, bater de leve, olhar, estalar os dedos.

Algumas compulsões não são percebidas pelas demais pessoas, como por exemplo, repetir palavras especiais ou frases, contar ou repetir números mentalmente, fazer lista, etc.

 

“MAUS” PENSAMENTOS OU PENSAMENTOS IMPRÓPRIOS E PENSAMENTOS SUPERSTICIOSOS

São comuns no TOC os chamados “maus pensamentos”, “pensamentos ruins”, ou simplesmente pensamentos impróprios. Eles geralmente se incluem numa das seguintes categorias: pensamentos agressivos de caráter impróprio ou cenas violentas invadindo a cabeça, chamados popularmente de pensamentos “horríveis”; pensamentos de conteúdo sexual impróprio; pensamentos de conteúdo religioso blasfemo, escrupulosidade excessiva e pensamentos “ruins”, de conteúdo catastrófico. Eles são muito mais comuns do que se imaginava, e eventualmente todos nós temos alguns destes pensamentos em algum momento. É comum, por exemplo, um adolescente imaginar-se momentaneamente fazendo sexo com a mãe ou irmã. Como no mesmo momento se dá conta de que “estava pensando uma besteira”, não dá maior importância à ocorrência de tal pensamento ou de que possa um dia vir a praticá-lo, o pensamento ou a cena desaparecem por si. Já o portador do TOC fica chocado com tais cenas, que são acompanhadas de grande aflição, interpreta sua presença como indicativa de existir algum risco de algum dia vir a praticá-las e tenta, sem sucesso, afastá-las da mente. Passa ainda a vigiar os próprios pensamentos, e, paradoxalmente quanto mais tenta afastá-los ou quanto mais importância der à sua presença, mais intensos eles se tornarão.  

Pensamentos, impulsos ou cenas de conteúdo agressivo ou violento

NO TOC são bastante comuns pensamentos ou impulsos impróprios, cenas de conteúdo agressivo ou violento. Alguns exemplos:

  • Atirar o bebê pela janela;
  • Intoxicar o filho com venenos domésticos, como raticidas ou gás;
  • Empurrar alguém (uma pessoa idosa, uma criança) escadaria abaixo;
  • Dar um soco numa pessoa ao cumprimentá-la;
  • Jogar o carro em cima de um pedestre;
  • Atropelar pessoas idosas;

Como forma de diminuir a aflição e o medo que acompanha essas obsessões, os portadores do TOC, além de tentar afastá-las da cabeça. Além disso, o medo de que venha um dia a praticá-los leva o paciente a adotar medidas para impedir que possam vir a acontecer como: colocar telas nas janelas para evitar jogar o bebê num momento de descontrole; evitar comparecer a eventos sociais ou cumprimentar pessoas; checar a sacola várias vezes para ver se não tem algum veneno com o qual possa contaminar o filho.  

Pensamentos impróprios relacionados com sexo

São comuns pensamentos, impulsos instrusivos e impróprios ou cenas de conteúdo sexual como:

  • Fixar os olhos nos genitais de outras pessoas;
  • Molestar sexualmente crianças;
  • Abaixar as calças ou arrancar a roupa de outras pessoas;
  • Ter uma relação sexual com um irmão, irmã pais, tios; etc,
  • Violentar sexualmente uma pessoa conhecida ou desconhecida;
  • Praticar sexo violento ou sexo perverso (p. ex. com animais);
  • Vício com masturbação.

É importante destacar que fantasias sexuais de conteúdo excitante e prazeroso, quando folheamos uma revista, assistimos a uma cena ou filme de conteúdo erótico, ou enxergamos uma pessoa sexualmente atraente, fazem parte da nossa vida mental, e não só devem ser consideradas normais como representam um sinal de saúde. É importante destacar: seu conteúdo é agradável, excitante, provoca o desejo e, sobretudo, prazeroso. Já as obsessões de conteúdo sexual impróprio do TOC são acompanhadas de aflição ou angústia, são desagradáveis, são consideradas claramente impróprias ou antinaturais e contrariam os próprios desejos e princípios dos seus portadores. Por esses motivos a conseqüência imediata, em vez do desejo, excitação ou prazer, é a angústia a aflição, o medo e até a depressão. Por esse motivo são adotadas medidas destinadas a neutralizar esses sentimentos desagradáveis como lutar contra esses pensamentos e tentar afastá-los, ou realizar rituais como lavar-se, confessar-se, rezar, ou aplicar castigos corporais.  

Pensamentos de conteúdo blasfemo

No TOC também são comuns pensamentos de conteúdo considerado blasfemo pelos seus portadores

  • Cenas repetitivas praticando sexo com a Virgem Maria ou os santos (as).
  • Cenas ou pensamentos de conteúdo sexual com Jesus Cristo na cruz;
  • Pensar no demônio ou em “entidades” ou divindades de outras religiões;
  • Dizer obscenidades ou blasfêmias num momento em que todos estão em silêncio durante a missa de domingo.

Essas obsessões são provocadoras de grande ansiedade particularmente em pessoas religiosas. Na religião católica em particular, os pensamentos de conteúdo blasfemo, foram associados à noção de pecado e eventualmente de pecado mortal, representando um risco de condenação ao fogo do inferno. É comum a necessidade de confessar-se repetidamente ou de fazer outros rituais de purificação como rezas, banhos, lavagens ou penitências como forma de neutralizar a aflição associada.

Obsessões ou compulsões de conteúdo supersticioso

Todos nós temos algumas superstições, que fazem parte da nossa cultura assim como da cultura de todos os povos, e eram particularmente comuns entre os povos primitivos. Não passar embaixo de escadas, evitar cruzar com um gato preto na rua, são atitudes que para muitos podem prevenir azares. Bater 3 vezes na madeira dá sorte; deixar os chinelos virados pode dar grande azar. O número 13 é considerado por muitos um número de azar, especialmente se o dia 13 cair em uma sexta-feira. O número 27 é de sorte. Em outros casos, sonhar com um número, pode representar a possibilidade de ganhar na loteria. O que distingue as superstições que fazem parte da cultura, das obsessões como sintomas do TOC é a intensidade com que se acredita nelas, o quanto interferem na vida diária e o grau de aflição que provocam caso sejam contrariadas.

No TOC as superstições têm alguma conecção com objetos temidos que ficaram associados a azares (doença, morte) e, como conseqüência, são evitados objetos ou lugares que possam provocar tais azares. Se você não sai de casa de forma alguma ou se sair é com grande aflição, nos dias que contém o número 3, o número 7, ou números ímpares, ou necessita interromper completamente suas atividades quando o ponteiro dos relógios estiver ultrapassando o número 6, caso contrário poderá ocorrer alguma desgraça, então você pode ter as chamadas obsessões de conteúdo supersticioso ou mágico

COMPORTAMENTO SEXUAL COMPULSIVO

O comportamento sexual pode ser reflexo de um aspecto hereditário, de um aspecto médico, cultural, circunstancial, etário e pessoal. É muito complexa a questão sexual, seja do ponto de vista qualitativo ou quantitativo. Esse artigo privilegia a questão quantitativa, ou seja, quanto de atividade sexual seria normal e quanto seria patológico, para mais ou para menos. Veremos aqui as alterações para mais, ou seja, a hipersexualidade.

Uma questão primeira a ser valorizada, é o fato de muitos pacientes com sintomas hipersexuais não apresentarem nenhuma evidência visível de outra disfunção neuropsiquiátrica. Outros podem ter evidências sutis de algum comprometimento neuropsiquiátrico e, finalmente, alguns de franco comprometimento neuropsiquiátrico. A dúvida que nos apresenta é: naquelas pessoas sem nenhuma evidência de outra disfunção neuropsiquiátrica além da atividade sexual numericamente incomum, estaria correto pensarmos numa patologia, ou seja, estaríamos diante de uma condição médica, ética ou simplesmente pessoal?

Para ser tomado como algo patológico, segundo os autores e as diretrizes da psicopatologia, o Comportamento Sexual Compulsivo deveria causar sofrimento emocional e proporcionar sérias conseqüências interpessoais, ocupacionais, familiares e financeiras. Mesmo assim estaríamos diante de um critério polêmico, pois se há uma sexualidade patológica, na qual o apetite e as fantasias sexuais aumentam a tal ponto que ocupam quase todos os pensamentos e sentimentos, estaríamos sim diante de um quadro Obsessivo-Compulsivo com sintomatologia sexual. Por outro lado, se estivermos diante de uma pessoa que exige gratificação sexual sem maiores considerações éticas, morais e legais, resolvendo-se numa sucessão impulsiva e insaciável de prazeres, aí então estaríamos diante de um Transtorno Sociopático ou Borderline da Personalidade, com sintomas também sexuais.   Continuando nossa revisão, o Comportamento Sexual Compulsivo pode se associar a outras doenças psiquiátricas, particularmente ao abuso de substâncias psicoativas, atualmente à cocaína. Transtornos Ansiosos, Transtornos de Personalidade e outros Transtornos do Controle de Impulsos também podem ser concomitantes ao Comportamento Sexual Compulsivo.

Transtornos Ansiosos, Transtornos de Personalidade e Transtornos do Controle de Impulsos

Para se tentar alocar o Transtornos do Controle de Impulsos dentro dos Transtornos de Controle de Impulsos, devemos lembrar que suas características essenciais dos são; o fracasso em resistir a um impulso ou tentação de realizar algum ato que seja prejudicial à pessoa ou a outros, com ou sem resistência consciente ao impulso e com ou sem premeditação ou planejamento do ato, sensação crescente de tensão ou excitação antes de cometer o ato e uma experiência de prazer, gratificação ou alívio no momento de cometer o ato.

Black e cols. analisaram 36 pessoas com Comportamento Sexual Compulsivo e verificaram que a maioria delas (92%) estava realmente preocupada com seus desejos exacerbados e/ou com suas persistentes fantasias sexuais. A maior parte dessas pessoas tentava resistir ao comportamento sexualizado (72%), embora sem sucesso e com perda de controle. Grande parte delas experimentava remorso pelas atividades sexuais exageradas, impulsivas, não resistidas e, muitas vezes, inconseqüentes.

Uma observação adicional mostrou que a maioria desses pacientes com Comportamento Sexual Compulsivo (75%) também preenchia os requisitos para diagnóstico de abuso de substâncias psicoativas. Estas estariam relacionadas à desinibição do comportamento suficiente para permitir a intensificação do prazer ou aplacar a sensação de vergonha. (Fonte:Neuropsiconews)

Os prejuízos sócio-ocupacionais com o Comportamento Sexual Compulsivo incluem gastos financeiros, a traição as(os) parceiras(os), perda de amigos ou a experiência de vergonha. Pouco mais de 42% dessas pessoas reconheceram que esse comportamento sexual afetava o casamento ou relacionamentos importantes e, um quarto dos casos, sentia que o Comportamento Sexual Compulsivo tinha afetado seu trabalho. A pesquisa apontou ainda que 19% dos portadores de Comportamento Sexual Compulsivo tinham tentado o suicídio. As complicações legais também eram uma preocupação para vários pacientes.

Seria o Transtorno Sexual uma atitude Adictiva?

Fenichel usou o termo adicção sexual aproximadamente há 50 anos para comparar sintomas sexuais com a mesma conotação que dava à adicção através do uso de quantidades crescentes de uma droga (dependência com tolerância). Há alguns anos, o antigo DSM-III-R (Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders, 3a. edição revisada) empregou o termo Adicções Sexuais Não-Parafílicas para descrever pacientes que pudessem satisfazer os critérios para um Transtorno Sexual Não Especificado de outro modo.

Goodman (1993) argumenta que, do ponto de vista fenomenológico, os transtornos aditivos situam-se na intersecção de transtornos compulsivos, os quais envolvem redução da ansiedade através de uma atitude, e transtornos impulsivos, os quais envolvem a gratificação através do exercício de um impulso. Além disso, ele argumentou que esse conjunto de sintomas é embasado por mecanismos neurobiológicos, inclusive através do envolvimento dos sistemas serotoninérgico, noradrenérgico, dopaminérgico e de opióides.

Outros autores argumentam que o termo adicção deveria ser monopólio dos transtornos causados pelo uso de substâncias. A neurobiologia do abuso de substâncias tem sido relativamente bem estudada, mas ainda não é perfeitamente evidente que os mecanismos envolvidos na drogadicção sejam os mesmos envolvidos na hipersexualidade.

Seria o Transtorno Sexual uma atitude Impulsiva?

Poderíamos começar perguntando se a própria atividade sexual não seria impulsiva. Alguns autores observaram que os sintomas da hipersexualidade poderiam satisfazer plenamente os critérios do DSM-III-R para um Transtorno de Controle de Impulsos. Tal comportamento sexual costuma envolver uma falha ou impotência do paciente em resistir aos impulsos, uma sensação de tensão antes do comportamento e uma experiência de alívio, depois que o comportamento fosse realizado. Também como no Transtorno de Controle de Impulsos, depois do comportamento sexual impulsivo, costuma haver sentimentos de vergonha e culpa (Barth, 1987). Vários outros autores têm usado o termo Impulsividade Sexual com base nessa sucessão de eventos.

Além disso, transtornos comórbidos em pacientes com sintomas hipersexuais parecem semelhantes aos de outros Transtornos do Controle de Impulsos. Há evidências do envolvimento serotoninérgico nos transtornos de controle de impulsos, e os agentes serotoninérgicos podem ser úteis em sintomas hipersexuais mesmo que os efeitos não sejam tão fortes e ansiosos quanto nos transtornos do afeto.

Outros transtornos, como por exemplo o abuso de substâncias e a bulimia provavelmente também satisfazem os critérios diagnósticos do DSM-III-R para o grupo dos Transtornos do Controle de Impulsos. (Ver Transtornos do Controle de Impulsos).

 

Critérios de diagnóstico propostos para os transtornos hipersexuais

 

  1. A existência de fantasias sexualmente excitantes recorrentes e intensas, impulsos ou comportamentos sexuais que persistam durante um período de pelo menos seis meses e se encaixem na definição de parafilias.


2. As fantasias, impulsos ou comportamentos sexuais causam desconforto ou comprometimento clinicamente significativo na área social, ocupacional ou outras áreas importantes.


3. Os sintomas não encontram causa em outros transtornos, como por exemplo, no Episódio Maníaco.


4. Os sintomas não se devem aos efeitos fisiológicos diretos de uma substância (abuso de droga ou medicamento) ou à afecção clínica geral.

 

A Quantidade de Sexo Normal - Escape Sexual Total (EST)

As pesquisas científicas sobre sexualidade costumam referir-se à quantidade de atividade sexual com o termo Escape Sexual. Este é um conceito para referir a iniciativa e efetivação de uma atividade sexual com orgasmo. O número do Escape Sexual Total (EST) é a quantidade de orgasmos atingidos durante algum tempo estabelecido, como por exemplo, Escape Sexual Total semanal, mensal, anual, etc. Dessa forma o EST semanal deverá refletir a prevalência de Comportamento Sexual Compulsivo entre homens.

Kinsey (Wyatt, 1988), que desenvolveu o conceito de EST, relatou que o EST semanal mediano foi de 2,14 para homens entre a adolescência e a idade de 30 anos, e de 1,99 para todos os homens em geral. No Brasil essa média é de 3, segundo pesquisa da Pfiser (veja A Vida Sexual do Brasileiro). Analisando esses e outros dados, Kafka sugeriu que um EST semanal de 7 ou mais poderia ser usado para definir comportamento hipersexual nos homens.

De fato, não existe um consenso sobre a possibilidade da alta freqüência de comportamento sexual ser, automaticamente, considerada patológica. Mas alguns autores dizem que esse raciocínio é o mesmo empregado para considerar patológicos outros comportamentos impulsivos de alta freqüência, como por exemplo, a hiperfagia (comer demais e compulsivamente), hipersônia (dormir demais), jogo patológico (jogar compulsivamente), etc. Desta forma a hipersexualidade refletiria claramente uma má adaptação sempre que resultasse de um Comportamento Sexual Compulsivo, com sofrimento subjetivo, incapacidade psicossocial ou perda de controle (Kafka e Prentky, 1998).
Vamos ter para nós, então, que seria patológica (mórbida) a sexualidade capaz de produzir sofrimento na pessoa ou nas pessoas de seu entorno.

 

Comportamento Sexual Compulsivo e Parafilia

Parafilia é o termo atualmente empregado para os transtornos da sexualidade, anteriormente referidos como “perversões”, uma denominação ainda usada no meio jurídico. Estudar as Parafilias é conhecer as variantes da sexualidade e do erotismo em suas diversas formas de estimulação e expressão comportamental. É muito difícil conceituar a sexualidade normal (veja artigo O Normal em Sexualidade), a ponto de o médico inglês Havelock Ellis ter dito que “todas as pessoas não são como você, nem como seus amigos e vizinhos, inclusive, seus amigos e vizinhos podem não ser tão semelhantes a você como você supõe.”

As Parafilias são fantasias sexualmente excitantes, são desejos sexuais fortes ou, ainda, comportamentos envolvendo objetos não-humanos, sempre recorrentes e intensos. Essas parafilias podem causar sofrimento e humilhação ao paciente, a seu parceiro(a), filhos, familiares, bem como envolvimentos policiais e judiciais. Atualmente, entretanto, os sintomas das parafilias podem envolver outros padrões culturalmente questionáveis, como é o caso da masturbação repetitiva, pornografia pela Internet, hipersexualidade, etc. (Veja outro texto sobre Parafilias)

A hipersexualidade, por sua vez, seria um aumento da sexualidade (desejo, fantasias e atividade) para além do socialmente habitual. Os sintomas hipersexuais têm sido rotulados como compulsivos, impulsivos ou, tal como acontece com o vício do jogo ou das drogas, adictivos. Evidências cada vez mais numerosas apóiam a existência de uma síndrome caracterizada por fantasias sexualmente excitantes recorrentes e intensas, impulsos sexuais ou comportamentos não normais mas, não obstante, envolvendo padrões que escapam dos conceitos e definições da parafilia (no caso do Transtorno Hipersexual sem Parafilia), ou seja, que escapam aos conceitos e definições das aberrações do ato e do desejo sexual.

Apesar desses comportamentos hipersexuais serem distintos da parafilia, há, contudo, alta comorbidade com ela (alta comorbidade = a hipersexualidade aparece junto com outras parafilias com freqüência). Conquanto tais sintomas tenham sido rotulados como compulsão ou adicção sexual, esses termos são problemáticos. A moderna classificação das doenças mentais tem negligenciado este transtorno, embora o DSM.VI (Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders, 4a. edição), da Associação Psiquiátrica Norte-Americana, inclua os comportamentos hipersexuais como um exemplo dos transtornos sexuais não especificados.

No CID.10 (Classificação Internacional de Doenças, 10a.revisão), em F52 é classificado o Apetite Sexual Excessivo, com duas subclassificações; Satiríase e Ninfomania. De qualquer forma, alguns autores requerem que esse transtorno seja classificado como uma das parafilias ou relacionado a elas. Na ausência de um conhecimento mais abrangente sobre esse transtorno, sugere-se que seja simplesmente denominado de Transtorno Hipersexual, havendo quem classifique de Transtorno Hipersexual com Parafilia e Transtorno Hipersexual sem Parafilia. Essa última maneira seria preferível.

De modo geral, a questão de como categorizar melhor este transtorno permanece polêmica. Os termos ninfomania e donjuanismo podem ter ajudado a focalizar o esforço dos médicos e a pesquisa nesta área, mas esses rótulos têm ares pejorativos ou conotação de “senvergonhice”. (Veja Síndrome de Don Juan). Os comportamentos sexuais nas parafilias costumam ser ritualísticos, ocultos e dissimulados, o que nem sempre (ou quase nunca) acontece no Comportamento Sexual Compulsivo.

Comportamento Sexual Compulsivo e TOC (Transtorno Obsessivo-Compulsivo)

Popularmente o termo obsessão, aplicado ao sexo, pode ser usado para designar uma preocupação sexual excessiva. O uso do termo nesse contexto desperta, sem dúvida, a antiga idéia de que paixão e loucura são vizinhas. A idéia de que alguns transtornos sexuais, notadamente a hipersexualidade, sejam de natureza obsessivo-compulsiva tem surgido mais recentemente na literatura médica.

Vários transtornos caracterizados por comportamentos repetitivos e impulsivos, particularmente compras compulsivas, cleptomania e jogo patológico se colocam junto ao TOC atualmente (Veja Espectro Obsessivo-Compulsivo). Alguns desses Transtornos do Controle dos Impulsos, notadamente a Tricotilomania (arrancar pelos, cabelos) e a Onicofagia (roer unhas), como o próprio TOC, respondem bem a um inibidor da recaptação de serotonina, e não a um inibidor da recaptação da noradrenalina.

Muito embora 15% dos portadores de Comportamento Sexual Compulsivo possam ser portadores de Transtorno Obsessivo-Compulsivo da Personalidade (como veremos adiante), parece que a hiperatividade sexual e o TOC são, de fato, condições psiquiátricas diferentes. Uma das diferenças de morbidade entre o Comportamento Sexual Compulsivo e o Transtorno Obsessivo-Compulsivo seria o fato de, no TOC, os sintomas sexuais costumam, tipicamente, provocar ansiedade, nesse caso, causando algum tipo de sofrimento ao paciente, portanto, chamados comportamento e/ou sentimento egodistônico.
No Comportamento Sexual Compulsivo, por outro lado, mais freqüente é que os sintomas hipersexuais possam ser agradáveis ao paciente, portanto, egosincrônico. Levado esse fato ao pé da letra e, obedecendo recomendações do CID.10 sobre excluir do patológico aquilo que não faz sofrer a pessoa ou seu entorno, então não estaríamos autorizados a considerar um transtorno uma variação do comportamento humano.

Outra diferença é que, no TOC, invariavelmente o paciente tenta neutralizar os pensamentos intrusivos (obsessivos) com toda sua força, mas no Comportamento Sexual Compulsivo o paciente costuma dar várias explicações para seus pensamentos e seu comportamento “assanhado”, principalmente quando são estimulados por uma cultura que glorifica a performance sexual como a nossa.

O que confunde esses dois conceitos (TOC e CSC) é que, em grande número de pacientes com TOC, existem idéias obsessivas também de conotação sexual. Nesses casos, os sintomas hipersexuais respondem relativamente bem ao tratamento com ISRSs (antidepressivos), mas a hipersexualidade do Comportamento Sexual Compulsivo não.

Comportamento Sexual Compulsivo e outros transtornos emocionais

Carnes relatou, a partir de uma pesquisa com quase 1.000 pessoas internadas para tratamento por adicção ao sexo tinham, concomitantemente, outras adicções (veja tabela abaixo). Mais tarde, Carnes e Delmonico relataram números semelhantes numa pesquisa com 290 adictos ao sexo em recuperação. Em outro estudo, 70% dos adictos a cocaína que entraram num programa de tratamento sem internação relataram ter adição ao sexo.

Concomitância Comportamento Sexual Compulsivo

e Outras Adicções

 

Outra Adicção                                                           Carnes        Delmonico

Dependência Química                                              42%              39%

Transtorno Alimentar                                              38%              36%

Trabalhadores Compulsivos                                 28%              28%

Gastadores Compulsivos                                        26%              23%

Jogadores Compulsivos                                           5%                 4%

 

Comportamento Sexual Compulsivo e Transtornos de Personalidade

Black e cols. Os investigadores avaliaram os participantes quanto aos trans­tornos de personalidade usando critérios definidos no DSM.III.R, bem como outros métodos. Quando foi usada a Entrevista Estruturada para Transtornos de Personalidade do DSM-III-R, 83% satisfizeram os critérios para pelo menos um transtorno de personalidade, enquanto 82% satisfizeram os critérios para pelo menos um transtorno de personalidade usando uma versão revisada do Personality Diagnostic Questionnaire. Por meio de um consenso de ambos os instrumentos, os participantes satisfaziam os critérios para pelo menos um transtorno de personalidade, mais comumente os transtornos eram dos tipos histriônico (21%), paranóide (15%) e obsessivo-compulsivo (15%). (Fonte:Neuropsiconews)

A compulsão sexual, para alguns especialistas, é um transtorno obsessivo compulsivo; para outros é dependência, como a de drogas e jogo. Na tentativa de traçar um perfil mais adequado dos pacientes com compulsão sexual, o responsável pelo Ambulatório de Tratamento do Sexo Patológico da Unifesp fez uma pesquisa com 24 pessoas atendidas no serviço. 

Apesar de uma amostra pequena, os dados são relevantes, já que estudos nesse campo não são freqüentes. O estudo aponta alto grau de instrução entre os pacientes, predominância masculina e resistência ao tratamento. 41% dos analisados têm parceiro fixo - e a média de parceiros sexuais de cada um é de 161 pessoas. Os analisados apontaram como áreas mais prejudicadas a profissional (60%), a pessoal (45%) e a familiar (16%). Fonte: Jornal do CREMESP - no. 187

O termo hipererosia já nos leva à idéia de que pode ser um comportamento desejado e positivo, apenas um excesso de erotismo de uma determinada pessoa.

As pessoas que sentem uma necessidade sexual maior podem estar incluídas nesta denominação, mas nem sempre... O que pressupõe e que permite chamar de comportamento sexual compulsivo depende de características de personalidade específicas.

São pessoas que:
- tem pensamentos ou atos compulsivos recorrentes;

- tem pensamentos obsessivos - idéias, imagens ou impulsos que entram na mente do indivíduo repetidamente de uma forma estereotipada, são angustiantes (violentos, repugnantes ou obscenos), sem sentido e a pessoa não consegue resistir a eles.

São reconhecidos como próprios e pessoais.

- tem atos ou rituais - comportamentos estereotipados, que se repetem muitas vezes, não são agradáveis e são vistos como preventivos de algo improvável.

- estas manifestações ocorrem em conjunto com ansiedade e depressão.

Estas características podem variar e dependem de quanto a pessoa está envolvida com seus pensamentos automáticos e quanto seus processos de pensamento estão desenvolvidos, destruindo e prejudicando os relacionamentos cotidianos. 

Foram realizados relativamente poucos estudos da psicobiologia da hipersexualidade. Todavia, a literatura realmente sugere a possibilidade de uma neurobiologia para a hipersexualidade. São apresentados três casos de comportamento hipersexual no contexto de transtornos neuropsiquiátricos, fazendo-se revisão breve da literatura sobre este fenômeno. Esses estudos de casos e a literatura proporcionam evidências de que diferentes sistemas cerebrais podem desempenhar um papel neste trans­torno. Lesões frontais podem ser acompanhadas por desinibição, inclusive resposta hipersexual impulsiva a sugestões externas, enquanto as lesões estriatais podem ser acompanhadas por desencadeamento repetitivo de padrões de resposta gerados internamente. Lesões límbicas temporais podem ser acompanhadas por desequilíbrios do próprio apetite sexual, inclusive alteração do direcionamento do impulso sexual. Esses estudos de casos demonstram que uma neurobiologia da hiper­sexualidade pode provar ter um certo valor heurístico na clínica. No entanto, são necessárias mais pesquisas para consolidar a literatura nesta área. Fonte NeuroPsicoNews .

 

TOC e Tourette: Astoc/PE promove primeiro encontro de 2012 aberto ao público em geral

 

 

Transtorno obsessivo-compulsivo nasce da ansiedade exacerbada. Bom saber que é possível controlar os sintomas (Fotos: Chico Porto / JC Imagem)

A Associação Brasileira de Síndrome de Tourette, Tiques e Transtorno Obsessivo-Compulsivo/Regional Pernambuco (Astoc/PE) promove amanhã (3/2), às 17h, a primeira reunião de 2012.

O encontro é destinado a quem convive com a síndrome de Tourette, tiques e transtorno obsessivo-compulsivo (mais conhecido como TOC). Com entrada gratuita e aberto ao público em geral, o evento será no 1º andar (ambulatório da psiquiatria) do Hospital Universitário Oswaldo Cruz, que fica no bairro de Santo Amaro.

Vale lembrar que o bate-papo entre os pacientes não substitui os tratamentos medicamentoso e psicoterápico seguidos por cada pessoa.

Um dos organizadores do grupo, que prefere não ser identificado, assegura que os participantes sempre sentem os benefícios que esses encontros trazem. “Não se trata de uma terapia, como todos bem sabem. O calor humano e o apoio vivido em nossas reuniões, no entanto, servem de consolo e até de ‘alimento’ para que nos fortaleçamos até a próxima conversa”, diz.

Ele ainda destaca por que a presença de cada pessoa que convive com TOC é importante. “Mesmo no seu silêncio, venha se doar um pouco para os seus irmãos que também têm TOC. Você só vai ganhar com isso”, conclui.

 

Saiba mais sobre TOC

 

É um transtorno que pode se apresentar através de uma grande variedade de sintomas. Discute-se, inclusive, se ele constitui um único distúrbio ou um grupo de transtornos.

Preocupar-se excessivamente com limpeza (a ponto de essa inquietação atrapalhar as atividades sociais e profissionais), lavar as mãos a todo o momento, tomar banhos muito demorados, não sentar no sofá com roupas que usou na rua, revisar portas ou o gás antes de deitar, por diversas vezes, pode ser sinais de TOC, especialmente quando esses quadros são associados ao medo de que algo de muito ruim possa acontecer caso as “manias” não sejam executadas.

Considerado raro até há pouco tempo, sabe-se hoje que o TOC é um transtorno mental bastante comum, acometendo quase 3% das pessoas ao longo da vida – ou aproximadamente um em cada 40 a 60 indivíduos. No Brasil, é provável que existam cerca de 4 milhões de portadores.

Muitas dessas pessoas, embora tenham suas vidas gravemente comprometidas, nunca foram diagnosticadas e tampouco tratadas, e talvez a maioria desconheça o fato de esses sintomas constituírem uma doença.

Os portadores que buscam tratamento geralmente o fazem depois de muitos anos após o início dos sintomas, perdendo muito tempo de suas vidas fazendo rituais, além de suportarem o desconforto e o sofrimento quase permanentes que os atormentam.

 

 

TOURETTE

 

Em algumas situações, observamos pessoas fazendo gestos, movimentos ou barulhos que nos parecem esquisitos e sem propósito. Eles podem aparecer como parte do comportamento normal ou como algo estranho, às vezes até bizarro.

Ocorrem de forma súbita e repetitiva e têm duração curta, na maioria das vezes de apenas alguns segundos. Podem variar em intensidade e força e ocorrer em salvas ou com pequenos intervalos de tempo. Movimentos com essas características são chamados de tiques.

Quando tiques ocorrem com uma determinada frequência (critérios abordados adiante), incomodam, trazem sofrimento ou têm impacto socioemocional na vida de uma pessoa, diz-se que esta tem um transtorno de tiques que merece ser tratado.

 

TIQUES E SÍNDROME DE TOURETTE

 

O que são Tiques?

De acordo com o DSM-IV, tiques são movimentos involuntários, súbitos, rápidos, recorrentes, não rítmicos e estereotipados. Aparecem também na forma de vocalizações (barulhos). Ocorrem de forma contínua ou em acessos. Às vezes são precedidos por uma sensação desconfortável, chamada de sensação premonitória e frequentemente seguidos por uma sensação de alívio. Geralmente desaparecem durante o sono e diminuem quando da ingestão de álcool e durante atividades que exijam concentração. Ao contrário, são exacerbados pelo estresse, fadiga, ansiedade e excitação. Podem ser suprimidos pela vontade, mas ao custo de elevada tensão emocional.

Os tiques complexos podem organizar-se e serem ritualizados, o que os torna, às vezes, difíceis de diferenciar das compulsões, que seriam precedidas de fenômenos cognitivos (idéias) e acompanhados de sinais autonômicos (ansiedade, palpitações, tremores, sudorese), enquanto que os tiques são geralmente precedidos de fenômenos sensoriais (sensações premonitórias) sendo seguidos de alívio.

Tabela 1 – Classificação dos Tiques – exemplificação dos tipos mais frequentes

 

Exemplos de Tiques Adaptado de Hanna (1995)

 

Tiques Simples

Tiques Complexos

 

 

 

 

Piscamento dos olhos; Eye Jerking (des-

Gestos faciais; estiramento da língua; manutenção de certos olhares;

 

vios do globo ocular); caretas faciais;

gestos das mãos; bater palmas; atirar ou jogar; empurrar, tocar a face;

M

movimentos de torção do nariz e boca;

movimentos de "arrumação"; pular, bater o pé; agachar-se; saltitar;

O

estalar a mandíbula; trincar os dentes;

dobrar-se; rodopiar ou rodar ao andar; girar; retorcer-se; posturas

T

levantar dos ombros; movimentos dos

distônicas; desvios oculares (rodar os olhos para cima ou para os la-

O

dedos das mãos; chutes; tensão abdo-

dos); lamber mãos, dedos ou objetos; tocar,bater em ou checar partes

R

minal ou de outras partes do corpo;

do corpo, outras pessoas ou objetos; beijar; arrumar; beliscar; escre-

E

sacudidelas de cabeça, pescoço ou

ver a mesma letra ou palavra; retroceder sobre os próprios passos;

S

outras partes do corpo.

Movimentos lentificados ou inibição; bater com a cabeça; morder a bo-

 

 

ca, os lábios ou outra parte do corpo; "cutucar" feridas ou os olhos;

 

 

ecopraxia e copropraxia.

 

 

 

V

Coçar a garganta; fungar; cuspir; esta-

Proferição súbita de sílabas inapropriadas, palavras - "ôps", "êpa", fra-

O

lar a língua ou a mandíbula; cacarejar,

ses curtas e complexas incluindo palilalia, coprolalia e ecolalia. Outras

C

roncar, chiar, latir, apitar, gritar, grunhir,

anormalidades da fala como bloqueio da fala.

A

gorgolejar, gemer, uivar, assobiar, zum-

 

I

bir, sorver e inúmeros outros sons.

 

S

 

 

 

O que é a Síndrome de Tourette?

É uma síndrome em que aparecem tanto tiques motores como vocais, não necessariamente ao mesmo tempo. Os tiques geralmente aparecem por volta dos sete anos, variando dos 2 aos 15 anos. Em geral, apresentam-se na forma de tiques motores simples, como piscadelas dos olhos. O início das vocalizações ocorre posteriormente ao dos tiques motores, na idade média de 11 anos, frequentemente na forma de pigarro, fungadelas, tosse, exclamações coloquiais entre outras. Em alguns casos os tiques vocais são os primeiros sintomas a surgir. A coprolalia, emissão involuntária de palavras obscenas (palavrões) é encontrada em menos de um terço dos casos. Talvez haja alguma influência cultural, já que é encontrada seis vezes mais na Dinamarca do que no Japão. A copropraxia (gestos obscenos involuntários) é encontrada entre 1 e 21% dos casos. A ecolalia (repetir palavras ouvidas) e ecopraxia (repetir gestos vistos) e a palilalia (repetir as próprias palavras) são encontradas em menos da metade dos casos. Estima-se que um terço dos pacientes apresente remissão completa ao final da adolescência, outro apresente melhora dos tiques e o restante continue sintomático durante a vida adulta. Remissões espontâneas foram relatadas em 3 a 5% dos casos.

A intensidade dos tiques é variável, desde quase imperceptíveis, como um leve levantar de ombros, até tiques aparatosos como saltos ou fortes latidos. As vezes são “camuflados” em atitudes corriqueiras como por exemplo, afastar o cabelo do rosto, ajeitar a roupa e são reconhecidos pelo seu caráter repetitivo. Após a instalação do quadro, os sintomas passam a apresentar flutuação na intensidade, principalmente na adolescência. Uma série de comportamentos se associam à ST, como o hiperativo, o automutilatório, distúrbios de conduta e de aprendizado, além dos sintomas obsessivo compulsivos (SOC). Alguns autores observaram que mais de 40% dos pacientes com a ST apresentavam TOC. Aproximadamente 90% dos portadores da ST tem sintomas obsessivos.

 

O que causa a Síndrome?

A causa da ST permanece desconhecida. Sabemos da influência de fatores genéticos, neurobiológicos entre outros. Diversas linhas de pesquisa sobre o tema. Abaixo estão listados uma série de achados sobre o tema:

  • Os estudos com gêmeos e famílias tem fornecido evidências de que há uma transmissão genética da vulnerabilidade à ST. A taxa de concordância para a ST entre gêmeos monozigóticos é maior que 50%, enquanto que, para os dizigóticos, é cerca de 10%.
  • Os resultados dos estudos que tentam estabelecer uma relação entre eventos perinatais (relacionados ao parto e nascimento) adversos e a ST são conflitantes. Dois estudos não conseguiram verificar essa associação, enquanto outros encontraram 1,5 vezes mais complicações durante a gestação de mães de crianças com tiques quando comparadas a controles normais.
  • Os tiques apresentam piora diante de eventos estressantes, não necessariamente desagradáveis. Há associação entre o conteúdo dos tiques, seu início e os eventos marcantes na vida das crianças portadoras de ST. Assim, não se devem negligenciar os fatores psicológicos no curso do transtorno.
  • Um grupo de pesquisadores encontrou, em estudos com Ressonância Magnética Cerebral, diferenças estruturais nos gânglios da base e no corpo caloso de portadores da ST.
  • Estudos com Tomografias de emissão (PET e SPECT) revelam, em geral, hipometabolismo e hipoperfusão em regiões do córtex frontal e temporal, no cíngulo estriado e tálamo.
  • Tais achados sugerem alterações no circuito córtico-estriado-talâmico.
  • Os estudos sobre um possível substrato neuroquímico na ST são também conflitantes.
  • A principal hipótese estudada envolve uma hiperatividade dopaminérgica, visto que os neurolépticos, antagonistas da dopamina, geralmente promovem uma grande redução dos tiques.
  • Na mesma linha de raciocínio, os estimulantes como o metilfenidato, a cocaína, a pemolina e a L-dopa causam exacerbação dos tiques.
  • A elevada incidência de ST e tiques no sexo masculino levanta a hipótese de que estejam relacionados à exposição do Sistema Nervoso Central a altos níveis de testosterona e/ou outros hormônios masculinos.
  • Há relatos de casos que envolvem esteróides androgênicos na exacerbação de sintomas da ST entre fisiculturistas que abusam destas substâncias.
  • Há um relato de flutuações dos tiques na ST relacionadas ao ciclo menstrual, com exacerbação na fase pré-menstrual.
  • A presença de anormalidades no Eletroencefalograma (EEG) de pacientes com ST é controvertida.
  • Os achados são insignificantes, não se justificando o uso do EEG na investigação rotineira da ST. As anormalidades encontradas são inespecíficas e não há evidências de atividade paroxística diretamente relacionada aos tiques.
  • Alguns autores sugerem a possibilidade de que tiques, alguns transtornos do movimento, sintomas obsessivo-compulsivos e hiperatividade, possam estar relacionados à presença de anticorpos antineurais (contra o cérebro) decorrentes de infecções estreptocócicas.
  • De fato, algumas pessoas começam a apresentar ou pioram de seus tiques depois de terem infecções de garganta.
  • Entretanto, ainda não é rotina tratar os tiques com antibióticos, seja de forma curativa, seja de forma profilática.

Como são tratados os Tiques e a Síndrome de Tourette?

O tratamento da ST consiste em duas abordagens associadas: o tratamento psicossocial e o farmacológico.

Antes de inicia-lo, deve-se fazer uma avaliação dos tiques quanto à localização, freqüência, intensidade, complexidade, e interferência na vida diária.

 O ambiente escolar, familiar, os relacionamentos, os fenômenos associados devem ser investigados e analisados. Faz-se necessário um julgamento criterioso quanto à necessidade de medicação.

Até o presente momento, não há tratamento curativo, sendo o medicamento útil no alívio dos sintomas.

A filosofia do tratamento é conservadora para evitar a medicação desnecessária, utilizando-a sempre nas menores doses possíveis. Apenas 60% dos portadores requerem medicação supressiva de tiques. O tratamento psicológico inclui orientação aos pais e familiares, àqueles que convivem com a criança, como seus educadores. É importante fornecer informações a respeito da doença, suas características e o modo de lidar com o doente. Deve-se cuidar para que ocorra o mínimo de estigmatização. Evitar atitudes superprotetoras que favoreçam a manipulação da doença por parte da criança.

Quando necessário deve-se indicar psicoterapia. Há relatos de casos tratados com psicoterapia comportamental, embora, em geral, tenha valor limitado. A psicoterapia dirigida ao insight tem sua importância na medida em que estabelece conexões entre os sintomas e os conflitos psíquicos subjacentes, facilitando o seu entendimento e manejo.

Uma técnica dentro da Terapia Comportamental, chamada Reversão de Hábito, tem sido utilizada com sucesso no controle dos tiques. A técnica consiste basicamente em aprender a perceber quando os tiques vão ocorrer para então tentar suprimi-los ou modifica-los.

Por exemplo, um tique desagradável e que cause embaraço como acenar para pessoas desconhecidas, pode ir sendo modelado, com esforço e treino, para um comportamento mais aceitável ou imperceptível como passar a mão no cabelo ou no corpo.

 

Onde Procurar Assistência

Em maio de 1996 foi criada a ASTOC - Associação Brasileira de Síndrome de Tourette, Tiques e Transtorno Obsessivo Compulsivo. Trata-se de uma organização voluntária nacional, que oferece orientação quanto ao diagnóstico e tratamento do TOC e da ST, além de desenvolver várias atividades dirigidas aos seus associados, como palestras, grupos de ajuda, distribuição de material educativo e cadastramento de profissionais interessados em atender pacientes com este tipo de patologia. Para um primeiro contato com a ASTOC, os interessados podem ligar para (11) 3541-2294 ou pelo e-mail : astoc@astoc.org.br

 

Tique ou TOC?

 

Morder os lábios, balançar pés e pernas sem parar, lavar as mãos toda hora, ficar rabiscando uma folha de papel, enrolar os cabelos. Que manias são essas? Segundo a Dra. Mara Maranhão, psiquiatra do Einstein, tanto os tiques quanto os TOC’s fazem parte de um transtorno relacionado ao controle de impulsos.

 

É muito comum a associação dos dois. “Apesar de diferentes, possuem o mesmo substrato neurobiológico. Existe um subtipo de TOC, por exemplo, que está associado a tiques. Logo, eles costumam andar juntos”, explica a médica.

O conceito de transtorno é algo que traz algum tipo de prejuízo à vida da pessoa – social, pessoal, profissional –, em que ela não consegue mudar o comportamento, não consegue resistir ao impulso, mesmo tendo consciência do seu ato.

“Contudo, existem outros movimentos incorporados que podem ser considerados hábitos. Quem ajeita os óculos sobre o nariz para que não caiam desenvolveu um hábito e não um tique”, explica a médica.

 

 

O que é TOC?

 

É uma doença psiquiátrica que está classificada dentro dos transtornos de ansiedade, e que se caracteriza pela presença de obsessões e/ou compulsões. As obsessões são eventos mentais, como pensamentos, imagens, impulsos que são vistos pela pessoa como intrusivos, e são facilmente reconhecidas, mas não controladas. Já as compulsões são comportamentos de respostas às obsessões, são feitos para diminuir as sensações de desconforto causadas por elas.

De acordo com dados da Harvard Medical School, cerca de 4% da população mundial sofre deste transtorno. Embora grande parte dos pacientes sofra anos antes de buscar ajuda especializada, os sintomas podem surgir em qualquer fase da vida.

Os tipos de TOC mais comuns, segundo a Dra. Mara Maranhão, são os de checagem (ver se portas e janelas estão trancadas) e o de limpeza, que é precedido pela obsessão de contaminação, em que a pessoa tem tanto medo de se contaminar e ter alguma doença que não consegue conter o impulso de se lavar.

“Existem pessoas que não conseguem mais sair de casa pelo número de vezes em que ficam checando as coisas”, diz a psiquiatra.

Outro tipo de TOC, e bem menos comum, é o de baixo insight, em que a pessoa faz alguma coisa para aliviar um desconforto, mas não sabe por que exatamente está fazendo aquilo.

“É importante ficar atento, para não confundir, aos sintomas que podem parecer um transtorno obsessivo, mas ainda não o são, por não apresentarem nenhum prejuízo ao indivíduo. É o caso do SOC – Sintoma Obsessivo Compulsivo, em que o indivíduo apresenta, em determinado momento da sua vida, algumas características do TOC, mas sem que isso interfira ao longo de sua vida”, explica a Dra. Mara Maranhão.

 

O que é Tique?

 

O tique é um transtorno do movimento de um ou mais grupos musculares e que se caracterizam por movimentos repetitivos, estereotipados (ou seja, não possuem nenhum significado concreto, e podem ser parcialmente suprimidos pela vontade (se o indivíduo se concentrar, ele consegue parar de fazer o movimento por um curto período de tempo).

São movimentos irresistíveis, em que a pessoa não tem controle dos seus impulsos. São conhecidos popularmente como tique nervoso, porque podem ser exacerbados em períodos de mais ansiedade. Iniciam geralmente na adolescência e, algumas vezes, na infância.

 

 

Classificação dos tiques

 

Os tiques podem ser divididos em motores, vocais, simples e complexos.

 

  • Tiques motores simples: contrações repetitivas e rápidas de grupos musculares de função semelhante - piscar os olhos, contrair o pescoço, encolher os ombros, fazer careta.

 

  • Tiques motores complexos: se assemelham a rituais e incluem comportamentos de arrumação, cheirar objetos, saltar, ecopraxia (imitação de comportamento observado em outra pessoa), copropraxia (exibição de gestos obscenos), tricotilomania (mania de arrancar e até comer cabelos) e skin picking (mania de arranhar, chegando até a ferir, a pele).

 

  • Tiques vocais simples: contração repetitiva de músculos do aparelho respiratório/fonador, e os mais comuns são: tossir, pigarrear, grunhir, fungar, espirrar ou latir.
  • Tiques vocais complexos incluem repetir palavras ou frases fora de contexto, coprolalia (uso de palavras ou frases obscenas, uma das características da Síndrome de Tourette), palilalia (repetição das próprias palavras) ou ecolalia (repetição da última palavra dita por outra pessoa).

 

Diagnóstico

 

“Ainda há muito a ser estudado”, afirma a Dra. Mara Maranhão. “Mas como em qualquer problema psiquiátrico, a etiologia desses dois tipos de transtornos é multifatorial. O componente genético se faz presente, já que é comum perceber este problema em pessoas de uma mesma família. Outra teoria que também está sendo estudada é a do aparecimento dos sintomas de transtorno após infecções por estreptococos”, explica a médica.

Situações de estresse, fatores neurobioquímicos, alterações hormonais durante a gravidez ou após o parto são outras situações que também podem contribuir para desencadear estes tipos de transtornos.

 

 

Problemas sociais: uma verdadeira bola de neve

 

Todo e qualquer transtorno psiquiátrico pode afastar a pessoa da sociedade, acarretando ainda mais tristezas, que pioram o quadro do paciente.

Segundo a psiquiatra, a pessoa tem consciência de que aquilo que ela faz é estranho para os outros, mas para ela é um ato irresistível. Ela pode se isolar progressivamente do mundo e isso agrava seu sentimento de inadequação, eleva o seu grau de estresse, podendo também agravar os sintomas da sua doença.

“Muitas vezes, ter um tique nervoso adquire para o indivíduo uma conotação ruim, de não ser capaz de controlar suas emoções e sentimentos, desenvolvendo maneiras alternativas de lidar com os problemas, dando origem aos cacoetes ou às obsessões”, explica a médica.

 

Tratamento

 

Não podemos falar de cura nestes casos porque são problemas crônicos e muitas vezes recorrentes. Em períodos de mais estresse, os sintomas, mesmo depois de tratados, tendem a voltar.

O prognóstico desses pacientes é variável, sendo que alguns necessitam de tratamento por tempo indefinido, enquanto outros conseguem permanecer estáveis mesmo após a retirada da medicação.

De acordo com a psiquiatra, o tratamento de primeira linha para o Transtorno Obsessivo Compulsivo são os antidepressivos. E para os quadros que não respondem somente com antidepressivos, são, então, associados os neurolépticos (antipisicóticos, ou seja, medicamentos bloqueadores da ação da dopamina no cérebro). Já para os tiques, o tratamento mais eficaz é feito com os neurolépticos.

“A terapia cognitivo comportamental – um modelo de terapia estruturada, com técnicas específicas, e que tem como foco o problema apresentado no momento – também é muito eficaz no tratamento desses transtornos, podendo o sucesso ser maior quando acompanhada do tratamento farmacológico”, finaliza a Dra. Mara Maranhão.

 

 

O que é transtorno obsessivo compulsivo ?

 

É uma doença em que o indivíduo apresenta obsessões e compulsões, ou seja, sofre de ideias e/ou comportamentos que podem parecer absurdos ou ridículos para a própria pessoa e para os outros e mesmo assim são incontroláveis, repetitivas e persistentes. A pessoa é dominada por pensamentos desagradáveis de natureza sexual, religiosa, agressiva entre outros, que são difíceis de afastar de sua mente, parecem sem sentido e são aliviados temporariamente por determinados comportamentos.

As obsessões são pensamentos recorrentes caracterizados por serem desagradáveis, repulsivos e contrários à índole do paciente.

Tais pensamentos não são controláveis pelos próprios pacientes e causam significativa perda de tempo, sofrimento pessoal e queda no rendimento em atividades.

Há perda do controle sobre os pensamentos, e às vezes ocorrem atitudes ou comportamentos que visam neutralizar a ansiedade causada por tais pensamentos.

Assim, compulsões podem ocorrer secundariamente às obsessões.

As compulsões são comportamentos, gestos, rituais ou atitudes muitas vezes iguais e repetitivas, conscientes e quase sempre incontroláveis.

Os pacientes mantêm a crítica sobre suas atitudes, percebem o fato como absurdo e não sabem ou não entendem o que está acontecendo.

Têm medo de ficar loucos e sentem vergonha de contar a outras pessoas, ou até mesmo a um médico o que está acontecendo.

Acomete 2 a 3% da população geral.

A idade média de início costuma ser por volta dos 20 anos, porém pode ter início ainda na infância, e acomete tanto homens como mulheres. Depressão Maior e Fobia Social são doenças que podem acometer os pacientes com Transtorno Obsessivo-Compulsivo ao longo da vida.

 

 

Os tipos mais comuns de obssessão

 

Os tipos de obssessão são variáveis, mas os mais comus envolvem os seguintes temas: contaminação, sujeira, dúvidas, agredir física ou verbalmente alguém, ter um comportamento sexual que a pessoa considera inadequado,religiosos(cometer pecados), superstição,músicas ou palavras indesejáveis.

 

 

Quais são os sintomas?

 

Frequentemente as pessoas acometidas por este transtorno escondem de amigos e familiares essas ideias e comportamentos, tanto por vergonha quanto por terem noção do absurdo das exigências auto-impostas. Muitas vezes desconhecem que esses problemas fazem parte de um quadro psiquiátrico tratável e cada vez mais responsivo à medicamentos específicos e à psicoterapia.

 

As obsessões tendem a aumentar a ansiedade da pessoa ao passo que a execução de compulsões a reduz.

 

Porém, se uma pessoa resiste a realização de uma compulsão ou é impedida de fazê-la surge intensa ansiedade.

 

A pessoa percebe que a obsessão é irracional e a reconhece como um produto de sua mente, experimentando tanto a obsessão quanto a compulsão como algo fora de seu controle e desejo, o que causa muito sofrimento. Pode ser um problema incapacitante porque as obsessões podem consumir tempo (muitas horas do dia) e interferirem significativamente na rotina normal do indivíduo, no seu trabalho, em atividades sociais ou relacionamentos com amigos e familiares.

 

 Algumas vezes os sintomas obsessivos, dependendo da severidade, podem se confundir com sintomas psicóticos e delirantes, ou estarem associados a eles, o que torna o tratamento ainda mais difícil.

 

 

O portador de TOC e a família

 

O TOC é um transtorno cujos sintomas, em geral, têm um forte impacto sobre a família, interferindo nos momentos de lazer ou férias, nos compromissos sociais e no trabalho. Para evitar conflitos, os membros da família acabam se acomodando aos sintomas e às exigências do paciente e até mesmo apoiando a realização dos rituais e os comportamentos evitativos. Tal acomodação, em geral, é feita com um sentimento de raiva e frustração, que frequentemente é exteriorizado sob a forma de discussões irritadas, brigas e até agressões físicas.

Conflitos conjugais que podem evoluir para uma separação são muito comuns.  Uma pesquisa verificou que mais de 40% dos familiares de pacientes com TOC haviam modificado suas rotinas. No caso de o paciente ser o esposo, 88,2% das esposas tinham se acomodado aos sintomas. O grau de acomodação é maior especialmente no caso de sintomas graves e diante de outros conflitos entre os membros da família. Por todos esses motivos muitos consideram o TOC uma

doença familiar, tal o impacto que ele exerce sobre todo o grupo.

Um outro aspecto muito interessante que a ciência está procurando esclarecer é se existe ou não alguma herança genética e de que forma ela se dá, no TOC, pois é muito comum que existam várias pessoas apresentando os sintomas, numa mesma família. Não se sabe se isso ocorre por força de herança genética ou da  influência que um membro podem ter sobre os outros – a chamada aprendizagem social.

O presente capítulo pretende trazer algumas informações sobre o a influência dos sintomas obsessivo-compulsivos sobre os demais membros da família e ao mesmo tempo discutir as atitudes que podem auxiliar o paciente a vencê-los ou que eventualmente favorecem a perpetuação do transtorno.

 

 

Interferencia dos Sintomas no Funcionamento Familiar

 

Certos sintomas em particular, interferem de uma forma mais acentuada no  funcionamento da família. Por exemplo, os armazenadores geralmente se sentem bem ao lado das coisas que juntam, mesmo que a casa esteja completamente atravancada de objetos sem nenhuma utilidade. Sentem extremo desconforto ou raiva como se fosse uma violação da sua privacidade caso algum dos seus objetos tenha sido tocado ou trocado de lugar por outra pessoa que não seja eles

mesmos. Muitas vezes existem dificuldades até para convidar outras pessoas a visitar a casa e são comuns os conflitos se alguém põe algo no lixo sem o seu consentimento. Eles têm uma grande necessidade de ter o controle dos seus objetos, protegendo-os de eventuais danos ou do uso indevido e principalmente do extravio. Da mesma forma, os que apresentam obsessões de contaminação e rituais de lavagem, com muita frequência impõe aos demais seus rituais de limpeza e de isolamento, aos quais a família se submete como forma de evitar conflitos eventualmente graves. No entanto, a maioria dos familiares não acredita

que essas acomodações contribuam para a melhora do paciente.

Em geral, os familiares compartilham do sofrimento e da aflição do paciente e acabam sofrendo da mesma forma. Por não tolerarem a impotência sentida ao assistir a um ente querido se debatendo, prisioneiro de rituais exaustivos e intermináveis, apoiam sua realização, atendem suas demandas, uma vez que isso proporciona alívio imediato. Entretanto, não se dão conta de que, com esse procedimento, eles estão reforçando o transtorno. Uma pesquisa verificou que aproximadamente um terço dos familiares frequentemente apoiava os pacientes, participava dos rituais e assumia responsabilidades por eles.

 

 

Influência da Família no Tratamento

 

Se por um lado, o paciente, muitas vezes, induz a família a alterar seus

hábitos (mesmo sem percebê-lo), por outro, conflitos familiares podem agravar os  sintomas do TOC. É comum que os sintomas sejam mais intensos em casa e diminuam em outros lugares ou ambientes, como durante viagens, por exemplo. Uma paciente apresentava os sintomas apenas quando estava na casa dos pais. Quando viajava para uma outra cidade, praticamente desapareciam. Apagava e acendia várias vezes lâmpadas, televisor, e outros eletrodomésticos. Tinha uma relação conflituada com sua mãe, uma pessoa muito exigente e crítica. Sempre

que ocorria uma discussão tais sintomas se exacerbavam.

Acredita-se que as atitudes da família em relação aos sintomas (hostilidade, criticismo, rejeição ou apoio e tolerância) interferem nos resultados do tratamento. Os familiares tanto podem encorajar na busca de ajuda como desestimulá-la em razão de desacreditarem em possíveis mudanças. Podem influenciar na adesão às tarefas, ou em razão do criticismo exagerado, provocar até abandonos. Não éraro o abandono do tratamento depois de uma discussão ou briga mais acalorada em casa.

 

Como se faz o diagnóstico?

 

O diagnóstico é clínico, ou seja, baseado nos sintomas do paciente. Nenhum exame laboratorial ou de imagem é utilizado para o diagnóstico.

 

 

Esclarecendo dúvidas sobre a  ( TCC) terapia cognitivo-comportamental

 

Finalmente, é interessante que os fundamentos e as características da terapia cognitivo-comportamental sejam esclarecidos também para a família. Em que pressupostos ela se baseia; que estudos embasaram a sua aplicação e comprovaram sua efetividade; o que acontece durante a terapia: o aumento inicial da ansiedade em razão dos exercícios, o fenômeno da habituação e o desaparecimento gradual dos sintomas. È importante ainda que sejam mencionados detalhes práticos, como o número e frequência das sessões, como são as sessões, os temas de casa, o planejamento das tarefas de exposição e de prevenção de rituais, as técnicas cognitivas e as perspectivas de melhora. Esses esclarecimentos que podem ser dados simultâneamente ao paciente e aos

familiares, sem dúvida são cruciais para a adesão do paciente ao tratamento, e para ter os últimos como aliados. É interessante lembrar que uma das estratégias utilizadas com pacientes graves é combinar tarefas a serem feitas com o auxílio de algum familiar.

Todas as sessões podem ser sistematicamente em conjunto (crianças,

pacientes graves). E algumas pesquisas verificaram que essa modalidade de terapia, chamada de multifamiliar, pode ser efetiva. Entrevistas com familiares também podem ser eventuais. É interessante realizar uma ou mais sessões no meio da terapia, ocasião em que os familiares podem dar o seu depoimento sobre o andamento dos exercícios, redução dos sintomas, ou impasses. Nesse último caso é conveniente combiná-las com antecedência, que sejam realizadas em acordo com o paciente e que não ocorram de improviso. É um excelente momento para discutir formas de cooperação e esclarecer dúvidas.

 

TOC: manias sem fim

Cerca de 4% da população mundial sofre de Transtorno Obsessivo Compulsivo. As manias são consideradas doença quando afetam a vida pessoal e profissional.

De seis a dezessete anos. Esse é o tempo médio que uma pessoa com Transtorno Obsessivo Compulsivo, conhecido como TOC, demora para procurar ajuda. Pior que isso: boa parte daqueles que têm o problema sofre em silêncio, com receio e vergonha de expor suas manias ou compulsões. Manias das mais variadas: tem gente que só sai de casa depois de desligar o gás ou trancar todas as portas; há aqueles que precisam dispor certos objetos simetricamente lado a lado, mesmo que a tarefa lhe tome um bom tempo; e há ainda os que têm pavor de ser contaminados por algum micro-organismo superpoderoso, por isso, lavam as mãos repetida e constantemente. Esses são apenas alguns exemplos. Em comum, todos sentem uma ansiedade atroz caso não executem determinada tarefa. É uma necessidade que se transforma em prisão – aliás, tem quem se isole em casa por conta da doença.

Segundo dados da Harvard Medical School, cerca de 4% da população mundial sofre do transtorno, que atinge homens e mulheres em igual proporção. E as manias são consideradas doença quando passam a afetar a vida pessoal e profissional. Dá para imaginar o quão complicada fica a convivência com alguém que passa horas a fio tomando banho; que precisa passar centenas de vezes ao dia pela porta do seu quarto ou que tem a necessidade de limpar compulsivamente as maçanetas da casa. Vale saber: um artigo publicado no Journal of the American College of Cadiology revelou que a exposição crônica a tamanha ansiedade e a outros sentimentos a ela associados, como o medo, aumenta de 30% a 40% o risco de infarto.

O transtorno limita a vida e gera tanta ansiedade que pode até fazer mal para o coração.

Apesar de a ciência estudar os motivos pelos quais alguém desenvolve o TOC, ainda não há uma causa estabelecida. Acredita-se apenas que são vários os fatores que levam à doença. Por exemplo, a hereditariedade tem peso nisso, já que é comum encontrar pessoas de uma mesma família com o problema. Situações de estresse, fatores neurobioquímicos, infecção por estreptococos, alterações hormonais durante a gravidez ou após o parto também podem contribuir para desencadear a doença. Sabe-se, no entanto, que até mesmo crianças podem desenvolver o transtorno. E que, se diagnosticadas e tratadas precocemente, o risco de recaídas diminui muito na fase adulta. Isso porque esse é um transtorno que demanda atenção durante toda a vida. É difícil falar em cura, mas, sim, em controle. O tratamento, aliás, é feito em duas frentes: por meio da terapia cognitiva comportamental e pelo uso de medicamentos que regulam a atividade de neurotransmissores, como serotonina, noradrenalina e dopamina, responsáveis, entre outras coisas, pela regulação do humor e também do apetite. A prática de uma atividade física também ajuda, já que auxilia na redução da ansiedade. Esse pacote de medidas tem um efeito libertador para a maior parte dos pacientes, já que podem, finalmente, experimentar a vida com menos amarras.

Manias

 

Manias ou rituais, como queiram chamar, são as compulsões que temos na tentativa de diminuir a ansiedade causada pela obsessão. E essa tentativa é bem sucedida por isso tendemos a continuar as ter compulsões como alívio das obsessões. Só não entendo porque minhas manias ou rituais vão mudando com o tempo. Não sei se isso acontece somente comigo ou com outros portadores de TOC também mas meus rituais foram mudando ao longo do tempo. Hoje, meu dia começa e eu vou ao banheiro lavar o rosto, tenho a mania de lavar duas vezes o rosto, colocar 4x água na boca e cuspir e depois lavar mais duas vezes o rosto. Que eu me lembre esse ritual me persegue faz tempo e o faço de forma tão automática que já não me causa mais angústia ao fazê-lo pois é algo que não me toma tempo, é sempre igual. Já depois de lavar o rosto eu preciso me trocar, escolher uma calça e vestí-la, uma camisa, meias e sapatos. O ritual para isso mudou muito com os anos, cada vez tenho uma mania diferente para me trocar. Antes eu tinha que pegar uma calça e se conseguisse pegá-la e não ter nenhum pensamento ruim eu vestia ela. Se no momento em que pegava a calça me viesse um pensamento ruim então eu não podia mais colocar aquela calça naquele dia senão eu achava que algo de ruim ia acontecer com quem eu amo. Aí eu tentava pegar outra calça sem vir um pensamento ruim e assim ia até conseguir. Conforme ia acabando a quantidade de calças disponíveis eu sabia que de alguma maneira teria que vestir uma, nem que fosse a última calça então parece que ao sobrar poucas calças ficava mais fácil. Com o tempo aperfeiçoei esse ritual e ia tocando em várias calças e tendo pensamentos ruins(de forma intencional) para que me sobrassse apenas 1 ou 2 opções aí só me restava vestir a calça que sobrou. Assim como eu aperfeiçoei esse ritual, o TOC também se aperfeiçoou e meu ritual mudou. Agora não bastava mais eu pegar a calça sem vir um pensamento ruim, eu tinha que pegar a calça e vestí-la sem vir nenhum pensamento ruim. Enquanto vc leva apenas 2 segundos para pegar uma calça é fácil não ter pensamentos ruins em 2 segundos mas para vestir uma calça, por mais rápido que vc seja vc vai levar uns 5 segundos e aí sim fica complicado vc tentar afastar os pensamentos ruins por 5 segundos. Agora eu já não podia mais sair tocando em várias calça para sobrarem apenas 1 ou 2, eu precisava de todas as opções de calças disponíveis pois ia descartando uma por uma a medida que tentava vestí-las e no meio do processo me vinha um pensamento ruim e me via obrigado a tirar a calça e escolher outra. Como o tempo esse ritual sofreu "mutações" e hoje o meu ritual para vestir a calça continua sendo ter que vestí-la sem vir um pensamento ruim mas quando eu "acho" que o pensamento ruim está vindo eu tiro correndo a calça e jogo na cama. Aí eu posso ter o pensamento ruim e depois tentar vestir novamente a calça. Bizarro não? Bom, se vc achou bizarro nem continue lendo pois esse foi apenas o 2o ritual do dia, ainda falta eu ralatar mais 317 rituais até o fim do meu dia.

Vestida a calça eu passo para a camisa que segue o mesmo padrão de ritual. Detalhe, depois que eu vesti a calça e a camisa evito tocá-las com as mãos pois se eu tocar e vier um pensamento ruim tenho que trocar. Então como passar desodorante sem tocar na camisa? Depois de muito sofrer aprendi a passar desodorante antes de vestir a camisa, simples não? :). O ritual para colocar as meias é do mesmo jeito mas não sei porque tenho mais dificuldade nessa tarefa e não vou ter vergonha de confessar que várias vezes peço à minha esposa para vestir as meias em mim. Sim, não posso tocar as meias com as mãos mas não há nenhum problema se elas tocarem qualquer outra parte do meu corpo.

Não tenho mania de simetria, nem de lavagem, nem medo de contaminação, pelo menos não a ponto de realizar rituais do tipo voltar varias vezes para verificar o gás, não tocar em maçanetas para não me contaminar, alinhar os sapatos, etc. Eu lavo sim várias vezes as mãos mas não porque acho que estão sujas mas sim toda vez que tenho um pensamento ruim com quem eu amo. Então quando tocava em uma calça e um pensamento ruim vinha à minha cabeça eu apenas molhava os dedos como se estivesse "lavando" essa ideia da minha cabeça e, depois de "limpo", eu podia pegar outra calça. Eu abro e fecho várias vezes a porta do meu carro mas não porque "acho" que deixei ela aberta e alguém vai roubá-lo ou alguém vai cair do meu carro e se machucar. Faço isso porque quando fechei a porta, veio um pensamento que algo ruim ia acontecer e senti a necessidade de abrir e fechar a porta. É como se refazendo a última ação mas sem o pensamento ruim eu anulasse a 1a ação de fechar a porta quando tive um pensamento que algo de mal iria acontecer. Basicamente os pensamentos que me veem à cabeça são de que algo de ruim vai acontecer com quem eu amo ou de blasfêmea e se me veem esses pensamentos tenho que lavar os dedos ou refazer a última ação tentando não pensar que algo ruim vai acontecer ou não blasfemar. Se eu contar todos os rituais durante um dia e como eles sofreram "mutações" com o passar do tempo não vou precisar de um blog para escrever mas sim de uma enciclopédia de A a Z portanto vou apenas citá-los. Depois de me vestir eu tento passar gel no cabelo. Quando coloco um pouco de gel nas mãos e junto dele vem um pensamento ruim não tenho como devolver o gel e só me resta jogá-lo na pia e pegar mais um pouco por isso é necessário muito cuidado ao pegar o gel para não desperdiçar muito. Para descer as escadas eu tento várias vezes, desço até a metade, subo novamente, molho as pontas dos dedos na torneira e tento descer de novo. Colocar leite ou café no copo também é como o gel, se pensei algo ruim preciso jogar e colocar novamente por isso opto por alguém já deixar meu leite pronto (artimanhas para tentar enganar o TOC pois vencê-lo somente com a cura). Abro e fecho várias vezes a porta de casa sem ter uma quantidade de vezes a fechar, é aleatório. Tem dias que demora mais e dias que demora menos. O porque eu não sei e acredito que nuca vou saber pois os rituais não tem nenhuma lógica, o TOC não tem lógica e não somos loucos porque temos a consciencia de que nada disso faz sentido mas mesmo assim continuamos a fazer. Quer algo mais sem lógica que isso?

Mas não se desesperem, já ouvi e li em vários lugares e uma amiga também disse que ouviu de vários psiquiatras que os portadores de TOC são mais inteligentes que a média. Somos esquisitinhos, temos manias? Sim mas somos inteligentes. Se não fossemos inteligentes como iriamos disfarçar nossos rituais para as demais pessoas não perceberem? Eu nunca conheci pessoalmente outro portador de TOC, somente por email ou pelo blog. Alguém que tem TOC já encontrou outro colega de manias?

Essa mesma amiga me disse que assim como escondemos e disfarçamos muito bem nosso TOC das outras pessoas os outros portadores de TOC também disfarçam muito bem.  Não relatei todos os rituais, durante todos esses anos tive muitos rituais, alguns bizarros, outros engraçados, outros constrangedores então se vc acha que seus rituais são muitos piores que esses e tem até vergonha de contar lembre-se que isso que relatei é apenas a ponta do iceberg chamado TOC.

Preste atenção em seus hábitos para diferenciar manias, tiques e TOC

Bater três vezes na madeira, entrar com o pé direito, não passar embaixo de escada ou ter medo de quebrar um espelho são hábitos supersticiosos manifestados por muita gente. Mas, quando essas atitudes viram hábitos, tiques ou TOC (transtorno obsessivo-compulsivo), começa o problema.

Pode ser uma mania de limpeza, de piscar, roer as unhas, fazer barulhos com a boca, manter os objetos simétricos ou verificar várias vezes se a porta está fechada. Para falar sobre a detecção e o tratamento desses distúrbios, a psiquiatra Ana Gabriela Hounie e a pediatra Ana Escobar estiveram presentes no Bem Estar desta terça-feira (4).

As donas de casa reclamam muito desses hábitos que parecem compulsivos, principalmente os relacionados à limpeza e à arrumação doméstica. Um hábito só passa a ser compulsão ou doença se o que o motiva é uma obsessão ou um pensamento muito forte.

Segundo os médicos, deve-se evitar falar diretamente para uma pessoa que ela tem tique. Algumas podem se ofender com esse tipo de comentário. Outras nem sabem que têm e podem se irritar.

Por isso, é sempre bom procurar a família da pessoa, que reúne mais condições de dar apoio e certamente já percebeu o problema. Além disso, o tique é um problema com um fator genético envolvido.

Fatores emocionais, como nervosismo, estresse, cansaço ou falta de sono, podem piorar transtornos psiquiátricos. Isso porque a instabilidade aumenta a quantidade de adrenalina descarregada no corpo, o que pode provocar uma crise de tiques.

Alimentos estimulantes, como café, chá verde ou preto, chocolate e guaraná, podem estimular o efeito da dopamina no cérebro. Com isso, a pessoa fica mais tensa e acelerada, o que faz com que também haja um descontrole dos tiques.

 

Manias excessivas podem revelar TOC


Todas as pessoas têm alguma mania.

 Seja lavar as mãos, limpar os ambientes, verificar as janelas antes de sair de casa, organizar o guarda-roupa por cores ou os armários da cozinha por tamanho dos potes. Quem nunca se pegou fazendo isso?

Porém, a psicóloga Luciana Kotaka alerta que quando esses comportamentos se tornam excessivos, interferem na vida da pessoa e causam sensação de aflição, se estabelece um quadro de TOC (Transtorno Obsessivo-Compulsivo).

“O TOC é uma doença onde o indivíduo apresenta obsessões e compulsões, ou seja, sofre de idéias e comportamentos que podem parecer absurdas e ridículas para a própria pessoa e para os outros, mas mesmo assim são incontroláveis, repetitivas e persistentes”, explicou.

Luciana comentou que existem vários estudos sobre a origem do TOC e ainda não se sabe ao certo quais as causas desse problema.

Algumas pesquisas indicam fatores biológicos, como traumas, infecções cerebrais, lesões e disfunções no funcionamento do cérebro.

Além disso, acredita-se na influência de fatores emocionais e educativos, principalmente entre famílias com um nível de exigência muito elevada e acentuada.

“São vários os problemas que o TOC desencadeia, pois a obsessão em seguir os rituais acaba limitando seu tempo.

A pessoa fica horas fazendo a mesma coisa, o que interfere na qualidade do trabalho desenvolvido e nas relações familiares”, apontou.

Quanto ao tratamento da doença, Luciana explicou que, em grande parte dos pacientes, é possível eliminar totalmente os sintomas, mas, em alguns, o resultado é limitado.

 “O trabalho deve ser em equipe, com a utilização de medicamentos, associada a um processo de psicoterapia, para que o paciente possa resgatar o controle sobre seus pensamentos e ações, retornar ao trabalho e restabelecer vínculos familiares”, concluiu.

 

Manias e compulsões.

“COMPULSÕES COMO O TOC, A MAIS COMUM DELAS, ACOMETEM DE 3% A 4% DA POPULAÇÃO MUNDIAL E SE NÃO FOREM TRATADAS PODEM DURAR A VIDA TODA, LIMITANDO COMPLETAMENTE A VIDA DAQUELES QUE AS POSSUEM”
 

CASOS LEVES DE COMPULSÃO, COMO A MANIA DE SUBIR CALÇADAS APENAS COM O PÉ DIREITO, não conseguir tomar banho sem lavar determinada parte do corpo primeiro, etc. raramente causam grandes transtornos ou prejudicam a vida das pessoas, explicam os psiquiatras.

"O problema surge quando se vira um escravo das manias, quando o indivíduo sente que alguma coisa horrível (geralmente a morte) poderá acontecer caso ele não cumpra minuciosamente o ritual", explica a psiquiatra Ana Beatriz, autora de diversos best-sellers na área da psiquiatria voltada para o grande público, entre eles "Mentes Com Medo" e "Mentes Inquietas".

AINDA DE ACORDO COM A ESCRITORA, O QUE DIFERE OS QUEM TÊM apenas uma mania dos que sofrem transtornos compulsivos patológicos graves e que, para este último, viver passa a ser um tormento, pois as obrigações são tantas que a vida passa a ser dedicada exclusivamente a elas (manias).

 "Diante da tentativa de abandonar tais hábitos, uma avalanche de pensamentos ruins invade o portador do transtorno. Muitos deles encontram solução se trancafiando em casa ou no quarto.

 Algumas pessoas chegam a passar vários meses sem sair da cama, tudo para não ter que duelar com suas compulsões", explica a Dr. Ana Beatriz

NO MUNDO TODO, A PATOLOGIA MAIS COMU, RELACIONADA À COMPULSÃO É O TOC (Transtorno Obsessivo Compulsivo), e cujo diagnóstico só é possível por meio de análise médica, que avaliará os sintomas do paciente.

Apesar de acometer algo em torno de 3% a 4% da população mundial (com início mais comum a partir dos 20 anos), a incidência de TOC tem aumentado nos últimos dez anos, principalmente nos centros urbanos, o que o caracteriza como "mal dos tempos modernos".

 Mesmo assim, os pesquisadores ainda não têm uma resposta clara para o que seria o agente causador da compulsão. Existem os que acreditam em disfunção genética e os que defendem a disfunção orgânica, que geraria déficit de algumas substâncias neurotransmissoras. Mas a atuação simultânea desses dois fatores parece ser o caminho mais lógico, acreditam os especialistas.

PARA SE LIVRAR DAS COMPULSÕES, OU AO MENOS DIMINUIR SEUS EFEITOS, SEJAM ELAS LEVES OU NÃO, o tratamento médico é indispensável. E animador.

A doença tem respostas excelentes para os tratamentos atuais.

A utilização de psicoterapia de orientação dinâmica ou cognitivo-comportamental associada com tratamento farmacológico itenso (geralmente em doses mais elevadas do que as para tratar a depressão) surtem excelentes resultados.

"O IMPORTANTE É PROCURAR AJUDAR E SEGUIR AS ORIENTAÇÕES MÉDICAS A FIO. Tentar vencer qualquer transtorno psiquiátrico sozinho é até possível, mas é como travar uma luta no corpo a corpo com um urso feroz", diz o roteirista e ator de novelas Gugu Keller, que sofreu durante quase 20 anos com a doença, hoje superada.

TOC – Transtorno Obsessivo Compulsivo O Que É, Exemplos de Obsessões

 

TOC – Transtorno Obsessivo Compulsivo é uma doença que atinge milhões de brasileiros. Esse distúrbio caracteriza-se pela presença de obsessões e compulsões e pode surgir entre crianças por volta dos 10 anos de idade e no final da adolescência ou, no sexo feminino, no começo da fase adulta.

 

De acordo com o especialista no assunto Flávio Alheira, pisquiatra do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF) e supervisor da residência médica em psiquiatria do Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), o TOC é um transtorno de ansiedade que se caracteriza por pensamentos, ideias ou imagens obsessivas  que são invasivas, repetitivas e persistentes, e cujo conteúdo é inaceitável.

 

O especialista acima  afirma que: ” Em muitos casos, são realizados ‘rituais’ na tentativa de anulá-los, aos quais se dá o nome de compulsões”

 

E diz: Os ”rituais” são comportamentos repetitivos, que podem ser atitudes ou pensamentos que se sucedem com o objetivo de anular as obserssões, permitindo, desta forma, o alívio da aflição.  ”Elas apresentam um sucesso momentâneo, já que a angústia produzida pelos pensamentos retorna sempre”
 

Conheça os sintomas que causam o TOC

1- Um dos mais constantes são pensamentos e ideias de contaminação;

2- Outro é a crença ilógica de que se deixou a casa destrancada, o gás e a torneira abertos, entre outros;

3- Exemplos de compulsões, como contar, repetir frases ou números, alinhar, guardar ou armazenar objetos sem utilidades, repetir perguntas, etc;

4- Compulsões mentais:  repetir palavras especiais, relembrar cenas ou imagens, contar ou repetir números, fazer listas, marcar datas e tentar afastar pensamentos indesejáveis substituindo-os por pensamentos contrários;

A medicina tem evoluído muito na compreensão das causas do TOC. Segundo Alheira, ”O mais aceito é que haja uma combinação de causas, como genéticas, neuroquímica cerebral, lesões e infecções cerebrais, além de fatores psicológicos.”

Ainda segundo Allheira, estudos mostram que o transtorno pode ocorrer após lesões cerebrais, infecções do sistema nervoso central e uma maior incidência em membros da mesma família. ”Essas hipóteses são reforçadas pelo fato de alguns medicamentos, que agem em mecanismos serotoninérgicos, melhorarem os sintomas do TOC.”

 

Tratamento da doença TOC

O TOC não tem cura, mas há controle. É possível diminuir a frequência dos pensamentos, o que reduz o sofrimento e melhora o dia a dia do paciente. Alheira diz que: ”O melhor tratamento é por meio da combinação de medicamentos (antidepressivos inibidores da recaptação de serotonina) com terapia. A terapia cognitivo-comportamental é a única eficaz”, conclui.   Muitas pessoas com TOC relutam em seguir o tratamento, muitas vezes, porque ficam envergonhadas ou mesmo nem compreendem que têm um problema. Outras podem atribuir seu comportamento compulsivo e perfeccionista a seu sucesso na vida [fonte: Men's Health]. E para aqueles que têm transtorno obsessivo-compulsivo, as pessoas ao redor podem não levar a sério a doença, suavizando-a e não imaginando quão devastadora a condição pode ser. Um paciente que precisou ficar internado temporariamente para combater a doença, comparou ter TOC à desorientação de "viver em uma gravura de Escher" [fonte: Men's Health].   Como para muitas doenças mentais, os antidepressivos são frequentemente usados no tratamento do TOC. Alguns são explicitamente aprovados pelo FDA (Federal Drug Administration) para tratamento do transtorno, enquanto outros são usados mesmo sem indicação na bula. Quando a medicação isolada não funciona, a maioria se volta para a psicoterapia, especificamente terapia cognitiva comportamental (TCC).

 

A função básica da terapia cognitiva comportamental é mudar os padrões existentes de comportamento e pensamentos obsessivos. Um terapeuta irá trabalhar com o paciente para minar as crenças que levam ao comportamento autodestrutivo. Juntos eles analisam os pensamentos recorrentes, especialmente aqueles que parecem surgir automática e continuamente, e imaginar o quê os provoca e como lidar com eles. Às vezes, os próprios pensamentos não podem ser diretamente confrontados, mas, em vez disso, os comportamentos que eles produzem podem ser alterados. Além de produzir mudanças no comportamento e reduzir a ansiedade, a TCC comprovou ter efeitos biológicos reais pela alteração da atividade neurotransmissora [fonte: New York Times (em inglês)].

 

Uma técnica comum usada na terapia é a exposição e prevenção de resposta, na qual um paciente confronta uma obsessão e tenta evitar realizar o ritual exigido. Dessa maneira, os pacientes podem testar suas respostas físicas e emocionais a certos pensamentos e ver que eles e as reações que produzem não estão baseados na realidade. A exposição contínua a tais pensamentos também pode tornar os pacientes menos reativos a eles. Essa tática não funciona de imediato nas piores compulsões de alguém. Em vez disso, um paciente irá classificar suas obsessões pela quantidade de ansiedade que elas produzem. Em primeiro lugar ele irá enfrentar aquelas que produzem menos ansiedade. De maneira ideal, o paciente pode eventualmente lidar com todas as suas obsessões, enquanto também produz um método para lidar com novas compulsões que possam surgir.

 

Transtorno de personalidade obsessiva-compulsiva

Uma condição similar, porém distinta é o transtorno de personalidade obsessiva-compulsiva definida pelos NIH (institutos nacionais de saúde dos EUA) como "uma condição caracterizada por uma preocupação crônica com regras, método e controle" [fonte: NIH (em inglês)]. Pessoas com TPOC têm um impulso esmagador em direção à perfeição que pode realmente ser destrutivo. Muitas vezes elas não conseguem terminar projetos porque sua idéia de perfeição nunca pode ser alcançada. Elas também podem ser obcecadas por listas, ordenar informação e acumular objetos.

 

Para algumas pessoas, uma combinação de medicação e terapia não é suficiente e há necessidade de um método de tratamento mais profundo. Elas podem escolher hospitalização temporária em um local dedicado ao tratamento da doença, como o Instituto do TOC no Hospital McLean, uma colaboração entre o Hospital Geral de Massachusetts e o Hospital McLean (filiado à Universidade de Harvard).

Não é possível, ainda, curar totalmente os sintomas do Transtorno Obsessivo Compulsivo. O que os psicólogos buscam é ensinar os pacientes a administrar suas obsessões e suas compulsões. Entre os tratamentos mais utilizados, está a Terapia Cognitivo-Comportamental, a TCC, que é um estudo aprofundado sobre o comportamento do paciente e sobre os fatores desencadeadores dos transtornos mentais.

Marina acredita que a TCC traga os resultados desejados, por se tratar de uma psicoterapia mais breve, que não aborda apenas quando apareceu o sintoma, mas sim como lidar com aquilo que é fato.

 

Manias ou TOC

julho 11, 2010 às 10:46 pm (Jornalismo de Saúde)
Tags:
manias, psicanálise, Terapia Cognitivo-Comportamental, TOC, Transtorno obsessivo compulsivo, Tratamento

Descubra se você está entre as pessoas que acham e as que realmente têm o Transtorno Obsessivo Compulsivo

“Geralmente quando chego do trabalho, sento no sofá da sala para assistir televisão. Mas ao olhar para a mesinha de centro percebo que as revistas estão de ponta cabeça. No chão o tapete está torto. Quando olho para a estante, vejo que os livros estão com a capa virada para baixo. Assim é quase que impossível prestar atenção para a TV”. Esse é o depoimento de M., um garoto de 22 anos, que convive com o Transtorno Obsessivo Compulsivo. Tudo isso parece normal, mas, para muitas pessoas, são as situações mais incômodas do mundo.

O Transtorno Obsessivo Compulsivo, mais conhecido como TOC, nada mais é do que um transtorno de ansiedade. A pessoa que convive com a doença têm pensamentos involuntários repetitivos que geram a compulsão, que é a realização desses pensamentos. De acordo com a Psicóloga Marina Salmória, de Balneário Camboriú, muitas pessoas comparam o TOC com manias do cotidiano. “A mania só é classificada como TOC quando atrapalham no dia-a-dia, na rotina da pessoa”.

As obsessões são maus tratos terríveis ao paciente. A psicóloga com formação em psicanálise e especialista em transtornos, Claudete de Morais,  de Balneário Camboriú, diz que o TOC surge de uma angustia muito grande que a pessoa não sabe o que é, e de repente ela começa a ter pensamentos obsessivos, geralmente de agressão física, ou que vai ser agredido. “Costumo dizer aos meus pacientes que eles “puxam um chicotinho”. Para se libertarem desses pensamentos, eles nem se dão conta, e acabam muitas vezes tendo comportamentos que são as compulsões em busca de um alívio”.

Já existem estudos em torno do assunto, mas as causas do Transtorno Obsessivo Compulsivo são decorrentes de resultados que até hoje não estão bem definidos. Em nossa sociedade nos deparamos com diversas demonstrações de TOC. Guardar coisas velhas como forma de defesa, medo de contaminação através dos alimentos, lavar as mãos inúmeras vezes, a necessidade de guardar coisas inutilizáveis, a necessidade excessiva de organizar e deixar os objetos alinhados, dentre outros.

M. L., 22 anos, estudante, de Balneário Camboriú, trabalha com comunicação e possui todas as características de uma pessoa como outra qualquer, se não fosse o fato de possuir o transtorno obsessivo compulsivo. Maikol lembra demonstrar os sintomas desde a infância, mas que sua mãe não levava em consideração pelo fato de ainda ser uma criança.  “Lembro de não conseguir andar na calçada sem cuidar quanto à questão do branco e do preto”.

Com o passar dos anos, e em conseqüência de sua independência, ele começou a apresentar outros sintomas típicos de TOC. As suas maiores crises são em torno da organização com suas coisas, principalmente com o guarda-roupa. Ele sente a necessidade de organizar tudo, começando pelos cabides. Todos devem estar virados com o gancho para o lado de dentro. As camisetas estão separadas pelas cores e modelos. “Se algo não está como eu quero, eu não consigo me concentrar nas outras tarefas. Até não organizar tudo, o pensamento de que aquilo não está certo não me deixa em paz.

É complexo explicar o que se passa na cabeça de um portador de TOC. Marina explica que as compulsões são como uma válvula de escape dos pacientes, depois da obsessão. Então a pessoa passa a ter um pensamento recorrente, que evolui em sua cabeça, e esse pensamento faz com que ela pare de ter uma atividade normal. Por exemplo, a limpeza. “Ela pensa o tempo inteiro que a casa dela está suja, quando não está, e ela só se acalma quando ela realiza o ato de limpar. E é como se fosse uma coisa repetitiva, ela nunca está satisfeita com aquela limpeza”.

Na maioria das vezes, o fato de haver mais de um familiar com transtorno obsessivo compulsivo, principalmente quando essa pessoa estiver em uma posição de influência sobre os demais, como pai ou mãe, leva aos outros indivíduos a curiosidade de desenvolver certos rituais. É o que aconteceu com M. A educação em casa sempre foi correta, principalmente quanto à organização e os afazeres domésticos, então ele acredita que herdou de sua mãe a mania de organizar tudo. “Eu sempre observava ela quando estava arrumando a casa, e às vezes a ajudava”, diz ele.

Pesquisas mostram que pessoas com TOC e seus familiares possuem uma baixa função em áreas cerebrais responsáveis pelo controle do comportamento. As áreas vermelhas marcadas nas imagens são conhecidas como regiões responsáveis por esse controle no comportamento.

Não existe uma idade determinada para que o indivíduo comece a demonstrar os sintomas, mas geralmente procura informação na idade adulta, entre os vinte e trinta anos. Na primeira consulta, é fundamental que seja feita uma investigação sobre a infância dessa pessoa para descobrir a partir de que ponto ela começou a desenvolver o TOC.  Marina diz que “nenhum transtorno surge de uma hora para a outra, ele vai se consumindo também. Existem muitos fatores que contribuem para o desencadeamento disso”.

Com A. S., 45 anos, de Balneário Camboriú, aconteceu da mesma forma. Apenas com seus vinte anos é que procurou ajuda médica para explicar seus pensamentos. Através da investigação, descobriu que desde criança já demonstrava sintomas que permanecem até hoje, como bater a caneta na mesa sem parar, ou bater moedas, ou até mesmo derrubar coisas no chão apenas pelo prazer do ato. “Houve um tempo em que eu acreditava que um espírito estava comandando a minha vida, ou que era coisa do demônio”.

A participação da família no desenvolvimento do tratamento é essencial para que o paciente consiga superar seus transtornos. Ela precisa ter consciência de que aquele indivíduo precisa de uma atenção diferenciada naquele momento. “Mas também tem que tomar cuidado para não se tornar uma família sufocante, ou seja, não deixando o paciente perceber e tornar consciente aquilo que está acontecendo com ele”, explica Marina.

Na maioria das vezes, para evitar conflitos, a família acaba se acomodando às exigências do paciente, e até mesmo o apoiando na realização dos rituais

O TOC é um transtorno obsessivo-compulsivo, está ligada as manias que quase todas as crianças têm.

É preciso observar com qual a freqüência seu filho faz esses gestos, para saber se é da fase do desenvolvimento ou se ele não consegue mesmo ficar sem fazer. Mas você não pode dar o diagnóstico, porque nem tudo é o TOC, é necessário que um médico dê esse resultado final, depois de exames realizados.

Em algumas crianças esse transtorno pode começar bem antes de serem adolescentes, por volta de seis a oito anos de idade.

 È bem nessa época que começam a se identificarem Buy Cialis Professional Online Pharmacy No Prescription Needed como indivíduos e integrantes da sociedade, porque antes disso se achavam que era extensão das pessoas que estavam ao seu redor.

E para ajudar nesse amadurecimento adotam essas manias ou apresente pensamentos obsessivos, como por exemplo, toda criança tem medo de a mãe vir a falecer, então só pisam nas pedras brancas quando vão a rua, e coçam o nariz por três vezes seguidas, esse ritual seria para garantir a proteção da mamãe.

Quando em pequena quantidade, as manias são normais e fazem parte do desenvolver de cada criança, o problema é quando acompanhado por estas vem também muita ansiedade, e o que era de vez em quando passa a ser feito sempre, e atrapalha a se relacionar com as outras pessoas.

A criança fica bloqueada e não consegue fazer determinada atividade como, ir comprar algo que a mãe pediu, se recusa a ir com medo de deixar a mamãe sozinha e acontecer alguma coisa com ela.

Quem tem o transtorno TOC sofre bastante, pois não consegue ficar sem fazer o ritual por várias vezes por dia, e chega a atrapalhar a vida escolar, familiar, e na relação com os amigos.

Por isso os pais têm que ficar sempre em alerta, para perceber se aquela mania do seu filho é da idade ou se está passando do limite.

Aquelas crianças que não conseguem ficar com a roupa suja por um pouco de tempo que precisa trocar o mais rápido possível, e aquelas que arrumam uma coisa e ficam muito explosivas quando outra pessoa mexe ou tira do lugar, tem umas que não suportam errar, então quando escrevem uma palavra errada além de apagar, rasga a folha e começa tudo de novo, são casos que precisam ser avaliados.  Portanto se você achar que seu filho esteja sofrendo desse transtorno, não perca tempo e leve logo ao médico para iniciar um tratamento adequado, que vai necessitar da sua ajuda e paciência.

Dificil......

Todos temos nossas pequenas manias. Na maioria elas são inócuas e foram cultivadas depois de algum tempo tendo, na mente, certos pensamentos repetitivos. Mas quando podemos dizer que estas manias se tornam uma doença?

 

Uma pessoa que mostra muitas obsessões e compulsões rituais: repetições, evitações, obsessões com dúvidas, preocupações excessivas, medo, desconforto, aflição, etc., ao ponto que isso prejudique as suas vidas diárias, talvez sofram de Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC) e devem procurar um psiquiatra.

Exemplos de TOC comuns são os da limpeza, que leva a múltiplas lavagens e da dúvida, com verificações compulsivas. Preocupações com simetria, acúmulo de coisas inúteis, culpas (religião) e superstições também são comuns.

 

 

Toesa aponta os sintomas do TOC

 

Praticamente todo mundo tem alguma mania. O descontrole em certos hábitos, porém, caracteriza o Transtorno Obsessivo Compulsivo, um mal que prejudica as relações sociais do indivíduo, causa angústia e sofrimento. O TOC é um transtorno de ansiedade que apresenta quadros compulsivos e obsessivos. A compulsão caracteriza-se pela repetição de certos hábitos – mania exagerada. E a obsessão é a manifestação intensiva de pensamentos ruins, que surgem a contragosto, e contrariam a índole do indivíduo.

 

Os especialistas da Toesa apontam alguns sintomas obsessivos do TOC:

 

- Imaginar-se cometendo crimes, ou fazendo quaisquer atividades contrárias à lei

- Ser religioso e apresentar pensamentos pecaminosos

- Pensar que está contaminado por algum germe, ou doença infecciosa

- Acreditar que está fazendo mal e magoando pessoas.

 

Dentre os sintomas compulsivos, os mais comuns são:

 

- Higienizar-se em excesso

- Mania de organizar objetos

- Contar objetos

- Em hipótese alguma vestir roupas de determinada cor

- Verificar a todo instante se a casa está trancada.

 

O Transtorno Obsessivo Compulsivo geralmente manifesta-se na fase adulta, e suas causas ainda são uma incógnita para a medicina. No entanto, componentes hereditários e o estresse são fatores que podem contribuir para o surgimento do transtorno. 

 

O cantor Roberto Carlos é famoso não apenas pela música, mas por suas manias, e já declarou que luta contra o TOC. O músico só sai pela mesma porta pela qual entrou, não veste nada na cor marrom, e evita usar certas palavras. 

 

Na ficção, o personagem Melvin Udall, do filme Melhor é Impossível, interpretado pelo ator Jack Nicholson, também sofre do transtorno psiquiátrico, e não pisa nas faixas escuras da rua. Apesar da comicidade da obra, Melvin enfrenta vários problemas de relacionamento interpessoal em decorrência do TOC.

 

A Terapia Cognitiva Comportamental é uma forma de tratamento do problema, na qual sessões com terapeutas buscam extrair os pensamentos obsessivos e compulsivos do paciente. Certos antidepressivos também são usados no tratamento, mas tenha cuidado. Esses medicamentos são muito fortes e só podem ser usados com o aval do seu médico.  Conhecida como “doença das manias”, TOC também atinge crianças de qualquer idade.

 

Apesar de não ter cura, tratamento pode diminuir o sofrimento do paciente

Conhecida como “doença das manias”, o TOC (Transtorno Obsessivo Compulsivo) é um mal cercado de preconceitos, diagnóstico difícil e que não tem cura.

Apesar de atingir também as crianças, se for tratado, pode diminuir muito o sofrimento do paciente.

A doença alcança uma em cada 100 crianças do mundo, e essas costumam sofrer com o preconceito.

Os sintomas são tão sutis que normalmente nem a família percebe.

Um caso comum é o de crianças que ficam angustiadas com arrumação. Normalmente, os indivíduos que sofrem da doença tendem a deixar objetos sempre alinhados ou em ordem alfabética.

Quando identifica o problema, a família relata que os filhos gastam horas colocando coisas em ordem.

De acordo com especialistas, pessoas com TOC não conseguem se controlar, pois “os pensamentos invadem a mente da pessoa de tal forma que ela não consegue se livrar deles”.

 Para diminuir o nível de ansiedade, essas pessoas acabam praticando rituais chamados de “compulsões” na psiquiatria.

 

TOC - EU TENHO E ME CUIDO

O TOC é um transtorno mental incluído pelo Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais da Associação Psiquiátrica Americana (DSM-IV) entre os chamados transtornos de ansiedade. Manifesta-se sob a forma de alterações do comportamento (rituais ou compulsões, repetições, evitações), dos pensamentos (obsessões como dúvidas, preo­cupações excessivas) e das emoções (medo, desconforto, aflição, culpa, depressão).

Sua característica principal é a presença de obsessões: pensamentos, imagens ou impulsos que invadem a mente e que são acompanhados de ansiedade ou desconforto, e das compulsões ou rituais: comportamentos ou atos mentais voluntários e repetitivos, realizados para reduzir a aflição que acompanha as obsessões. Dentre as obsessões mais comuns estão a preocupação excessiva com limpeza (obsessão) que é seguida de lavagens repetidas (compulsão).

Um outro exemplo são as dúvidas (obsessão), que são seguidas de verificações (compulsão).


O que são obsessões?


Obsessões são pensamentos ou impulsos que invadem a mente de forma repetitiva e persistente. Podem ainda ser imagens, palavras, frases, números, músicas, etc. Sentidas como estranhas ou impróprias, as obsessões geralmente são acompanhadas de medo, angústia, culpa ou desprazer. O indivíduo, no caso do TOC, mesmo desejando ou se esforçando, não consegue afastá-las ou suprimi-las de sua mente. Apesar de serem consideradas absurdas ou ilógicas, causam ansiedade, medo, aflição ou desconforto que a pessoa tenta neutralizar realizando rituais ou compulsões, ou através de evitações (não tocar, evitar certos lugares).



As obsessões mais comuns envolvem:


Preocupação excessiva com sujeira, germes ou contaminação
Dúvidas.  Preocupação com simetria, exatidão, ordem, seqüência ou alinhamento.  Pensamentos, imagens ou impulsos de ferir, insultar ou agredir outras pessoas.  Pensamentos, cenas ou impulsos indesejáveis e impróprios, relacionados a sexo (comportamento sexual violento, abusar sexualmente de crianças, falar obscenidades, etc.)
Preocupação em armazenar, poupar, guardar coisas inúteis ou economizar.  Preocupações com doenças ou com o corpo
Religião (pecado, culpa, escrupulosidade, sacrilégios ou blasfêmias)
Pensamentos supersticiosos: preocupação com números especiais, cores de roupa, datas e horários (podem provocar desgraças)
Palavras, nomes, cenas ou músicas intrusivas e indesejáveis
O que são compulsões ou rituais?
Compulsões ou rituais são comportamentos ou atos mentais voluntários e repetitivos, executados em resposta a obsessões, ou em virtude de regras que devem ser seguidas rigidamente. Os exemplos mais comuns são lavar as mãos, fazer verificações, contar, repetir frases ou números, alinhar, guardar ou armazenar objetos sem utilidade, repetir perguntas, etc. As compulsões aliviam momentaneamente a ansiedade associada às obsessões, levando o indivíduo a executá-las toda vez que sua mente é invadida por uma obsessão. Por esse motivo se diz que as compulsões têm uma relação funcional (de aliviar a aflição) com as obsessões. E, como são bem sucedidas, o indivíduo é tentado a repeti-las, em vez de enfrentar seus medos, o que acaba por perpetuá-los, tornando-se ao mesmo tempo prisioneiro dos seus rituais.

Nem sempre as compulsões têm uma conexão realística com o que desejam prevenir (p ex., alinhar os chinelos ao lado da cama antes de deitar para que não aconteça algo de ruim no dia seguinte; dar três batidas em uma pedra da calçada ao sair de casa, para que a mãe não adoeça). Nesse caso, por trás desses rituais existe um pensamento ou obsessão de conteúdo mágico, muito semelhante ao que ocorre nas superstições.

Os dois termos (compulsões e rituais) são utilizados praticamente como sinônimos, embora o termo “ritual” possa gerar alguma confusão, na medida em que praticamente todas as religiões e diversos grupos culturais adotam comportamentos ritualísticos e contagens nas suas práticas: ajoelhar-se três vezes, rezar seis ave-marias, ladainhas, rezar 3 ou 5 vezes ao dia, benzer-se ao passar diante de uma igreja. Existem rituais para batizados, casamentos, funerais, etc. Além disso, certos costumes culturais, como a cerimônia do chá entre os japoneses, o cachimbo da paz entre os índios, ou um funeral com honras militares, envolvem ritos que lembram as compulsões do TOC. Por esse motivo, há certa preferência para o termo “compulsão” quando se fala em TOC.



As compulsões mais comuns são:



De lavagem ou limpeza
Verificações ou controle
Repetições ou confirmações
Contagens
Ordem, simetria, seqüência ou alinhamento
Acumular, guardar ou colecionar coisas inúteis (colecionismo), poupar ou economizar
Compulsões mentais: rezar, repetir palavras, frases, números
Diversas: tocar, olhar, bater de leve, confessar, estalar os dedos.
Compulsões Mentais

Algumas compulsões não são percebidas pelas demais pessoas, pois são realizadas mentalmente e não mediante comportamentos motores, observáveis. Elas têm a mesma finalidade: reduzir a aflição associada a um pensamento. Alguns exemplos:

Repetir palavras especiais ou frases
Rezar
Relembrar cenas ou imagens
Contar ou repetir números
Fazer listas
Marcar datas
Tentar afastar pensamentos indesejáveis, substituindo-os por pensamentos contrários.

 

 

T.O.C Um pedido de socorro

 

Será que você também sofre de T.O.C. ?

 

 

O que é o TOC e quais são os seus sintomas?

 

O que são obsessões? 
Obsessões são pensamentos ou impulsos que invadem a mente de forma repetitiva e persistente. Podem ainda ser imagens, palavras, frases, números, músicas, etc. Sentidas como estranhas ou impróprias, as obsessões geralmente são acompanhadas de medo, angústia, culpa ou desprazer. O indivíduo, no caso do TOC, mesmo desejando ou se esforçando, não consegue afastá-las ou suprimi-las de sua mente. Apesar de serem consideradas absurdas ou ilógicas, causam ansiedade, medo, aflição ou desconforto que a pessoa tenta neutralizar realizando rituais ou compulsões, ou através de evitações (não tocar, evitar certos lugares). 

As obsessões mais comuns envolvem: 

• Preocupação excessiva com sujeira, germes ou contaminação 
• Dúvidas 
• Preocupação com simetria, exatidão, ordem, seqüência ou alinhamento 
• Pensamentos, imagens ou impulsos de ferir, insultar ou agredir outras pessoas 
• Pensamentos, cenas ou impulsos indesejáveis e impróprios, relacionados a sexo (comportamento sexual violento, abusar sexualmente de crianças, falar obscenidades, etc.) 
• Preocupação em armazenar, poupar, guardar coisas inúteis ou economizar 
• Preocupações com doenças ou com o corpo 
• Religião (pecado, culpa, escrupulosidade, sacrilégios ou blasfêmias) 
• Pensamentos supersticiosos: preocupação com números especiais, cores de roupa, datas e horários (podem provocar desgraças) 
• Palavras, nomes, cenas ou músicas intrusivas e indesejáveis 

O que são compulsões ou rituais? 
Compulsões ou rituais são comportamentos ou atos mentais voluntários e repetitivos, executados em resposta a obsessões, ou em virtude de regras que devem ser seguidas rigidamente. Os exemplos mais comuns são lavar as mãos, fazer verificações, contar, repetir frases ou números, alinhar, guardar ou armazenar objetos sem utilidade, repetir perguntas, etc.

As compulsões aliviam momentaneamente a ansiedade associada às obsessões, levando o indivíduo a executá-las toda vez que sua mente é invadida por uma obsessão. Por esse motivo se diz que as compulsões têm uma relação funcional (de aliviar a aflição) com as obsessões. E, como são bem sucedidas, o indivíduo é tentado a repeti-las, em vez de enfrentar seus medos, o que acaba por perpetuá-los, tornando-se ao mesmo tempo prisioneiro dos seus rituais. 

Nem sempre as compulsões têm uma conexão realística com o que desejam prevenir (p ex., alinhar os chinelos ao lado da cama antes de deitar para que não aconteça algo de ruim no dia seguinte; dar três batidas em uma pedra da calçada ao sair de casa, para que a mãe não adoeça). Nesse caso, por trás desses rituais existe um pensamento ou obsessão de conteúdo mágico, muito semelhante ao que ocorre nas superstições. 

Os dois termos (compulsões e rituais) são utilizados praticamente como sinônimos, embora o termo “ritual” possa gerar alguma confusão, na medida em que praticamente todas as religiões e diversos grupos culturais adotam comportamentos ritualísticos e contagens nas suas práticas: ajoelhar-se três vezes, rezar seis ave-marias, ladainhas, rezar 3 ou 5 vezes ao dia, benzer-se ao passar diante de uma igreja. 

Existem rituais para batizados, casamentos, funerais, etc. Além disso, certos costumes culturais, como a cerimônia do chá entre os japoneses, o cachimbo da paz entre os índios, ou um funeral com honras militares, envolvem ritos que lembram as compulsões do TOC. Por esse motivo, há certa preferência para o termo “compulsão” quando se fala em TOC. 

Obsessões e Compulsões mais comuns 
Preocupação com sujeira, contaminação, medo de contrair doenças e lavagens excessivas 

Uma das obsessões mais comuns é a preocupação excessiva com sujeira ou contaminação, seguida de compulsões por limpeza, lavações excessivas e da necessidade de evitar tocar em objetos, ou de freqüentar lugares considerados sujos ou contaminados. 

Manifesta-se sob diversas formas, como as relacionadas a seguir: 

• Lavar as mãos inúmeras vezes ao longo do dia; 
• Lavar imediatamente as roupas que tenham sido usadas fora de casa (mesmo limpas); 
• Lavar as mãos imediatamente ao chegar da rua; 
• Trocar excessivamente de roupa; 
• Tomar banhos muito demorados, esfregando demasiadamente o sabonete; 
• Usar sistematicamente o álcool para limpeza das mãos ou do corpo; 
• Lavar as caixas de leite, garrafas de refrigerantes, potes de margarina, antes de guardá-los na geladeira; 
• Passar o guardanapo nas louças ou talheres do restaurante antes de servir-se; 
• Usar xampu, sabão, desinfetante ou detergente de forma excessiva; 

Evitações 
Os pacientes que têm obsessões relacionadas com sujeira ou contaminação, ou mesmo medos supersticiosos exagerados, adotam com muita freqüência comportamentos evitativos (evitações), como forma de não desencadearem suas obsessões. Esses comportamentos, se por um lado evitam ansiedades e aflições, acabam causando problemas que podem chegar a ser incapacitantes, em razão do comprometimento que acarretam à vida diária. Tais restrições são em geral impostas aos demais membros da família o que acaba inevitavelmente provocando conflitos. 
Alguns exemplos de evitações comuns em portadores do TOC que têm obsessões por limpeza e medo de contaminação: 
• Não tocar em trincos de portas, corrimãos de escadas ou de ônibus; não tocar nas portas, nas tampas de vasos, descargas ou torneiras de banheiros (ou usar um lenço ou papel para tocá-los); 
• Isolar compartimentos e impedir o acesso dos familiares quando estes chegam da rua; obrigá-los a tirar os sapatos, trocar de roupas, lavar as mãos ou tomar um banho quando chegam da rua; 
• Restringir o contato com sofás (cobri-los com lençóis, não sentar com a roupa da rua ou com o pijama); 
• Não sentar em bancos de praça ou de coletivos; 
• Não encostar roupas usadas “contaminadas”, nas roupas “limpas” dentro do guarda-roupa; 
• Evitar sentar em salas de espera de clínicas ou hospitais (principalmente em lugares especializados em câncer ou AIDS); 
• Não usar talheres de restaurantes ou de outras pessoas da família; 
• Não usar telefones públicos; 
• Não cumprimentar determinadas pessoas (mendigos, aidéticos, pessoas com câncer, etc.); 
• Não utilizar banheiros que não sejam os da própria casa; 
• Evitar pisar no tapete ou piso do banheiro em casa ou no escritório; 
• Não freqüentar piscinas coletivas ou tomar banhos no mar. 

Na verdade, a preocupação com sujeira, germes, doenças e contaminação é o tema dominante nos pensamentos e preocupações dessas pessoas. Elas os transformam em cuidados e precauções excessivas e impõem esses cuidados aos demais membros da família. Uma paciente, por exemplo, obrigava seus familiares a trocarem a roupa ou os sapatos para entrar em casa; outra obrigava o marido a tomar um banho imediatamente antes das relações sexuais; uma terceira obrigava o marido a lavar a boca antes de lhe dar um beijo ao chegar da rua e ainda uma outra exigia que seu filho de dois anos usasse luvas para abrir a porta. Essas exigências causavam conflitos constantes, o que comprometia a harmonia conjugal e familiar. 

Nojo ou repugnância 
Nem sempre as evitações estão necessariamente associadas ao receio de contrair doenças ou ao medo de contaminação por germes ou pesticidas. Alguns pacientes referem que evitam tocar em certos objetos, apenas por nojo ou repugnância: por exemplo, tocar em carne, gelatina, colas, urina, sêmen, sem que necessariamente tenham medo de contrair alguma doença específica, ou que passe pela sua cabeça algum pensamento catastrófico específico. O interessante é que esses sintomas também podem desaparecer com o mesmo tratamento – a terapia de exposição e prevenção de rituais utilizada para o tratamento dos demais sintomas do TOC. 

Dúvidas, medo de falhar e necessidade de fazer verificações 
Uma das preocupações mais comuns no TOC relaciona-se com a possibilidade de falhar e, em conseqüência, ocorrer algum desastre ou dano (a casa incendiar, inundar ou ser arrombada). Tal preocupação se manifesta sob a forma de dúvidas, necessidade de ter certeza ou intolerância à incerteza, as quais, por sua vez, levam a pessoa a realizar verificações ou repetições como forma de ter certeza e aliviar-se da aflição. 

Quando o sofrimento associado à dúvida é grande, alguns portadores do TOC simplesmente se esquivam de situações de responsabilidade. Preferem não sentir a necessidade de realizar verificações, evitando, por exemplo, sair por último do local do trabalho, não sendo, assim, responsáveis por desligar os equipamentos ou por fechar as portas.

Acredita-se que certas características pessoais, como um senso exagerado de responsabilidade e conseqüentemente medo de cometer falhas, dificuldade de conviver com incertezas, como comentamos, e um elevado nível de exigência (perfeccionismo) desempenham um papel importante no surgimento e na manutenção das obsessões de dúvida e da necessidade de executar verificações. 

As verificações são geralmente precedidas por dúvidas e preocupações com falhas e se destinam a eliminá-las. 

As verificações devem ser consideradas sintomas de TOC quando repetidas ou quando o indivíduo sente grande aflição caso seja impedido de executá-las. As situações mais críticas, nas quais o impulso de realizá-las é mais intenso são: a hora de sair de casa, antes de deitar, ao estacionar o carro e ao sair do trabalho. 

As verificações mais comuns estão listadas a seguir: 

• Portas e janelas antes de deitar ou ao sair de casa; 
• Eletrodomésticos (ferro de passar, fogão, chapinha de alisar os cabelos, TV), gás, geladeira etc; 
• Se as torneiras estão bem fechadas, seguido da necessidade de apertá-la (às vezes de forma demasiada, a ponto de quebrá-la) ou de passar a mão por baixo para se certificar de que não está saindo nenhuma gota de água; 
• Acender e apagar novamente lâmpadas apagadas; ligar e desligar o celular ou a TV de novo, com receio de que não tenham ficado “bem” desligados; 
• A bolsa ou a carteira, para certificar-se que não faltam documentos, chaves, etc.; 
• Se atropelou ou não com o carro alguém que passava na calçada ou ao lado, seguida da necessidade de verificar no espelho retrovisor ou até mesmo de refazer o trajeto para certificar-se de que o fato não ocorreu; 
• Se as portas e os vidros do carro ficaram bem fechados, testando cada uma delas mesmo vendo que os pinos de segurança estão abaixados. 

É comum que, além de fazer verificações repetidas, os pacientes toquem com as mãos ou olhem demoradamente os objetos (botões do fogão, torneira do gás, portas da geladeira, lâmpadas). Esses comportamentos não deixam de ser formas sutis de verificação e de eliminação de dúvidas. 

As compulsões associadas a dúvidas também podem ser mentais, como reler várias vezes um texto ou parágrafo e recitá-lo mentalmente para ver se foi memorizado corretamente, visualizar repetidamente uma mesma cena ou, ainda, repetir mentalmente uma conversa para garantir que nenhum detalhe tenha sido esquecido, revisar várias vezes um cheque assinado para que não contenha nenhum erro, revisar repetidamente listas para que nada seja esquecido, etc. 

No seriado de televisão Monk, o protagonista é um ex-policial que tenta retomar a carreira solucionando os crimes mais misteriosos, enquanto tenta conviver com suas manias e obsessões.

De forma divertida, Monk passa pelas mais absurdas aventuras para enfrentar seu medo excessivo de altura ou de se contaminar por germes. Ele sofre de Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC).

Mas, para pelo 2% da população mundial, o tema não é nada engraçado. Tanto que a Universidade de Brasília (UnB) abriu inscrições para o tratamento da doença, na última quarta-feira, e cerca de 50 pessoas se interessaram.

O TOC é o quarto transtorno psiquiátrico mais comum no mundo. Perde apenas para a depressão, a dependência química e as fobias.

 Famosos, como o cantor Roberto Carlos, já foram verdadeiros prisioneiros dos rituais que se obrigavam a realizar.

O “Rei” chegou a ficar anos sem cantar a canção Quero que vá tudo para o inferno e até hoje não veste marrom.

 

Toc – Transtorno obsessivo compulsivo

 

          As doenças psicológicas ou comportamentais tem sido mais reconhecidas na europa do que na américa do sul. Nao sei o motivo exato, mas talvez por questoes de uma cultura diferente ou maior facilidade em acompanhamento médico. Sabemos que o Transtorno de ansiedade é conhecido como a doença do século 21 e uma curiosidade é que 20% dos brasileiros padecem da doença. Porêm o tema desse post é uma outra variável das enfermidades psicológicas e o chamamos de Toc Transtorno obssesivo compulsivo.

Pode parecer loucura, mas assim como os brasileiros ainda estao mal informados sobre o transtorno ou crise de ansiedade, dirá que uma pessoa que sofre de Toc está completamente louca.

Os sintomas os sinais consistem em repetir certos atos, rituais ou pensamentos.

 Por exemplo, uma pessoa pode simplesmente nao dormir antes de conferir se as portas estao trancadas por várias vezes, mesmo tendo certeza de que ja estao trancadas, ou pensar repetidamente que padece de alguna enfermidade, sendo a AIDS a mais comun de todas ou Lavar as maos por inumeras vezes.

Para quem sofre de Toc repreender essa atitude propria acarreta uma angustia e ansiedade inesplicável e sendo assim a pessoa para a ser escrava das repetiçoes, prejudicando sua vida pessoal e sofrendo de um mal invisível, porém muito sério.

O Toc nao é transmitido pelos pais ou na gravidez, uma pessoa passa a desenvolvê lo por manisfestaçoes contrárias ao inconsciente ou situaçoes dificeis em sua vida cotidiana.  

Muitas pessoas se negam em procurar um especialista por temerem estar perdendo a sanidade.

Existe um grande preconceito em relaçao a esses transtornos e isso acaba prejudicando a qualidade de vida das pessoas e o conhecimento da doença por todos e como buscar ajuda.

O Toc nao mata, mas pode desenvolver outras várias doenças psicológicas  que no caso mais extremo pode levar uma pessoa a ter um ataque ou cometer suicídio, mas esses seriam casos extremos e nao há como mensurar estátisticas de casos.

Com ajuda médica o transtorno pode ser curado em poucos meses. O tratamento consiste em medicamentos e psicoterapia.

 Porem em alguns casos os primeiros sinais de melhoras podem demorar algumas semanas, sendo necessária a troca dos medicamentos. Ter força de vontade auxilia no tratamento e a ajuda dos familiares se faz importante.

 Devemos livrar nos dos preconceitos, deixando de ver que pessoas que sofrem nao somente de Toc,mais de transtornos de pânico e ansiedade como pessoas loucas e em caso de que seja você quem padece ou desconfia por haver tido alguns dos sintomas relacionados, nao pense duas vezes e procure ajuda médica, pois o primeiro passo da cura e te estar psicologicamente sano é reconhecer nossos problemas e tentar resolvê-los sem preocuparnos com os outros, pois assim estaremos ensinando ao proximo e dissiminando informaçao e bem estar.

 

Eu tenho TOC


Chegou a hora de contar....

Pela 3ª vez neste blog um post sério. (quer dizer "marromeno")

Sim eu tenho, mas vc sabe o que é
isso?
Tem muita gente que diz que tem de brincadeira, mas o fato é que eu tenho mesmo. Desde que idade eu não lembro mais. Chegou a hora que começou a incomodar minha vida.



Meu tipo de toc?? (setáquenrendosaberdemaisnénão?)


Bom, eu conto, eu tenho pensamentos ruins (e qdo falo em ruins são ruins mesmo), muitas coisas eu tenho que contar até a idade dos meus filhos...quem não tem toc jamais entenderia uma coisa dessas. Mesmo pq antes dessa doença virar moda, eu achava que era louca (mas tu não é?)que só eu tinha isso. Mas depois tomei coragem (neste ano), e um dia minha mamã me vendo muito ansiosa, sempre irritada, e Deus que me perdoe por isso, mas até maltratando meus filhos e meu marido, gritando sempre com eles, tipo meio inferninho. Ela me aconselhou a procurar ajuda, e aproveitando a oportunidade contei a ela sobre meu TOC, depois disso descabelei, e contei pro mundo todo.
Eu tinha vergonha.

Qdo procurei um psiquiatra, na verdade uma mulher (ela era mais doida que eu, e ficava fazendo umas coisas estranhas com o ombro), eu entrei fui falando, e ela já me cortou rapidinho tipos que: felha vc tem que fazer terapia, aqui vc vai só tomar o remédio pra doença. Certo.... comecei a tomar os remédios, que provavelmente tomarei por 1 ano, e fui procurar um psicoterapeuta.

Confesso que da primeira vez não gostei muito (mas menti pra todo mundo que gostei, desculpa mãe, desculpa marido, desculpa irmãs desc.....), pq logo que entrei Dr. falou pra mim: Pois não?
Essa frase me matou, eu achava que ele deveria ter falado sei lá o que entende? Claro que senumentende né, coisa de doido.

Mas depois, lembrei que ele parecia muito com o jeito de falar do meu obstetra que adoro, e até que se parecia um pouco com ele, fimdecaso amei!! (entendeu? não, nem eu)
Então que é muito bom vc ter alguém pra te ouvir, pra contar os segredos mais sinistros (isso ainda não fiz, mas qual segredo sinistro eu tinha mesmo?), poder confiar que não vai te trair saindo contando pra todo mundo o que vc disse a ele. (assim espero).
E toda semana, 1 vez por semana eu vou lá, me sento e falo, e as vezes fico sem assunto tb (tdo bem que eu faltei 2 semanas seguidas, mas foi por motivo de .... deixa pra lá).
E posso dizer que melhorei muito desde então, porém a duas semana átras eu estava voltando a ficar doidona aí me levaram pro juqueí, deram uns sossega leão e eu voltei boazinha.
Tá essa parte é mentira, mas eu estava muito ansiosa, e na segunda fui ao psiquiatra (que agora é homem, e ótemo, e lindo - marido não leia) pra buscar outra receita, e ele aumentou a dose dos remédios. 2 por dia. Agora estou num ser ou não ser eis a questão, pois se eu tomar 2 posso viciar? Eu fiquei sem tomar por uns 5 dias, antes de fazer o betagacegê pensando que tava grávida, e senti diferença sem ele.Estarei eu virando uma hipoconDRIaca??(me interna)
Por favor me ajudem, me dem uma luz, estou desesperada!!!!!!
Isso tb é mentira, não tô desesperada, mas estou com essa dúvida cruel. É sério

 

 

https://www.virtual.epm.br/tratamento/sostoc/images/supersticao.gif

 

Muitos hábitos, como bater três vezes na madeira, não passar embaixo de escadas, evitar os gatos pretos, não pronunciar a palavra azar podem se assemelhar com os sintomas do TOC.
Na realidade, rituais como esses refletem apenas costumes e tradições antigas aceitos pelo grupo social do indivíduo e não causam prejuízos funcionais, não podendo ser considerados como uma doença e conseqüentemente não necessitam de tratamento.

Desde que a sua freqüência não seja excessiva ou cause sofrimento para o indivíduo, tais rituais não justificam nenhuma intervenção especial.

 

Mentes e Manias

"Há pessoas que só saem de casa depois de ligar e desligar todos os interruptores por três vezes, ou conferir se portas e janelas estão trancadas, ou se todos os objetos estão simetricamente alinhados.

Outras apresentam medo exagerado de contaminação e, por isso mesmo, lavam as mãos até se machucarem, tomam banhos intermináveis ou limpam móveis, maçanetas e objetos pessoais, de forma sistemática e repetitiva, em hábitos que estão longe de ser simples "manias", esquisitices ou excentricidades. Tais pessoas são portadoras do transtorno obsessivo-compulsivo (TOC).

Segundo o psiquiatra norte-americano John Ratey, professor da Harvard Medical School, quase 4% da população em geral sofre de TOC e ele atinge igualmente homens e mulheres de diferentes países, culturas e níveis socioeconômicos.

Em Mentes e Manias, a psiquiatra Ana Beatriz Barbosa Silva aproxima o leitor do universo dessas compulsões, mostrando como os portadores do transtorno tornam-se aos poucos prisioneiros desses pensamentos e rituais. Mesmo sabendo que suas ideias e ações são um tanto descabidas, não conseguem controlá-las.

Envergonhadas e com medo de serem ridicularizadas, muitas escondem seu problema e sofrem sozinhas.

Mas como pessoas inteligentes podem se deixar dominar por manias aparentemente tão absurdas?

A autora nos lembra que o TOC não tem nenhum tipo de relação com o grau de inteligência de seu portador:

 “Os fatores envolvidos nesse jogo são predisposição genética, situações de estresse, fatores neurobioquímicos, infecção por estreptococos, alterações hormonais durante a evolução da gravidez e após o parto, fatores psicológicos, entre outros."

 

Muito embora as pesquisas sobre a verdadeira origem do transtorno não sejam conclusivas, os primeiros sintomas do TOC podem ser identificados e tratados, como explica Ana Beatriz.

Compulsões ou manias por lavagem e assepsia, por organização e simetria, por verificação e checagem, manias de repetição, de contagem e de colecionamento são apenas alguns dos exemplos descritos em Mentes e Manias.

A autora explica que, ao manifestarem esses sintomas, em geral as pessoas têm consciência de que essas atitudes são irreais e ilógicas, muitas vezes achando-se idiotas e tolas: "No entanto, elas acabam realizando-os do mesmo jeito por não suportar a ansiedade que sente. Essa sensação de tornar-se ridículo gera a vergonha em expor os sintomas e, em consequência, a ocultação dos mesmos.

 

 Em um grande número de casos de TOC, pessoas muito próximas do paciente (cônjuge, amigos, pais, irmãos etc.) não têm conhecimento de seus sintomas e do sofrimento produzido por eles."

Fruto de uma vasta experiência clínica, a dra. Ana Beatriz Barbosa Silva, reúne em Mentes e Manias uma série de casos de sucesso, descrevendo com precisão as menores nuances e manifestações do TOC.

 

A autora aponta ainda os caminhos que conduzem à compreensão e à superação de um transtorno tão complexo, que ainda tanto desafia a medicina e psicologia."

 

Mania de não jogar fora

O transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) consiste em “manias” ou rituais repetitivos que a pessoa não consegue controlar e começam a trazer sofrimento e prejuízo social.

Existem diversos tipos de TOC, alguns tão graves que chegam a ser incapacitantes, fazendo a pessoa não querer sair de casa, além de atrapalharem a relação com a família, podendo até mesmo causar o fim do casamento e a perda do emprego.

Dentre os rituais que mais dificultam a convivência está o chamado “colecionismo”. Apesar do que o nome sugere, não se trata somente de colecionar objetos como, por exemplo, o hobby de guardar notas antigas, latas de refrigerante e cerveja ou pequenas lembranças da infância. Neste tipo de TOC, a pessoa pode chegar a guardar jornais velhos, garrafas PET, caixa de papelão e outros objetos sem muita utilidade.

Este comportamento começa a causar conflitos entre as pessoas que convivem com o portador do transtorno, tamanho é o espaço que começam a ocupar na casa, muitas vezes acumulando poeira e sujeira e até impedindo a locomoção entre os cômodos. Nos Estados Unidos são conhecidos pelo termo “hoarders” e inspiraram um programa de TV que leva o mesmo nome e exibe a casa destas pessoas.

É claro que nem todas as pessoas que guardam objetos podem ser consideradas doentes. O TOC geralmente envolve hábitos nitidamente irracionais, ou seja, que fogem da coerência, são incontroláveis (se não houver tratamento) e por incrível que pareça são conscientes, seu portador sabe que não faz sentido e por isso sofre por não conseguir parar de fazer ou pensar sempre na mesma coisa.

No transtorno obsessivo-compulsivo, primeiro vem um pensamento que chamamos de obsessão, pois se repete a todo o tempo. Em seguida, a pessoa, na tentativa desesperada de aliviar estas obsessões, começa a ter atitudes cada vez que vem o pensamento. Esses atos chamam-se compulsões. Ambos os fenômenos estão diretamente relacionados à ansiedade e ainda hoje não se sabe ao certo por que algumas pessoas desenvolvem o TOC e outras não.
O tratamento recomendado envolve o acompanhamento com o médico psiquiatra com uso de medicamentos, associados à psicoterapia com o psicólogo. A técnica mais estudada para o TOC é a psicoterapia cognitivo comportamental. A duração é variável, mas geralmente tem prazo de médio a longo, podendo haver constantes ajustes da dosagem e possível troca da substância quando ocorrem reações adversas, já que é comum o uso de doses mais altas para alcançar a total remissão dos sintomas.

E você? Tem alguma mania!!

 
O que eu tenho

Transtorno Obsessivo-Compulsivo já atinge 4% da população mundial

 

Quando é que uma mania inofensiva vira obsessão? O que separa o capricho de querer ver uma casa limpinha de uma doença? Qual a diferença entre uma criança com curiosidades e medos comuns de outra que começa a sofrer de um transtorno de ansiedade? O Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC) já atinge 4% da população mundial. Para entender o problema, a psiquiatra Ana Beatriz Barbosa Silva escreveu o livro Mentes & Manias em 2008. Agora ele é relançado, com nova organização e referências atuais.

Entrevistar essa médica, autora de best-sellers como Mentes Perigosas – O Psicopata Mora ao Lado, Bullying – Mentes Perigosas nas Escolas e Mentes Inquietas, é sempre interessante. Não só pelo conhecimento profundo das doenças, mas também pelo prazer que ela tem de tornar esse conhecimento acessível a tantas pessoas. Ela diz que é uma observadora desde sempre e que a mente humana é o alvo de sua maior curiosidade.

Ana Beatriz gosta de enfatizar o lado positivo de muitas pessoas que sofrem de TOC. “O que o portador de TOC almeja é uma condição mental que o permita ter organização, senso crítico, capricho, persistência, responsabilidade. São características positivas, que muita gente gostaria de ter. O problema é o exagero, o desequilíbrio”, afirma.

Ana Beatriz Barbosa Silva falou ao Mulher 7×7:

Como distinguir uma mania inofensiva de uma doença?

Há doença quando esses pensamentos obsessivos, sempre negativos, começam a influenciar no dia-a-dia de maneira significativa. Tenho uma paciente que trabalha às 10h num bairro perto de casa. Ela levantava às 8h pra sair de casa às 9h. Aos poucos, foi levantando cada vez mais cedo por causa de procedimentos cada vez maiores, até que passou a acordar às 3h da manhã. O banho tinha etapas, xampus especiais, repetições de procedimentos. Ficou impossível. Até que ela se mudou para o mesmo bairro em que trabalhava. Mas em vez de acordar mais tarde, inventou mais necessidades e passou a acordar ainda mais cedo. A vida ficou impossível e ela procurou tratamento. Esses rituais compulsivos escravizam as pessoas que sofrem de TOC.

O TOC é um dos piores transtornos de ansiedade?

Existem os transtornos leves, como a tensão da véspera de uma prova importante, até algo como uma síndrome de pânico – que está no extremo de uma curva pontiaguda de ansiedade. O TOC pode ser caracterizado como um platô no ponto máximo da ansiedade. É o pior – o tempo todo. O sofrimento é enorme. As pessoas são reféns delas mesmas.

 

O que desencadeia o TOC?

 

Antes de tudo, há o fator genético. Parentes de primeiro grau de alguém que sofre de TOC têm 35% de chance de também ter, se for parente de primeiro grau. Os de segundo grau têm entre 15% e 20% de chance. A doença está lá, esperando o momento de sair. Mas é preciso um gatilho, um trauma, para que ela comece a se manifestar. E aí varia muito.

Por que algumas pessoas têm um tipo de TOC e não outro?

Isso está na história e nas possibilidades de cada um. Mas todos têm, em comum, pensamentos horrorosos. Como se algo pavoroso fosse ocorrer se eles não seguirem aqueles rituais, aqueles procedimentos.

Há mais pessoas com essa doença hoje em dia ou ela é apenas mais reconhecida?

As pessoas estão se informando mais. As pessoas com TOC tinham um sentimento solitário, achando que aquilo só acontecia com elas. Até a década de 80 se achava que era uma doença rara que só atingia 0,2% da população do mundo. Simplesmente não era contabilizada. Nos anos 90, quando lançaram o filme Melhor Impossível, com Jack Nicholson, houve uma explosão de diagnósticos nos Estados Unidos. As pessoas pensaram: caramba, eu imaginava que só eu tinha isso. Nos anos seguintes, o percentual de pacientes de TOC subiu para 2%. E hoje está em 4% – mais do que diabetes. Aqui no Brasil, os diagnósticos aumentaram muito depois que Roberto Carlos admitiu que tinha a doença, há cerca de oito anos. Um ídolo como ele, que não foge do assunto, que conta que está se tratando, aumentou a coragem das pessoas para também procurar ajuda.

 

O TOC dá sinais na infância?

 

Sim. Os pais devem prestar atenção nos comportamentos obsessivos. É importante dizer que toda criança tem uma fase, por volta de 6 a 8 anos, em que tem pensamentos obsessivos. Ela acaba de passar pelo que chamamos de processo de subjetivação. Muito pequena, a criança pensa que ela e a mãe, o pai, são a mesma coisa. Quando ela começa a perceber que não, ocorre a ansiedade de separação. Então o menino ou menina não quer desgrudar da mãe, chora quando ela demora a chegar, etc. Isso é normal. Mas se essa ansiedade continuar no futuro, se transformando em medo de ficar sozinha, em pesadelos repetidos, já se acende uma luz vermelha para mostrar que os níveis de ansiedade estão maiores do que o normal.

Mais tarde, na adolescência, que outros sinais podem ocorrer?

Medo de sair, a não ser que seja com os pais, não quer andar pela rua sozinho, faz perguntas repetitivas. Também aparecem tiques: roer unhas ate sangrar, morder cabelo, arranca sobrancelhas e cílios. Talvez seja hora de começar o tratamento. Quando nós, psiquiatras, recebemos uma criança para tratar TOC, é um alívio. É a garantia de que podemos curá-lo ou deixá-lo com um grau leve da doença.

É possível tratar a doença só com terapia?

Não. É preciso sempre remédio, mesmo que sejam crianças. Na maioria das vezes, antidepressivos, associados à terapia cognitivo-comportamental. Não se corta o ciclo do pensamento de um doente de TOC apenas com terapia. A tendência dos rituais é sempre ir aumentando. Não há caminho de volta natural.

Em seu livro, você diz que o ideal é conseguir transformar o TOC em COT. O que é isso?

O que o portador de TOC almeja é uma condição mental que o permita ter organização, senso crítico, capricho, persistência, responsabilidade. São características positivas, que muita gente gostaria de ter. O problema é o exagero, o desequilíbrio dessa vontade. O que chamo de COT é a condição mental caracterizada pelo pensamento analítico (Cognição), pela capacidade de sistematização e definição de objetivos (Organização) e pela realização bem-sucedida (Transformação). Isso define o COT, e são capacidades maravilhosas. Mas às vezes esse dom, em vez de positivo, se transforma em obsessão, doença.

As compulsões mais comuns do TOC são:

Limpeza e lavagem: lavar-se em excesso a ponto de irritar a pele; banhos intermináveis.

Ordenação e simetria: rituais desgastantes para que as coisas fiquem absolutamente organizadas ou simétricas, sem necessidade.

Verificação: conferir inúmeras vezes janelas, portas, botões de fogão, torneiras, bicos de gás, ou se o despertador está mesmo programado, etc.

Contagem: contar até dez em ordem crescente ou decrescente; ou até determinado número para expulsar pensamentos ruins; ter que repetir uma ação um determinado número de vezes.

Colecionamento: entulhar a casa com caixas, jornais, vidros, manuais, garrafas plásticas, laços de presentes, restos de lápis.


Cerca de 4% da população mundial sofre de Transtorno Obsessivo Compulsivo. As manias são consideradas doença quando afetam a vida pessoal e profissional.

 

De seis a dezessete anos. Esse é o tempo médio que uma pessoa com Transtorno Obsessivo Compulsivo, conhecido como TOC, demora para procurar ajuda. Pior que isso: boa parte daqueles que têm o problema sofre em silêncio, com receio e vergonha de expor suas manias ou compulsões. Manias das mais variadas: tem gente que só sai de casa depois de desligar o gás ou trancar todas as portas; há aqueles que precisam dispor certos objetos simetricamente lado a lado, mesmo que a tarefa lhe tome um bom tempo; e há ainda os que têm pavor de ser contaminados por algum micro-organismo superpoderoso, por isso, lavam as mãos repetida e constantemente. Esses são apenas alguns exemplos. Em comum, todos sentem uma ansiedade atroz caso não executem determinada tarefa. É uma necessidade que se transforma em prisão – aliás, tem quem se isole em casa por conta da doença.

Segundo dados da Harvard Medical School, cerca de 4% da população mundial sofre do transtorno, que atinge homens e mulheres em igual proporção. E as manias são consideradas doença quando passam a afetar a vida pessoal e profissional. Dá para imaginar o quão complicada fica a convivência com alguém que passa horas a fio tomando banho; que precisa passar centenas de vezes ao dia pela porta do seu quarto ou que tem a necessidade de limpar compulsivamente as maçanetas da casa. Vale saber: um artigo publicado no Journal of the American College of Cadiology revelou que a exposição crônica a tamanha ansiedade e a outros sentimentos a ela associados, como o medo, aumenta de 30% a 40% o risco de infarto.

Você tem pensamentos ruins, que surgem de repente na sua mente? 

- Eles sempre voltam e trazem muito incômodo, angústia e medo? 

- De tanto pensar você acredita que eles vão se concretizar e que você precisa fazer algo para evitar que o pior aconteça? 

- Esses pensamentos e/ou atitudes para espantar os pensamentos tomam mais de uma hora do seu tempo por dia? 

- No fundo você sabe que esses pensamentos e/ou atitudes não tem lógica, mas ainda assim você não consegue evitá-los? 

- Você acha que não pode contar a ninguém, porque vão pensar que você está ficando louco?

 

 

Provavelmente você tenha TOC - Transtorno Obsessivo-Compulsivo.

 

É importante esclarecer que manias, superstições e preocupações, todo mundo tem. A diferença para o TOC é que ele traz muito sofrimento.
Obsessões: "são pensamentos ou impulsos que invadem a mente de forma repetitiva e persistente. Podem ainda ser imagens, palavras, frases, números, músicas, etc. Sentidas como estranhas ou impróprias, as obsessões geralmente são acompanhadas de medo, angústia, culpa ou desprazer. O indivíduo, no caso do TOC, mesmo desejando ou se esforçando, não consegue afastá-las ou suprimi-las de sua mente. Apesar de serem consideradas absurdas ou ilógicas, causam ansiedade, medo, aflição ou desconforto que a pessoa tenta neutralizar realizando rituais ou compulsões, ou através de evitações (não tocar, evitar certos lugares)."

Há muitos tipos de obsessões, porém as mais comuns são:

  • Preocupação excessiva com sujeira, germes ou contaminação;
  • Dúvidas;
  • Preocupação com simetria, exatidão, ordem, seqüência ou alinhamento;
  • Pensamentos, imagens ou impulsos de ferir, insultar ou agredir outras pessoas;
  • Pensamentos, cenas ou impulsos indesejáveis e impróprios, relacionados a sexo (comportamento sexual violento, abusar sexualmente de crianças, falar obscenidades, etc.);
  • Preocupação em armazenar, poupar, guardar coisas inúteis ou economizar;
  • Preocupações com doenças ou com o corpo;
  • Religião (pecado, culpa, escrupulosidade, sacrilégios ou blasfêmias);
  • Pensamentos supersticiosos: preocupação com números especiais, cores de roupa, datas e horários (podem provocar desgraças);
  • Palavras, nomes, cenas ou músicas intrusivas e indesejáveis;

Compulsões ou rituais: "são comportamentos ou atos mentais voluntários e repetitivos, executados em resposta a obsessões, ou em virtude de regras que devem ser seguidas rigidamente.

Os exemplos mais comuns são lavar as mãos, fazer verificações, contar, repetir frases ou números, alinhar, guardar ou armazenar objetos sem utilidade, repetir perguntas, etc.

As compulsões aliviam momentaneamente a ansiedade associada às obsessões, levando o indivíduo a executá-las toda vez que sua mente é invadida por uma obsessão.

Por esse motivo se diz que as compulsões têm uma relação funcional (de aliviar a aflição) com as obsessões.

E, como são bem sucedidas, o indivíduo é tentado a repeti-las, em vez de enfrentar seus medos, o que acaba por perpetuá-los, tornando-se ao mesmo tempo prisioneiro dos seus rituais."

As compulsões mais comuns são:

  • De lavagem ou limpeza;
  • Verificações ou controle;
  • Repetições ou confirmações;
  • Contagens;
  • Ordem, simetria, seqüência ou alinhamento;
  • Acumular, guardar ou colecionar coisas inúteis (colecionismo), poupar ou economizar;
  • Compulsões mentais: rezar, repetir palavras, frases, números;
  • Diversas: tocar, olhar, bater de leve, confessar, estalar os dedos. 

 Compulsões mentais: ao invés de afastar os pensamentos ruins com atitudes visíveis, você tenta afastá-los com outros pensamentos. Os mais comuns são:

  • Repetir palavras especiais ou frases;
  • Rezar;
  • Relembrar cenas ou imagens;
  • Contar ou repetir números;
  • Fazer listas;
  • Marcar datas;
  • Tentar afastar pensamentos indesejáveis, substituindo-os por pensamentos contrários.

As pessoas podem apresentar apenas pensamentos obsessivos, pensamentos obsessivos e rituais ou só rituais.


Como saber se você é um portador de TOC?



•  Preocupo-me demais com sujeira, germes, contaminação, pó ou doenças.
•  Lavo as mãos a todo o momento ou de forma exagerada.
•  Limpo ou lavo demasiadamente o piso, móveis, roupas ou objetos.
•  Tomo vários banhos por dia ou demoro demasiadamente no banho.
•  Não toco em certos objetos (corrimãos, trincos de portas, dinheiro, etc.) sem lavar as mãos depois.
•  Evito certos lugares (banheiros públicos, hospitais, cemitérios) por considerá-los pouco limpos ou achar que posso contrair doenças.
•  Verifico portas e janelas mais do que o necessário;
•  Verifico repetidamente o gás, o fogão, as torneiras e os interruptores de luz após desligá-los
•  Minha mente é invadida por pensamentos desagradáveis e impróprios, que me causam aflição e que nem sempre consigo afastá-los.
•  Tenho sempre muitas dúvidas, repetindo várias vezes a mesma tarefa ou pergunta para ter certeza de que não vou errar
•  Preocupo-me demais com a ordem, o alinhamento ou simetria das coisas, e fico aflito(a) quando estão fora do lugar.
•  Necessito fazer coisas de forma repetida e sem sentido (tocar, repetir certos números, palavras ou frases).
•  Sou muito supersticioso com números, cores, datas ou lugares.
•  Necessito contar enquanto estou fazendo coisas.
•  Guardo coisas inúteis (jornais velhos, caixas vazias, sapatos ou roupas velhas) e tenho muita dificuldade em desfazer-me delas.

Se você respondeu "sim" a uma ou a mais de uma dessas opções, é provável que você seja um portador de TOC.

 

Lembre-se de que os sintomas devem causar desconforto ou interferir na sua rotina, no seu desempenho profissional e nas relações sociais.

Procure um médico para confirmar o diagnóstico. E não se desespere: existe tratamento.

SOBRE TOC – DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO

O TOC caracteriza-se por pensamentos obsessivos, geradores de ansiedade e angústia aos seus portadores.

Estas pessoas então sentem-se obrigadas a realizar ações compulsivas em busca de alívio, mesmo que momentâneo, muitas vezes com a crença de que se o comportamento não for realizado, algum mal poderá ocorrer a um ente querido.

É considerado patológico o sintoma que interfere na vida familiar, escolar e profissional do individuo.

Imagine uma pessoa que tenha medo ou aflição de tocar objetos, para não se contaminar por micróbios.

O pensamento obsessivo toma conta de sua mente de tal forma, que a pessoa sente-se obrigada a lavar as mãos repetida vezes, ainda que isso a machuque, até sentir-se aliviada. As obsessões mais comuns são as de limpeza e contaminação ( por doenças e sujeira), verificação, escrupulosidade (moralidade) religiosas e sexuais.

As compulsões mais comuns são: limpeza e lavagem, verificação, contagem, ordenação e arranjo, rezar e colecionar.

Há componentes psicológicos e biológicos no TOC e é importante que o diagnóstico seja feito o mais breve possível.

O que é TOC e o que não é TOC

Manias incontroláveis podem ser Transtorno Obsessivo Compulsivo

 

Verificar várias vezes se a roupa que deixou no guarda-roupa está do mesmo jeito, lavar as mãos seguidamente, se preocupar excessivamente com a limpeza da casa, nunca deixar um chinelo virado...
Esses e outros comportamentos semelhantes podem, na verdade, constituir sintomas do chamado Transtorno Obsessivo Compulsivo ou TOC.

Segundo pesquisadores da Universidade de Cambridge, na Grã-Bretanha, estima-se que entre 2 e 3% da população mundial tenham a doença, que costuma afetar membros da mesma família.

"O TOC é um transtorno que tem base neurobiológica, ou seja, acontecem alterações no funcionamento cerebral. Pode ser que níveis insuficientes de serotonina estejam envolvidos de

maneira preponderante no surgimento dos sintomas, mas apenas estudos genéticos poderão definir algum dia os genes que predispõem o aparecimento deste grave problema", explica a psiquiatra Ana Gabriela Hounie, vice-coordenadora do Projeto Transtorno do Espectro Obsessivo-Compulsivo (Protoc) da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP).

O paciente com TOC sofre com medos, pensamentos irracionais e repete atos. "A principal característica da doença é a presença de obsessões: imagens, impulsos ou pensamentos que invadem a mente e que são acompanhados de ansiedade ou desconforto", explica a especialista.

A veterinária Carina Montanha, de 37 anos, sofre da doença desde os oito. "Quando era mais nova, costumava arrumar gavetas, armários, livros e sempre me achei uma pessoa organizada. Nunca passou pela minha cabeça que eu fosse uma pessoa doente. Com o tempo, passei a seguir um ritual para limpar meu quarto, que demorava quatro horas. Isso passou a me incomodar, mas não sabia exatamente o que estava acontecendo até que depois de adulta procurei ajuda", conta ela.

A história de Carmem Fontes não é muito diferente. "Eu não dormia sem estar com o mesmo pijama todas as noites. Achava que, se eu não o colocasse, algo de ruim aconteceria na minha vida. Também passava cinco vezes o xampu nos cabelos. Me consultei com psicólogos e psiquiatras até chegar ao diagnóstico de Transtorno Obsessivo Compulsivo", afirma.

Segundo especialistas, essas obsessões geradas por pensamentos estranhos são ações criadas pelo doente para "trazer alívio".

A psiquiatra Ana Hounie diz que o paciente tenta "'neutralizar"' a situação de mal-estar com um comportamento diferente, que não faz sentido para os outros.
Geralmente, os primeiros sintomas aparecem por volta dos 14 ou 15 anos de idade nos pacientes do sexo masculino e na faixa dos 25 aos 35 anos no feminino.

 Porém, o Transtorno Obsessivo Compulsivo também pode ter início na infância.

O primeiro passo para a pessoa vencer a doença é aceitar que algo está errado. "A pessoa que sofre de TOC tem vergonha das suas atitudes e angústias.

Isso acaba se tornando um incômodo.

É essencial ter compreensão, principalmente dentro de casa para superar", diz Ana Hounie.

Atualmente, a maneira mais eficaz de controlar o mal é com o consumo de antidepressivos - que elevam os níveis de serotonina -, terapia comportamental ou cognitiva, psicoeducação e apoio familiar.

"Esses recursos atenuam os sintomas, mas a melhora tende a ser demorada.

Não podemos dizer que há cura.

 É uma questão de tratamento e controle. Se a pessoa se controla, melhora. Caso contrário, não", avisa a psiquiatra.


Famosos que sofrem de TOC


O cantor Roberto Carlos costumava entrar e sair de um ambiente sempre pela mesma porta, não usava roupas da cor marrom e nem assinava contratos na fase minguante da Lua.

Com tratamentos, o cantor passou a se sentir melhor.

Luciana Vendramini sofre do mesmo distúrbio.

A atriz criou "rituais" para começar bem o dia, tomar banho e comer.

Em razão das suas manias, ela já ficou horas debaixo do chuveiro.

A doença também foi controlada por meio de tratamento especializado.

O apresentador Jô Soares confessou recentemente em seu programa que sofre de TOC. Aos 69 anos, Jô afirma que contraiu a doença com a idade e, atualmente, todos os quadros da casa dele têm de estar levemente tombados para a direita.

 

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O TOC é um problema de ansiedade caracterizado pela presença de dois componentes principais:
 


Obsessões....
 

Compulsões ....

 

O TOC é um transtorno de ansiedade caracterizado por pensamentos obsessivos. Estes pensamentos são idéias persistentes, impulsos ou imagens que ocorrem de forma invasiva na mente da pessoa, gerando muita ansiedade e angústia.

A pessoa portadora de TOC tenta ignorá-los ou eliminá-los através de ações que são intencionais e repetitivas. Geralmente reconhece que seu comportamento é excessivo ou que não há muita razão para fazê-lo.

As obsessões ou compulsões acarretam grande estresse, consomem tempo (mais de uma hora por dia) ou interferem bastante na rotina normal, no trabalho ou nas atividades sociais e relacionamentos interpessoais.

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O TOC é produto da interação de vários componentes:

 

 

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Influências ambientais como infecções por bactérias (estreptococos) e vírus bem como traumatismo craniano podem desencadear os sintomas.  Outros fatores que podem influenciar no desenvolvimento do problema estão relacionados com o aprendizado e o stress.

 

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Um modelo recente associa os sintomas de TOC a algumas estruturas cerebrais específicas.A falta da serotonina, um mensageiro químico das células nervosas, nessas regiões cerebrais, estaria associada à origem do problema. 

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Aproximadamente 2%, ou seja, 3 millhões de brasileiros podem apresentar os sintomas do TOC durante um ano.  O TOC inicia-se em geral na adolescência e não há diferença entre os sexos.
 O custo estimado da doença nos EUA em 1990 foi de 8,4 bilhões de dólares, se somados prejuízos sociais e econômicos.

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Uma das primeiras descrições do conceito moderno de TOC foi publicada pelo psiquiatra alemão Karl Westphal em 1865. Posteriormente, diversos autores modificaram este conceito de acordo com as suas diferentes escolas.

 

1835 

Charles Darwin, o criador da Teoria da Evolução, era notoriamente portador de sintomas obsessivos, envolvendo ordem e colecionismo.

1915

Freud, o criador da psicanálise, no início do século, propôs que os sintomas obsessivos compulsivos seriam produto da repressão de instintos agressivos e de problemas no desenvolvimento psicológico da criança.

1950 

Howard Hughes, o famoso milionário texano, da indústria aeroespacial e casado com diversas estrelas de Hollywood, acabou prisioneiro de seus rituais obsessivos envolvendo limpeza e contaminação.

1960

 

Tratamento farmacológico: a primeira evidência da eficácia dos medicamentos no TOC foi obtida por Lopez Ibor Jr. em 1969, utilizando a clomipramina endovenosa (Anafranil). Nos anos que se seguiram, ela passou a ser a medicação mais usada para o tratamento do quadro até hoje. Posteriormente, medicamentos como o a fluoxetina (Prozac) e outras medicações, desenvolvidas nos anos 80, mostraram boa eficácia e menos efeitos colaterais.

 

 1970
 

Tratamento comportamental: baseado nos experimentos iniciais de Pavlov, em 1915, o tratamento comportamental passou a ser utilizado em pacientes, na década de 50, com os trabalhos de Wolpe.

 Estudos controlados envolvendo centenas de pacientes demonstraram a sua eficácia nos quadros de ansiedade a partir dos anos 70.

 

 

1980

Harrison Ford admitiu ter sintomas obsessivos envolvendo preocupação com a organização de seus pertences que tinham que ser dobrados e arrumados em perfeita simetria. ....."Eu procuro evitar meu comportamento obsessivo, sem sucesso. Meu verdadeiro interesse está no detalhe, a maneira como as minhas meias estão arrumadas, como minhas camisas estão penduradas, a organização das ferramentas na minha oficina."......

Hoje

 

Atualmente, o TOC é considerado como um distúrbio do funcionamento cerebral que se manifesta em decorrência do desequilíbrio de alguns neurotransmissores como a serotonina.
Causas genéticas e comportamentais ou ambientais contribuem para sua gênese.

 

HÁBITOS SIMPLES PARA O BEM-ESTAR

Hábitos simples que podemos adotar na nossa rotina diária, podem contribuir em muito para uma nova atitude de saúde e bem-estar.

Bocejar

O bocejo libera a musculatura da face, do pescoço, assim ajudando a fala e a expressão facial; contribui para o desbloqueio da respiração e do tecido muscular da região dos ombros.

Espreguiçar

O espreguiçar é um ato reflexo, espontâneo de alongamento corporal. Proporciona a liberação de músculos e articulações, desencadeando um relaxamento imediato e natural.

É o “despertar” do corpo para o movimento.

 

Suspirar

O suspiro é o espreguiçar dos músculos que trabalham na respiração. É o ato que relembra o corpo que uma respiração mais profunda traz equilíbrio à saúde e reduz os efeitos produzidos pelas tensões do cotidiano e por sensações emocionais como ansiedade, angustia e medo.

 

BOCEJE, ESPREGUICE E SUSPIRE...

Diariamente ao acordar, antes de deitar e sempre que sentir-se tenso.

ATIVIDADE FISICA – ESCOVAÇÃO

A escovação corporal é uma prática simples que pode ser realizada em casa e traz bem-estar para o corpo e inúmeros benefícios para saúde. Ela pode ser realizada sobre a roupa ou direto sobre a pele, preferencialmente com uma escova de madeira ou bucha vegetal.  A escovação deve seguir uma seqüência básica, para assim alcançar o efeito estimulante circulatório e relaxante muscular.  Pode ser realizada após o banho seguida da aplicação de creme. Quando for feita sobre a roupa deve-se usar a escova de madeira.  Siga a seqüência abaixo e procure praticar pelo menos duas vezes por semana.  Comece a escovação pelo abdômen com movimentos circulares no sentido horário.  Escove a planta do pé, dos dedos para o calcanhar. Com movimento ascendente, do tornozelo até a região da virilha, repita 4x.   Com movimento ascendente na região posterior, do calcanhar até a coxa, repita 4x.   Com movimento ascendente na lateral da perna , do tornozelo até a lateral do quadril, repita 4x.  Com movimentos circulares na região glútea.  Finalize escovando a região lombar com movimentos de um lado para o outro.

GERANDO SAÚDE – NUTRIÇÃO

 

DICAS PARA UMA BOA ALIMENTAÇÃO

  1. Dividir a alimentação em 3 refeições principais e 3 lanches intermediários. Isso evita que o indivíduo fique beliscando entre as refeições, já que irá consumir pequenos lanches, aumenta o trabalho intestinal, pois haverá estímulo constante do trato digestivo e aumenta o gasto de energia para o metabolismo dos alimentos.
  1. Preste atenção na mastigação. Esta ação proporciona uma melhor digestão e um melhor aproveitamento dos nutrientes.
  1. Deve-se ingerir muito líquido, principalmente água (2 a 3 litros) para manutenção das funções normais do organismo, mas sempre nos intervalos das refeições.
  1. O açúcar deve ser diminuído ou substituído por algum adoçante. É muito calórico e não traz benefícios à saúde.
  1. As fibras devem fazer parte da ingestão diária para assegurar um bom funcionamento intestinal e para auxiliar na prevenção de doenças. Alem disso, alimentos ricos em fibras reduzem a sensação de fome. Recomenda-se o consumo de 20 a 30 gs de fibras por dia.
  1. O exercício físico, quando praticado de forma correta e orientado por profissional especializado, acelera a queima da gordura armazenada, auxiliando na redução de peso.
  1. Fazer as refeições em lugar tranqüilo e sem pressa. Nunca se deve comer andando ou vendo televisão.
  1. Não dormir logo após as refeições e não comer alimentos pesados à noite, pois nesse período a digestão é mais lenta e difícil.

Quando a mania vira doença

Olhar debaixo da cama, verificar se a porta está fechada, lavar as mãos repetidamente, podem ser hábitos considerados normais à maioria das pessoas. Seja por superstição ou tiques, ninguém está livre de ter comportamentos que fogem do padrão. Apenas quando essas manias ou rituais passam a interferir e prejudicar a vida de uma pessoa é preciso recorrer à ajuda de algum profissional. Nesses casos é possível que este indivíduo seja portador de Transtorno Obsessivo-Compulsivo, ou simplesmente TOC.

Embora comum, não existem causas conhecidas para o distúrbio. Estudos levam a acreditar em uma combinação decorrente de fatores hereditários com fatores ambientais. A condição genética sozinha apenas sugere uma predisposição em desenvolver TOC. É preciso que haja algum acontecimento externo, como traumas psicológicos, que atue como um gatilho. Um problema que atinge igualmente homens e mulheres, aparecendo normalmente no fim da adolescência, caracterizado pela compulsão e obsessão, gerando ações ou rituais repetidos. Em geral, é uma doença crônica que, quando não tratada, pode acompanhar a pessoa durante toda a vida.

Nesses casos é indicada uma avaliação com um psiquiatra e o uso de medicamentos nos casos mais graves. O acompanhamento com um psicoterapeuta pode reduzir ou eliminar completamente dos sintomas. Segundo a psicóloga e professora do Curso de Psicologia da Universidade Veiga de Almeida, Maria Amélia Penido, o transtorno obsessivo-compulsivo é considerado o quarto tipo de distúrbio mais frequente dentro da psiquiatria, causando danos na vida pessoal, profissional e social do portador da doença. “O paciente com TOC tipicamente reconhece que os sintomas são excessivos ou irracionais e, mesmo assim, não consegue resistir a eles”.

Isso acontece em virtude do preconceito em torno da doença, visto que não pode ser diagnosticada com exames. As pessoas não conseguem entender e chegam a duvidar da existência do problema. Para Penido, tratar o distúrbio com humor como é feito em alguns humorísticos desmistifica a doença e dissemina o conhecimento sobre ela. “Só não podemos esquecer o grande sofrimento que está associado. As pessoas com esse problema apresentam muitos prejuízos em suas vidas e precisam de informação, tratamento e apoio”.

Nesse aspecto, o papel da família é fundamental, uma vez que suas vidas também acabam sendo afetadas. Com informação e orientação para que compreendam a doença e a terapia, ajudam no tratamento. Uma conquista de todos na busca por uma vida melhor ao portador do transtorno.

ORIENTAÇÕES AO PORTADOR E SEUS FAMILIARES

O QUE É A SÍNDROME DE TOURETTE (ST)?

ST é um transtorno neuropsiquiátrico crônico definido pela presença por mais de um ano de múltiplos tiques motores e um ou mais tiques vocais. Esses sintomas causam um impacto importante na vida do portador. Os tiques geralmente aparecem por volta dos 7 anos, havendo uma faixa de início que varia dos 2 aos 15 anos. Em geral, apresentam-se na forma de tiques motores simples, mais comumente piscadelas dos olhos e/ou movimentos de ombros, da cabeça, só para citar alguns exemplos. O início dos tiques vocais ocorre posteriormente ao dos tiques motores, na idade média de 11 anos, freqüentemente na forma de pigarro, fungadelas, tosse, exclamações coloquiais, entre outras. Estima-se que um terço dos pacientes apresente o desaparecimento completo dos sintomas ao final da adolescência, outro terço apresente melhora dos tiques e o restante continue com os sintomas durante a vida adulta.

O paciente consegue evitar os tiques, porém com esforço e tensão emocional. Algumas vezes, as manifestações são precedidas por uma sensação desconfortável, chamada premonitória e, freqüentemente, seguidas por um sentimento de alívio. Costumam desaparecer durante o sono e diminuir com a ingestão de bebidas alcoólicas ou durante atividades que exijam concentração. Por outro lado, fatores como estresse, fadiga, ansiedade e excitação aumentam a intensidade dos movimentos característicos.

O QUE CAUSA A ST?

A causa não foi ainda definitivamente encontrada, mas sabe-se que o TT é um transtorno biológico com forte base genética e que a base do problema estaria numa complexa interação entre genes e fatores de risco ambientais específicos. É fato que ansiedade e estresse podem exacerbar os tiques, mas isto não significa que se trate de um problema psicológico.

QUAL O TRATAMENTO QUE TEM SE MOSTRADO MAIS EFICAZ PARA A ST?

Antes de o tratamento ser iniciado, deve-se fazer uma avaliação dos tiques, no que diz respeito à localização, freqüência, intensidade, complexidade e interferência na vida cotidiana. Também devem ser analisados aspectos como ambiente escolar e familiar, relacionamentos e distúrbios associados ao problema.

Quando os tiques são mais graves pode haver necessidade de medicar o paciente. É importante destacar que o resultado da medicação pode demorar a aparecer. Pode ainda ocorrer uma piora dos sintomas com o início da medicação, levando a família a acreditar que foram os remédios que pioraram os tiques. É necessário neste momento que pacientes e familiares confiem no médico e aguardem, pois o resultado do uso da medicação deve aparecer em algumas semanas. Na psicoterapia bons resultados têm se obtido com uma das técnicas comportamentais chamada de reversão de hábitos e com a psicoeducação.

COMO A ST PODE AFETAR A VIDA DO PORTADOR E DE SEUS FAMILIARES?

Os tiques ocorrem de forma episódica (em "acessos") ao longo de um dia. São episódios onde há um intervalo curto (0,5 a 1s) entre tiques sucessivos. Alguns portadores descrevem uma "tensão interna" progressivamente crescente, e que só é aliviada pela realização do tique. Essas sensações – e a luta para controlá-las – podem ser muito debilitante.

A família necessita entender que se trata de um problema orgânico e que ninguém é culpado por isto. Compreender que em muitos casos os sintomas são transitórios é outro dado importante. Para os portadores em fase escolar, os tiques, com freqüência, geram brincadeiras e apelidos dentro do grupo. A criança se esforça para não dar vazão aos tiques, mas não consegue permanecer longos períodos livre dos tiques e, quando se concentra em alguma atividade, eles surgem sem que a criança note. Portanto, dependendo da intensidade dos tiques, é comum o surgimento de problemas de sociabilidade. Os familiares devem estar atentos para que a criança não sofra maus tratos no ambiente escolar.

AJUDANDO NO TRATAMENTO DOS PORTADORES

Receber apoio do cuidador, de familiares e dos amigos facilita ao portador seguir o tratamento e obter sucesso. O envolvimento de todos torna as intervenções mais eficientes, multiplica os recursos ao paciente, em especial sua adesão ao processo terapêutico. É importante, também, saber que critica e rejeição ao paciente podem cooperar para uma recaída. Para a melhor convivência de todos é necessário que o transtorno seja aceito e compreendido por aqueles que convivem com o portador. Pessoas com esses transtornos estão em sofrimento e precisam de tratamentos eficazes para um bom enfrentamento.

Diagnóstico e tratamento apropriados podem ensiná-los e ter um controle e a lidar bem com o problema. Os transtornos são como inimigos que entram nos lares sem pedir permissão. Os familiares e os pacientes, juntos, podem aprender como combatê-los.

Ao saber que alguém na sua família é portador de TOC ou Tourette, talvez você se sinta alarmado e confuso, principalmente pela presença de comportamentos estranhos apresentados pelo indivíduo e também por não saber como reagir aos mesmos.

É importante reconhecer que não há culpados pelo surgimento do transtorno, o qual é uma condição médica como qualquer outra, como por exemplo, asma, diabetes ou alergia. Cientistas acreditam que, no caso dos transtornos psiquiátricos, as alterações nos processos químicos no cérebro contribuem para o surgimento de sintomas como os pensamentos, comportamentos e emoções que podem perturbar o portador e aqueles com quem ele convive.

Para reduzir seu próprio estresse e promover uma boa atenção ao familiar necessitado, o cuidador precisa conhecer o transtorno, buscar o tratamento correto e aprender a reconhecer e a lidar com os sintomas. Quando o portador for uma criança ou adolescente, o cuidador precisará, também, ajudar os professores a entender como o transtorno pode afetar o paciente no ambiente escolar.

Para que o paciente tenha uma boa adesão tanto ao tratamento medicamentoso quanto à psicoterapia é necessária a cooperação dos familiares. Prover o portador do TOC ou Tourette com o tratamento adequado requer da família e/ou do cuidador tempo e esforço. É importante reconhecer que o tratamento é difícil para o paciente e que ele precisará de apoio, inclusive, para Praticar em casa as atividades recomendadas pelo terapeuta ou médico.

Recomenda-se que pacientes e familiares frequentem um grupo de apoio, pois os familiares de outros pacientes e os próprios portadores poderão dar dicas valiosas sobre como lidar com os sintomas e com as diferentes situações que ocorrem a todo o momento. O cuidador deve tentar auxiliar o paciente a identificar sintomas, apontando aqueles que ele, talvez, não tenha percebido e é preciso, também, que cuidador fique atento a sinais de recaída e descubra uma forma gentil e delicada de sinalizar isso ao paciente. Aqueles que convivem com o portador de um desses transtornos deve evitar críticas, brigas, discussões ou perder a paciência no que se refere a aspectos do transtorno.

Manter a calma, ter paciência e controlar a aflição será de grande ajuda para se atingir bons resultados no tratamento.

COMO A ASTOC PODE AJUDAR OS PORTADORES DO TOC E DA ST E SEUS FAMILIARES?

Em maio de 1996, foi criada a Associação de Pacientes com Síndrome de Tourette, Tiques e Transtorno Obsessivo-Compulsivo (ASTOC) na cidade de São Paulo com o objetivo de apoiar os portadores do TOC e da ST e seus familiares. Esta entidade fornece informações sobre o TOC e a ST, as opções de tratamento, links para profissionais da saúde mental que tratam desses transtornos. Outra área em que a ASTOC atua é no campo de orientar professores e educadores, além de proteger os interesses dos alunos portadores destas síndromes. Os encontros promovidos pela ASTOC permitem a troca de idéias e sentimentos sobre os problemas comuns aos pacientes e familiares.

Perguntas e Respostas

Tiques e Síndrome de Tourette

Cada vez mais estudada, a Síndrome de Tourette se caracteriza pela presença de múltiplos tiques com diferentes manifestações, sejam motores ou vocais, não necessariamente simultâneas. Uma especialista no assunto, a psiquiatra Ana Gabriela Hounie, do Instituto de Psiquiatria da FMUSP, faz nesta entrevista um compilado de algumas informações fundamentais sobre a ST, como também é conhecida a síndrome. Ela é co-autora, com o psiquiatra Eurípedes Miguel, do IPq-USP, do livro “Tiques, Cacoetes, Síndrome de Tourette”, um manual para pacientes, seus familiares, educadores e profissionais de saúde (Artmed, 2005).

O que caracteriza os tiques cujo diagnóstico converge para a Síndrome de Tourette?   Dra. Ana Hounie – Os tiques são comportamentos involuntários e repetitivos. Quando eles aparecem em grande quantidade, vários tiques diferentes associados a vocalizações padronizada, estamos diante da Síndrome de Tourette (ST), um transtorno que se caracteriza por tiques motores e vocais crônicos. Considerada rara no passado, a ST tem sido alvo de crescente relevância na literatura e prática neuropsiquiátricas. Atualmente, estudos epidemiológicos têm demonstrado que sua freqüência é bem maior do que se supunha. Quando consideramos os casos mais leves, muitas vezes nem diagnosticados, encontramos na população infantil até 1% de ST. Acomete cerca de três a quatro vezes mais o sexo masculino do que o feminino e costuma estar associada ao Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC).

A base neurofuncional desse transtorno está bem caracterizada?
Hounie – É um debate iniciado ainda no século XIX. No início, pensava-se que a origem fosse meramente psicológica. Freud abordou o tema e sua interpretação foi que os tiques seriam provocados por um algum conflito inconsciente. Hoje se considera o fator psicológico como agravante ou desencadeante e não como causa do tique. Na base dos tiques, existem disfunções funcionais que envolvem neurotransmissores cerebrais e a genética. Na Síndrome de Tourette, o componente genético é bastante importante, mas ainda não se conseguiu localizar o gene nem o cromossomo envolvidos. Suspeita-se que haja um gene no cromossomo 6 envolvido, juntamente com genes em outros cromossomos. Assim, a herança seria poligênica associada a fatores ambientais Nesse campo, porém, a única certeza é que existe um padrão familiar de transmissão tanto na Síndrome de Tourette quanto nos tiques crônicos. A alta comorbidade com o TOC e com o Transtorno de Hiperatividade com Déficit de Atenção tem levado a questionamentos sobre uma possível base neurobiológica comum. Além disso, em uma minoria de casos trata-se de uma doença grave, com grande comprometimento psicossocial, causando intenso sofrimento aos portadores e seus familiares.

Qual a diferença entre o tique comum e a Síndrome de Tourette?
Hounie – O tique comum é muito freqüente na infância. Até 20% da população infantil apresentam tiques na fase dos sete, oito ou nove anos. É uma manifestação transitória que tende a desaparecer naturalmente. Entretanto, se o problema persistir por mais de um ano e começar a incomodar, pode-se pensar na possibilidade de a Síndrome de Tourette ter-se instalado. Quando se trata da ST , os tiques ocorrem na infância e quatro vezes mais nos meninos do que nas meninas. Não se conhece ainda a explicação para esse fenômeno, mas provavelmente fatores genéticos e hormonais estejam envolvidos. No DSM-IV, a ST é incluída nos transtornos de tiques. Estes, por sua vez, são incluídos no capítulo destinado aos transtornos diagnosticados pela primeira vez na infância ou adolescência.

Como se manifesta o tique vocálico associado à Síndrome de Tourette?   Hounie – Há casos em que o indivíduo tem somente tiques vocais. Na ST, ocorrem os dois, não necessariamente ao mesmo tempo. Fungar ou fazer barulho com a garganta são exemplos de tiques vocais simples, mas há outros, mais elaborados e complexos. É a repetição de sílabas ou palavras e, em uma freqüência razoável de casos, a repetição de palavrões (coprolalia), palavras ouvidas (ecolalia) ou mera repetição do que se disse (palilalia) .

Como essa incontinência verbal aparece na fala dos pacientes?
Hounie – Assim como a pessoa com tiques pode piscar os olhos, também pode falar um palavrão entre uma palavra e outra. Apesar de se constituírem no sintoma mais estranho e conhecido da ST, os palavrões só ocorrem em 30% dos casos. E, como só 1/3 dos casos da ST permanecem na idade adulta, o número de pacientes adultos com esse sintoma é bem menor. Nos outros 2/3, a síndrome costuma melhorar bastante ou desaparecer com ou sem tratamento. Só se costuma medicar esses casos se forem graves e acompanhados de muito sofrimento. Havendo problemas associados, como baixa auto-estima, depressão, por exemplo, indica-se também psicoterapia. Na abordagem cognitivo-comportamental utilizam-se técnicas para tratar os tiques ou modificá-los, com uma técnica chamada Reversão de Hábito. Existem poucos profissionais no país habilitados nesta técnica, daí a importância de se entrar em contato com a ASTOC para pedir referências.

Existe relação entre tiques nervosos e outras patologias?
Hounie – Em 30% dos casos, quem tem Síndrome de Tourette vai apresentar também TOC e vice-versa. Isso nos faz acreditar que haja um tipo de transtorno obsessivo-compulsivo ligado a tiques que é transmitido geneticamente. Como o TOC com tiques (Síndrome de Tourette ou transtorno de tiques crônicos) e o TOC sem tiques são patologias diferentes e estamos à procura da causa genética, tentamos delimitar as diferenças desses transtornos para facilitar a pesquisa dos genes responsáveis. Atenção particular deve ser dada ao "Tourettismo", casos que se apresentam como a ST, embora decorram de uma lesão ou disfunção orgânica identificável. Este termo é atribuído a Oliver Sacks, neurologista norte-americano que descreveu o quadro em pacientes que "despertaram" da encefalite letárgica, fato divulgado através do filme Awakenings (“Tempo de Despertar”). O tourettismo tem sido descrito em quadros pós-encefalíticos, após a administração de L-dopa, em acidentes vasculares cerebrais, no traumatismo crânio-encefálico, em intoxicações com cocaína e anfetaminas, monóxido de carbono e após inalação de gasolina. Existem casos também desencadeados por anabolizantes.

E quanto às modalidades de tratamento?
Hounie – O tratamento da ST consiste em duas abordagens associadas: o tratamento psicossocial e o farmacológico. Antes de iniciá-lo, deve-se fazer uma avaliação dos tiques quanto à localização, freqüência, intensidade, complexidade, e interferência na vida diária. O ambiente escolar, familiar, os relacionamentos, os fenômenos associados devem ser investigados e analisados. Faz-se necessário um julgamento criterioso quanto à necessidade de medicação. Até o presente momento, não há tratamento curativo, sendo o medicamento útil no alívio dos sintomas.

Os neurolépticos são a droga de escolha inicial?   Hounie – Não necessariamente. Os de maior ação são os neurolépticos, também chamados de antipsicóticos. Mas, como essas medicações têm efeitos colaterais adversos, costuma-se tentar primeiro outras que não são tão eficazes, mas que podem ser bem mais seguras. Em 60% dos casos, eles são eficazes, mas em 30% é preciso usar os que provocam mais efeitos colaterais. Pode-se, ainda, fazer combinações de medicamentos, dependendo dos problemas associados ao transtorno obsessivo-compulsivo, como tiques, hiperatividade, déficit de atenção. Entre os neurolépticos antigos, o efeito colateral mais grave é o risco alto de discinesia tardia, um transtorno do movimento irreversível na maior parte dos casos. Por isso, nos Estados Unidos eles deixaram de ser a primeira opção de tratamento medicamentoso. Atualmente, tentamos usar neurolépticos atípicos de menor risco. O problema é que se trata de uma medicação muito cara o que dificulta muito seu uso pela população em geral.

E quanto às chances de remissão na Síndrome de Tourette?
Hounie – Existem tratamentos, controle. As pessoas conseguem ter boa qualidade de vida, mas não se pode afirmar que o problema vai desaparecer completamente, até porque a Síndrome de Tourette é flutuante. Pode desaparecer na infância e voltar na fase adulta. Quanto ao transtorno obsessivo-compulsivo, há pessoas que nunca mais apresentam problemas depois que são tratadas e as que passam a vida inteira precisando de tratamento. O fato é que, quanto mais há demora no diagnóstico e início do tratamento, piores são os resultados porque os distúrbios parecem ficar enraizados, como se fizessem parte da personalidade da pessoa. É muito difícil mudar um comportamento que tem 20 anos de evolução.

Quanto tempo, em média, dura o tratamento?
Hounie – Isso varia muito. Há pessoas que apresentam resposta excelente a medicações e o comportamento indesejável desaparece. Em seis meses, estão levando vida normal. Existem casos que não respondem e é necessário trocar de medicação. Pode-se dizer que 40% deles, os chamados de refratários, não apresentam melhora mesmo depois de terem sido tentadas todas as medicações possíveis. Nesse aspecto, existem linhas de pesquisas em várias áreas tentando descobrir novas técnicas para ajudar esses pacientes refratários.

Há um tipo de cirurgia , que interrompe ligação do córtex frontal com as estruturas dos gânglios de base, e a estimulação magnética transcraniana, ou seja, a aplicação de ondas magnéticas no cérebro sem necessidade de abri-lo.

Em certos pacientes, algumas horas depois da aplicação, o pensamento obsessivo desaparece, mas infelizmente retorna logo depois.

Ou seja, fora a cirurgia por raios gama nos casos de TOC refratário, que tem-se mostrado eficaz em 60% dos casos, temos poucas opções não medicamentosas de tratamento.

Para a ST, existem tentativas de tratamento com estimulação cerebral profunda, que é uma cirurgia invasiva e muito cara, exigindo grande investimento financeiro, e que ainda não é completamente estudada e aprovada no Brasil.

Teste para saber se você tem este transtorno

 

Se você tem dúvida se é ou não portador do TOC procure responder às perguntas a seguir:

 

 

1. Preocupo-me demais com sujeira, germes, contaminação, pó ou doenças. ________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________

 

 

  1. Lavo as mãos a todo o momento ou de forma exagerada. ____________

__________________________________________________________________________________

 

  1. Limpo ou lavo exageradamente piso, móveis, roupas ou objetos.

___________________________________________________________________________________

 

  1. Tomo vários banhos por dia ou demoro muito no banho.____________

___________________________________________________________________________________

 

 

5. Não toco em certos objetos (corrimãos, trincos de portas, dinheiro, etc.) sem lavar as mãos depois. _______________________________________________

___________________________________________________________________________________

 

6.Evito certos lugares (banheiros públicos, hospitais, cemitérios) por considerá-los pouco limpos ou achar que posso contrair doenças. ________

___________________________________________________________________________________

 

7. Verifico portas, janelas, gás, mais do que o necessário. __________________

__________________________________________________________________________________

 

8. Verifico repetidamente o fogão, as torneiras, aparelhos elétricos, interruptores de luz mesmo após desligá-los.________________________________

___________________________________________________________________________________

9. Minha mente é invadida por pensamentos desagradáveis e impróprios, que me causam aflição e que nem sempre consigo afastá-los.

___________________________________________________________________________________

 

10. Tenho sempre muitas dúvidas, repetindo várias vezes a mesma tarefa ou pergunta para ter certeza de que não vou errar.__________________

___________________________________________________________________________________

 

11. Preocupo-me demais com a ordem, o alinhamento ou simetria das coisas, e fico aflito(a) quando estão fora do lugar. __________________________

__________________________________________________________________________________

 

12. Necessito fazer coisas de forma repetida e sem sentido (tocar, repetir certos números, palavras ou frases). _________________________________________

___________________________________________________________________________________

 

13. Sou muito supersticioso com números, cores, datas ou lugares._______

__________________________________________________________________________________

 

14. Necessito contar, repetir frases, palavras, enquanto estou fazendo coisas.___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________

 

15. Guardo coisas inúteis (jornais velhos, caixas vazias, sapatos ou roupas velhas) e tenho muita dificuldade em desfazer-me delas. _________

___________________________________________________________________________________

 

Se uma das respostas for positiva, é bem provável que você seja portador de TOC.

 

Obs:   Este questionário foi retirado da internet, não sendo de minha autoria.

 

Transtorno Obsessivo-Compulsivo: Causas e sintomas principais do TOC

Na explicação das causas do transtorno obsessivo-compulsivo TOC, percebemos a influencia multifatorial em sua gênese e manutenção, bem como no desencadeamento.

Veja mais sobre transtorno obsessivo-compulsivo

Uma pessoa que desenvolve ciúmes exagerados e uma relação amorosa conflitante, com paranóias e desconfianças do outro, praticamente não vive sossegado, pois seus pensamentos e sentimentos estão tomados por essas idéias e não consegue se desvencilhar.

Como conseqüência, a relação se deteriora, o clima fica insuportável para ambos envolvidos, comprometendo mais ainda a relação e provocando maior insegurança, desconfiança, brigas e desentendimentos, ou seja, provocando um círculo vicioso sem fim, ou com fim trágico ou ainda uma relação perdida.

Os sintomas da neurose obsessivo-compulsiva podem ser divididos em dois grupos: as idéias obsessivas e os atos compulsivos.

Os pensamentos e idéias que envolvem o ciúmes se tornam obsessivos provocando um desgaste e uma concentração de energia nestes pensamentos levando o indivíduo a deixar de fazer outras atividades ou comprometer grande parte de sua vida com esses pensamentos que não lhe saem da cabeça.

Idéias obsessivas são pensamentos ou imagens impostas à consciência contra a sua vontade, pois ele tenta se livrar destes pensamentos e não consegue, e fica preso elevando sua ansiedade.

Uma forma de idéia obsessiva pertencente a uma relação onde alguém está com esse transtorno pode estar baseada em pensamentos que envolvem dúvidas obsessivas. Exemplo:

Dúvidas obsessivas: São oscilações persistentes e angustiantes entre uma série de prós e uma série de contras, a respeito de algo ou alguém, sem que se chegue a nenhuma decisão. Neste caso, a pessoa desconfia do outro, mas ao mesmo tempo acha que essa confiança não tem fundamento, porém permanece a dúvida incessante. O indivíduo não confia nem na sua percepção e nem na sua memória.

Outro tipo frequente de idéias obsessivas são as repetições obsessivas, na qual o pensamento do indivíduo é invadido pela repetição de idéias, frases, sons, etc. que representam suas desconfianças, seus temores e sua insegurança nessa relação, dessa forma, fica constantemente reavaliando comportamentos seus e do outro justificando esses pensamentos e encontrando certa “lógica” em seus pensamentos, o que reforça sua desconfiança, seu ciúmes e seus conflitos.

Veja mais sobre distúrbios compulsivos

A síndrome de Tourette (ST) é uma patologia caracterizada pelo comprometimento psicológico e social dos pacientes, causando impacto na vida dos portadores e de seus familiares.

 

Esta síndrome é geralmente associada a uma variedade de problemas comportamentais e emocionais.
 

Na síndrome de Tourette as características principais incluem distúrbio caracterizado por tiques múltiplos, incluindo o uso involuntário ou inapropriado de palavras obscenas (coprolalia) e a repetição involuntária de um som, palavra ou frase de outrem (ecolalia), entre outros.

 

Os estudos atuais demonstram que a taxa de prevalência pode variar de 1% a 2,9% da população em alguns grupos. Contudo, estes dados podem ser imprecisos, pois depende, em parte, dos critérios e métodos utilizados e do tipo de estudo epidemiológico realizado.

 

Dados estatísticos internacionais mostram que esta síndrome é encontrada em vários países, independentemente de classe social ou de etnia, acometendo cerca de três a quatro vezes mais o sexo masculino, em relação ao sexo feminino

 

As pesquisas realizadas com crianças e adolescentes mostram que a prevalência de Síndrome de Tourette é dez vezes maior em crianças e adolescentes do que em adultos.

 

Nas crianças e adolescentes os tiques são considerados isoladamente, com uma freqüência aproximada que varia de 1% a 13% nos meninos e 1% a 11% nas meninas.

 

A Síndrome de Tourette é um distúrbio genético, de natureza neuropsiquiátrica, caracterizado por fenômenos compulsivos, que, muitas vezes, resultam em uma série repentina de múltiplos tiques motores e um ou mais tiques vocais.

 

Como característica da Síndrome de Tourette, os tiques acometem a pessoas durante pelo menos um ano, tendo início antes dos 18 anos de idade e estes tiques podem ser classificados como motores e vocais, subdividindo-se, ainda, em simples e complexos.

 

Geralmente, na Síndrome de Tourette os pacientes apresentam, inicialmente, tiques simples, evoluindo para os mais complexos; entretanto, o quadro clínico pode variar de paciente para paciente.

 

Veja sobre tratamento para transtorno obsessivo-compulsivo

 

Há um padrão persistente de preocupação com asseio, perfeccionismo, controle mental e interpessoal.

 Há pouca flexibilidade, transparência, relaxamento das preocupações de dos pensamentos, os pensamentos apresentam pouca eficiência, os pensamentos acontecem recorrentemente, ou seja, não saem da cabeça.

 Este distúrbio começa no início da vida adulta e apresentam uma variedade de contextos, como indicado por quatro (ou mais) dos seguintes sintomas :

 
1. Estar preocupado com detalhes, regras, listas, ordem, organização ou horários e com o que ainda vai fazer

2. Mostra perfeccionismo que interfere com a tarefa concluída (por exemplo, é impossível concluir um projeto devido ao aumento de suas próprias exigências das normas e regras)

3. É demasiadamente dedicado ao trabalho e produtividade e deixa de lado as atividades de lazer e amizades.

 4. É muito convencido de seus próprios pensamentos, não aceita a opinião alheia, ou não acredita nas evidências que a outra pessoa aponta, é escrupuloso, é inflexível em matéria de moralidade, ética ou valores.

 5. É incapaz de se desfazer de objetos sem valor, mesmo quando estes não têm valor nem sentimental

6. Mostra-se relutante em delegar tarefas ou a trabalhar com outras pessoas, salvo se apresentarem exatamente a sua mesma maneira de fazer as coisas e a mesma forma de pensamento que o seu.

7. Adota um estilo pão-duro, o dinheiro é visto como algo a ser acumulado para as futuras catástrofes

8. Mostra rigidez e teimosia

9. Acredita piamente em seus pensamentos e acha que os outros estão mentindo. NO caso do ciúmes, nunca ceita a explicação do utro, ou acha que está sendo sempre enganada. 

10. Pensa o tempo todo em como controlar a outra pessoa a ponto de querer acompanhar tudo o que ela faz, onde está, o que está pensando, numa necessidade de posse do outro.

 

Tratamento:

Os indivíduos que sofrem desta desordem de personalidade muitas vezes se caracterizam pela sua falta de abertura e flexibilidade, não só em suas rotinas diárias, mas também com as relações interpessoais e expectativas.  A imensa preocupação com asseio, perfeccionismo e controle de suas vidas e de suas relações ocupam grande parte de sua vida.  As opções de tratamento opções que não se encaixam no esquema cognitivo do cliente provavelmente será rejeitada rapidamente ao invés de ser uma tentativa aprovada por ele.  Os indivíduos que sofrem deste distúrbio têm dificuldade em incorporar novas informações e mudanças em suas vidas.  Para incorporar novas aprendizagens é necessário uma empatia muito grande com o terapeuta para que o mesmo consiga colocar novos planos de vida e confrontação com a realidade para que ocorra novas reestruturações cognitivas.  A técnica de relaxamento é uma indicação para concorrência com os pensamentos disfuncionais e com a ansiedade vivida pela necessidade de controle.  A capacidade para trabalhar com os outros é igualmente afetada, uma vez que eles vêem o mundo em preto e branco, acham que somente a sua maneira de fazer as coisas é a correta. Naturalmente, essa lógica defeituosa também será traduzida para a sua relação terapêutica com o psicólogo e seu tratamento.  Dessa forma, cabe ao Psicólogo saber que será improvável ter sucesso na utilização de técnicas ou tratamentos que não tenham sido previamente aprovados pelo paciente para o uso.   Às vezes isso pode ser feito simplesmente por afirmar a eficácia de um determinado tratamento para um problema específico, citando as pesquisas.   Quando essa desordem de personalidade é combinado com a apresentação de uma doença, deve ser utilizado abordagem multidisciplinar para o uso de terapia medicamentosa e terapia cognitiva para maior eficácia. A técnica de confrontação com a realidade e a busca de evidências na terapia cognitiva comportamental é uma forma que ajuda muito a pessoa com ciúmes obsessivo a entender o modo de funcionamento de seus pensamentos e fantasias, conseguindo diferenciar entre estes aspectos.  A terapia de casal pode ser indicada quando o ciúmes está focado no parceiro que não aceita sua doença e terapia e, consequentemente fica mais fácil aceitar o atendimento terapêutico para ambos.  O ciúmes possessivo atrapalha a relação do casal e se não for trabalhadas estas questões acontece o desgaste muito rápido na relação, interferindo em direitos e deveres de cada um e principalmente no respeito entre o casal.  A busca de ajuda terapêutica permite uma melhor avaliação do contexto e pode haver encaminhamento para uma avaliação médica e psiquiatra, pois em alguns casos há a necessidade de intervenção medicamentosa para maior controle da ansiedade e dos pensamentos obsessivos.

Veja sobre pensamentos obsessivos

O transtornod e personaliadde paranóico carateriza-se pela hipersensibilidade nas relações pessoais.

A pessoa com esse transtorno são extremamente desconfiadas, defensivas e na maioria das vezes, muito agressivas.

Possui uma estrutura de personalidade rígida com isolamente e distanciamente das outras pessoas. Vice de forma tensa, possui boa capaciade intelectual e memória, porém usa preferencialmente para uma interpretação negativa do mundo que o cerca.

Tem uma tendência a alimentar idéias de autoreferência, projeta suas críticas nas outras pessoas e frequentemente se queixa de que os outros de o acusam de deficiente ou incapaz. Na maioria das vezes, esses “acusadores” são aqueles indivíduos com quem ele se acha envolvido emocionalmente.

Os estímulos externos (conversa dos outros, apontamentos, gestos, sinais, etc.) são sentidos como direcionados contra sua pessoa distorcendo muitas vezes a realidade com interpretações distorcidas.

É muito ciumento, tem pouco senso de humor, é superficial em seus contatos afetivos, porém costuma ser dedicado ao trabalho, mas ainda assim, acaba levantando fantasias persecutórias, achando que estão conspirando contra ele.

Acha-se sempre incompreendido pelos outros e que as pessoas não lhe dedicam melhor atenção o que reforça seus sentimentos negativos e de inferioridade.

O tratamento para os transtornos de personalidade paranóico é psicoterapêutico e não difere do tratamento para as neuroses, este tratamento é principalmente indicado nas situações de crises e de comprometimento da vida social, familiar e profissional.

A compulsão pode se desenvolver a partir de um fator genético não específico. Aprendizagem por experiências observacionais que indiretamente dão origem a desordens obsessiva-compulsivas, que geram e mantém tendências de comportamentos, promovendo uma base para um crescimento das crenças irracionais; depressão reativa, que não é uma condição necessária, mas é um fator importante para gerar e manter obsessões.

Os pacientes com TOC persistem no ritual mesmo que lhes causem sensações desagradáveis, e também admitem que seus comportamentos são irracionais e tentam escondê-los de outras pessoas.

O contexto familiar contribui e influencia, pois a aquisição das obsessões se dá a partir de um ambiente familiar extremamente controlador onde se desenvolvem altos padrões de conduta e moralidade, ocasionando assim, o surgimento de pensamentos e impulsos que se tornam inaceitáveis.

Estes, por sua vez, se tornam mais frequentes e persistentes durante a exposição aos estímulos que o causaram, gerando resistência à habituação. Isso acontece naquelas pessoas sensíveis à sinais de perigo e ameaça, pois são expostas a uma variedade ampla de estímulos, em consequência disso experimentam más idéias, impulsos e pensamentos obsessivos.

Esses pacientes apresentam controle cognitivo deficiente e sua dificuldade não está em remover os pensamentos e imagens, mas na natureza desses pensamentos, pois quanto mais emocionalmente estão perturbados, menos a pessoa consegue controlá-lo, remetendo assim, um senso de desamparo.

A ansiedade sentida durante a obsessão é percebida como um sentimento de culpa e o ritual como uma autopunição.

Quando a pessoa realiza o ritual é como se estivesse se castigando por estar com este pensamento.

A obsessão não sendo aceita de forma alguma por ser tão aversiva, torna necessário maximizar a emissão de respostas de evitação daqueles comportamentos.

A melhor forma que o indivíduo encontra para evitar uma emissão indesejável é a ritualização rígida (cadeia de respostas fortemente estabelecidas de outros comportamentos), que pode ser uma observação constante e permanente do próprio comportamento no nível de funcionamento cognitivo, autonômico e operante, para poder ter certeza de que nada lhe escapará do controle e sairá errado.

A evitação tem como característica impedir a exposição aos estímulos temidos, e das compulsões é cessar, mas ambos apresentam alívio por pouco tempo.

 

TOC e a Bíblia

 

Rapaz, eu acho que isso vem de ansiedade. Ansiedade originada pelo medo de ofender a Deus, de pecar e ir para o inferno, de pensar que está se entregando ao diabo, que não é de Deus, entre outros pensamentos que acabam minando o nosso relacionamento com o nosso Maravilhoso Criador.
Você não ama a Deus? Tem certeza deste sentimento? Então, não precisa temer esses pensamentos, mais nada e nem a ninguém.... somos humanos e temos essas limitações...o que vc tem de colocar na sua cabeça é que Jesus é misericordioso (isso mesmooo, acreditar na bondade infinita Dele e que vai te perdoar pela tua fraqueza como homem memo vc sendo um maior pecador do mundo e ás vezes incapaz de controlar a si mesmo por medo).
É isso que o seu subconsciente ou inconsciente ou sei lá mais o que está querendo fazer vc deixar de acreditar). Jesus entende os nossos problemas...sabe que esses pensamentos não são seus voluntariamente.
Esses pensamentos involuntários sempre perturbam quem deseja seguir a Jesus por causa justamente da ansiedade...acredito que a principal causa deles é falta da confiança na bondade IMENSURÁVEL de Jesus e Deus Pai.
Poxa mais cinco anos é muito tempo...vc já falou para o padre sobre isso?O que ele te disse?
Bom é vc procurar um psicólogo...mas não deixe de ir pra igreja não...o segredo para se livrar do TOC é deconsiderar e desqualificar esses pensamentos...enfrentá-los,até rir do absurdo que eles representam...
Está escrito na Bíblia Sagrada (é mais ou menos assim): "Onde o Espírito de Deus está, aí há liberdade". E pelo que postou, você ainda não tem a libertação que somente o Senhor Jesus Cristo provê. Mas para o Filho de Deus poder libertá-lo, você deve tomar uma decisão para com Ele: aceitá-Lo como Único e Suficiente Salvador da sua vida, arrepender-se dos seus pecados (pois todos nós, antes de aceitarmos Jesus, somos pecadores) e passar a seguir os verdadeiros caminhos do Senhor, onde há alegria, paz, amor, bênçãos e muito mais.
Eu também já fui fanático, pois achava que algo em mim era pecado, achava que me afastava de Deus e que tinha que mudar de qualquer jeito (não vou contar tudo aqui, pois não terá espaço para escrever o testemunho completo). Eu já tinha aceitado Jesus e já era batizado nas águas, mas sofria por um fato: faltava o conhecimento de uma passagem Bíblica essencial para minha paz (o que prova que temos que estar sempre lendo a Bíblia, pois ela é o meio de comunicação que temos com o Senhor). Através da leitura da Bíblia, Deus ensinou algo que norteia a minha vida hoje, e trouxe a paz para mim.
Muita gente perece hoje por falta de conhecimento da Palavra de Deus (isso também está escrito na Bíblia). Depois de você aceitar Jesus, comece a ler a Bíblia Sagrada, pois através dela você vai adquirir muito conhecimento de Deus, e os ensinamentos Dele não são pesados.
Recomendo também que procure uma igreja evangélica para ouvir as pregações da Palavra de Deus, escrita na Bíblia, para crescer na Fé e assim alcançar muitas bênçãos

Deus me curou da doença TOC

Maria Eduarda, por e-mail:
Desde minha infância percebi que era uma criança extremamente tímida e tinha dificuldade de me relacionar com outras crianças. Para compensar esta carência refugiava-me em sonhos e fantasias. O que se tornou uma válvula de escape para as minhas frustrações. Por ser ima criatura frágil e ingênua, absolvia com intensidade todas as paranóias superstições e medos das pessoas em minha volta. O que talvez tenha me feito desenvolver uma doença hoje conhecida como transtorno compulsivo obsessivo, ou simplesmente TOC, que é uma doença mental séria que causa grande aflição a quem possui. Passei vários anos de minha vida sendo enganado e escravizado por essa enfermidade.
Acredito que tudo tenha começado quando em fizeram acreditar que se alguém passasse por cima de minha cabeça, não cresceria mais e para que isso não acontecesse a própria pessoa teria que passar novamente por cima, mas em sentido contrário. Algo totalmente absurdo, não é?
Contudo assimilei como verdade. A partir daí o meu inconsciente encarregou-se em estender esta mentira para todos os campos de minha vida. Então, para que nenhum pensamento negativo me prejudicasse , precisava cumprir o ritual de desfazê-lo, ou seja, fazer uma retrospectiva desse pensamento, como conseqüência ficava longos períodos lavando as mãos, ou tomando banho, até pra abrir a porta e sair do banheiro, precisava uma travar batalha mental.
Estava enlouquecendo. Cheguei ao crítico estado de não mais levantar da cama, e fazer o mínimo de ações possíveis para não ser atacado pelos pensamentos compulsivos.Fiquei totalmente inutilizado de dependente dos outros, minha família levou-me a todo tipo de médico, a terreiros de macumba , centro espírita, tomei caixas e caixas de remédios controlados. Nada parecia surtir efeito.
Até que, minha mãe teve a idéia de levar-me a uma cidadezinha do interior com a esperança de que o ritmo diferente e o clima tranqüilo pudesse me ajudar. Lá foi me dado um livro com a recomendação de que sua leitura me faria bem. Seguir o conselho, li e reli várias vezes e não somente isso coloquei em pratica todos os seus ensinamentos. A mensagem principal abordada pelo livro era o poder da fé.
Foi só o primeiro passo, depois partir para a leitura bíblica. Foi quando Deus começou realmente a operar na minha vida de forma sobrenatural. Tudo com dentro de mim e em volta de mim começou a mudar. Digo com absoluta certeza: sentir o toque de Deus em meu viver. A forma espantosa com que as situações foram dirigidas naquela época não faz chegar a outra conclusão que não seja interferência divina. Quando dei por mim já era uma nova criatura. Cheia de amor, paz e luz no interior.
Os pensamentos obsessivos compulsivos não tinham mais poder nenhum sobre mim. Não conseguiam mais me manipular e me obrigar a fazer coisas estranhas com a ameaça de me causar algum dano irreparável. A fé venceu o medo. Hoje eu sou totalmente liberto do TOC. Na minha mente só Cristo, agora, domina.
Todos que presenciaram estas coisas ficaram perplexos diante da mina transformação, pois achavam que era um caso sem solução; mas para honra e glória do Senhor Deus fui totalmente curado. Com a ajuda de Deus conseguir concluir meus estudos, antes paralisado, Fiz prova para vários concursos públicos e pela graça de Deus passei em alguns. Hoje trabalho no fórum judicial da minha cidade.
São vários os relatos de milagres de Deus vivenciados por mim; faltaria espaço para contar todos. Resumidamente: “creia no Senhor e ele tudo fará, porque ele é Fiel”.

Deus pode curar a doença mental: Homem britânico curado de Transtorno Obsessivo Compulsivo!

 

Angus Muller revela como ele superou transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) - com a ajuda de Deus ...

Um par de anos atrás TOC foi assumindo o controle da minha vida. Eu tinha vários sintomas, incluindo lavar as mãos repetidas vezes (20 a 25 vezes em cada ocasião) e verificar portas estavam trancadas ou luzes estavam apagadas, mas eu também tive pensamentos ruins.

Eu era um cristão novo e eu odiava essas vozes, coisas ruins invadiu minha mente, coisas que são totalmente contra a minha natureza. Eu continuei pedindo desculpas a Deus, pedindo perdão. Eu achei muito estressante. Eu senti que Deus me odeiam por causa dos pensamentos na minha cabeça.

Toda vez que essas coisas vieram à minha cabeça, eu iria repreendê-los, mas eu também achei a mais eu incidir sobre estes pensamentos ruins que o pior que eu tenho.

Então um dia Deus me mostrou que eu tinha que ignorar esses maus pensamentos. Aprendi a ter fé total nele.

Todo dia eu rezo para proteção (apenas uma vez) e pedir que essas vozes não iria prejudicar ou afectar a minha vida. Então, quando as vozes vim ignoraram, colocando minha fé em Deus.

Foi muito difícil no início porque assim que um mau pensamento veio à minha mente, eu queria orar a Deus por perdão, mas eu continuei a ignorá-los, sabendo que Deus entende e ele me protegeria.

Nas semanas seguintes, mais eu ignorei os maus pensamentos mais eles desapareceram. Agora eu não tê-los - bem, por vezes, um mau pensamento vai tentar aparecer de volta, mas eu simplesmente ignorá-lo, colocando minha fé em Deus.

Eu agora não tem que verificar a porta está trancada novamente e novamente, ou lavar as mãos até que eles são o vermelho, ou prestar atenção a pensamentos ruins. Eu pedi a Deus por sua proteção e agora tudo que eu preciso fazer é confiar nele.

Meu ministro igreja mencionada recentemente uma história que eu gostaria de passar. Seu amigo, também pastor, estava prestes a pregar na frente de um monte de gente. Quando todo mundo estava cantando ele sentou-se para orar, mas ele só encontrou os maus pensamentos que querem entrar em sua mente. Ele não era capaz de se concentrar em Deus, então ele se levantou e começou a cantar com todo mundo.

Minha ministro disse que os maus pensamentos não eram pecado porque o homem odiava o que estava vindo em sua mente. Só é pecado se você está desfrutando os pensamentos.

Deus ama você e em nada pensa menos de você, se os maus pensamentos entram em sua mente.

"Eu senti que Deus me odeiam por causa dos meus pensamentos"

 

Um Inspire * leitor revela como ele superou transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) - com a ajuda de Deus ...


Um par de anos atrás TOC foi assumindo o controle da minha vida. Eu tinha vários sintomas, incluindo lavar as mãos repetidas vezes (20 a 25 vezes em cada ocasião) e verificar portas estavam trancadas ou luzes estavam apagadas, mas eu também tive pensamentos ruins.

Eu era um cristão novo e eu odiava essas vozes, coisas ruins invadiu minha mente, coisas que são totalmente contra a minha natureza. Eu continuei pedindo desculpas a Deus, pedindo perdão. Eu achei muito estressante. Eu senti que Deus me odeiam por causa dos pensamentos na minha cabeça.

Toda vez que essas coisas vieram à minha cabeça, eu iria repreendê-los, mas eu também achei a mais eu incidir sobre estes pensamentos ruins que o pior que eu tenho.

Então um dia Deus me mostrou que eu tinha que ignorar esses maus pensamentos. Aprendi a ter fé total nele.

Todo dia eu rezo para proteção (apenas uma vez) e pedir que essas vozes não iria prejudicar ou afectar a minha vida. Então, quando as vozes vim ignoraram, colocando minha fé em Deus.

Foi muito difícil no início porque assim que um mau pensamento veio à minha mente, eu queria orar a Deus por perdão, mas eu continuei a ignorá-los, sabendo que Deus entende e ele me protegeria.

Nas semanas seguintes, mais eu ignorei os maus pensamentos mais eles desapareceram. Agora eu não tê-los - bem, por vezes, um mau pensamento vai tentar aparecer de volta, mas eu simplesmente ignorá-lo, colocando minha fé em Deus.

Eu agora não tem que verificar a porta está trancada novamente e novamente, ou lavar as mãos até que eles são o vermelho, ou prestar atenção a pensamentos ruins. Eu pedi a Deus por sua proteção e agora tudo que eu preciso fazer é confiar nele.

Meu ministro igreja mencionada recentemente uma história que eu gostaria de passar. Seu amigo, também pastor, estava prestes a pregar na frente de um monte de gente. Quando todo mundo estava cantando ele sentou-se para orar, mas ele só encontrou os maus pensamentos que querem entrar em sua mente. Ele não era capaz de se concentrar em Deus, então ele se levantou e começou a cantar com todo mundo.

Minha ministro disse que os maus pensamentos não eram pecado porque o homem odiava o que estava vindo em sua mente. Só é pecado se você está desfrutando os pensamentos.

Deus ama você e em nada pensa menos de você, se os maus pensamentos entram em sua mente.

Cristianismo e TOC

 

"Há muitos cristãos TOC ... até Jesus tinha uma coisa sobre o lava-pés (BG!)" - KW em alt.support.ocd

A religião é importante ou o fator principal na vida de muitas pessoas e, não surpreendentemente, o mesmo é verdade, com uma torção, para muitos que sofrem de TOC. Para alguns, infelizmente, a sua religião é uma parte integrante de suas obsessões (por exemplo, escrupulosidade) e / ou compulsões. Para outros, felizmente, sua fé proporciona um meio de lidar com e / ou superar seu TOC e os inerentes problemas. Abaixo você encontrará links para sites relacionados a religião web TOC.

O foco maioria cristã desta página é simplesmente uma questão da minha ainda não encontrar muitos websites que lidam com TOC no contexto das religiões não-cristãs e culturas. Estou muito interessado em aprender como TOC se manifesta de outras religiões e culturas, se você pode fornecer alguns links, por favor me avise !

Dr. Lee Baer aborda muito a mesma pergunta em seu livro, The Imp of the Mind (ênfase no original):

Por que este capítulo centrou-se nas obsessões religiosas dos cristãos? ... Os judeus, seguidores do Islã, e membros de outras religiões organizadas têm obsessões religiosas como estas? Sim, embora muitas vezes tomar uma forma diferente ...

Aparentemente, em maus pensamentos religiosos, como acontece com todos os outros, o Imp da Perversidade opera em sua forma usual, atormentando o doente com pensamentos ruins de fazer o que a cultura em torno considera a coisa mais inadequada que ele ou ela poderia fazer. Como o que é considerado o mais inadequado varia de cultura para cultura e religião para religião, assim como os pensamentos do imp apodera-se para causar a sua maldade.

E, em um artigo de 2004 acadêmicos, " TOC em Adolescentes egípcias: O Efeito da Cultura e Religião "(PDF), Dr. Ahmed Okasha resume estudos de TOC nas religiões muçulmanas, judaica, cristã e hindu. (As imagens digitalizadas das páginas deste trabalho foram muito gentilmente E-mail para mim por Kristie em 2005 - muito obrigado!)

O papel da educação religiosa tem sido evidente na fenomenologia do TOC no Egito. Os fatores psychosociocultural são tão variados que podem afetar o início da fenomenologia, e os resultados do TOC. Eles podem até mesmo afetar a resposta ao tratamento. A ênfase em rituais religiosos e os pensamentos warding-off de blasfêmia por meio de repetidas frases religiosas poderia explicar a alta prevalência de obsessões religiosas e compulsões de repetição entre nossa amostra egípcia.
...
A ênfase na limpeza ou pureza ritual é a pedra angular da maioria dos rituais compulsivos. O número de orações e de seu conteúdo verbal pode ser objecto de verificação, o rigor ea repetição. Os procedimentos de limpeza ritualísticos também pode ser uma fonte de obsessões e compulsões cerca de pureza religiosa. Outra evidência da conotação religiosa inerente TOC na cultura muçulmana está nas weswas prazo. Este termo é usado em referência ao diabo e, ao mesmo tempo, é utilizado como um nome para obsessões. Também é característica de uma sociedade conservadora como o Egito a esperar obsessões sexuais para estar entre os mais freqüentes em pacientes do sexo feminino. Embora seja aceito socialmente (mas proibido religiosamente) para o sexo masculino egípcias têm uma vasta gama de liberdade sexual em todos os estágios de suas vidas, as questões sexuais continuam a ser uma questão da proibição, a impureza do pecado, e vergonha para as mulheres egípcias. O sexo feminino está rodeado por tantos tabus religiosos e sexuais que a questão se torna um rico conjunto de preocupações, reflexões e compulsões de limpeza em mulheres suscetíveis ao desenvolvimento de TOC.
...
A comparação também foi feita entre os sintomas mais prevalentes em nossa amostra e os de outros estudos realizados na Índia, Inglaterra e Jerusalém. Obsessões de contaminação foram as mais freqüentes em todos os estudos. No entanto, as semelhanças entre o conteúdo das obsessões entre muçulmanos e judeus, em comparação com os hindus e os cristãos, significa o papel desempenhado por fatores culturais e religiosos na apresentação do TOC. Os conteúdos obsessivos das amostras do Egito e de Jerusalém foram similares, lidando principalmente com questões de pureza, religião e sujeira. Temas comuns entre as amostras e Indian britânica, por outro lado, eram principalmente relacionada com problemas de ordem e agressivos.

 

"Mas às vezes duvidar não é o oposto de ter fé ... é um componente de ter fé. Doubting pode significar que não nos esquecemos da história. Doubting significa que não temos que descobri tudo por nossa conta e a melhor coisa sobre a dúvida é que pelo menos é honesto. "
- Pastor Nadia Bolz-Weber,
Sermão "Dúvida" Thomas

  • Trent Beattie é o autor de um livro e artigos sobre escrupulosidade e TOC, incluindo o seguinte:
    • Escrúpulos e Santidade: Superando escrúpulos Com a ajuda dos Santos (site da Editora; "Loreto Publicações é uma organização sem fins lucrativos Católica apostolado missionário especializada na publicação e distribuição de livros católicos projetados para ajudar os católicos em seus esforços para converter a América para a religião católica . ")
    • " A partir de escrúpulos para Lutherosity, Parte 1 "-" A regra simples que uma lei duvidosa não obriga a consciência escrupulosa teria ajudado Lutero muito se ele tivesse se lhe seguiu. " TOC é tão simples de resolver.
    • " A partir de escrúpulos para Lutherosity, Parte 2 "-" Se apenas Lutero agiu como os muitos santos que foram perturbados por escrúpulos - ou seja, se ele tivesse humildemente obedeceu seus superiores legais - ele teria salvado a si mesmo e do mundo de tanto confusão e miséria. "

Meu pai era um católico que provavelmente não teria passado de reunião com o Sr. Beattie. Acho que seus argumentos sobre Luther menos convincente e eu suspeito que seu livro seria de pouca ajuda para portadores de TOC. Eu não li o livro, mas, a julgar pelo tom de seus artigos sobre Lutero, posso especular sobre sua solução para escrupulosidade. Dizer a alguém que, como Lutero, foram "enganados pelo demônio" e ainda submetê-los - quando já obsess sobre quebrar as regras da igreja - com regras ainda mais ortodoxos da igreja é, na minha opinião, uma receita para fracasso. (Eu não capitalizar "igreja" na frase anterior, porque eu não estou recordando, nenhuma denominação em particular.) Leia a citação do Dr. Lee Baer O Imp da Mente na Introdução no topo desta página. Hora de descer do meu palanque, as minhas desculpas a mente aberta católicos em todo lugar.

O livro discute Martin Luther , John Bunyan , e Santa Teresa de Lisieux (Wikipedia), como três influentes figuras religiosas que superou o seu TOC, colocando sua confiança em Deus. (Site do livro)

Mude seu pensamento - Frank Morelli, LMHC é um conselheiro cristão que trata de TOC e outros transtornos de ansiedade.

Lori Riddle-Walker, MFT - é uma terapeuta comportamental que é especialista em TOC e escrupulosidade. Ela reuniu alguns curtos artigos sobre TOC, escrupulosidade e tratamento.

Coração para Coração Ministérios - Evelyn Smith "contando a minha história e compartilhar as minhas músicas e escritos dos do meu coração para o seu coração '". Além de sua história pessoal de luta com TOC, seu site inclui amostras de sua música e trechos de seus livros.

Guia de um leigo para a gestão de medo Usando Psicologia, Cristianismo e não-resistentes Métodos - é um livro e site por Stanley Popovich. O site inclui uma série de artigos por ele.

TOC Esperança - "A esperança de uma vida plena e feliz se você tem TOC!" Um web site bem escrito sobre os ensaios de um sofredor do TOC e tribulações, e sobre como suas crenças cristãs tê-la ajudado através. Muito animador, mas eu não iria tão longe como " orar [ing] para sofrer quando as coisas estavam indo bem porque é muito mais fácil ver o mover de Deus na minha vida durante as minhas lutas "!

 

Pastor Rogério Costa

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Não andeis anciosos.......

"Por isso, vos digo: não andeis ansiosos pela vossa vida, quanto ao que haveis de comer ou beber; nem pelo vosso corpo, quanto ao que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o alimento, e o corpo mais do que as vestes? Observai as aves do céu: não semeiam, não colhem, nem ajuntam em celeiros, contudo vosso Pai celeste as sustenta. Porventura, não valeis vós muito mais do que as aves? Qual de vós, por ansioso que esteja, pode acrescentar um côvado à sua estatura? E por que andais ansiosos quanto ao vestuário? Considerai como crescem os lírios do campo: eles não trabalham, nem fiam. Eu, contudo, vos afirmo que nem Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como qualquer deles. Ora, se Deus veste assim a erva do campo, que hoje existe e amanhã é lançada no forno, quanto mais a vós outros, homens de pequena fé?"                                              Mateus,  6: 25, 30.

Fico admirado e ao mesmo tempo seguro, por saber que Deus Todo Poderoso, Criador dos céus e da Terra, contempla sua melhor obra, cuida, orienta e direciona todo aquele que Nele confia. Dos altos céus, nosso Deus Zeloso, envia o suprimento necessário para toda a sua criação. Mas, para o homem, há um cuidado todo especial, e todo aquele que Nele confia, além do suprimento necessário no caminho da peregrinação, aqui na Terra, vai estar mais uma vez, sob os cuidados do Grandioso Deus, quando for para Jerusalém Celestial, e não é lançado no forno como a erva do campo, após sua trajetória aqui. Porém, a caminhada continua rumo à eternidade, isto se o ser humano depositar sua confiança no Deus Eterno.    E, Deus, por sua infinita compaixão, nos orienta nesta caminhada através das Escrituras Sagradas, onde deixou registrado o que o homem deve fazer para valer muito mais do que as aves, e ter a assistência plena do seu Criador, a cada dia. O Deus Eterno zela por sua criação com esmero, cuidando nos mínimos detalhes, para que nada lhe falte.  Fico a pensar por que o ser humano que é a melhor obra de Deus, muitas vezes não tem seu suprimento necessário? Isso decorre da má escolha que faz através do seu livre-arbítrio, o qual os animais irracionais, as plantas não possuem, sendo um atributo exclusivo que Deus concedeu ao homem, racional e consciente. Por outro lado, a escolha certa, é aquela que nos conduz ao verdadeiro Deus Todo Poderoso, por intermédio de nosso único e suficiente Salvador Jesus Cristo, que zela pelo homem, em sua plenitude (espírito, alma e corpo). "Acaso não sabeis que o vosso corpo é santuário do Espírito Santo que está em vós, o qual tendes da parte de Deus, e que não sois de vós mesmos?"                                                                  I Coríntios, 6:19.

Dessa maneira creio que, a vida que o Senhor nos deu com tanto amor, na realidade é um empréstimo em nosso corpo terreno e transitório, do qual daremos contas a Deus. "Mas se habita em vós o Espírito daquele que ressuscitou a Jesus dentre os mortos, esse mesmo que ressuscitou a Cristo Jesus dentre os mortos vivificará também o vosso corpo mortal, por meio do seu Espírito, que em vós habita."                                       Romanos, 8:11.

Ao fazer do seu próprio corpo o templo  do  Espírito Santo, o homem recebe a promessa do Deus Eterno de ter esse mesmo corpo terreno transformado por ocasião do arrebatamento, quando os salvos em Cristo Jesus, encontrarão com o Salvador nos ares e, seremos conduzidos vivos à cidade celestial. Assim neste mundo teremos de cuidar muito deste templo que é nosso corpo onde habita o Espírtito Santo, tanto no beme star externo como na questão onde trata de psicologia e neurologia, não deixar-se levar por pensamentos impuros, por neuroses também faz parte do crescimento onde herdaremos o reino eterno. Contudo é necessário que quando o Messias chegar (e não se sabe o dia, nem a hora), a noiva (Igreja, nós), esteja preparada para a vinda do noivo, que é a própria pessoa do nosso Salvador Jesus Cristo, para que, no julgamento final sejamos apartados assim: "Vinde, benditos de meu Pai, possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo”

                                                                                                          Mateus, 25:34.

                           Não andeis ansiosos por coisa alguma..." Filipenses 4:6.

Quando gastamos nosso tempo inutilmente com ansiedade e preocupação, perdemos ótimas oportunidades de experimentar as bênçãos que decorrem de um coração confiante e seguro no Senhor. Ele nos prometeu grandes coisas e o melhor que temos a fazer é esperar pacientemente pelo cumprimento de cada uma delas.  De que adianta eu colocar as minhas inquietudes no altar de Deus se não sou capaz de esperar o tempo certo de Sua resposta? E se nós, entendermos que grande é o Senhor e não as nossas angústias viveremos de forma muito mais abundante e não seremos incomodados pelo estresse que elas provocam.   A fé fortalece a nossa esperança e em meio a turbulências, experimentamos momentos de paz e felicidade.  De que adianta passarmos longos dias preocupados com os problemas que nos afligem se a vitória, sabemos, vem do Senhor?  De que adianta passarmos maior tempo repetindo coisas, perdendo tempo inutilmente, se Deus não se agrada disso, se Jesus já está próximo... devemos aproveitar bem o tempo que ainda nos resta nesta vida, guardá-la para outra vida a eterna com Cristo Jesus na glória.  De que nos valerá estar desesperados se não temos força ou capacidade de resolvê-los? Deixemos que Deus tome conta de tudo. Descansemos à sombra de Seu altar e tenhamos confiança plena de que a solução logo chegará. E, se por qualquer motivo ela não vier, glorifiquemos a Deus porque Sua vontade é soberana e Ele terá coisas maiores e melhores para nós. Devemos abandonar toda ansiedade que nos impede de sermos realmente felizes. Nao andeis Ansiosos Nao Andeis Ansiosos!!

 “Pois Ele te livrará do laço do passarinheiro e da peste perniciosa. Cobrir-te-á com suas penas e, sob suas asas, estarás seguro”                     Sl 91.3-4


A tarefa mais difícil dos cristãos, a meu ver, consiste em seguir a ordem expressa nas três palavras "não andeis ansiosos". Uma senhora idosa disse certa vez que havia sofrido muito, principalmente por causa de preocupação e medo de coisas que nunca aconteceram.
Corrie ten Boom (Filme Refugio Secreto) disse sobre este assunto: “Eu creio que, quando nos preocupamos, praticamente nos comportamos como ateus. Ou cremos em Cristo, ou não cremos. Ele disse: "Eu venci o mundo". Ele venceu? Ou Ele apenas nos prega uma peça de mau gosto?

 

Muitas vezes procedemos como pessoas que usam o elevador, mas não colocam a pesada mala no chão, preferindo segurar todo o peso. Na verdade somos crentes, mas simplesmente não nos aventuramos a entregar a nossa carga de preocupações Àquele que quer se preocupar conosco, que cuida de nós e nos conclama na Bíblia, Jesus!   Não se preocupem!   Na prática, como demonstramos que "não nos preocupamos com nada"?  Nos diz:

 "Não andeis ansiosos de coisa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições, pela oração e pela súplica, com ações de graça. E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará o vosso coração e a vossa mente em Cristo Jesus."                              Filipenses 4:6,7


Não se aflijam com nada; ao invés disso, orem a respeito de tudo; contem a Deus as necessidades de vocês, e não se esqueçam de agradecer-Lhe suas respostas.  A exortação de Deus "Não andeis ansiosos" não é um conselho amoroso, um desejo ou um pedido, mas uma ordem! Nela somos chamados a assumir a tarefa mais pesada dos cristãos.
De fato existem muitas coisas que podem nos preocupar. Problemas familiares: o que será dos nossos filhos? o que acontecerá se eu perder o emprego – o dinheiro ainda será suficiente para todos? Nos negócios: no último ano as coisas correram bem. Mas neste novo ano, será que venceremos todos os obstáculos? Outras preocupações: medo de câncer, medo de infarto, de qualquer outra doença ou de um acidente. Medo de alimentos que prejudicam a saúde, da morte repentina, da guerra, da inflação... Talvez sobre a prancheta com a lista das preocupações até existam coisas das quais poderíamos dizer: "Nesse caso, tenho razão em me preocupar". Todavia, simplesmente devemos concordar que esse procedimento é totalmente contrário à ordem de Deus: "Não andeis ansiosos de cousa alguma".
Racionalmente nos preocupamos de fato, mas o cuidado de Deus está acima do nosso entendimento. Por isso também está escrito a esse respeito:

"Não andeis ansiosos... E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará o vosso coração e a vossa mente em Cristo Jesus" Fp 4:6,7.

A paz que Deus dá excede e vence qualquer dúvida da nossa mente e supera todas as ansiedades, pois está enraizada na pura confiança em Deus. Em todas as lutas da vida, quando Ele enche nosso coração com paz celestial, guarda-nos na comunhão com Cristo Jesus.
Não andeis ansiosos, porque grande é o Senhor
Por que a Bíblia insiste tanto em, como cristãos renascidos, não nos preocuparmos? "Não andeis ansiosos... Porque nisso resplandece a grandeza de Deus que excede a tudo. O Eterno, o Guardador da nossa vida, é tão poderoso e tão preocupado conosco que realmente não precisamos estar ansiosos por nada. É uma honra para Ele assumir todas as nossas preocupações. Por isso Pedro diz:

 "lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós"                                                                                                            1 Pe 5:7.

 Certamente, uma coisa não funciona sem a outra. Somente quando lançamos todas as nossas ansiedades sobre o Eterno, Ele também cuida de nós. Mas se arrastamos as nossas ansiedades junto conosco, ficamos nos detendo em repetições que não levam a nada. Então nós mesmos criamos muitas aflições, muitos sofrimentos e muitas inquietações. Além disso, toda preocupação não adianta nada, pois o próprio Senhor Jesus diz:

 "Qual de vós, por ansioso que esteja, pode acrescentar um côvado ao curso da sua vida... vosso Pai celeste sabe que necessitais de todas elas"

                                                                                                           Mt 6:27 e 32b

 

Quem assim mesmo tenta resolver sozinho seus próprios problemas mostra que não reconhece a grandeza de Deus, ou seja, torna o Senhor pequeno e rouba-Lhe a Sua honra!  

 

 

A seguir quero fazer algumas perguntas que podem ser úteis para você:


• Você crê que o Senhor Jesus ouve as orações?_______________________

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• Você crê que Deus cuida de nós?_________________________________

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• Você crê que Deus zela pelos nossos interesses?_____________________

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• Você crê que Deus consegue resolver mesmo as nossas maiores dificuldades?___________________________________________________

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• Você crê que nada em nossa vida passa despercebido para o Senhor Jesus?_________________________________________________________

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• Você crê que Deus é Todo Poderoso?_______________________________ ______________________________________________________________
• Você crê que Deus nos dirige e faz com que tudo contribua para o nosso bem?_________________________________________________________

______________________________________________________________


Se você pode responder a todas estas perguntas afirmativamente – então, por que ainda se preocupa? Porque ainda não está se esforçando para honrar a cristo com seu comportamento!
Racional e teoricamente sabemos tudo muito bem; sabemos de cor promessas como, por exemplo, o Salmo 23; somos instruídos e crescemos no discipulado cristão;  podemos testemunhar de experiências que fizemos com o Senhor – mas, mesmo assim, ainda não aprendemos a entregar as nossas preocupações totalmente ao Senhor. Quando surgem novos problemas, voltamos a nos preocupar e ficamos ansiosos, exatamente como fez Israel no deserto.  Assim vemos que a ordem "não andeis ansiosos" é de fato uma das tarefas mais difíceis do verdadeiro cristão.
Bill Bright disse certa vez em relação a 1 Pedro 5:7:
Reconheci que, em minha vida, ou sou eu que carrego os fardos ou é o Senhor Jesus. Não podemos carregá-los juntos, e eu decidi lançá-los sobre Ele.   Não se preocupar, naturalmente, não quer dizer que os problemas são retirados de nós instantaneamente, mas sim que é levado o peso que esses fardos representam em nossas vidas. Os problemas nem sempre são solucionados imediatamente, mas somos libertos da pressão deles. Devemos sim lutar para diminuir este fardo em nós, deixá-lo maios suave, pelo menos tentar mudar, tentar diminuir as tentações de repetir tudo, e repetir de novo, sempe e sempre a mesma caisa, então podemos experimentar o que diz o Salmista:

"Bendito seja o Senhor que, dia a dia, leva o nosso fardo! Deus é a nossa salvação". A Bíblia Viva diz: "Louvado seja o Senhor! Ele leva nossos problemas e nos dá a sua salvação."                                                Sl. 68:19 b


Quão grande é o Senhor? A Bíblia está cheia de exemplos da providência de Deus para com o Seu povo e para com os Seus filhos:


• Israel esteve por 40 anos no deserto. Nunca faltou pão e água aos israelitas, e suas sandálias não se gastaram nos seus pés  “E quarenta anos vos fiz andar pelo deserto; não se envelheceram sobre vós as vossas vestes, e nem se envelheceu o vosso sapato no vosso pé”                                 Dt. 29:5

Quando Josué e Calebe entraram na Terra Prometida, ainda tinham nos pés as mesmas sandálias que usavam quando saíram do Egito!


• Nenhum pardal cairá no chão sem o consentimento do Pai. Alguém disse: "Deus participa do funeral de cada pardal". Quanto mais preciosos somos nós do que um pardal: Mt 10:29

“Não se vendem cinco passarinhos por dois ceitis? E nenhum deles está esquecido diante de Deus”                                                                Lc. 12:6

 

“Não se vendem dois passarinhos por um ceitil? E nenhum deles cairá em terra sem a vontade de vosso Pai”                                                Mt. 10:29


• Ele veste os lírios no campo com glória e esplendor maiores que a glória de Salomão:

E, quanto ao vestuário, por que andais solícitos? Olhai para os lírios do campo, como eles crescem; não trabalham nem fiam;
E eu vos digo que nem mesmo Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como qualquer deles.
Pois, se Deus assim veste a erva do campo, que hoje existe, e amanhã é lançada no forno, não vos vestirá muito mais a vós, homens de pouca fé?
                                                                                                   Mt. 6:28-30

.Ele que se preocupa com cada  boi, quanto maior cuidado tem de nós:

Porque na lei de Moisés está escrito: Não atarás a boca ao boi que trilha o grão. Porventura tem Deus cuidado dos bois?
Ou não o diz certamente por nós? Certamente que por nós está escrito; porque o que lavra deve lavrar com esperança e o que debulha deve debulhar com esperança de ser participante.                          1 Co. 9:9-10


• Jesus Cristo, o Bom Pastor, toma sobre Seus ombros cada ovelha perdida que encontra:

E ele lhes propôs esta parábola, dizendo: Que homem dentre vós, tendo cem ovelhas, e perdendo uma delas, não deixa no deserto as noventa e nove, e não vai após a perdida até que venha a achá-la?

 E achando-a, a põe sobre os seus ombros, gostoso; E, chegando a casa, convoca os amigos e vizinhos, dizendo-lhes: Alegrai-vos comigo, porque já achei a minha ovelha perdida.
Digo-vos que assim haverá alegria no céu por um pecador que se arrepende, mais do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento.                                                                            Lc. 15:3,7

 

• Nossos nomes estão gravados nas Suas mãos. Na cruz Ele nos sustenta plenamente:

Eis que nas palmas das minhas mãos eu te gravei; os teus muros estão continuamente diante de mim”                                                   Is. 49:16


• Ele conta os cabelos da nossa cabeça, e nossas lágrimas são recolhidas por Deus e inscritas no Seu livro: “E até mesmo os cabelos da vossa cabeça estão todos contados”                                                                Mt 10:30

 

• Nenhuma arma forjada contra nós prosperará, Ele é por nós, nada pode atrapalhar nosso bom crescimento com Deus, nada que venha do inimigo para nos fazer mal pode afastar-nos do Senhor:

“Toda a ferramenta preparada contra ti não prosperará, e toda a língua que se levantar contra ti em juízo tu a condenarás; esta é a herança dos servos do SENHOR, e a sua justiça que de mim procede, diz o SENHOR” 

                                                                                                       Is. 54:17

...nós somos como a menina do Seu olho...mexer conosco é como mexer com os olhos de Deus, o Diabo que saiba disso:

“Porque assim diz o SENHOR dos Exércitos: Depois da glória ele me enviou às nações que vos despojaram; porque aquele que tocar em vós toca na menina do seu olho”                                                                     Zc. 2:8

 
• Não submergiremos nos rios e não queimaremos no fogo, assim diz o Senhor; assim eel se refere também a tudo quanto nos faz mal:

“Quando passares pelas águas estarei contigo, e quando pelos rios, eles não te submergirão; quando passares pelo fogo, não te queimarás, nem a chama arderá em ti”                                                                                     Is. 43:2


• Em toda a nossa angústia Ele é angustiado; se isso é por nós então porque ainda continuamos com nossos tiques e chiliques! Porque continuamos sofrendo angustias intermináveis se Ele já sofreu todas as angustias por nós!

“Em toda a angústia deles ele foi angustiado, e o anjo da sua presença os salvou; pelo seu amor, e pela sua compaixão ele os remiu; e os tomou, e os conduziu todos os dias da antiguidade”                                          Is. 63:9


• Aquele que nos guarda não dormita nem dorme:

“Não deixará vacilar o teu pé; aquele que te guarda não tosquenejará.
Eis que não tosquenejará nem dormirá o guarda de Israel” Sl. 121:3-4


• Ele nos compreende mesmo sem palavras, disse o rei Davi:

Tu sabes o meu assentar e o meu levantar; de longe entendes o meu pensamento”                                                                               Sl. 139:2


• Ele é tão grande que entregou Sua vida por nós e não cuidaria de nós todos os dias?

“Eu sou o bom Pastor; o bom Pastor dá a sua vida pelas ovelhas”
                                                                                                        Jo. 10:11


• Ele nos carregará até que tenhamos cabelos brancos e cuida de nós:

“E até à velhice eu serei o mesmo, e ainda até às cãs eu vos carregarei; eu vos fiz, e eu vos levarei, e eu vos trarei, e vos livrarei”                  Is. 46:4

 

“Terra de que o SENHOR teu Deus tem cuidado; os olhos do SENHOR teu Deus estão sobre ela continuamente, desde o princípio até ao fim do ano”
                                                                                                         Dt. 11:12

 

• E em Hebreus lemos: "De maneira alguma te deixarei, nunca jamais te abandonarei"                                                                                                .Hb.13.5


Por que não devemos nos preocupar


1. Porque as preocupações são desnecessárias.  Não estamos expostos ao destino cruel, nem entregues ao acaso. Pelo contrário, está escrito que Ele – por amor do Seu nome – nos guia pelas veredas da justiça.

“Refrigera a minha alma; guia-me pelas veredas da justiça, por amor do seu nome”                                                                                                   Sl. 23:3


Quando Rute procurou ansiosamente um campo de cereal maduro para poder sobreviver com sua sogra, está escrito: "Por casualidade entrou na parte que pertencia a Boaz" “Foi, pois, e chegou, e apanhava espigas no campo após os segadores; e caiu-lhe em sorte uma parte do campo de Boaz, que era da família de Elimeleque”                                                        Rt.2:3                                                                              

 

 Isso foi mero acaso, ou foi o Senhor que a dirigiu? Quando Rute voltou para sua sogra Noemi com batante cevada e lhe contou tudo, será que ela disse: "Oh, que coincidência!"? Não, ela sabia muito bem que isso fora o cuidado de Deus por elas e se regozijou, dizendo:

“Então Noemi disse à sua nora: Bendito seja ele do SENHOR, que ainda não tem deixado a sua beneficência nem para com os vivos nem para com os mortos. Disse-lhe mais Noemi: Este homem é nosso parente chegado, e um dentre os nossos remidores” Rt. 2:20

A graça e o fiel cuidado de Deus estavam por detrás da vida dessas duas mulheres.  Aqui Ele Deus quer dizer que tudo peertence a Ele e que tudo Ele nos dá, tudo Ele nos prepara, tudo vem dEle, inclusive nossas anciedades, nossas aflições, nossas neuroses, nossos defeitos Ele dá jeito, basta que confiemos nEle.


2. Porque as preocupações não adiantam.
De maneira nenhuma elas são capazes de solucionar algum problema. Certa vez, alguém disse: "As preocupações nunca eliminam as dores do futuro, mas acabam com o poder do presente." Com preocupações não podemos prolongar nossa vida:

“E qual de vós poderá, com todos os seus cuidados, acrescentar um côvado à sua estatura? Mt. 6:27


3. Preocupações são nocivas.
Li recentemente que as enfermidades psicossomáticas têm aumentado muito. Muitas úlceras, problemas cardíacos e outras doenças têm sua origem nas preocupações. Elas provocam tensões, mau humor e nervosismo.

“Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se maldição por nós; porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado no madeiro;
Para que a bênção de Abraão chegasse aos gentios por Jesus Cristo, e para que pela fé nós recebamos a promessa do Espírito”                    Gl. 3:13,14


4. Preocupações nos tiram a liberdade.
Corrie ten Boom (Filme Esconderijo secreto) disse: "Provavelmente as preocupações são nossos carcereiros mais constantes."


5. Preocupações são pecado.
A Bíblia diz: "tudo o que não provém de fé é pecado"

“...porque não come por fé; e tudo o que não é de fé é pecado”

                                                                                                   Rm.14:23b

 

        Preocupações põem em dúvida a sabedoria e o poder de Deus. Elas insinuam que Ele não age, que não se importa conosco e que não se interessa por nós.
A cruz – expressão máxima da preocupação de Deus conosco.
A cruz do Calvário é o lugar onde podemos descarregar todas as nossa ansiedades e preocupações, todos os pecados, todas as aflições. A cruz é a maior prova do cuidado de Deus por nós, ali temos ajuda. Justamente na cruz, o Senhor nos mostra o quanto está preocupado conosco. Está escrito em: "E junto à cruz estavam a mãe de Jesus, e a irmã dela, e Maria, mulher de Clopas, e Maria Madalena. Vendo Jesus sua mãe e junto a ela o discípulo amado, disse: Mulher, eis aí teu filho. Depois, disse ao discípulo: Eis aí tua mãe. Dessa hora em diante, o discípulo a tomou para casa."

                                                                                                             Jo. 19.25-27

Até em meio ao Seu próprio sofrimento, quando estava dependurado na cruz, cheio de dores, o Senhor se preocupou com Sua mãe e com Seu discípulo João.

Que maravilhoso exemplo do amor e do cuidado de Deus!
Devemos levar todas as nossas preocupações até a cruz; nesse sentido, Paulo também nos diz: "Não andeis ansiosos de coisa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições, pela oração e pela súplica, com ações de graças" Fp 4:6
Assim como não devemos nos preocupar por "coisa alguma", devemos fazer conhecidas "em tudo" as nossas petições a Deus, com ações de graça. "Em tudo" significa que não existem coisas, por mais pequeninas ou maiores que sejam, pelas quais não devêssemos orar. Não deveríamos administrar algumas coisas por nossas próprias forças, deixando outras por conta de Deus. Nosso Pai celeste tem poder para resolver todos os nossos problemas.

Agora Cristo está vivo, coloquemos nele todas as nossas angustias e inquietações, Ele será pronto para nos abençoar.
Devemos orar e suplicar "com ações de graças". Devemos agradecer ao Senhor por benefícios já recebidos e agradecer no presente pela certeza dos benefícios futuros. E esta é a confiança que temos para com ele: que, se pedirmos alguma coisa segundo a sua vontade, ele nos ouve. E, se sabemos que ele nos ouve quanto ao que lhe pedimos, estamos certos de que obtemos os pedidos que lhe temos feito.

“E esta é a confiança que temos nele, que, se pedirmos alguma coisa, segundo a sua vontade, ele nos ouve.  E, se sabemos que nos ouve em tudo o que pedimos, sabemos que alcançamos as petições que lhe fizemos”
                                                                                                     1 Jo. 5:14,15

A ansiedade vem se configurando como um dos grandes problemas de nossos tempos. Vida agitada, pressão, stress se somam gerando situações que tanto prejudicam a qualidade de nossas vidas.

                          “Não andeis ansiosos de coisa alguma” – Fp. 4:6.

               A preocupação é tão definidamente proibida como o roubo.

 Isto necessita ser cuidadosamente ponderado e definidamente percebido por nós, para que não a escusemos como sendo uma inocente “debilidade”. Quanto mais estivermos convencidos da pecaminosidade da ansiedade, da pecaminosidade do stress, da pecaminosidade dos tics e chiliques que temos no dia a dia provavelmente mais rápido perceberemos que ela é muito desonrante a Deus: “Ainda não resististes até ao sangue, combatendo contra o pecado”                                 Hb. 12:4

Mas como deveremos “lutar contra” ela?

Primeiro, suplicando ao Espírito Santo que nos conceda uma profunda

convicção de sua enormidade. Segundo, fazendo dela um objeto de oração especial e fervorosa, para que possamos ser libertos deste mal. Terceiro, vigiando seu princípio; e, tão logo estejamos conscientes da pertubação da mente, tão logo detectemos o pensamento incrédulo, e assim poderemos trabalhar encima deste mal para que saia, e que fiquemos como Deus nos criou; levantemos nosso coração a Deus e Lhe peçamos a libertação disso.

O melhor antídoto para a ansiedade é a freqüente meditação sobre a bondade, o poder e a suficiência de Deus. Quando o santo pode confiantemente perceber que “O Senhor é o Meu Pastor”, ele deve extrair a conclusão, “Nada me faltará”! Imediatamente após a nossa exortação lemos, “porém, sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições, pela oração e pela súplica, com ações de graças”. Nada é grande demais e nada é pequeno demais para ser apresentado e lançado diante do Senhor. Oração  “com ações de graças” é muito importante, todavia, este é o ponto no qual a maioria de nós falha. Ele significa que antes de recebermos a resposta de Deus, agradecemos-lhe pela mesma: é a confiança do filho esperando seu Pai ser gracioso.    “Por isso vos digo: não andeis ansiosos pela vossa vida, quanto ao que haveis de comer ou beber; nem pelo vosso corpo, quanto ao que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o alimento, e o corpo, mais do que as vestes”                                                                                       Mt. 6:25

“Buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas”                                                           Mt. 6:33

“E disse aos seus discípulos: Portanto vos digo: Não estejais apreensivos pela vossa vida, sobre o que comereis, nem pelo corpo, sobre o que vestireis”                                                                                                 Lc. 12:22

E por fim eu creio que tudo posso naquele que me fortalece, creio no Senhor Jesus e no seu poder! Graça e paz. Amém!

“Posso todas as coisas em Cristo que me fortalece”                   Fp. 4:13

 

 

Estudo realizado por Pastor Rogério Costa 04/03/2012

 

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